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A APOSTA DE PASCAL

Antes de se ser um devoto cristão, Blaise Pascal era um jogador de dados, além de um grande polemista e místico. Criou uma teoria das probabilidades ,onde desenvolveu um modo de determinar o valor monetário de uma aposta, fundamentando-as nas probabilidades. Ele afirmava que crer em Deus ou não, era como fazer uma aposta, se crermos em Deus, ganhamos mesmo que ele não exista; se não crermos perdermos mesmo que ele exista ou não. Einstein afirmou: "Deus não joga dados com o mundo" e para ele não  importaria o fato de que nós apostássemos se acreditamos nele ou não. Essa aposta não é, de forma alguma, uma prova da existência de Deus, ela é uma forma de motivar para convencer os incrédulos a acreditarem em Deus, todavia, esse argumento é moralmente dúbio, Voltaire o censurou severamente. Ele é também, teologicamente blasfematório, haja vista que envolve a crença em Deus  numa questão probabilística. Segundo Walter Kaufman, a objeção mais contundente feita a Pascal é a de que não podemos simplesmente escolher crer em alguma coisa porque seria vantajoso. Outra objeção é a de que a crença não está dentro do nosso controle racional, todavia, pensamos que podemos adotar uma crença, mas realmente a crença vai além da razão.

NIETZSCHE E O DEVER

Nas três dissertações da Genealogia da Moral, Nietzsche executou uma crítica genealógica da oposição " bem/mal,bom/ruim", da culpa e dá má consciência e na terceira, dos ideais ascéticos, faltando uma genealogia de um conceito muito importante da ética moderna, o  conceito de dever, que apenas nos fragmentos póstumos foi colocado segundo a citação:
 
" O problema "tu deves":uma inclinação,que não sabe se fundamentar,de modo semelhante ao que acontece com o impulso sexual, não deve cair sob
a condenação dos impulsos;ao contrário, ela deve ser seu medidor de valor e seu juiz!"(F.P.1885-1887,p.232,Forense,2013).
 
Seguindo o fio condutor de seu mestre Schopenhauer , que já havia criticado o conceito de dever em Kant em seu livro "Sobre o fundamento da moral", Nietzsche ratifica sua crítica, identificando a origem teológica e o desmascara igualando-o ao Decálogo, porque o conceito de dever não é livre, quer dizer, ele é heterônomo, disfarçado por Kant em autonomia da vontade .Para Nietzsche o "tu deves" deve ser criado a partir de nós mesmos , para assim criarmos o nosso destino , sendo nós mesmos "os medidores e os juízes", sermos supramorais ,quer dizer, estabelecer-se no comando de sua consciência e assim, ter uma liberdade capaz de fazer promessas . Nietzsche não está declarando estas condições de uma forma relativista, na qual todos os homens possam criar seus próprios costumes; em vez disso, ele está reconhecendo uma escolha para viver moralmente sem a influência de decisões externas, isso é ser supramoral, além da moral.

NOVOS RUMOS

Amanhece renovada
com novo semblante.
Vibrando em alta
frequência
vibrações amorosas
sorrindo esperançosa.

Um novo dia
abre seu coração,
que agora compreende
livre como um pássaro
nosso sublime desejo
de união.

Seu reflexo em águas tranquilas,
comandam agora seu coração.
Com sabedoria e discernimento
consegues lidar com novas
marés.

Na carruagem dos
teus sentimentos,
segues segura sem hesitar.
Abraçando com ternura
novos rumos que a vida
lhe dá.


FILÓSOFOS E CIENTISTAS VERSUS DOGMAS RELIGIOSOS

Os leigos em geral, consideram muitos filósofos e cientistas ateus e inimigos das religiões, sem antes examinar o que eles, realmente, disseram. O que os filósofos e cientistas criticaram, eram as diversas formas de autoridades cegas, fantasistas, antropomórficas e mágicas que se prolongaram durante milênios e se tornaram ,infelizmente , muito fortes até mesmo na atualidade .Todavia , as religiões que consideram a ideia de responsabilidade, de liberdade de consciência, de solidariedade ,de tolerância, etc. têm muito em comum com o modo de pensar da grande maioria dos filósofos e cientistas, justamente, porque eles repugnaram as perseguições religiosas, as fanáticas Cruzadas, a Inquisição e outros absurdos cometidos pelos membros de instituições religiosas ditas "cristãs”. Já faz algum tempo que nós sabemos que elas foram formas de "falsa" religião. Desse modo, reabilita-se o ponto de vista dos filósofos e cientistas como sendo corretos e necessários para uma transvaloração de ideias ,de crenças e de valores.

PLATÃO, DITADOR DE UM ESTADO TOTALITÁRIO IDEAL ABSURDO

Para Platão, uma cidade ideal deve estabelecer um rígido domínio sobre a vida de seus cidadãos, rejeitando os poetas ,  expulsando-os da Polis ,etc. Dentre muitos outros absurdos, determina que todos os cidadãos se submetam a sua idealidade teórica fundada em um bem comum ,totalmente utópico, porque cria um Estado totalitário , na crença de que a justiça é sempre maior no Estado. Segundo ele, a lei em si não favorece os cidadãos considerados como unidades sociais, a não ser que esses se submetam docilmente aos ditames desse Estado, o que é uma utopia irrealizável . Não esqueçamos que a palavra UTOPIA deriva de U-TÓPÓS , significando em lugar nenhum.

FORÇAS POSITIVAS (ATIVAS)

Com a força do amor, do esquecimento , da alegria e da paz ,poderemos recuperar o tempo perdido, apesar de todas as perdas.

SENSIBILIDADE

Nossa sensibilidade é o nosso sentimento mais profundo, foi muito desvalorizada por nossa cultura extremamente racionalista. Ela também é eficaz para encontrar os caminhos e as possibilidades que temos para executar, apesar do jogo caótico, contingencial cotidiano que se manifesta no Mundo da Vida. Com a ajuda da Autorreflexão direcionamos caminhos inusitados, no êxtase da caminhada, a volta sem "nada" para o eterno caminhar, nos coloca sempre em movimento em um jogo que nunca para, através do diálogo, criando uma experiência ímpar, através do mundo, proporcionando uma constante criação de valores novos.

UM EXAME DE SABEDORIA

Um posicionamento ideal que podemos fazer para verificar se somos suficientes maduros ou não, seria aplicar uma máxima de William James que diz que sabedoria é: " a arte de saber o que deixar de lado"