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NIETZSCHE E A REDENÇÃO

Tendo em vista a impossibilidade de separar o real em dois planos ontologicamente distintos, ou seja, mundo sensível e mundo inteligível, Nietzsche faz um esforço de reinscrever a experiência do sagrado propondo o “Eterno Retorno” como realização da “Morte de Deus”, onde o mundo apresenta-se ausente de uma instância meta empírica, quer dizer, o mundo passa a vigorar inteiramente na superfície dos fenômenos que são uma expressão da Vontade de Potência, sendo compreendida como o “caráter inteligível do mundo” (Cf.ABM§36). “A redenção acontece na elevação da vontade de potência criadora e do tempo como “Eterno Retorno”:” Tudo o que “foi” é fragmento e enigma e espantoso acaso, até que o querer criador declare: “Mas eu o quis assim”. Até que o querer criador declare: “Mas é assim que eu quero, e hei de querer assim”. (Cf. Zaratustra 2ªparte,Da redenção,). Podemos afirmar que o que move Nietzsche é a possibilidade da “salvação” não mais em um além, sua proposta é dotar o mundo com um total peso ontológico, onde a “Redenção” se consumaria com o ideal do “além-do-homem”, quer dizer, o tipo homem como auto superação, que faz do tempo à casa do sagrado, da redenção, porque quer o “eterno retorno de todas as coisas” a suprema afirmação da temporalidade.

POVO MENDAZ


"Entre os Aristocratas do espírito, existe uma convicção: o povo comum é mentiroso". (Nietzsche, In: Além do Bem e do Mal).

NOSSA RIQUEZA


Pensando, meditando, valorando, criando e dialogando com os outros é onde reside a nossa riqueza como seres humanos, abertos para o novo, para a superação e criação de novas possibilidades. Como nos ensinou o filólogo e genealogista Nietzsche.

ARISTÓTELES E A LIBERALIDADE


A liberalidade é uma das virtudes principais para Aristóteles, ela está ligada a generosidade. Vejamos agora uma citação de um de seus textos: “Segue-se a liberalidade; pois os liberais são generosos e não disputam sobre as riquezas, que é que mais cobiçam os outros”. E “A liberalidade é a virtude de fazer bem com o dinheiro. A avareza é o contrário”.(Aristóteles, Retórica, p.46, Ed.Martins Fontes, 2012).

CAUSA DA FALTA DE DIÁLOGO SEGUNDO GADAMER


A incapacidade para fluir um diálogo vivo com o outro, foi apontado já há algum tempo por H.G. Gadamer. Vejamos um trecho de Verdade e Método II, p.244, Ed. Vozes) “A questão da incapacidade para o diálogo refere-se, antes, à possibilidade de alguém abrir-se para o outro e encontrar nesse outro uma abertura para que o fio da conversa possa fluir livremente”. Podemos dizer que a falta de abertura e, por conseguinte, a falta de calor humano causa uma esterilidade em nossas conversações, havendo um empobrecimento em nossa capacidade de se comunicar efetivamente, porque a linguagem sendo um atributo natural do homem fica obstaculizada diante da falta de abertura para o diálogo que ocorre em nosso mundo hodierno. As consequências da falta de diálogo são a falta de entendimento entre as pessoas e de um fechamento sobre si, que levam ao isolamento social e a uma sociedade individualizada.

CRIAÇÃO E SENTIDO


Considerando que a nossa existência é um enigma insolúvel, a criação e determinação do sentido para as nossas vidas deverá ,necessariamente ,ser executada através da constante criação de projetos que sempre se renovarão ao longo de nossas vidas. Devemos permanecer na criação e determinação com atitude positiva, através de uma postura niilista ativa,quer dizer,um niilismo que destrói para criar e que também pode ser caracterizado por uma "nova espécie de luz ,de felicidade,alívio, contentamento,encorajamento , aurora"(Nietzsche,Cf. Gaia Ciência §343).



HEGEL, HUSSERL E A FENOMENOLOGIA (DIFERENÇAS)


A fenomenologia de Husserl considera a razão como sendo uma estrutura da consciência, contudo, seu produto é causado por ela mesma, de modo independente da experiência, quer dizer, a priori. Portanto, independente da história, logo não muda ao longo do tempo, a razão se enriquece e se amplia no tempo, mas não se transforma por causa dele. É justamente nesse ponto que reside à diferença primordial entre Hegel e Husserl com relação à fenomenologia.


RAZÃO HISTÓRICA HEGELIANA


Para Hegel, a Razão é histórica, quer dizer, a história mostra os processos de determinações absolutas (enquanto momento) do desenvolvimento da consciência, proporcionando, uma unidade necessária entre o objetivo e o subjetivo.


SCHOPENHAUER, ASCESE ,VERDADE


A palavra Ascese deriva do grego askesis significando, exercício, prática. Para Schopenhauer, o conhecimento torna-se vivência por meio da ascese, do exercício, da prática. Para ele, a "verdade" não pode ser conceituada, ela torna-se uma vivência real. O conhecimento que é alcançado através de nossas experiências é à base de toda a construção de nossas vidas. Assim, a vida tem um sentido estético e torna-se a arte de viver bem.

