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NIETZSCHE E A PEDAGOGIA


Podemos afirmar que há em Nietzsche uma pedagogia, no entanto, uma pedagogia anti-intelectualista, porque para ele não é suficiente apenas uma educação intelectual, faz-se necessário,principalmente,  educar o corpo. Nesse sentido, a educação dos Gregos mostrou-se superior à educação socrática, cristã e racionalista.
Para ele, a educação grega foi um acontecimento essencial na história da humanidade,porque havia uma valorização do corpo e da mente juntos. O grande objetivo de sua pedagogia é criar seres humanos autônomos, com integridade e não alienados aos problemas estruturais do mundo.


ETERNO DEVIR


A eterna mudança do Mundo,alternando-se entre dias e noites ,renova nossas energias e nos faz seguir em frente!A nossa meta é ir cada vez mais Alto ,em um jogo que nunca para." Não se volta, se a meta são as estrelas!" ,escreveu Da Vinci.

SABEDORIA ORIENTAL E SOFRIMENTO


Atualmente, todos nós sabemos da importância do legado da sabedoria oriental.Os grandes sábios chegaram à conclusão que em vez de tentarmos fugir do sofrimento, é melhor diagnostica-lo. Para tal, eles enumeraram alguns motivos principais que se relacionam com o sofrimento e a infelicidade causada por ele. Vejamos: A identificação com o Ego; o foco mental na permanência em mundo que é impermanente; o medo excessivo da morte; o não procurar se conhecer; a alienação mental induzida pelos modismos de nossa sociedade onde prevalece uma cultura de massa, etc.

NIETZSCHE E A DECADÊNCIA DA HISTÓRIA


Podemos afirmar que Nietzsche detecta que houve uma sucessão de civilizações que surgem, desenvolvem-se e depois entram em declínio. Segundo ele, há um movimento universal para a decadência. Nietzsche analisou que na Grécia Antiga, a moral pré-socrática foi destruída pela moral socrática, no entanto, o maior inimigo do ideal aristocrático foi, posteriormente, a moral judaico-cristã. O declínio continua na modernidade até hoje. Um sintoma desse declínio é a cultura universitária porque ela confunde cultura com ciência. A ciência é segundo ele um instrumento de investigação, como técnica de laboratório, como indiferença diante dos grandes problemas essenciais para a vida.

A NOÇÃO DE PARADIGMA AVANÇADO DE THOMAS KUHN


O paradigma Kuhniano é uma teoria ou sistema dominante durante algum tempo numa área científica determinada, como por exemplo, sistemas ptolomaico e copernicano, as mecânicas newtonianas e einsteinianas, etc. Incluem regras metodológicas, elementos axiológicos e metafísicos. Os aspectos ou ingredientes principais do paradigma Kuhniano são os seguintes: 1)Lógico Formal: generalizações simbólicas, As quais funcionam em parte como leis em parte como definições de alguns símbolos que elas empregam.) Metafísico: modelos os quais fornecem a uma comunidade científica as analogias ou metáforas 3) Axiológico: valores, tais como: coerência interna e externa, simplicidade e plausibilidade das teorias. 4)Técnico: exemplares ou soluções concretas de problemas que os pesquisadores encontram desde o início de sua pesquisa nos laboratórios e exames. 5) Sociológico: todos os aspectos anteriores são partilhados por uma comunidade científica. A aplicação estável de um paradigma constitui a “ciência normal”; a descoberta de “anomalias”, fenômenos que o paradigma tradicional não consegue explicar, inicia uma nova revolução científica, isto é, a busca de um novo paradigma. Quando este é adotado por uma comunidade, fala-se de progresso científico.

A CONCEPÇÃO DE CAUSALIDADE DE DAVID HUME

O predicado causa não entra na noção de o que começa a ser. O princípio não goza, portanto, de evidência analítica. É um juízo sintético. Como a simples experiência não pode formular um juízo universal e necessário, Hume deu uma interpretação psicológica, segundo ele, é por hábito que unimos necessariamente dois fenômenos que se sucedem e chamamos ao primeiro de causa e ao segundo de efeito. Todavia não há uma conexão causal necessária e sim uma conjunção constante. As proposições sobre relações causais são proposições sobre fatos e não do tipo de relação entre ideias como as da lógica e da matemática. A relação de causalidade é uma crença, baseada no hábito; crença, mas não ficção, pois, ambas se produzem pela imaginação, e, no entanto, as ideias em que acreditamos são mais vivas e fortes do que as da ficção. A crença é mais viva quando apoiada na experiência repetida de fatos semelhantes que, pelo hábito, produz a sensação de eles ocorram com regularidade, no entanto, não existe qualquer contradição em supor que o curso da natureza possa mudar e que um evento semelhante a um já experimentado possa ser acompanhado de eventos diferentes ou contrários àqueles que, no passado, acompanharam o primeiro evento.

SABER TRÁGICO VERSUS SABER TEÓRICO


Para Nietzsche foi à incompreensão da tragédia grega antes de Eurípides que levou Sócrates a desprezá-la “Também Eurípedes foi, em certo sentido, apenas máscara: a divindade, que falava por sua boca, não era Dionísio, tampouco Apolo, porém um demônio recentíssimo nascimento, chamado Sócrates” (NT-12-p. 79 Cia das Letras) e de propor um saber racional e teórico como superior a sabedoria trágica” basta reconhecer nele o tipo de uma forma de existência antes dele inaudita, o tipo de homem teórico " (NT-15.p.92 Idem) onde o homem teórico seria o oposto do homem trágico, Sócrates seria dessa forma o idealizador do conhecimento racional tendo como apoio uma hiper valorização do Saber consciente em detrimento do saber trágico. desta forma vemos que foi Sócrates que fez com que todo conhecimento trágico fosse cada vez mais perdendo espaço para um saber puramente racional onde "tudo deve ser inteligível para ser Belo" (...) “Só o sabedor é virtuoso” (NT-12.p.81, Idem). É bem sabido que na ótica de Nietzsche, a primazia de um saber teórico em detrimento de um saber trágico é um agente de adoecimento e decadência por que para ele o Saber trágico corresponde à verdadeira natureza do mundo que se mostrava nas tragédias através de Apolo e Dionísio, chamado de "impulsos artísticos da natureza onde nesse emparelhamento tanto a obra de arte dionisíaca quanto a apolínea geraram a tragédia ática"(NT-1.p.27, Idem). Para Nietzsche, os gregos da época trágica sabiam da condição horrenda da existência e criaram a tragédia como forma de aceitação, aprendizado e justificação da  vida por ela mesma sem recorrer a nada transcendente "a tragédia precisamente é a prova de que os gregos não foram pessimistas "(EH-p. 61 Cia das Letras). A tragédia ática, é segundo Nietzsche, um dizer afirmador à Vida, uma aceitação da vida , coragem diante do destino e uma exaltação os valores vitais em contraposição a sabedoria após Sócrates onde havia hiper valorização da razão como princípio constitutivo do ser,  quer dizer, havia uma identidade intrínseca entre a racionalidade e realidade. Portanto, a sabedoria trágica que se manifesta no dizer sim à vida mesmo nos seus mais estranhos e mais duros problemas tem um valor maior do que o saber teórico conceitual, porque se enraíza na verdade profunda do homem.


ACORDAR PARA A DIFERENÇA E MULTIPLICIDADE


Vamos acordar! Acordar para ver as coisas de modo diversificado, múltiplo, onde a diferença exerça uma força que transvalore e vá além do que está sendo percebido! Todas as coisas estão cobertas pelo Véu de Maya, quer dizer, as coisas são de certo modo máscaras. As religiões ortodoxas são máscaras, o grande problema é que a grande maioria das pessoas não quer ou não podem perceber esse aspecto e ficam presas, deixando de adquirirem uma nova maneira de pensar, não somente referente aos dogmas impostos pelas diversas religiões, como também, todas as outras coisas que visaram dominar o pensamento humano, impondo limites, regras etc..

