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SAÍDA DO LABIRINTO

Lutemos por nossa autonomia
Matando Minotauros
Dia após dia!
Sigamos o exemplo de Teseu
Seguindo o fio de Ariadne...
O fio da feminilidade!

Ariadne, Ariadne...
Tornemo-nos Uno com ti.
Assim, o Amor despertará

o Outro que há em nós.

Sairemos e nos abandonaremos:
Dionisos!

De volta, Apolo nos conduzirá
para a Luz Existencial.

Unidos ao Eterno Feminino
Encontraremos a saída
para o Labirinto do Eu.

APARÊNCIA E ARTE - PLURALIDADE


A arte que é marcada pela pluralidade de interpretações,recusa a metafísica transcendente,incorporando totalmente a aparência, não havendo profundidade por detrás da superfície,mas apenas a morte que ela tenta eliminar através das diversas construções artísticas pluralistas ,dando uma caráter magnificente a vida do espírito.

BANALIZAÇÃO DA ARTE

Segundo  Bourdieu , a arte em vez de unificar a sociedade humana devido ao seu imenso poder de comunicação, divide-a, porque  de um lado há amadores privilegiados da "grande arte" e do outro, as massas cegas que seguem os ditames das classes dominantes , que se impõem através das mídias a tirania do gosto visando apenas o lucro e havendo como consequência uma banalização da arte.

ELIMINAR AS ILUSÕES

 É evidente que Spinoza, Schopenhauer e Nietzsche, foram os precursores da psicanálise. Assim como Freud, Nietzsche considera fundamental a concepção da vida consciente como condicionada pela vida inconsciente.Sua proposta é a de tentar eliminar as ilusões do humanismo puramente racionalista através da ampliação do conceito de consciência que foi concebido pela tradição como uma "grandeza fixa". Através do conhecimento de si ,abrem-se caminhos para um alargamento do papel da razão que se torna autocrítica, assumindo e procurando integrar a parte irracional  no tentame de fundir a razão com o inconsciente,enriquecendoaAntropologia, abrindo espaço   para um novo humanismo crítico e com objetivo de "libertar"o Homem através do autoconhecimento.

CONDIÇÃO PARA O FILOSOFAR

Faz-se necessário para o exercício da Filosofia a constante criação e transmutação de valores,ideias e crenças, através de uma atitude para com Vida onde há sempre  algo a ser superado através de uma concepção supra-histórica, considerando a História como movimento e abertura para "a criação de novas possibilidades" através de uma atitude de total suspeita contra a ela. Considerando o ser humano como interpretativo e avaliador, a interpretação deve ser considerada como  intrínsecamente ligada à existência humana."Não existem fatos morais,apenas interpretações", a proposta de Nietzsche é que   essa tese seja, também, apenas mais uma interpretação, instaurando,desse modo, uma nova Hermenêutica nihilista ativa que tenta destruir a metafísica tradicional  fundada na oposição entre mundo sensível e inteligível, não aceitando qualquer tipo de dogmatismo,todavia,há  sempre abertura para  criação de novas interpretações e possibilidades,o que corresponde justamente a concepção de nihilismo ativo,destruir, aniquilar para  poder criar.
 

SUPERANDO AS DICOTOMIAS

A concepção do tempo como realidade ontológica é estabelecida com o "Eterno Retorno de todas as coisas", havendo uma total aderência à Vida,quer dizer, uma afirmação incondicional da existência enquanto tragicidade.A problemática da relação das forças que são corporificadas, não se extinguem no corpo, vão além e estão relacionadas com o todo.A relação entre a Vontade de Poder e a Vida estão intrínsecamente ligadas. As forças dionisíacas da Natureza sempre tomam forma e se concretizam e se completam através do Apolíneo.A tarefa da filosofia é proporcionar o equilíbrio das formas através  do estabelecimento de seleções e hierarquias,superando as dicotomias, unindo Apolo com Dioniso ou seja, Razão e Emoção.

GAIA CIÊNCIA

A  Ciência é concebida pela Modernidade como a forma mais perfeita da verdade.O questionamento proposto por Nietzsche é que ela é uma "Gaia Ciência" ,quer dizer,  ela apenas faz experimentos com a verdade,sendo "Humana demasiada , humana", estando sujeita a erros e acertos, portanto, ela é falibilista, devendo sempre  buscar uma otimização de seus instrumentos de investigação e de verificação, sempre havendo uma constante correção.