BOURDIEU E O LADO "OCULTO" DAS OLIMPÍADAS

Em seu texto sobre os Jogos Olímpicos,o filósofo e sociólogo Pierre Bourdieu aborda o lado "duplamente oculto" desse evento devido as representações filmadas e divulgadas pelas mídias:
"O objeto duplamente oculto,já que ninguém o vê,podendo cada telespectador ter a ilusão de ver o espetáculo olímpico em sua verdade"(Bourdieu,Os jogos Olímpicos, p.123,Ed.JZE). Ele percebe que esse grande evento não valoriza em si mesmo,as diversas modalidades esportivas envolvidas,ao contrário, segundo ele há uma valorização puramente comercial: "(...)torna-se um produto comercial que obedece à lógica do mercado"(Id.Ibid.,p.124) além de fazê-los: "(...)depender cada vez mais de seu sucesso televisual e dos lucros econômicos correlatos".Enfim, segundo ele, o que realmente acontece é um grande lucro dos patrocinadores em detrimento da efetiva valorização dos diversos esportes e de seus participantes que recebem muito pouco,pela grande dedicação das equipes envolvidas.

O CONHECIMENTO QUE REALMENTE IMPORTA


Uma das coisas mais importantes é conhecermos a nossa história pessoal, para efetivarmos nossa libertação dos "grilhões que forjaram nossas mentes” como escreveu W. Blake. A história que conhecemos através das mídias,dos livros,etc., é um "grilhão" a mais, uma inautenticidade a ser deposta, para efetivamente  criarmos nossas vidas com autenticidade.

A SUBJETIVIDADE COMO VERDADE ESSENCIAL


Para Kiekergaard, todas as filosofias sistemáticas colocam os seres humanos dentro de uma “prisão" porque limitam as capacidades humanas individuais. Para ele o que realmente importa é a subjetividade. "Devemos aceitar que cada ser humano está essencialmente de posse daquilo que essencialmente é necessário para ser um ser humano. A tarefa do pensador subjetivo é transformar-se a si próprio num instrumento que clara e definidamente expresse o humano em existência” (Kiekergaard, in: Fil.do séc. XIX p.122, Ed. Unisinos). Ele tenta salvar a interioridade existencial  que foi negligenciada pelos sistemas filosóficos, o ser humano não pode ser arruinado em um sistema,  seu modo de ser  é existencial por excelência , que é sinônimo de verdades  subjetivas :“O que importa é achar uma verdade, que é verdadeira para mim, para achar a ideia pela qual vou viver e morrer”(Kiekergaard in: Jolivet,1952,p.30).

ENCONTRAR FOCO PARA UTILIZAR MELHOR NOSSO TEMPO



Todos nós, muitas vezes, achamos difícil nos concentrar com o Facebook, o Instagram, o Whatsapp, o Telegram, smartphones, etc. sempre conosco, constantemente, tirando a nossa atenção. Fazer as coisas ficou mais difícil do que nunca. Então, como lutar contra essas distrações e reencontrarmos o foco? Em primeiro lugar, nós precisamos aceitar que não conseguimos fazer tudo idealmente. Em seguida, precisamos ter certeza de que os objetivos que temos são realmente nossos. Felizmente, existem alguns métodos que tornará mais fácil para nós alcançarmos o êxito, envolvendo menos tempo e mais eficiência.  Comecemos por fazer uma pausa e focando no melhor plano para entrar em atividade. Acordando de manhã, façamos uma projeção do que deverá ser feito, levando em conta as prioridades. Com um bom plano, poderemos nos tornar mais produtivos. Encontramos nosso foco fazendo uma pausa por um momento, refletindo sobre o que precisa ser feito, para encontrarmos um melhor e mais proveitoso modo de ação. Essa pausa, também, nos fará cometermos menos erros.  Fazer pequenas pausas, também, nos permite pensar em novas formas, levando a novas possibilidades. Sem essas pausas estaríamos no “piloto automático” constante, agindo de acordo com nossas idiossincrasias. Este é, exatamente, o tipo de comportamento que leva a erros e oportunidades perdidas. Quando nós pausamos, damos a nossa mente a chance de se acalmar, ver as coisas com precisão, e reconhecer as possibilidades para a produtividade, encontrando o que é adequado para nós, aproveitando nossos pontos fortes e tentando melhorar nossas fraquezas. Para encontrarmos a melhor opção, tentemos organizar nossas vidas focando nas coisas que mais nos importam, perguntando a nós mesmos o que desejaríamos realizar em um dia, uma semana, um ano ou para o resto de nossas vidas. Para alcançarmos esses objetivos, precisaremos de foco, direção, e a chave para conseguirmos saber se estamos no caminho certo é limitarmos nossas escolhas, tirando proveito de nossos pontos fortes e melhorando nossas fraquezas. Uma regra de ouro metodológica, diz que é muito mais fácil agir quando há menos opções para escolhermos. Uma maneira simples é delimitar nossas opções para focarmos nossa atenção nas coisas que temos excelência e trabalharmos em direção a esses talentos e pontos fortes. Isso é uma fórmula para ser estratégico sobre as coisas para dedicarmos nosso tempo e energia. Usar este método para nos concentrar em poucas coisas que iremos fazer, faz toda a diferença. Focar em nossos pontos fortes não significa ignorar fraquezas, focar nos pontos fracos é ver as questões em preto e branco, temos que considerar forças e fraquezas. Assim, encontraremos uma maneira de fazermos as coisas mais eficazmente. Devemos afirmar nossas diferenças e prosseguirmos alertas para evitar as armadilhas do apequenamento através da igualdade que nos é imposta arbitrariamente! O que nos faz diferentes e únicos é uma vantagem, justamente, por sermos diferente dos outros! Atualmente, o mundo global está afundado no Gramscismo e na Cultura de Massa. Somente as coisas que nos oferecem algo único e diferente da massa é que poderá nos fazer ser bem sucedidos e alcançar êxito. Uma armadilha comum é a tendência a desistir após uma falha ou um passo em falso, outra armadilha envolve ser paralisado pela incerteza sobre o futuro. Na realidade, ninguém sabe o que o futuro reserva. Temos que nos concentrar no tempo presente e criar nossas oportunidades, seguindo através de planos, temos que gastar nosso tempo sabiamente. Enfim, em primeiro lugar, de manhã devemos fazer nosso plano para o dia, tais como coisas que nós gostaríamos de fazer, criando uma lista de coisas a serem evitadas. Isso nos ajudará na jornada do dia e permanecer no foco. O agendamento é uma ferramenta útil para fazer as coisas. E isso não significa dizer, "Eu irei fazer amanhã." Estudos têm mostrado que as pessoas são mais propensas a realizar uma tarefa, são aquelas que definem um tempo específico e um lugar. Devemos dar uma pausa de 10 minutos a cada hora durante o dia, para descansar nossa mente e produzir mais eficazmente e, também, para nos re-energizarmos. A etapa final é rever o que foi feito ou não para achar tempo para repensar sobre o que foi feito e não deu certo ao longo do dia. Tenhamos em mente que aprender com os erros, bem como vitórias é a chave em um longo prazo para nosso sucesso. Celebrar e usar as falhas em vez de temê-las. A Islândia é o lugar mais feliz na terra, porque os islandeses não estigmatizam as falhas. Devemos aceita-las e aprender com nossos erros, isso adotará uma mentalidade de crescimento que poderá permitir que nós vamos maximizar nosso potencial. O fracasso faz parte de todas as atividades, é inevitável, todavia, é instrutivo, porque podemos aprender com os erros, para não repeti-los.