EPICURO : Hedonista ou Epicurista ?


O hedonismo é uma doutrina moral que faz do prazer o soberano bem do homem, e apesar de estar associado à Epicuro, nada tem a ver com a atual concepção dos hedonistas, nem dos atuais epicuristas. Em verdade, para Epicuro é necessário escolher na medida em que os prazeres seguem os desejos: há prazeres naturais e necessários: como se alimentar com equilíbrio, matar a sede, viver uma vida simples... Há outros naturais, mas não necessários: será necessária uma mesa abundante? Uma adega repleta de vinhos caros? Há ainda os desejos que não são nem naturais nem necessários: ser escravo do dinheiro, não conseguir pôr termo à ambição e outras vaidades. Segundo Epicuro, o que realmente é necessário é alcançar um estado de tranquilidade da alma, por meio da ausência de dor e de ansiedade, que ele denominou de ataraxia. Enfim, para realmente ser um epicurista devemos não precisar de muito para nos regozijar, manter-se à parte: para vivermos felizes, vivamos escondidos - eis a máxima epicurista.

O QUE AINDA PODEMOS APRENDER COM PLATÃO


Por desmesura e leis em excesso, nossa sociedade moderna tem pouco ou nada em comum com a da Grécia antiga. Onde temos a cidadania universal, os atenienses tinham escravos e apenas os homens  poderiam ser cidadãos e ter direito ao voto. Apesar de tudo, vivemos em uma época completamente diferente daquela do  "berço da democracia". Apesar dessa distancia, a filosofia em geral e os pensamentos de Platão em particular, continuam a viver e influenciar nossas vidas. As atemporais ideias de Platão nos dão uma ideia de como ele  poderia lidar com alguns dos principais dilemas de nossa sociedade. A filosofia de Platão pode nos ajudar a pensar melhor e agir por nós mesmos e ganharmos um controle mais profundo e mais forte das nossas emoções, tais como:como não agir como um cavalo indisciplinado,por que a pessoa mais sábia do mundo afirma saber o mínimo,por que nós não podemos ter em mãos as respostas para todos os problemas da vida , agir por instinto pode nos matar.etc.As ideias de Platão  sobrevivem até os dias atuais  e ainda afetam nossas vidas .A relevância de Platão, que viveu há 2.400 anos atrás, mantém-se em nossas vidas e  podemos aprender muito com seu legado.Embora muitos dos fatos de sua época ,sem dúvida alguma, parecem bárbaros para nossa perspectiva moderna – tais como a posse de escravos e atitudes sexistas – os insights filosóficos encontrados em seus diálogos , no entanto, levantam questões fundamentais sobre quem somos e como devemos viver.Seus diálogos abordam muitas perguntas que não têm respostas fáceis e ainda são tão abertos à interpretação como eram há milhares de anos.O Simpósio, por exemplo, inclui diálogos sobre o significado do amor e as responsabilidades que vêm com ele. Em a República, também, encontramos discussões sobre que tipo de organização política seria a melhor. Estas perguntas não têm respostas simples. Na verdade, lutamos com elas até hoje! Platão também definiu as bases para explorar o significado da vida, examinando nossas próprias vidas e as vidas daqueles que estão ao nosso redor.
Em Platão, Apologia significa "defesa", em grego antigo – a personagem de Sócrates, que, na vida real, tinha sido acusado de impiedade, de corromper a juventude e de trazer falsos deuses para a cidade, proclama que "a vida não examinada não  vale a pena ser vivida." Em essência, nós devemos nos esforçar para aprender com os erros e ter novas experiências a fim de encontrar uma melhor maneira de viver. Mas não precisamos ler todas as obras de Platão para apreciar a sua relevância. Na verdade, nossos métodos contemporâneos de tentar entender o mundo que nos rodeia deve em si completamente a sua filosofia. Platão é grande não porque ele estava certo, mas porque ele estava sem medo de questionar nossas suposições. Em primeiro lugar, Platão nos ajuda a ensinar por fazer perguntas que permitem às pessoas chegar a respostas por conta própria. Também chamado de método socrático,  envolve fazer perguntas a um parceiro de conversa para aprender mais sobre o assunto em questão e, simultaneamente, solicitar do parceiro de conversação para desenvolver suas próprias conclusões, simplesmente por fazer as perguntas certas conduzindo o diálogo de modo dialético. Na verdade, esta forma de ensino ainda é usada em escolas de direito hoje. Professores pedem os alunos que analisem um caso, questionando os argumentos utilizados, a precedência histórica, etc. Depois de receber uma resposta, ele então pedirá para mais esclarecimentos a fim de ajudar os alunos a descobrir mais sobre a natureza dos próprios argumentos e, assim, tornar-se um advogado mais eficaz. Platão não apenas usou perguntas para chegar às respostas; ele também questionou aqueles que alegou ter conhecimento em um determinado assunto. Em seus diálogos, os personagens que afirmavam ter conhecimento fornecem um relato para que outros possam aprender com eles. Mas se eles não podiam fornecer uma explicação, eles terminariam provando a sua ignorância. Por exemplo, quando Sócrates foi acusado de impiedade no diálogo: Apologia de Sócrates, ele primeiro pede uma explicação de "impiedade" de um especialista antes de começar a defender-se. Na verdade, Socrates foi ainda nomeado nas desculpas como "a pessoa mais sábia do mundo" porque ele sempre se absteve de reivindicar qualquer conhecimento e em vez disso, optou por depender de verdadeiros especialistas. A Filosofia de Platão levou a uma transformação dos antigos valores atenienses  para o mundo moderno.Nós estamos todos afetados por nossos contextos históricos e culturais específicos e Platão não foi excepção à regra. No entanto, ele simplesmente não aceita os valores e formas de sua sociedade; em vez disso, ele escolheu questionar e transformar as coisas que ele não concordava. Em seus diálogos, Platão tentou entender, problematizar e transformar os antigos valores atenienses que ele via como problemáticos. Por exemplo, naquele tempo, os atenienses colocavam valor na força bruta e emulava os deuses. Eles olharam a figuras como Aquiles, o grande guerreiro da Ilíada, para inspiração Homero: sua ferocidade, força e agilidade na batalha encarnavam os deuses que eles adoravam. Platão, no entanto, pensava que uma vida extraordinária foi criada por continuamente melhorar nosso raciocínio e ser sensível para aqueles que nos rodeiam. Para ele, Excelência não requer quaisquer deuses ou proezas de força e em vez disso foi baseada em um diálogo contínuo através do questionamento e contemplação do motivo de  aceitarem crenças. Platão acreditava que a verdade, a beleza e a bondade foram  importantes valores,  ele mostrou a importância de cada um para se tornar uma pessoa virtuosa. Na verdade, esses valores continuam a sobreviver até hoje. Podemos ver isso nas diferentes instituições que se reúnem e exercerem sabedoria: Ciências Matemáticas e as que lidam com questões da verdade e do conhecimento; nossos tribunais e legisladores lutam pela justiça e o bem moral. E depois há todos os artistas, museus e galerias que os confrontam com perguntas sobre o que a beleza significa hoje. Platão provavelmente iria colocar esta questão decisiva e perspicaz: É melhor pedir um treinador de cavalos sobre questões relacionadas com cavalos ou apelar à informação das massas?Para Platão, uma educação completa significa obter uma base sólida e então implementar seus próprios interesses individuais. De acordo com Platão, a educação deve ser rigorosa e disciplinada, destacando a matemática, música, esporte e filosofia. No entanto, esta disciplina deve tomar em consideração, nossas necessidades individuais e, portanto, não pode ser aplicada universalmente.
Platão torna isso bastante explícito na República, que explora o que pareceria o Estado melhor e mais justo. Nele, Sócrates afirma que, uma vez que cada criança não é a mesma, educação não pode ser a mesma para cada criança também. Segundo ele,enquanto determinadas disciplinas de fato devem ser estudadas por todos, não devemos continuar com assuntos que não nos interessam. Em vez disso, o nosso desenvolvimento educacional deve corresponder aos nossos próprios interesses e pontos fortes. Além disso, elaborar uma boa educação baseia-se na identificação precoce dos talentos e interesses do aluno. Não há dois indivíduos iguais e nem todos têm as mesmas faculdades e interesses, então, depois de fornecer as habilidades necessárias, comuns para todos, a educação deve atender às forças individuais a fim de permitir que cada indivíduo tenha sucesso para beneficiar a Comunidade. A Educação, portanto, deve proporcionar a todos a mesma fundação educacional ao também ser suficientemente flexível para acomodar nossas necessidades individuais, interesses e pontos fortes.Platão oferece uma noção do amor que incorpora todos os tipos de relacionamentos. Por exemplo, você provavelmente já ouviu o termo amor platônico em algum momento, tradicionalmente entendido para descrever o amor não sexual entre amigos. A intenção de Platão, no entanto, foi na verdade a expandir a noção de amor, ao invés de dividi-lo em categorias, mostrando como amor, amizade e sexo estão intimamente interligados. Em seu diálogo, Simpósio, vários oradores entregam discursos sobre o que é amor, variando de amor entre amigos de amor romântico para o amor pela sabedoria, ou seja, filosofia. A posição de Sócrates incorpora todos estes diferentes pontos de vista sobre amor, sugerindo que o amor realmente se desenvolve em várias etapas. De acordo com Sócrates, o nosso amor pelos outros começa com nossos sentidos, avançando mais tarde para nossas faculdades racionais. Por exemplo, nossas relações amorosas podem começar com a excitação dos sentidos, ou seja, nossa atração física por alguém. Então, como podemos conhecer essa pessoa, se tornar atraídos a e eventualmente adoramos esses traços que não podemos ver fisicamente, ou seja, sua personalidade. Desta forma, nossa atração sensual inicial pode nos levar para compartilhar-nos com os outros através de discussões de ideias.Platão passa a explicar que o amor não é apenas uma relação entre duas pessoas, mas uma força de ligação necessária para estabelecer uma comunidade, quer seja uma comunidade familiar, educacional ou política. Enquanto pode começar com um indivíduo, o amor deve eventualmente estender aos outros e estabelecer um amor para a Comunidade. Na verdade, o Simpósio mostra-nos que o amor é a força de atração entre as pessoas e o requisito necessário para todas as relações. Todas as várias expressões do amor não importam qual o seu grau de intimidade, nos levam a eventualmente estabelecer uma comunidade onde nossa racionalidade é crucial para melhorar nossas vidas. Qual é a melhor maneira de vivermos nossas vidas? Quais valores devemos  viver por? Não importa como nós respondemos a estas perguntas, Platão discutiria que essa é a razão pela qual deve ser o nosso princípio orientador. Para Platão, uma vida que não fosse examinada não é uma vida que valer a pena, e é a razão que torna possível este exame.Na apologia a Sócrates, ele escreve, novamente através da voz de Sócrates, que só podemos justificar nossas vidas quando compreendermos quem somos e por que nos comportamos como nós.
Para ganhar este valioso entendimento, Sócrates questiona as crenças dos outros e ações, exigindo que eles dar razões para o seu comportamento. Ele acreditava que, refletindo sobre nossos pensamentos, ações e interações, podemos ganhar a introspecção do quem somos e para onde queremos ir. Sem isso, nós simplesmente viveriamos sem rumo. Por outro lado, sendo governado por nossas emoções e ambições pessoais pode cegar-nos de como devemos agir.Platão usa o personagem Alcibiades – cujas paixões e emoções ele governou de uma forma que o fez agir egoisticamente e eventualmente ele tem executado – para demonstrar os perigos de seguir seus instintos.Como Alcibíades, quando reagimos sobre o impulso das nossas emoções, podemos perder nossa razão e assim se comportar como um cavalo feroz. No entanto, quando consideramos as nossas acções racionalmente sem responder imediatamente, estamos mais propensos a tomar a decisão certa que tem um objectivo claro.Imagine, por exemplo, que você ouvir sobre erro estúpido de um colegade trabalho que pode custar sua empresa negócio valioso. Sua reação pode ser para expressar raiva, mas isso poderia facilmente piorar uma situação ruim.
No entanto, se você reflete sobre o que aconteceu e considera cuidadosamente como agir, você tem a chance de realmente melhorar a sua situação: Noções básicas sobre o erro do seu colega pode ajudá-lo a impedir que isso aconteça novamente no futuro, que irá criar uma mais ambiente de trabalho construtivo. As perguntas de Platão, de livre vontade e identidade pessoal continuam a ser de vital importância hoje.Na verdade, alguns neurocientistas afirmam que reações químicas de nossos vários órgãos – com a ajuda de nosso ambiente – determinam completamente o nosso comportamento e, portanto, concluem que a identidade pessoal e livre arbítrio são meras ilusões.Mas o caso não está encerrado ainda!Caso Platão estivesse vivo hoje, ele teria, sem dúvida, que expor aos pressupostos inquestionáveis subjacentes pesquisa dos neurocientistas e examinar seu papel como cientistas, concluindo que as questões de identidade pessoal e livre arbítrio são pontos cegos em seus estudos. Por exemplo, Platão iria observar que os neurocientistas não fornecem uma conta para o que os fez estudar o cérebro ou como tiram suas conclusões: se é verdade que somos nada mais do que um feixe de neurônios, completamente controlado pelo nosso ambiente, como podemos explicar a curiosidade científica que iniciou a escolha para realizar pesquisas em primeiro lugar?No diálogo Fédon, Sócrates explica como nossa natureza e do ambiente permitem agir de certa forma, mas isso não quer dizer que eles nos causam a agir dessa forma. Em outras palavras, enquanto nós podemos ser condicionados por fatores externos, estamos na verdade nunca determinados se comportar de certa maneira. Além disso, embora nós somos compostos de material físico – neste caso feixes de neurônios – isto não abrange a totalidade de quem somos. É errado assumir que somos nada mais do que os nervos se simplesmente porque não encontramos uma personalidade por trás de uma pilha de nervos. Para Platão, seria preciso mais do que simplesmente analisar os fatos biológicos ou químicos para refutar a presença de uma identidade pessoal ou livre arbítrio. Devemos, no entanto, usar esses fatos para informar nossa compreensão de nós mesmos. A filosofia de Platão  não é apenas relevante para os antigos atenienses e estudiosos em suas "torres de marfim". Todos nós podemos nos beneficiar da aprendizagem filosófica sobre a sabedoria legada por ele, no entanto, temos sempre que fazer perguntas quando não sabemos, porque não há nenhum conhecimento fora de nosso alcance se fizermos as perguntas certas.


