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ANTHONY GIDDENS E A NOÇÃO DE SEGURANÇA

Em seu livro "Consequências da modernidade", Anthony Giddens descreveu os processos duais que a modernidade nos legou. Onde, para ele, a época moderna com seus mecanismos de desencaixe, ou seja, "Fichas simbólicas e sistemas peritos" (Cf. p.59), que começou com a crescente separação entre espaço e tempo, desencadeando dualidades afins, estruturadas pelas relações sociais, através de suas diversas regras. A noção de segurança está relacionada, intrinsecamente, com a de risco e perigo, tendo em vista que a confiança na modernidade é fundada em "sistemas abstratos" e em "sistemas peritos".Na modernidade, somos praticamente forçados a confiar cegamente nessas autoridades, quer dizer, na eficácia dos “sistemas peritos”. Por exemplo, quando vamos fazer uma viagem de avião, nós confiamos que: está tudo bem, que os peritos fizeram todas as revisões, que o piloto é um profissional capacitado etc.Para Giddens, toda a modernidade torna-se reflexiva, quer dizer, ela incorpora as informações e os conhecimentos dos “sistemas peritos” que por sua vez são refletidos para um mundo como um todo. Todo esse processo, afeta a subjetividade dos indivíduos, pois, se nas sociedades tradicionais a noção de segurança é mais sólida, nas sociedades modernas ela torna-se "líquida", usando um termo de Bauman, cedendo espaço a um mundo de incertezas progressivas, ou seja, a um "mundo em descontrole".Todavia, Giddens nos convida a estabelecer maiores relações de confiança entre nós, e assim, aumentar a reflexividade social para fazer frente aos impasses da modernidade, e haver um maior controle sobre os riscos e perigos potencialmente iminentes, amenizando-os, para enfim, maximizar a segurança.


PREVISÃO PARA MUDANÇAS

Eu te alento,

Emanando calmaria.

Eu te ilumino de

luz irmanada

no silêncio,

distante.

 

Eu te dou forças

até quando estás

à Beira-mágoa.

Eu te deifico,

por nada e somente

por nós.

 

Assim, torna-te

mais forte, resoluta.

Desafiando labirintos,

encontrando a saída

de uma tormenta

que em breve

cessará.