KIEKERGAARD E COMEÇO DO FILOSOFAR


Para Kiekergaard, a base da reflexão filosófica não pode ser um princípio abstrato como o Absoluto de Hegel, ou seja: “O pensamento que pensa a si mesmo”, onde há um a identidade do pensamento com o ser. O pensamento abstrato cria um sistema e para Kiekergaard o sistema criado por Hegel suprime a existência, ignora o concreto, a interioridade existencial, a subjetividade, etc. Segundo ele, o começo do filosofar se dá através de um interesse no existir: "Para aquele que existe, a existência é o seu interesse maior, e o interesse no existir é a realidade” (Kiekergaard in: Filósofos do Sec. XIX p.116, Ed. Unisinos) Enfim, enquanto Hegel parte de uma abstração, do absoluto, do infinito, Kiekergaard parte do individual, onde o real decorre em um plano distinto do pensamento.

HUME E A CIÊNCIA

No Tratado da natureza humana, Hume reduziu o STATUS da ciência que era concebida como uma verdade absoluta para um cálculo de probabilidades e com isso, ele está muito próximo da epistemologia contemporânea.

O HÁBITO COMO "GUIA DA VIDA HUMANA"


Hume considera o Hábito ou Costume “O grande guia da vida humana”. Em sua teoria do conhecimento que está no seu primeiro livro, intitulado: Tratado da natureza humana, ele critica a tradicional “teoria da causalidade” que considera, através do uso da razão, o poder de conhecer a priori as causas dos eventos do mundo. Segundo ele, isso é um Hábito que faz surgir à crença de que existe uma conexão necessária e uma relação intrínseca entre a causa e o efeito, porque, afinal de contas, essa relação que tem uma utilidade prática e, isso, confunde o uso da razão, levando-a a fazer asserções sobre conhecimentos sem utilizar a experiência; somente a experiência pode produzir conhecimento entre causa e efeito. Não existem apriorismo, nem leis fixas na natureza, exceto, nas verdades da Matemática, onde a relação entre as ideias são intuitivas, universais e,  proporcionam um conhecimento  que não faz referência aos fatos da experiência, sendo  fundados no princípio da "Não-contradição". Enfim, é por meio do hábito que podemos executar um uso prático e fundamentar um conhecimento, que apesar de contingente, pode servir de guia para as nossas vidas.

REGULAMENTAÇÃO E OPERAÇÃO ENTRE IDEIAS SEGUNDO HUME


Para Hume, as ideias se dão através de três princípios: Semelhança, Contiguidade e Causa e efeito. Através da semelhança as ideias se relacionam entre si, por exemplo, se penso em um quadro, pergunto pelo autor e assim, surgem mais e mais ideias através da imaginação e da memória. A contiguidade refere-se à conjunção constante no qual se encontra os objetos em uma relação espaço temporais. A causalidade surge através da crença entre a relação sucessiva entre os objetos, conjecturando que existe uma conexão necessária entre a causa e o efeito. Para Hume é impossível saber a priori a razão da causalidade, ela é um conhecimento de fato, porque, funda-se na experiência, tendo assim, um caráter contingencial.(Cf. Tratado da natureza humana, p.88-90, UNESP)


HUME E O CONCEITO DE CAUSALIDADE


Para Hume, todo conhecimento humano se dá através de dois tipos de raciocínio: Os dados de fato e a relação entre ideias. A causalidade é um dado de fato, quer dizer, ela não tem seu fundamento na razão, como pensava toda a tradição filosófica, só através da experiência é que iremos saber a seu respeito, portanto, não há uma relação necessária, a priori, universal. A ideia de uma relação necessária surge da conjunção constante dos objetos. (Cf. Tratado da natureza humana, p.116,UNESP).