OPOSIÇÃO ENTRE SABER RACIONAL E SABER ARTÍSTICO

A história da determinação da verdade como adequação ou identidade entre pensamento e Ser é para Nietzsche a história de sua dissolução como verdade, porque a partir de uma ausência de um fundamento metafísico para o mundo, ele chegou a conclusão que Arte tem uma força de produção de aparências que é superior a compreensão conceitual da filosofia " O homem de propensão filosófica tem mesmo a premonição de que também sob essa realidade, na qual vivemos e somos, se encontra uma outra,inteiramente diversa, que portanto também é uma aparência "(N.T §1 - Cia das Letras). Sendo a vida aparência, a Arte é para ele uma interpretação da vida e é na sua concepção de sua  " Metafísica de Artista" que a arte é concebida como atividade própria do homem, que ele vai encontrar uma alternativa que está em contra-posição com a Metafísica Clássica, onde o pensamento racional, consciente se sobrepõe ao pensamento artístico-poético, gerando uma hiper valorização do saber conceitual, teórico ,em detrimento de um saber artístico.De modo que , ao ser estabelecida a oposição entre a atividade racional e a atividade artística, a estratégia de Nietzsche será justamente em afirmar a superioridade da atividade artística em relação à necessidade da verdade a todo custo.

A BIOTIPOLOGIA PSICOLÓGICA DE NIETZSCHE

De acordo com Nietzsche, a doença é mais instrutiva do que a saúde , porque a ela nos permite apreender afinidades profundas entre nossos estados biológicos e nossos juízos de valor. O corpo sadio e o corpo doente podem ser vistos como a base de uma tábua de valores que expressam  uma vida ascendente ou uma vida decadente.Neste sentido, ele se proclama como axiólogo , quer dizer , como um "médico da civilização" que faz a crítica dos valores .Fazendo seu diagnóstico a partir de um critério biológico,ele criou uma tipologia: o tipo decadente que se identifica com aqueles que professam os valores judaico-cristãos,porque o cristianismo, tomado como paradigma, foi uma ética da valorização do utilitarismo e portanto, do nivelamento por baixo da sociedade, do tipo medíocre ou o homem massa, que é cegamente otimista,acredita na felicidade e no mesquinho bem estar e segurança,correspondendo  ao homem do rebanho , da mentalidade igualitária e exageradamente pacifista. O tipo aristocrático é o solitário , "aquele que sabe ser diferente da massa", cujas virtudes procedem de uma força , plástica criadora que ele denominou: Vontade de Potência.
A tipologia feita por Nietzsche remete para a distinção entre dois tipos básicos de moral, a moral dos senhores e a moral dos escravos cuja coexistência  sempre deverá existir, porque o nivelamento implica no declínio.

UMA MORTE MUITO TRISTE - In memoriam de minha nobre mãe

A prática médica hodierna , extremamente materialista e utilitarista que está relacionada, principalmente, com os pacientes terminais, conduz  todos eles, infelizmente, a uma morte muito triste ,haja vista que a permanência em um estado vegetativo após o sentido à vida, do direito à vida ascendente haver se perdido, os priva totalmente de uma despedida real, à qual possa assistir ainda aquele que se despede, ou seja,  conceder o direito de morrer livremente através da Eutanásia , uma morte realizada a tempo com lucidez  e alegria, entre familiares e amigos, de modo que se possa fazer uma feliz ,corajosa e efetiva despedida. A morte "natural" é um conceito falso, nem sempre se morre por uma causa externa, morre-se sempre por causa de si mesmo, herdamos geneticamente genes "bons" e "ruins”. Por isso, uma morte nas condições mais desprezíveis é uma morte não livre , uma morte muito triste. Se a ciência médica não pode curar esses pacientes, por que não os ajudar a morrer  sem sofrimento? Pergunta-se ???

NIETZSCHE E SEU PROJETO PARA RENOVAÇÃO DA CULTURA


Apesar de aceitar e ser influenciado pelo pessimismo de Schopenhauer que faz da dor uma medida da lucidez ,um pessimismo da inteligência que descobre o irracional e um pessimismo moral que reconhece o imoralismo de todos os impulsos vitais , Nietzsche em sua obra o Nascimento da Tragédia tem como projeto de fundar uma nova cultura sobre esse pessimismo Schopenhaueriano  transformando-o totalmente.Simultaneamente pretende , assegurar o triunfo da vida , ultrapassando a negação da vontade de viver que corresponde ao niilismo passivo , transformando-a  em vontade de potência, com a total adesão ao mundo da vida.

CAMINHO PARA ELEVAÇÃO

A compreensão para onde desejamos seguir para atingirmos cada vez mais elevação, dar-se-á em um projeto existencial que , primeiramente, tem um caráter de ação elaborada. No entanto, é preciso uma colaboração mútua para haver uma transcendência, quer dizer, uma ultrapassagem  das banalidades do cotidiano, com a finalidade de adquirir um caráter de autenticidade.