VONTADE DE VERDADE

Para Nietzsche , existe na filosofia uma vontade de verdade , vontade de conhecimento. O que existe não é a Verdade enquanto valor absoluto, mas sim Vontade de Poder (criação,superação) enquanto vontade de verdade, sua pretensão é  criar novas possibilidades superando a ciência tradicional e a dicotomia  na moral.A modernidade chegou a conclusão que "Deus é uma suposição", havendo várias críticas ao conceito de Deus, mas não havendo uma superação.A consciência que toma o lugar de Deus é uma ilusão,porque ela é apenas um epifenômeno ou seja um fenômeno secundário,posterior ao desenvolvimento do homem,a palavra consciência deriva do latim conscientia que corresponde a um saber  que pode ser compartilhado servindo para comunicação,não havendo portanto uma consciência que seja universal . Por esse motivo, Nietzsche afirmava que  a crença em Deus fundada na consciência estava proibida,diante da impossibilidade de haver uma consciência universal,sua tentativa foi justamente tentar evitar os males que sempre houveram usando nome de Deus.

NÃO LIVRE

Quando Nietzsche em seus escritos afirma que não existe um sujeito que age livremente,há uma tentativa de melhorar a compreensão antropológica, porque o Homem em seu ponto de vista  deve ser concebido intrínsecamente relacionado com tudo que existe, não podendo haver separação entre sujeito e ação."Não existe "ser" por trás do fazer, do atuar, do devir;o "agente" é uma ficção acrescentada à ação -a ação é tudo" Cf. GM-I-13,p.36 .Ed. Cia das Letras,2002).

O EQUÍVOCO MORAL

Toda tradição filosófica tornou-se moral,eis o grande equívoco, porque há na concepção moral da tradição filosófica, uma oposição entre mundo sensível e inteligível,onde a "verdade" é imposta através de uma suposta perfeição e valorização do mundo inteligível em detrimento do mundo sensível, ou seja do mundo efetivo.

DESEJAR E QUERER

A diferença principal entre desejar e querer está na passividade do desejar e a força ativa do querer, através da vontade.

IDEALISMO EM NIETZSCHE

Parece estranho falar de idealismo em Nietzsche, no entanto, o que ele criticava era a visão idealista onde uma mente transcendente atuava por trás do mundo,e,consequentemente,por trás da História, sendo herança do Platonismo. Fazendo uma interpretação mais acurada de seu pensamento, podemos reconhecer que existem ideais, quer dizer, modos de moldar o Real através da "transvaloração de todos os valores". Suas concepções sobre: "Além-do-Homem", "Eterno Retorno", "Amor Fati", compartilham sua crítica a filosofia idealista, podendo ser tomados como uma forma heterodoxa de "Idealismo".

CAUSA E EFEITO - ILUSÃO

Na realidade podemos verificar que não existe uma causa única relacionada a um efeito .O mundo como um "jogo de forças" revela nos fenômenos múltiplas causas que estão em conexão entre si,todavia, essas conexões não são necessárias,são apenas constantes conjunções.Nesse sentido existe uma semelhança entre Nietzsche e David Hume no que diz respeito ao conceito de causalidade.

LIMITES PARA O PURO CONHECIMENTO

Segundo Nietzsche , deve haver uma limitação do poder do conhecimento e do saber,pois suas desmesuras (Hybris) poderá conduzi-los a situações perigosas tal como o modo de se fazer ciência pela ciência quer dizer, o instinto cego pelo conhecimento.Nietzsche propõe uma ciência levada ao nível prático sem pretensões de universalidade e que ,também reconheça seus próprios limites, haja vista que o conhecimento deve servir à Vida, havendo um caráter restritivo à ciência pela ciência.

AFASTAMENTO DA ESTÉTICA - DESILUSÃO

Nos escritos de Nietzsche, há um abandono da questão estética que envolve o ponto de vista artístico-metafísico do mundo, diante do fracasso Wagneriano de desenvolver o sentido trágico da arte perdido desde à Antiguidade Clássica.Todavia, nos fragmentos póstumos de 1885-1889 acontecerá um retorno a questão Estética unida a fisiologia como crítica a decadência humana.

SENTIDOS PARA O MUNDO

O Mundo reflete um jogo de forças caóticas onde o Homem tem a tarefa de dar-lhes sentido através do aniquilamento e da criação, sempre os relacionando diretamente com a Vida. A Vida seria o objeto de "experimentação da verdade" através da ciência   visando sempre a universalidade,todavia, a essa perspectiva da ciência que para ser verdadeira deveria ser universal, obstaculariza,limita a própria ciência,podendo ser um modo perigoso porque universaliza onde muitas vezes não pode,limitando perspectivas através da especialização científica.