HUME E O CONHECIMENTO


Para Hume, todo conhecimento começa pelos sentidos com as nossas percepções para então surgirem às impressões, e, por último as ideias. As impressões são as que surgem com mais "força e vividez” (Cf. Tratado da natureza humana, p.31, UNESP). As emoções, as paixões, são também consideradas impressões. Já as ideias são cópias das impressões que ficam armazenadas na memória e, assim, possibilita o conhecimento. Como as ideias vêm depois das impressões elas não podem ser inatas. Para Hume toda a teoria das ideias de Platão fica refutada de modo simples, porque as ideias são meras cópias das nossas impressões.


CRÍTICA DE DAVID HUME A METAFÍSICA


Hume critica a filosofia “abstrusa” porque ela abusa do jargão estéril, na vã tentativa de saber, a priori, as verdades sobre o mundo. Até então, a Metafísica ainda não havia sido posto em questão tão fortemente, porque Hume tenta traçar os limites da razão através do conhecimento da natureza Humana. Para ele, todo conhecimento deriva dos sentidos. Através da mente as percepções ocorrem dando origem a Impressões e Ideias, sendo as Ideias cópias das impressões, o Inatismo morre aqui, porque se as ideias são posteriores as impressões, elas não podem de forma alguma ser inatas. Para Hume, todo conhecimento Humano se dá através de dois tipos de raciocínio. 1)Relações entre ideias, onde há o critério de Necessidade, Universalidade e Aprioridade . 2) Dados de fato: são contingentes, a posteriori e dependem da experiência. O conceito de Causalidade em Hume não se dá através de uma relação entre ideias, ela é um hábito que surge da crença de que os entes do mundo não possui uma relação necessária, mas uma conjunção constante.

RAZÃO ILUMINISTA


A razão para os Iluministas era concebida como sendo, essencialmente, empírica , crítica e analítica ,tendo um uso público para resolver as questões referentes aos dogmas da religião positiva e de todas as superstições que engendram obscuridades, desse modo, a concepção dogmática e escolástica da razão como pretendendo conhecer a priori os objetos, fica logo descartada. Sendo considerada "Luz" ela pretende estender toda a sua amplitude para iluminar a "saída" do Homem de sua menoridade e fazê-lo pensar "por si mesmo,ouse saber,"Sapere aude" como escreveu Kant.

DIFERENÇA , HIERARQUIA, VALORES NOVOS!


A vida tem vários sentidos e caminhos, um dos mais importantes é perceber que o engrandecimento humano seja executado através de uma crescente tomada de consciência da diferença entre tudo que existe, todavia, havendo a devida consideração da educação levando em consideração a moral da hierarquia, quer dizer, “a doutrina da hierarquia dos homens e consequentemente também do sentido de suas ações e valores para essa hierarquia” (Nietzsche, Frag. Póstumos, 1885,35[5]). Como também ,a superação dessa hierarquia enquanto criação ascendente de novos valores “Ao redor dos inventores de valores novos gira o mundo”  (Nietzsche , Zaratustra,p.77,Trad. Mário F. Santos,Ed. Vozes).

DÚVIDAS SOBRE O SURGIMENTO DA NOSSA CIVILIZAÇÃO


Se a cultura humana surgiu na África há cerca de 50 mil anos com a formação do gênero humano, expandindo-se depois para a Ásia e a Europa como foi exposto, há pouco tempo, em uma pesquisa de antropólogos e paleontólogos a partir da descoberta de fósseis, como também ,de vários instrumentos rústicos, pinturas em cavernas, etc. Obviamente, surgem dúvidas acerca do surgimento de nossa civilização, ao contrário do que nossa história tradicional mostra, com o despertar da cultura, que indicava a Europa e o Oriente como sendo o berço das primeiras expressões artísticas. Assim, a veracidade de toda nossa história cultural torna-se um problema, abrindo caminhos novos para mais investigações!

NIETZSCHE E O DEVER


Nas três dissertações da Genealogia da Moral, Nietzsche executou uma crítica genealógica da oposição “bem/mal, bom/ruim", “da culpa e dá má consciência”, na segunda e na terceira, dosideais ascéticos”, faltando uma genealogia de um conceito muito importante da ética moderna, o conceito de dever, que apenas nos fragmentos póstumos foi colocado, segundo a citação:
O problema "tu deves”: uma inclinação, que não sabe se fundamentar, de modo semelhante ao que acontece com o impulso sexual, não deve cair sob a condenação dos impulsos; ao contrário, ela deve ser seu medidor de valor e seu juiz! "(F.P.1885-1887, p.232, Forense, 2013).
Seguindo o fio condutor de seu mestre Schopenhauer, que já havia criticado o conceito de dever em Kant em seu livro "Sobre o fundamento da moral", Nietzsche ratifica sua crítica, identificando a origem teológica e o desmascara igualando-o ao Decálogo, porque o conceito de dever em Kant não é livremente executado, quer dizer, ele é heterônomo, disfarçado por ele em autonomia da vontade. Para Nietzsche o "tu deves" deve ser criado a partir de nós mesmos, para assim fazermos o nosso destino.