A REPÚBLICA DE PLATÃO - UMA UTOPIA ÚTIL

Apesar de ser uma utopia, a República de Platão pode servir como reflexão para a questão da Justiça, onde as respostas é o que Sócrates, o provocador de Atenas, pretende descobrir ao longo da obra. Platão escreveu esse diálogo há mais de 2000 anos e ainda continua sendo uma das peças centrais da filosofia e da teoria política. De acordo com Alfred North Whitehead, toda filosofia ocidental se resume a "uma nota de rodapé a Platão". Logo no início do diálogo, Sócrates questiona e desmonta as definições da justiça que seus parceiros de diálogo propõem. Como você define justiça? Não importa o quão bem considerada poderá ser sua resposta, Sócrates provavelmente seria capaz de desmontar a sua definição. Durante todo o diálogo entre ele e os seus interlocutores, ele examina e pergunta sobre várias definições da justiça. A primeira definição vem de Polemarco, que afirma que justiça é dar a cada pessoa o que lhe é devido. Em resposta, Sócrates tenta minar esta definição por encontrar exceções a ela. E se as armas são devidas? Embora devemos retornar o que se deve, não se devem oferecer armas para alguém que é louco e ameaçador para prejudicar alguém. Então, a definição da justiça como "dar o que é devido" não é suficiente. Polemarco, em seguida, fornece outra resposta: ser justo significa "ajudar amigos e prejudicar os inimigos". Para isso, Sócrates consulta se há circunstâncias sob a qual é  moral se fazer o mal. Ele acha que não . Treinadores de animais, ele diz, não beneficiam animais, os prejudicam; da mesma forma, as pessoas se tornam menos morais se prejudicando. Além disso, um pode confundir amigos com os inimigos e inimigos com amigos e, portanto, acabam beneficiando aqueles que queriam machucar. Então, prejudicar alguém não é benéfico e nossos juízos não podem ser absolutamente precisos, esta segunda definição também cai por terra. A terceira definição, proposta por Trasímaco, é que a justiça "é tudo o que é vantajoso para o governante". Sócrates questiona se esta definição , também ,se aplica a aqueles em outras posições – tais como, digamos, um médico. A saúde do paciente, ao invés de benefício do médico, deve ser a principal preocupação do médico. Uma regra que visa beneficiar-se, em vez de seu povo, não é um só governante. Como o médico, o governante deve procurar fazer o bem para o seu "paciente", ou seja, a cidade. Essa terceira definição também é inadequada, e então as primeiras tentativas de definir a justiça vem a uma aporia, um impasse no diálogo, porque a Justiça não pode ser analisada independentemente do indivíduo e da cidade.Na verdade todas as respostas dadas são contingentes!. Após este impasse, Sócrates propõe sua própria definição de Justiça: cuidar da própria vida. Isso, diz ele, tem um aspecto privado e um aspecto público. O Cuidado com nosso próprio negócio é responsavelmente desempenhar o nosso papel adequadamente e, assim, beneficiar a nós mesmos e nossa cidade. Os cidadãos de uma cidade que funcionam de uma forma bem organizada têm o seu papel, perfeitamente adequado para eles. Devido a isso, ninguém tem de tomar conta de tudo por si só. Sócrates especifica que uma cidade deve incluir os trabalhadores de embarcações, médicos, comerciantes, governantes e soldados e que cada pessoa deve reconhecer seu papel individual e em seguida habilmente cumpri-la. Conhecimento do papel de cada um depende da cidade tendo apenas instituições que irão educar seus habitantes em suas funções apropriadas. Uma vez que eles sabem quais são suas funções, os indivíduos irão cuidar das próprias vidas realizando seu papel de forma justa e apropriada. Este, por sua vez, reverbera pela cidade, tornando-se ou justo ou injusto. Sócrates explica que nem todos são apropriados para cada função, por exemplo, alguém que é adequado para ser um general não necessariamente fará melhor do que um treinador de cavalos. O trabalho de cada pessoa deve beneficiar a Comunidade em geral – que é o seu papel social. Tomemos o exemplo da régua: uma regra só pode ser valida para uma cidade.Um tirano fará regras para seu próprio ganho. Então, as ações de um tirano refletem uma sociedade corrupta que ele controla, enquanto as ações do governante só refletem a cidade que somente ele governa. Justiça para cada pessoa, portanto, não pode ser vista independentemente de justiça para a cidade. Determinar o seu papel é decisão do indivíduo, mas é moldando as necessidades da cidade e com as habilidades do indivíduo.
Para haver uma situação ideal, as necessidades da cidade e do indivíduo precisam trabalhar simbioticamente, beneficiando o seu povo e seu povo, beneficiando a cidade. Pessoas e cidades têm de ser uma só coisa, um todo. Para Platão, parecer ser justo sozinho é o pior tipo de injustiça. Há uma linha que atravessa os diálogos sobre a justiça – a diferença entre essência e aparência. Ou seja, como algo aparece em oposição o que realmente é.
Irmão de Platão, Glauco,  se junta ao diálogo. Ambos Glauco e Sócrates tentam compreender a justiça e apresentar a ideia de que uma vida justa é mais desejável do que uma vida injusta. Glauco, fazendo o papel de advogado do diabo, faz uma afirmação que ele quer que Sócrates refute. Sua reivindicação é que a maioria da população considera que a mera aparência de levar uma vida justa é melhor do que na verdade ser justo. Sócrates, não só refuta isso e ainda salienta que tal vida é extremamente injusta. É comparável a alguém que parece ser um hábil fabricante de armas, quando eles são realmente incompetentes, ele diz. Tais falsas alegações provocariam escudos de aparência robusta que se desintegram em batalha. O ponto, aqui, é que o verdadeiro caráter não tem nada a ver com as aparências.
Finalmente, Sócrates afirma que é possível discernir se alguém é justo ou injusto ao estudar seu ambiente – a cidade – e as relações que eles têm com os outros. Portanto, para um indivíduo ser justo, a cidade deve ser justa também e não meramente parecer justa. Em seguida, Sócrates diz que, sem uma cidade justa, indivíduos justos não podem existir. Para indivíduos que vivem em cidades cujas leis beneficiam  poucos e não muitos, vivem em cidades injustas, mesmo que parecem serem justas. Essas cidades muitas vezes são governadas por tiranos, cujos atos injustos são usados para construir uma reputação de justiça. As leis do tirano sempre favorecem e desqualificam tudo que vá contra ele. Ao invés de agir em prol de um bem comum, o tirano visa apenas satisfazer seus objetivos pessoais.
Educação e uma "nobre mentira" são necessárias para justiça.
Sócrates postula que a educação deve instruir indivíduos para serem justos. Portanto, uma boa educação é aquela que permite aos indivíduos ter uma mente sã e corpo que podem proteger e fortalecer a cidade. Por exemplo, educação musical abre o caminho para uma mente saudável, e ginástica leva a um corpo saudável. A música ajuda a educar a mente e a alma através do ritmo e harmonia, esta ordem equilibrada também é necessária para uma variedade de artes e ofícios. Ginástica, por outro lado, promove a força física e solidifica a cooperação do grupo. Em particular, Esportes Olímpicos promovem tanto a força individual e a mentalidade de grupo. O benefício da música e da ginástica é que fazem os cidadãos saudáveis na mente e no corpo porque eles permitem que o progresso e o fortalecimento da cultura da cidade . Enquanto uma mente sã e corpo são, são vantajosos para o indivíduo, outra coisa é necessária a fim de promover a justiça , fazer com que o indivíduo se sinta envolvido no futuro de sua cidade: uma nobre mentira que liga os indivíduos a sua cidade e sua Comunidade. A “nobre mentira” ensina os cidadãos que a terra é sua mãe e enfermeira, e que todos os cidadãos levantaram-se debaixo da cidade. Como a Fundação da cidade é a terra, então os cidadãos também dependem da terra. De acordo com Sócrates, indivíduos devem ser informados desta mentira – ou um mito equivalente – por seus responsáveis. É o que os faz sentirem-se conectados a sua cidade. A "nobre mentira" garante que as pessoas vão proteger a cidade em tempos de conflito e reforçá-lo em tempos de paz.
Sócrates compara a cidade ao indivíduo desenhando-se uma analogia entre a cidade  e a alma.
É impossível para alguém estudar sem examinar também a sua cidade, Sócrates diz. Não só faz uma cidade criar seus cidadãos, mas os cidadãos também formam e desenvolvem sua cidade. As pessoas e a cidade  precisam um do outro.
