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PESSIMISMO DIONSÍACO (GAIA CIÊNCIA-AFORISMO §370


O filósofo e genealogista Nietzsche percebe no pessimismo filosófico do séc. XIX uma forma superior de pensar e vislumbra que toda arte e filosofia esteve ligadas ao Romantismo, quer dizer “a remédios e auxílio ao serviço da vida em crescimento e em luta" supondo sempre "sofrimento e sofredores" fazendo-se mister saber se foi "a carência ou abundância" que criaram os valores estéticos, como também, saber se esses valores desejam "eternizar, fixar," ou preferem o "desejo de destruição, de mudança, do novo, de futuro, de vir a ser" que se contrapõem entre si e gera problemas de avaliação, haja vista sua ambiguidade.Tanto na vontade de eternizar, quanto na vontade de destruir, Nietzsche baliza a possibilidade de ambas serem sinônimos de fraqueza ou de força, pois, sutilmente há o desejo de destruição que quer se vingar da existência tanto no modo de destruir como no modo de eternizar, tal é o caso da filosofia pessimista romântica de Schopenhauer que lança sobre o mundo um olhar onde vê apenas sofrimento, devido à força sobrepujante da vontade má e cega que reina acima de todas as coisas.Em contraposição ao Romantismo e ao pessimismo da fraqueza que apenas destrói, Nietzsche propõe uma nova visão de avaliar, valorar e transmutar, através da aceitação da condição trágica do mundo, através do “pessimismo da força ou pessimismo dionisíaco” que é um niilismo ativo, porque observa que a vida é tortuosa, mas apesar disso afirma-a, através do Amor Fati [Amor ao destino], concebendo o ser do devir, como uma eterna criação inocente, que ele chama de "inocência do devir", na tentativa de redimir todo sentimento de culpa, propagado pelo cristianismo; havendo ,também, a necessidade que “os pesos de todas as coisas precisam ser novamente determinados” (Cf. Gaia Ciência,§269).

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