PESSIMISMO DIONSÍACO (GAIA CIÊNCIA-AFORISMO §370


O filósofo e genealogista Nietzsche percebe no pessimismo filosófico do séc. XIX uma forma superior de pensar e vislumbra que toda arte e filosofia esteve ligadas ao Romantismo, quer dizer “a remédios e auxílio ao serviço da vida em crescimento e em luta" supondo sempre "sofrimento e sofredores" fazendo-se mister saber se foi "a carência ou abundância" que criaram os valores estéticos, como também, saber se esses valores desejam "eternizar, fixar," ou preferem o "desejo de destruição, de mudança, do novo, de futuro, de vir a ser" que se contrapõem entre si e gera problemas de avaliação, haja vista sua ambiguidade.Tanto na vontade de eternizar, quanto na vontade de destruir, Nietzsche baliza a possibilidade de ambas serem sinônimos de fraqueza ou de força, pois, sutilmente há o desejo de destruição que quer se vingar da existência tanto no modo de destruir como no modo de eternizar, tal é o caso da filosofia pessimista romântica de Schopenhauer que lança sobre o mundo um olhar onde vê apenas sofrimento, devido à força sobrepujante da vontade má e cega que reina acima de todas as coisas.Em contraposição ao Romantismo e ao pessimismo da fraqueza que apenas destrói, Nietzsche propõe uma nova visão de avaliar, valorar e transmutar, através da aceitação da condição trágica do mundo, através do “pessimismo da força ou pessimismo dionisíaco” que é um niilismo ativo, porque observa que a vida é tortuosa, mas apesar disso afirma-a, através do Amor Fati [Amor ao destino], concebendo o ser do devir, como uma eterna criação inocente, que ele chama de "inocência do devir", na tentativa de redimir todo sentimento de culpa, propagado pelo cristianismo; havendo ,também, a necessidade que “os pesos de todas as coisas precisam ser novamente determinados” (Cf. Gaia Ciência,§269).

CAUTELA COM AS TEORIAS CIENTÍFICAS


Devemos nos alertar para o fato de que no pensamento científico, a existência de novos casos podem ser superiores a teoria, no sentido desses novos casos poderem torná-la falsa. Como já sabemos, uma teoria científica é sempre formada a partir de hipóteses que são testáveis e falseáveis, quer dizer, existe sempre a possibilidade de aparecer novos fenômenos que poderão refutar as hipóteses que eram até então validas universalmente.

VALORES DE REBANHO - MORAL SERVIL


Podemos afirmar que o cultivo exacerbado a valores como: Consumismo, Fanatismo Religioso, Culto narcísico à beleza física, Individualismo extremado, Idolatria a artistas de TV, Jogadores de futebol, etc., enfim, a todos os valores que desembocam para a formação de uma Cultura de Massa que conduzem os seres humanos não acordados, não alertas, para as armadilhas da devassa mídia utilitária que está por trás desses valores, a dizerem sim sem questionar e assim, aderir passivamente a eles. Há muito tempo Nietzsche nos mostrou essa aceitação passiva com muito bom humor no seu livro: Assim, falava Zaratustra, onde em alemão a palavra "sim" se diz "ya" que é igual ao som emitido pelo animal burro, fazendo uma analogia com aqueles que aceitam esses valores de modo servil. Na política atual estão chamando de burros todos aqueles que aceitam todo esse jogo sujo de poder. Vamos dizer um NÃO do Leão para podermos sair dessa situação, e com um outro sim, o da Criança que incorpora o não do Leão, criando um sim ativo, isto é, um sim que visa à transformação desses valores estabelecidos em direção à criação de novos valores.

SABEDORIA ORIENTAL E SOFRIMENTO


Atualmente, todos nós sabemos da importância do legado da sabedoria oriental, aonde os grandes sábios chegaram à conclusão que em vez de tentarmos fugir do sofrimento, é melhor diagnostica-lo. Para tal, eles enumeraram alguns motivos principais que se relacionam com o sofrimento e a infelicidade causada por ele, tais como: A nossa excessiva identificação com o Ego, o foco mental na permanência em mundo que é impermanente, o medo excessivo da morte, o não procurar se conhecer, a alienação mental induzida pelos modismos de nossa sociedade onde prevalece uma cultura de massa, etc.


AMOR LUCÍFLUO


Amar, amar de verdade.

Incondicionalmente!

Movimento espontâneo

ao encontro da Beleza.

Na mútua compreensão,

Desejo do Belo!

Só amamos se conhecemos.

A experiência do amor é Luz.

Visão mística!

União...

Dilatação da Luz.

Plenitude!

DECADÊNCIA DA HISTÓRIA


Podemos afirmar que Nietzsche detecta que houve uma sucessão de civilizações que surgem, desenvolvem-se e depois entram em declínio , segundo ele , "há um movimento universal para a decadência". Ele analisou que na Grécia Antiga, a moral pré-platônica foi destruída pela moral socrática, no entanto, o maior inimigo do ideal aristocrático foi, posteriormente, a moral judaico-cristã, devido a universalização dos valores. O declínio continua na modernidade até hoje. Um sintoma desse declínio é o da cultura universitária porque confunde cultura com ciência. A ciência é segundo ele um instrumento de investigação, como técnica de laboratório, com indiferença diante dos grandes problemas essenciais para haver uma vida ascendente.