Uma cidade forma seus cidadãos em conformidade com suas leis e instituições. Então, como cidadãos maduros assumem diferentes escritórios, podem alterar as leis e conceber novos, ajudando a cidade ao progresso juntamente com eles.
Você não pode, portanto, ter uma só pessoa em uma comunidade injusta, ou uma pessoa injusta em uma comunidade só.
Para demonstrar seu ponto, Sócrates desenha uma analogia entre a cidade e a alma humana. Quando Glauco solicita que Sócrates examine alma de uma pessoa justa, ele diz que a alma é como um discurso, porque tem razão e lógica. A alma de uma pessoa pode ser revelada através de conversa com essa pessoa e suas explicações sobre o comportamento dela. A cidade justa é como uma pessoa justa, apenas em uma escala maior. Portanto, os discursos, diálogos e as leis em que se funda a cidade só devem ser examinados por meio de discussão. Uma vez que se pode entender como uma pessoa pensa por conversar com essa pessoa, pode-se entender uma cidade por falar sobre isso com os outros. Se a cidade é justa, isso dará origem a indivíduos só quem pode oferecer uma conta de suas ações e debate o que constitui sua justeza. A compreensão de uma pessoa justa, então, também é uma questão de analisar a cidade apenas através de discursos e diálogos, tais como aqueles entre Sócrates e seus interlocutores. Sócrates usa a mentira nobre para demonstrar como a cidade é particionada, e como a alma humana também é dividida em partes mesmas como a cidade.
A primeira parte da alma e a cidade são governadas de acordo com a razão.
Governantes da cidade têm, de acordo com a mentira nobre, almas de ouro que pertencem aos guardiões que criam as leis e estão equipados para governar. Como governantes fiscalizam a cidade, a parte racional da alma, informada pela razão e pela lógica, deve supervisionar as outras partes da alma, mantendo a ordem e, portanto, a justiça. Nesta primeira parte também planeja várias tarefas e maneiras de realizá-los.
A segunda parte da cidade é o exército, que corresponde à parte mais fogosa, "espirituosa" da alma.
O exército é composto por aqueles que têm as almas de prata, e defende a cidade durante as batalhas e defende as leis durante tempos de paz. Esta parte de prata "espirituosa" atua como um mediador, sempre que houver um conflito, entre a alma racional e desejosas peças. Ele mantém a ordem entre razão e emoção, um equilíbrio entre cálculo árduo e decisões precipitadas.
A parte mais baixa da cidade é composta por agricultores e trabalhadores de ofício e corresponde com a parte mais baixa da alma – a parte de bronze – que é a parte regida pelo desejo.
Aqueles com almas de bronze são agricultores, artesãos e aqueles que produzem bens. Esta parte é controlada por  desejos e necessidades, tais como o apetite sexual, que imploram por gratificação instantânea. Também nos permite saber quando precisamos comer, dormir ou procriar.
Embora os governantes, soldados, agricultores e trabalhadores de ofício representam as peças de ouro, prata e bronze da alma, respectivamente, as suas almas individuais também são particionadas em ouro, prata e bronze. Portanto, os agricultores e trabalhadores de ofício, também tenham uma parte espirituosa e uma parte racional para suas almas, assim como os governantes têm uma parte desejosa para o deles.
Na cidade justa, os filósofos devem ser reis, ou reis devem ser filósofos.
Se você tivesse que escolher, quem você gostaria de ser governado por? Sócrates postula que os filósofos devem ser feitos os governantes da cidade. Isso, diz ele, é a única maneira que as leis da cidade serão apenas e sua supervisão racional. Para o rei-filósofo, filosofia e autoridade devem andar de mãos dadas. Para um filósofo ser rei, ou um rei ser um filósofo, suas almas devem ser governadas pela razão e sua cidade deve ser governada de forma racional. O filósofo-rei deseja a sabedoria; sua alma é equilibrada e harmoniosa. Isso significa que ele não deve ser um escravo da paixão. Quando a alma está equilibrada, a vida também é equilibrada. Filósofo-reis são saudáveis no corpo e na mente e sintetizam os valores transmitidos a eles ao longo de sua educação. Sede do rei-filósofo de conhecimento também se refletirão na Comunidade, influenciando-os para determinar como a cidade deve ser executada e os seus cidadãos educados. Além disso, eles devem decidir sobre a educação do povo – quais funções se encaixam cada indivíduo melhor e o que as pessoas devem aprender. Filósofo-Reis também devem determinar as leis da cidade, os quais devem ser escritos para espelhar a justiça e o bem comum. As leis não são criadas em benefício dos governantes, mas em benefício de todos.
Por último, só os filósofo-reis podem determinar o bem comum. Ou seja, o bem compartilhado dos indivíduos e da cidade. Isso garante que a cidade não prospera em detrimento de seus cidadãos e que os cidadãos não prosperam em detrimento da cidade.
Os filósofos encontrarão muitas dificuldades em tomar decisões e educar os outros.
Só porque algo é racional, não quer dizer que é popular. Às vezes pode ser o oposto. Argumentos racionais muitas vezes lutam contra nossos hábitos bem arraigados e preconceitos. Por exemplo, pode ser quase impossível tentar convencer alguém exercitar-se regularmente. Da mesma forma, os filósofos racionais tentando organizar uma cidade frequentemente resultarão com resistência irracional.
Sócrates demonstra este ponto com o mito da caverna. A tentativa dos filósofos para educar os outros, diz ele, é como arrastar as pessoas fora de uma caverna.
Sócrates diz Glauco que imagine uma caverna. Os prisioneiros estão acorrentados assentos, seu olhar forçado em direção ao muro. Eles vivem assim a vida toda. Dos movimentos das pessoas passando na frente da caverna são sombras na parede pela luz do sol por trás deles. Porque é tudo que sei, os prisioneiros na caverna percebem as sombras e vozes projetadas na parede como realidade, ao invés de uma mera sombra do mesmo.
Um filósofo é alguém que entra na caverna para libertar os prisioneiros e levá-los para a luz. Sócrates afirma que as maiorias das pessoas são como as da caverna, preferindo tratar meras sombras como se fosse realidade.
Então, o filósofo esforça-se para revelar a verdade, ou essência, por trás dessas sombras, essas aparições.
Na analogia da caverna, a luz do sol significa o bem – embora um não possa olhar diretamente para o sol, nos ajuda a ver a realidade.
Sócrates chama a atenção para o fato de que, enquanto toda a gente nasce numa caverna, é os filósofos que são capazes de sair e depois voltar para libertar os outros.
Existem cinco tipos de governo, sendo a forma ideal a aristocracia.
A maioria de nós no Ocidente será apenas já experimentaram uma forma de governo: democracia. Mas quais são as outras formas de governo? E qual é o melhor? Agora Sócrates põe adiante sua própria análise.
Os cinco governos são ordenados assim, da melhor para a pior: aristocracia, timocracia, oligarquia, democracia e tirania.
A forma ideal de governo, diz Sócrates, é uma aristocracia, que significa 'regra dos melhores'. O melhor governante é o rei-filósofo.
O próximo governo melhor é uma Timocracia, que é executada de acordo com honra. Este sistema é governado por aqueles que não se pode argumentar bem e são, portanto, não é possível executar uma aristocracia. Eles ganham com a retórica e discursos apaixonados sobre honra, em oposição as racionais palestras dadas pelos filósofos, e quando um governante timocrático derruba um filósofo-rei, a aristocracia é derrubada, também.
Em seguida é uma oligarquia, onde o dinheiro governa a cidade. Aqueles com almas de prata e bronze são contra outro em uma tentativa de governar a cidade e o controle de dinheiro. Em uma oligarquia, quem tem mais dinheiro pode comprar sua entrada no escritório.
O quarto melhor governo é uma democracia, onde misturado regras de liberdade. Isto começa quando os cidadãos mais pobres protestarem contra a desigualdade da oligarquia. Eles governam suas cidades, oferecendo liberdade, incluindo a liberdade de expressão, a todos. Em uma democracia, todos podem fazer como quiserem, um estado de coisas que Sócrates compara com um manto multicolorido sem equilíbrio ou ordem entre suas cores.
O pior governo é uma tirania. A liberdade permissiva da democracia proporciona o tirano uma oportunidade para avançar e começar a decisão para seu próprio benefício, em vez de em benefício de todos. Embora seja um Utopia esse diálogo foi usado para se debater a questão da justiça ao longo dos séculos.

