O hedonismo é uma doutrina moral que faz do prazer o
soberano bem do homem, e apesar de estar associado à Epicuro, nada tem a ver
com a atual concepção dos hedonistas, nem dos atuais epicuristas. Em verdade, para Epicuro é necessário escolher na medida em que os prazeres seguem os desejos:
há prazeres naturais e necessários: como se alimentar com equilíbrio, matar a sede,
viver uma vida simples... Há outros naturais, mas não necessários: será necessária
uma mesa abundante? Uma adega repleta de vinhos caros? Há ainda os desejos que
não são nem naturais nem necessários: ser escravo do dinheiro, não conseguir
pôr termo à ambição e outras vaidades. Segundo Epicuro, o que realmente é
necessário é alcançar um estado de tranquilidade da alma, por meio da ausência
de dor e de ansiedade, que ele denominou de ataraxia. Enfim, para realmente ser
um epicurista devemos não precisar de muito para nos regozijar, manter-se à parte:
para vivermos felizes, vivamos escondidos - eis a máxima epicurista.
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