AS TRÊS METAMORFOSES - TRÊS TRANSFORMAÇÕES INTRINSECAMENTE LIGADAS


Apesar de sermos dotados de espírito de Camelo, carregando o fardo do conhecimento imposto através do "Tu deves", já existe um impulso de superação inerente e de transformação para o "Eu Quero" através do símbolo do Leão. Todavia, ainda não há a liberdade da vontade criativa porque ainda falta um principal movimento impulsionador que nos conduz para a essência de nossa liberdade que é executada pela inocência da criança que existe em todos nós, e representa a espontaneidade da vida, segundo Nietzsche: “Inocência é a criança, o esquecimento, novo começar, jogo, roda que gira sobre si mesma, primeiro movimento, santa afirmação”. (Nietzsche,Zaratustra,p.42,Ed.Vozes).Onde podemos concluir que somos ao mesmo tempo: Camelos, Leões e Crianças em um eterno movimento, carregando, superando e criando novos valores.

O PENSAMENTO SUPREMO


Todos nós sabemos que os melhores países do mundo são os que valorizam a Educação, como exemplo podemos citar: Finlândia, Japão, Alemanha, Suécia, Austrália, Noruega, como sendo os de maior nível. Já no século XIX, Nietzsche já entrevia esse fator, onde para ele a Educação seria o valor supremo não apenas de uma nação, mas do mundo: “Algum dia, não haverá mais nenhum pensamento senão apenas o da Educação” (Nietzsche, Frag. Post. 1875,5(22)).


LIBERTAÇÃO INTERIOR



Libertem suas mentes para 
os segredos de vossas almas,
Transcendendo equívocos, superando obstáculos.
Voando alto novamente!
O autoconhecimento nos conduz
A efetivação dessa libertação 
Fazendo-nos agir no tempo oportuno (Kairós).

RAZÃO DINÂMICA


A Contemporaneidade chegou à conclusão que o conceito de Razão não é imutável, intemporal e a-histórico, quer dizer, seu conceito evolui com o passar do tempo, sendo influenciada pelas concepções histórico-culturais. Também chegou a conclusão que existem vários tipos de Razão, como por exemplo: Razão instrumental, Razão crítica, Razão comunicativa, Razão intencional, etc..

HEGEL E O PROBLEMA DO SUJEITO COGNOSCENTE


Para Hegel, os inatistas e empiristas se enganaram por excesso de objetivismo, quer dizer, por julgarem que o conhecimento racional dependeria inteiramente dos objetos do conhecimento. Kant, também, enganou-se por excesso de subjetivismo, quer dizer, por acreditar que o conhecimento racional dependeria exclusivamente do sujeito do conhecimento, das estruturas da sensibilidade e do entendimento, onde houve desta forma, uma separação entre sujeito e objeto, e por consequência entre saber e verdade.

O EGOÍSMO DOS TIPOS NOBRES


A teoria sobre o egoísmo natural, colocada como um modelo absoluto para todas as pessoas do mundo, com a finalidade de evitar que o interesse de uma pessoa pudesse sobrepujar o da outra; constatamos que fica difícil solucionar esse problema. Nietzsche tenta solucioná-lo através do valor natural do egoísmo fundado na distinção de tipos ascendentes de indivíduos e de tipos decadentes. Desse modo, ele não considera a universalidade e sim, as individualidades criadoras.

 “O egoísmo vale tanto quanto vale fisiologicamente aquele que o tem: pode valer muito, e pode carecer de valor e ser desprezível. Cada indivíduo pode ser examinado para ver se representa a linha ascendente ou a linha descendente da vida" (Nietzsche, Crepúsculo do Ídolos, §33, p. 81, Cia das letras).

 “Para os indivíduos ascendentes “seu valor é efetivamente extraordinário” devido à consideração que esses tipos de indivíduos têm para com a vida como um todo” em função da totalidade da vida, que com ele dá um passo adiante “(Id. ibidem).

 Por outro lado, os indivíduos decadentes, vis, reles, plebeus têm um tipo de egoísmo doentio devido as suas ações ser de “utilidade estreita e mesquinha” eles representam segundo Nietzsche “o desenvolvimento para baixo, o declínio, a crônica degeneração e adoecimento, tem pouco valor”. (Id, ibidem). A defesa de Nietzsche está a favor do egoísmo dos tipos nobres por quê:

"grandeza da alma, envolve independência; mas sem grandeza espiritual, a grandeza de alma não é permitida; senão esta promove a sandice, até mesmo pelo querer beneficiar, como pelo seu exercer a “justiça”. Os espíritos menores têm de obedecer - portanto, não podem ter grandeza. "(Nietzsche, Vontade de Poder, §984, p. 479. Ed. Contraponto).
Hodiernamente, vivemos em uma época em que , infelizmente, o egoísmo dos "Vis ,reles,utilitários" predomina no Mundo da Vida.


O ESPÍRITO DAS IDADES


Já é sabido que idade cronológica não diz muito com relação ao espírito de nossa idade. Voltaire disse que: "Quem não tem o espírito de sua idade tem todo o mal de sua idade”. Em apenas uma frase ele consegui sintetizar muita sabedoria. Não raras vezes, muitas pessoas agem a maioria do tempo como crianças, adolescentes, etc. Podemos ressaltar que é normal agir às vezes como criança ou adolescente. A grande sacada de Voltaire foi que devermos ter o espírito de nossa idade como sinal de maturidade, para tomarmos posse de nossas vidas.