REALIZAÇÕES

Realizar nossos projetos
de liberdade e felicidade.
Ter lazer, diversão,
vivendo os sonhos
em uma nova Aurora.


E ao entardecer
celebrar novamente
com júbilo e histórias
pra contar.


Adentrar a noite,
iluminados e fazer
a sagrada comunhão,
sorrindo de felicidade
em estado de puro
êxtase.


Um estado mais elevado,
libertando das profundezas
os nossos amorosos corações.
Tão celestiais quanto as estrelas
cintilantes que há no âmago
de quem deseja o bem,
e ama de todo coração.

O ANTI-PLATONISMO DE SPINOZA


Para Platão a vida é uma preparação para a morte , haja vista que para ele, vivemos em um mundo de sombras que terminará com a morte e iremos ascender ao mundo das ideias. Para Spinoza a filosofia de Platão é uma filosofia para escravizar o homem ainda mais e ,mantê-lo nas trevas da escravidão , porque o faz refletir não sobre a vida mas sobre a morte.Vejamos a citação de Spinoza:" O homem livre em nada pensa menos do que na morte, e seu saber não é uma meditação sobre a morte, mas sobre a vida".(ÉTICA, 4 , Prop. 67).

NIETZSCHE E OS GREGOS - OUTRA VISÃO

Tanto na Origem da Tragédia quanto na Filosofia na Era Trágica dos Gregos, ele nos legou uma nova e original visão da cultura grega, onde não valorizava a Grécia clássica , ele faz diferentemente de toda a tradição , valorizando a cultura pré-platônica. Para ele ,o grande merecimento dessa cultura foi ter dado ênfase em uma sabedoria trágica, cujo conceito ele contrapõe aos caducos conceitos altamente teóricos da sabedoria tradicional.Para tal,a cultura trágica era dotada de um espírito dionisíaco de que afirmava o devir contraditório da vida,a reabilitação do sensível,da intuição, dos sentidos e do corpo, a rejeição da mentira do ideal transcendente ,quer dizer, a renúncia ao ser em nome do vir-a-ser.

AUTORIDADE VERSUS AUTORITARISMO

Uma das propostas da filosofia é tentar acabar com todo o autoritarismo porque ele está ligado ,totalmente, ao pensamento dogmático. Autoridade é totalmente o oposto porque a autoridade pode ser contestada ,refletida, criticada, onde não há necessidade de uma obediência cega, acrítica. A autoridade está relacionada com a potência de agir e, portanto ,pode ser considerada uma atividade livre. O autoritarismo é a obediência pela obediência , onde não há reflexão, debate,pensamento crítico atuante. Vejamos uma citação de Nietzsche da real autoridade da filosofia " - filosofia, tal como até agora entendi e vivi, é a vida voluntária no gelo e nos cumes - a busca de tudo o que é estranho e questionável no existir, de tudo o que a moral até agora baniu.. Uma longa experiência ,trazida por tais andanças pelo proibido, ensinou-me a considerar de modo bem diferente do desejável as razões pelas quais até agora se moralizou e se idealizou" E " Aqui não fala um fanático, aqui não se "prega", aqui não se exige crença" (Nietzsche, Ecce Homo ,Prólogo§ 3 e 4).


COMO DEVE SER O HOMEM ?