A FORÇA DO AMOR


Para o filósofo e místico Empédocles, o Universo é o nosso eterno provedor através da força conciliadora do Amor primordial. Segundo ele, através da lei da atração universal, os seres semelhantes se atraem: "semelhante atrai semelhante", sendo o Amor a mais poderosa força positiva que tende a unir o semelhante ao semelhante e gerar cada vez mais afinidade entre os seres que se amam.

CIVILIZAÇÃO E CULTURA


A palavra civilização supõe uma relação exclusiva entre civis, contendo uma ideia de "avanço", de uma sedimentação dos valores do que numa cultura. Desse modo, podemos falar de uma cultura Pop, não sendo possível conceber uma civilização Pop. A civilização é o vir a ser da cultura, a cultura é apenas virtualmente civilização, havendo, portanto a necessidade de uma "forma”, todavia, não podemos usar nenhum critério sob a pena de cairmos em exclusão, etnocentrismo, etc. Assim, ser civilizado implica em superar essas aporias e, hodiernamente, implica mais e mais, no respeito e cuidado com a Natureza.

NIETZSCHE E A POLÍTICA


Os ignorantes costumam desprezar o que não pode, pelo menos, ser um pouco compreendido. O fato de que o pensamento de Nietzsche foi desprezado,todos nós já sabemos.Nietzsche,não elaborou sistematicamente uma teoria política, todavia, não deixou de refletir sobre os tópicos principais da filosofia política. Em sua concepção, política, moral e religião estão inerentemente ligadas, sendo tomadas como objeto de sua crítica aos valores estabelecidos. A "grande política" é mais uma proposta dele para superar o niilismo passivo da democracia hodierna que nega uma participação efetiva do cidadão, como já ocorreu na Grécia Ática. A democracia moderna é para ele uma "mediocracia”, ou seja, o governo dos medíocres, nivelando por baixo a sociedade para se manter no poder. Com a "grande política" ele postula uma "classe" de elite de “filósofos-legisladores”, que irão transmutar os valores estabelecidos pela "moral de animal de rebanho" colocando a Cultura em um patamar superior ao da Política, quer dizer, a Política deverá servir a uma Cultura elevada. Não será necessário destruir totalmente a democracia, será preciso reformulá-la, ou seja, “não igualar o desigual", nem nivelar por baixo a sociedade como faz a democracia moderna. Em qualquer organização social, o estabelecimento das hierarquias é um fato inquestionável e inevitável. Ele pretende acabar com a farsa, da igualdade de todos os homens; nada há igual a nada, a ideia de igualdade é, paradoxalmente, uma invenção das classes dominantes para manter poder sobre as dominadas, nivelando a sociedade por baixo.

O QUE É FILOSOFIA?


Filosofia é uma atividade crítica diante do real. Ela "começou" com o distanciamento acerca das verdades estabelecidas e com o questionamento sobre como surgiu o mundo, ou seja, qual seria o elemento primordial, qual o princípio (Arché) do mundo? Através do estranhamento em relação às coisas do mundo, quando não mais tomamos as coisas como certas, de uma maneira fixa, houve uma crescente interrogação sobre o que são as coisas, às ideias, etc. A Filosofia "começa" quando nos damos conta de nossa ignorância com relação a nossas indagações acerca das coisas, explorando novos horizontes, ampliando e nos convidando a múltiplas perspectivas. Quando encontramos as respostas, a filosofia torna-se Ciência. A Ciência aborda o que já conhecemos, e o modo pelo qual conhecemos as coisas, nela a evolução dos conhecimentos substitui as ideias antigas por novos progressos. A diferença entre Filosofia e Ciência é, justamente, que a Filosofia fundamenta e cria problemas, sugere caminhos e ideias sobre o que foi estabelecido como "verdade", pois, com o passar do tempo sempre aparecem novos questionamentos. Assim, a Filosofia, como escreveu H.G. Gadamer: "nunca morrerá".

A RELIGIOSIDADE CÓSMICA EXISTÊNCIAL DE NIETZSCHE


Esse importante aforismo de Nietzsche mostra sua religiosidade cósmica através da total adesão ao real.

ETERNIDADE - Não é de maneira alguma a questão primeira saber se estamos satisfeitos conosco, porém se estamos de um modo geral satisfeitos com alguma coisa. Caso dissermos sim a um único instante, então diremos sim não só a nós mesmos, mas a toda existência. Pois nada está aí para si, nem em nós mesmos e nem nas coisas: e se apenas uma única vez a nossa alma vibrou e ressoou de alegria como uma nota musical, então todas as eternidades foram necessárias para condicionar esse único evento - E, nesse único instante do nosso dizer sim, toda eternidade foi aprovada, redimida, justificada, confirmada e reafirmada.(Nietzsche, Frag. Póstumos 1885-1887).

OREMOS E VIGIEMOS! VAMOS PERMANECER ALERTAS!


A NWO  tem como uma de suas estratégias de dominação, fazer com que nós percamos tempo, colocando cada vez mais coisas para distrair a mente da grande maioria das pessoas que estão "incautas e anestesiadas" pelo Gramscismo. Instagram, Facebook, Whatsapp, etc. são algumas das ferramentas usadas. OBJETIVO: TRAZER CADA VEZ MAIS ALIENAÇÃO A NÍVEL GLOBAL,PARA MANTER AS PESSOAS NA MATRIX! Todavia, esses mesmos instrumentos podem ser usados para fins totalmente opostos a essa tentativa vil de dominação, basta saber usá-los para fins que visam acordar as pessoas para uma consciência global planetária, quer dizer, com uma consciência crítica acerca dos problemas que afetam negativamente o mundo da vida.