Podemos nos perguntar se apenas um conjunto de modos deve ser desejado para todos nós seres humanos. Será que devemos dizer que  uma tal pessoa deve agir , como se todas as outras fossem bastante semelhantes a ela? Vamos ver um texto de Nietzsche onde ele aborda essa  questão:
 "Consideremos  ainda por fim que ingenuidade patética é em geral dizer que o "homem deveria ser de tal modo!"A efetividade nos mostra uma riqueza encantadora de tipos, a exuberância de um jogo e de uma mudança de formas profusos. E um reles serviçal de moralista qualquer diz:"não!o homem deveria ser diferente!"... Ele sabe até mesmo como ele deveria ser, este fanfarrão e este beato, ele pinta um auto-retrato na parede e diz " Ecce homo!"( "Eis o homem!")...  Mas mesmo quando o moralista se volta simplesmente para o indivíduo e lhe diz:" Tu deverias ser de tal e de tal modo!", ele não deixa de se tornar risível. O indivíduo, visto pela frente ou por detrás, é um pedaço de destino, uma lei a mais, uma necessidade a mais para tudo o que advém e será.(Nietzsche,Crepúsculo dos Ídolos-Moral como Antinatureza)
O argumento está correto,porque na  efetividade  existe pessoas que levam diferentes formas de vida, têm tipos de personalidades diferentes uma das outras , ocupam papéis sociais diferentes, como também , as qualidades de caráter são muito diferentes; enfim o mundo em sua efetividade é um mundo de diferenças, nada há igual a nada.Nem uma folha é igual a outra, imaginem nós seres humanos ?