NIETZSCHE E OS GREGOS - UMA OUTRA VISÃO


Tanto na Origem da Tragédia quanto na Filosofia na era trágica dos gregos, ele nos legou uma nova e original visão da cultura grega, onde não valorizava a Grécia clássica, e o faz diferentemente de toda a tradição, valorizando a cultura pré-platônica. Para ele, o grande merecimento dessa cultura foi ter dado ênfase em uma sabedoria trágica, cujo conceito ele contrapõe aos caducos conceitos da sabedoria altamente teórica tradicional. Para tal, a cultura trágica era dotada de um espírito dionisíaco que afirmava o devir contraditório da Vida, a reabilitação do sensível, da intuição, dos sentidos e do corpo, a rejeição da mentira do ideal transcendente, quer dizer, a renúncia ao ser em nome do vir-a-ser.

CONFUSÃO E OPOSIÇÃO BANAL


Os meios de comunicação de nossa sociedade através do excesso de informações foi invadida pela suspeita que gerou uma "paranoia", impossibilitando uma compreensão eficaz do que, realmente, está acontecendo. Atualmente, temos teorias para tudo e respostas banais que aparentemente respondem a essas teorias. A confusão e a oposição banal continuam obnubilando mentes incautas. Guardemo-nos, disso!

SUPERAÇÃO DE VIVÊNCIAS


Vemos e não vemos.

Nada é igual ao

que já passou...

Apenas, o Véu do mesmo.

Reino de Maya!



Aprendamos a ver!

Olhos de Vidente,

Olhos de Águia!

Transpassando

Quaisquer obstáculos!

Transpondo: limites,

dogmas e convenções

Vãs ilusões!



Para enfim, encontrar

o Jardim da Liberdade

que habita nossos corações.

Desmistificando ilusões

perdidas em outras vãs

Vivências.

HUMANISMO MENDAZ


Para Nietzsche, o Humanismo Iluminista foi um humanismo mendaz e não transformou o Homem com autonomia e maioridade de pensamento como pretendia, portanto, não houve uma elevação moral do ser humano. O que houve como consequência foi o apequenamento do ser humano com a ideia utilitária de "felicidade para o maior número", tornando-os animais domésticos, úteis, massificados, tribalizados, "bichos-anões de direitos e deveres iguais", regozijando-se com a própria mediocridade, havendo como consequência imediata o nivelamento por baixo da sociedade e como consequência o enfraquecimento civilização. Apesar de todos os progressos alcançados no campo da medicina, da biologia, da genética, etc., ter o poder de conseguir a elevação do "tipo homem”; o que houve realmente foi a habilitação da produção através da tecnologia de cunho industrial, um solo fértil para os "últimos homens" representados pelos que agem visando a "utilidade estreita e mesquinha", ou seja, os avarentos de todos os tipos. Afinal, o nojo de Zaratustra é justamente saber que eles podem se eternizar no poder, (fato que acontece globalmente hoje), caso não sejam instituídas “novas tábuas de valores” e a consequente: “ transvaloração de todos os valores”.

NUNCA É TARDE DEMAIS PARA A FILOSOFIA



Vejamos um trecho de uma carta de Epicuro, onde ele recomenda o exercício da filosofia como sendo fundamental para a nossa saúde.

Nenhum jovem deve demorar a filosofar, e nenhum velho deve parar de filosofar, pois nunca é cedo demais nem tarde demais para a saúde da alma. Guarda na memória, noite e dia, essa doutrina e seus preceitos (...) e nada te turbará, na vigília ou no sono, mas andarás como um deus entre os homens: não aparenta ser mortal aquele que vive entre bens imortais”.


Epicuro, Carta a Meneceu.

CONSCIÊNCIA GLOBAL PLANETÁRIA - SURGIMENTO E ASCENÇÃO


Podemos conceituar consciência planetária como sendo um sentimento que conduz ao conhecimento vital da interdependência e da unidade essencial da humanidade, como também, a adoção consciente da ética e de seus comportamentos que implicam em um imperativo básico da sobrevivência e aprimoramento da vida humana na Terra. Um indivíduo dotado de consciência planetária reconhece o seu papel no processo evolutivo e age responsavelmente à luz desta percepção, essa orientação que visa melhorar as condições da vida tem de começar a partir de cada um de nós; somente então, é que poderemos ser responsáveis e agentes eficazes na mudança e transformação da nossa sociedade como um todo. A mudança deverá ocorrer a nível individual com a tomada crescente da consciência global planetária e se expandir progressivamente e ascendentemente. Do particular ao global.

ACORDANDO PARA DIFERENÇA DENTRO DA MULTIPLICIDADE


Vamos acordar! Acordar para ver as coisas de modo diversificado, múltiplo, onde a diferença exerça uma força que transvalore e vá além do que está sendo percebido! Todas as coisas estão cobertas pelo "Véu de Maya", quer dizer, as coisas são de certo modo máscaras. As religiões ortodoxas são máscaras, o grande problema é que a grande maioria das pessoas não quer ou não pode perceber esse aspecto e ficam presas na ortodoxia, deixando ,assim, de adquirir uma nova maneira de pensar, não somente referente aos dogmas impostos pelas diversas religiões, como também,a todas as outras coisas que visam dominar o pensamento humano, impondo limites, regras, etc.