INTRODUÇÃO À METAFÍSICA


“Nenhuma ciência demonstra seu próprio objeto” afirmou Aristóteles em sua obra Metafísica, assim, a metafísica parte de um dado, ou seja, inicia com as coisas que estão imediatamente presentes à mente antes de serem elaboradas, quer dizer, estão presentes a um sujeito que conhece, sendo um ponto de partida para o conhecimento, não sendo, todavia, ainda conhecimento. Podemos afirmar que o primeiro dado conhecido é o da autoconsciência sendo afirmada diretamente pelo sujeito que tende naturalmente para conhecer os objetos, ou seja, as coisas do mundo físico.
Na visão Aristotélico-Tomista o ser é anterior ao conhecer, quer dizer, o objeto se impõe ao sujeito. Objeto é tudo que difere do sujeito cognoscente. (Os dados se dividem em: a) dados corporais, isto é, aqueles estão presentes aos sentidos, são as sensações, b) dados representados, onde os objetos estão ausentes, quer dizer, são as imagens das sensações e, por último c) dados pensados ou abstratos que por sua vez, são os mais importantes porque resultam no entendimento. Podemos resumir na sequência: sensação (apreensão), imaginação (juízo) e raciocínio (intelecção). Para a metafísica ,todo saber científico é universal, objetivo e necessário, contrapondo-se ao saber popular ou o do senso comum que é particular, subjetivo, comum a todos os sujeitos; já o saber Universal, é objetivo, comum a todos os objetos. Através da consciência que em sentido epistemológico, representa primeiramente o sujeito do conhecimento, onde se pode falar de uma relação entre consciência e objeto consciente, equivalendo à relação sujeito-objeto que podemos entender como sendo a experiência subjetiva do (ser) sujeito e da experiência objetiva do ser (objeto). ((Os conceitos formados pela consciência se dividem em: a) empíricos, quer dizer, são particulares dependentes da experiência Ex: este texto; e b) transcendentais, que são universais, independem da experiência para serem formulados, Ex: o homem existe. Através da experiência o ser que nos é dado pela experiência do mundo e de si mesmo é a experiência do senso comum, experiência da realidade que leva a afirmação do ser: algo existe que é uma afirmação direta decorrente da presença do objeto onde o ser se impõe a existência na visão Aristotélico-Tomista. A filosofia parte em uma reação hipotética (do senso comum) e tenta categoricamente levar o homem a abranger seus conhecimentos para afirmações categóricas e assim, construir densamente seu edifício filosófico. A filosofia e a ciência possuem o mesmo objeto material, mas não o mesmo objeto formal. O objeto material da filosofia é o mundo e a humanidade. O objeto formal da filosofia é a determinação das leis e da natureza profunda das coisas.
A ideia de ser enquanto ser é indefinível, enquanto sua compreensão, todo ser se define em relação a outros, as ideias representam alguma coisa, são signos de alguma coisa. A ideia de ser não é abstrata, é globalizante, quer dizer, envolve tudo que existe. A ideia de ser sintetiza todo real, de maneira obscura, portanto há uma semelhança, similitude entre tudo que existe, isto é, uma semelhança ontológica, ou seja, o existir enquanto ser. Portanto, o conceito de ser é analógico, isto é, há semelhança de uma coisa com a outra, similitude de seus caracteres ou funções com outras. O ser afirma Aristóteles na metafísica “diz-se de muitas maneiras”, embora se diga primeiramente como substância. Os escolásticos aceitaram e elaboraram a doutrina aristotélica onde, muitos deles, ao referirem-se aos nomes ou termos, distinguiram entre o modo de falar unívoco, equívoco e análogo. A tendência geral da filosofia moderna constituiu quase sempre em se referir à analogia ou no sentido de uma similaridade de relações os termos abstratos ou então, no sentido de uma semelhança entre as coisas, dando, portanto neste último caso, a analogia, um sentido claramente metafórico. O ser enquanto ser é: distinto, indiviso, semelhante, inteligível, etc.
Tudo isso forma a antinomia do ser, ou seja, sua posição recíproca, antinomia do um e do múltiplo. Ex: o ser é (TESE), o ser não é (ANTÍTESE) implica na síntese que é o ser. Diante disso, podemos afirmar que o conflito é a lei do ser. Parmênides e Heráclito deram uma solução radical ao problema do ser. Parmênides estabeleceu um monismo estático absoluto do ser e Heráclito, postulou pluralismo absoluto, onde existe apenas a impermanência, o devir. Aristóteles por sua vez tentou resolver a antinomia do um e do múltiplo, estabelecendo os conceitos de ato e potência. O ato é ser (um) e o múltiplo, mudança, vir-a-ser, portanto, potência. O vir a ser é uma potência que está atuando que é o ato é um ser em potência enquanto tal. Múltiplo implica em mudança, movimento, portanto é imperfeição. Toda transformação ou mudança implica do sujeito transformando a presença de um princípio determinabilidade. Se o ser muda é porque tem esse poder de mudança em si, que se realiza através da causa eficiente ou motora até o ato puro ou enteléquia, quer dizer, ato puro perfeito, onde não há potência, ele é o imóvel, que move sem ser movido que Aristóteles chamou de motor não movido. A atividade do ser finito implica em um princípio onde ha uma estreita relação entre o ser e o agir, o agir é um acréscimo ao ser dando-lhe a possibilidade de ser mais, pois o agir implica mudança e essa mudança está relacionada com movimento para uma perfeição maior, assim, o agir segue o ser (AGERE SEQUITUR ESSE) para ser mais, no entanto, em um sentido limitado. “nós somos capaz de pensar o infinito, mas temos que nos contentar com finito”, afirmou Descartes ou ainda em uma máxima de Schopenhauer “o homem pode fazer o que quer, mas não pode querer o que quer”. A atividade do ser finito implica dentro dele a presença de uma potência de operação distinta dos princípios de determinação do sujeito ativo. “““ “““ O um implica oposição ao múltiplo, o um é o ser enquanto aqui ato primeiro; o múltiplo é a mudança, logo ato posterior ou secundário, no entanto, ha uma similitude, onde uma coisa possui” semelhança”, quando essa coisa está em vez de outra, de modo que a segunda pode ser conhecida pela primeira. São Tomás de Aquino utiliza o termo como tradução do símbolo em Aristóteles. o conjunto dos seres finitos formam uma ordem estática no sentido de que todos estão ligados uns aos outros por uma relação de similitude ontológica ou seja suas atividades contribuem para realizar uma evolução harmoniosa do universo. A experiência do ser nos mostra uma multidão de indivíduos finitos, de certa forma semelhantes, onde cada um deles é fonte de atividades complexas, pois, cada elemento da nossa atividade nos coloca em contato com diferentes objetos no mundo ou seja, o sujeito é objeto em relação a outros seres, onde os seres finitos são totalmente dependentes, isto é precisam de outros para sobreviver, daí também que o mundo finito forma também uma ordem dinâmica, onde há uma influência de um para com os outros, eles estão buscando os componentes necessários para sua sobrevivência havendo uma finalidade mútua, Cada um busca um outro, há uma harmonia pré-estabelecida, nada há na natureza que não sirva para outro ser, tudo tem sua função. a mudança dos seres finitos cujo princípio está No íntimo do seu ser haja vista que não é de todo perfeito, procura adquirir perfeições maiores. O ser no sentido lato, não implica em uma perfeição, primeira causa de todas as outras coisas( seres finitos). A atividade faz o ser finito sair do isolamento, colocando-o em comunicação com os outros, para atualizar sua potência e operação, saindo da passividade do meio onde se encontra. O princípio e causalidade, ou seja, a relação entre uma causa e efeito implica em uma realidade intrínseca do ser, ou seja, a existência não se impõe ela depende de outra realidade e extrínseco o que é a causa eficiente ou motora na visão aristotélica é o motor não movido causa primária de todas as coisas.
A realidade do universo implica na independência de todos os seres causados Isto é finitos não a compreensão dos seres finitos isoladamente é preciso relacioná-los com o meio externo para poder haver uma compreensão e essa compreensão implica na similitude odontológica (SIMILITUDO), na potência de operação que todos os seres finitos possuem havendo destarte uma relação de interdependência, ou seja, uma solidariedade Independência relatividade e condicionamento postulado pelo ser infinito. A teoria das causas foi pela primeira vez na história da filosofia criada por Aristóteles, ele tratou o problema da causa, da sua natureza e de suas espécies em várias partes de sua obra. A mais célebre efluente doutrina aristotélica a esse respeito é a classificação das causas e quatro tipos: a causa eficiente O que é o princípio da mudança, causa material, ou aquilo do qual algo surge ou mediante o qual virá a ser, a causa formal, que é a ideia ou paradigma, modelo e a causa final que é a realidade para o qual as coisas tendem a ser. Quanto maior a causa maior o efeito, e te implica obviamente que o efeito é menor do que a causa, perguntar pela causa significa perguntar o porquê e uma coisa. A doutrina de Aristóteles demonstra a Estreita conexão entre a noção de causa e de substância. A causa é o princípio de inteligibilidade Por que compreender a causa significa compreender a articulação interna de uma substância Isto é a razão pela qual uma substância qualquer, por exemplo, um homem ou Deus ou uma pedra é o que é e não pode ser o agir diferentemente. No pensamento escolástico e especialmente no tomismo, a doutrina aristotélica sobre a natureza da causa e a espécie concretiza-se e refina-se é consideravelmente. A causalidade é para Santo mais aquilo ao qual algo se segue necessariamente. Trata-se de um princípio, mas de um princípio de caráter positivo que afeta realmente algo. A causalidade distingue-se nesse sentido no princípio geral. O princípio é aquilo de que algo procede (O principiado) “de um modo qualquer” a causa é aquilo de que algo procede ao causado e o modo específico. Princípio e causa são anos de certo modo princípios, mas enquanto o primeiro o é segundo a realidade. Assim, se estabelece a diferença entre a relação princípio consequência e causa e efeito como sendo de fundamental importância no tratamento da noção de causalidade.
Existem, basicamente, duas maneiras possíveis de ser: 1) ser por si mesmo Isto é causa de si mesmo (CAUSA SUI), existência necessária. Causa sui exprime tanto um significado negativo como positivo. Negativamente significa aquilo que é por Si mesmo, aquilo que não deve em seu ser alguma coisa Isto é Independência absoluta do ser, incausabilidade, (Deus é incausado). Positivamente causa sui significa aquilo cuja própria natureza ou essência implica na existência Isto é Deus é o fundamento no seu próprio ser considerado como causa do seu próprio ser, “ele como que é a causa eficiente de sua própria existência” como afirmou de Descartes.
(2) Ser por outro Isto é não poder ser por si mesmo, depende totalmente e outro para existir, isso se aplica aos seres finitos Quem são causados pelo ser cuja existência não depende nada nos seres Pelos quais o ser infinito criou.
Daqui podemos tirar algumas conclusões todos os modos de ser aplicando o princípio de causalidade Onde se deduz imediatamente o princípio do ser, podendo concluir quê para todo ser que existe não há alternativa possível ainda existe possui ou por outro.
Todo ser é por si ou por outro. Todo ser é absoluto ou relativo. Todo ser é causado ou é incausado.
Aplicando o princípio de causalidade vemos claramente que o finito é causado, pois, a similitude ontológica mostra que o ser finito é semelhante aos outros, não existindo destarte, por si mesmo e o que existe não existe por si é causado relativo dependente. O ser infinito só é semelhante em seu próprio ser, é no seu próprio ser que ele é causado ou condicionado.
A tendência ativa do princípio de causalidade nos leva a perceber a influência e uma causa extrínseca ao sujeito que muda ele muda aparece, evolui, desaparece. Um sujeito não poderá mudar por seus próprios meios sem sofrer influência de uma causa extrínseca. Essa mudança não é inteligível enquanto considera unicamente o sujeito que muda, mas em virtude do princípio de causalidade, uma causa extrínseca se impõe forma, o que não é possível por uma causa, o sujeito que muda é finito logo ele não é possível muda por uma causa. Daqui podemos tirar algumas conclusões: Tudo que começa a existir é causado, tudo que Essência desistir é causado, tudo que se transforma em movido por uma causa. Um ser finito possui essencialmente uma potência de operação tendo em vista uma perfeição nova que adquire enquanto age. No mundo de nossa experiência, atividade nos seres finitos, Comporta manifestamente uma dependência superficial, eles estão em relação com o meio e recebe deste o complemento para atualizar sua potência haja Vista que ele não é um ser que se basta por ele mesmo. Daqui se conclui que sua atividade implica necessariamente dependência em seu próprio ser, ou seja, na sua própria constituição. Os sinais de dependência e relatividade dos seres finitos são explicados por suas determinabilidades, sua tendência ativa, quer dizer, sua busca por algo fora de si porque tem necessidade de complemento. O ser finito é um ser que não se explica por si mesmo, logo, ele é causado, é condicionado, onde sua ordem nada é senão o conjunto dos seres finitos, tendo em vista que a ordem dos seres finitos não é uma realidade absoluta porque toda mudança implica necessariamente em dependência. Consequentemente, a realidade integral é imutável, não pode ser condicionada, ela existe em e por si, isso implica que ela transcende a toda ordem dos seres finitos.

RADICALISMO ARISTOCRÁTICO

George Brandes , um professor Dinamarquês que foi o primeiro grande divulgador do pensamento de  Nietzsche ,certa vez disse que a sua filosofia era um "Radicalismo Aristocrático".Nietzsche tomou conhecimento desse dito, e retrucou dizendo que essa era a frase mais inteligente que ele havia escutado sobre sua filosofia.Vejamos a confirmação através de um aforismo " O que pode ser pago não tem valor nenhum. Eis o credo que eu estampo na cara dos espíritos mercantis"(Frag. Póstumos 1885-87).

A UTOPIA DOS CONTRATUALISTAS

O governo não é para Thomas Hobbes o resultado do instinto social natural do homem. O instinto natural do homem é um estado de "natureza" ou "uma guerra de todos contra todos".Para tentar solucionar esse problema ele criou a utopia do contrato social, como também, John Locke e Rousseau o fizeram.Segundo a investigação filológica-genealógica de Nietzsche, o Estado foi fundado através da "força e da violência".