KANT E A CRÍTICA DA RAZÃO PURA

Kant é amplamente conhecido como uma das figuras fundamentais de um movimento intelectual chamado Iluminismo. Esse movimento encorajou as pessoas a abraçar o pensamento crítico, a racionalidade e o individualismo, em vez de simplesmente obedecer a tradições e figuras de autoridade. Embora seja frequentemente visto como um movimento que ocorreu nos séculos XVII e XVIII, ele também pode ser visto como um projeto em andamento que continua até hoje. Nesse extenso livro Kant, indaga: Qual é a natureza do espaço e do tempo? O mundo é governado pela lei da causa e do efeito – e se assim for, por quê? Estas são apenas duas das perguntas que Kant levanta na Crítica da Razão Pura. Para a época suas respostas foram provocativas e revolucionárias. Infelizmente, trata-se de um longo texto com mais de 800 páginas, escrito em uma linguagem técnica, sendo considerado um dos textos mais impenetráveis, até então, escritos. O próprio Kant descreveu-o como "seco, obscuro, oposto a todas as noções do senso  comum” .Mesmo os mais profundos estudiosos de Kant não têm certeza de como entender os argumentos incrivelmente complicados da Crítica da Razão Pura, e eles apresentaram muitas interpretações entre elas estão a de Deleuze, Lebrun, Ferry e Otfried Höffee.À luz desses fatos, para sermos maximamente objetivos e concisos, só podemos apresentar uma interpretação de algumas das principais ideias de Kant, haja vista que há muitos detalhes técnicos. Felizmente, a maioria desses detalhes são de interesse apenas para os especialistas de seu pensamento. Para entendermos o básico para aprendermos a pensar com Kant, a essência de suas ideias pode nos fornecer esclarecimento mais do que suficiente para entendermos, pelo menos um pouco o seu pensamento, tais como: a natureza surpreendente do espaço e do tempo; a verdade por trás da lei da causalidade, que é o mundo numênico, e uma lição sobre o quê a razão pode aprender sobre suas próprias limitações. Kant, foi despertado do “sono dogmático” quanto leu David Hume e nos alertou para que possamos, antes de construir um sistema metafísico, avaliar a origem e a natureza dos conteúdos de nossas mentes, para constatar uma possível validade deles. A Metafísica é a parte da filosofia que tenta elevar nosso conhecimento do mundo para os reinos mais elevados da investigação humana. Usando os conceitos abstratos e princípios lógicos da razão, tenta ir além da evidência empírica das ciências naturais e compreender a natureza final da realidade, e isso é, justamente, que Kant irá tentar verificar a possibilidade da Metafísica ser uma ciência. Consideremos o tempo, por exemplo. Ele tem um começo? Ou se estende de volta à eternidade? O universo sempre existiu¿ ou ele teve um começo¿ Deus existe ¿ Estes são exemplos de questões metafísicas. Desde os tempos da Grécia antiga, muitos filósofos tentaram construir vários sistemas metafísicos. Mais antes da Crítica da Razão Pura, a maioria deles tentou fazê-lo sem antes perguntar sobre as origens e a natureza dos conteúdos mentais de nossas mentes. Eles apenas pegaram os conceitos e princípios lógicos que tinham à mão e começaram a construir conhecimentos que para Kant são antinômicos, porque esses conteúdos não são realmente adequados para a tarefa de construir um sistema metafísico. Antes de Kant, foi possível responder a essas questões em um corpo coerente de pensamento, e construir um sistema metafísico. Desse modo, para evitar o perigo do dogmatismo metafísico, os filósofos devem conduzir uma crítica à razão pura, com a finalidade de evitar uma abordagem não filosófica que na verdade, para sermos coerentes, seria o oposto da filosofia crítica que Kant propõe, que é o criticismo, quer dizer, fazer uma crítica a todas as possibilidades de conhecimento, submetendo nossas crenças ao escrutínio crítico da razão. Digamos que você acredita que tem livre arbítrio. Por que acredita nisso? Talvez seja porque você acha que as pessoas precisam ter livre arbítrio para serem moralmente responsáveis. Tudo bem, mas por que você acredita nisso? Quanto mais descobrimos as premissas subjacentes de nossas crenças e os desafiamos para ver se resistem ao escrutínio crítico da razão, mais estamos fazendo filosofia, segundo Kant. Em contraste, quanto mais tomamos nossas premissas como garantidas, mais estamos nos engajando no dogmatismo que é considerado por Kant como sendo o arqui-inimigo da filosofia. Existe uma tendência natural do ser humano, para irmos direto para a construção de um sistema metafísico sem primeiro examinar os materiais mentais que vamos construí-lo, estamos tomando como certo a premissa de que nossos conteúdos estão aptos para tal. Agindo desse modo estamos sendo dogmáticos sobre nossa capacidade de fazer metafísica. Para evitar o dogmatismo, precisamos examinar criticamente nossa habilidade de conhecer as coisas a priori. Nós, realmente podemos? Levando em consideração que não podem vir de nossos sentidos, porque esses só podem nos fornecer conhecimento empírico sobre o mundo físico, e não um   conhecimento metafísico, que vai além dos domínios empíricos da ciência. Assim, para evitar o dogmatismo, devemos submeter nossa capacidade por pura razão ao escrutínio crítico. Somos capazes ter conhecimento metafísico? Se sim, como e até que ponto? Podemos chamar esse tipo de projeto crítico de crítica. E poderíamos, portanto, dizer que precisamos nos envolver em uma crítica da razão pura. Para filosofarmos, o dogmatismo é uma das piores acusações imagináveis que podem ocorrer. O problema é que o dogmatismo pode empoderar outro inimigo da filosofia: o ceticismo. E este não apenas coloca em risco a filosofia, mas todo o conhecimento humano em geral. É fácil se sentir cético sobre metafísica. Afinal, não parece progredir como outras disciplinas . Com as ciências empíricas, podemos ver uma clara evolução dos gregos antigos aos tempos modernos. Enquanto isso, os filósofos ainda discutem sobre muitas das mesmas coisas que Platão e Aristóteles discutiram há milhares de anos. Em retrospectiva, é fácil ver por que tem havido tanto espaço para desentendimentos. Sem ter se envolvido em uma crítica à razão pura, os filósofos eram livres para avançar dogmaticamente sobre qualquer argumento que quisessem fazer. E isso teve como resultado uma batalha interminável de reivindicações contraditórias. Para Kant, a metafísica é o domínio da razão pura, porque todas as outras disciplinas de conhecimento dependem das evidências empíricas fornecidas pelos sentidos. Se for alcançável, o conhecimento metafísico só poderia ser acessado através da razão pura. Tanto a religião quanto a ciência dependem de conceitos metafísicos, tornando o ceticismo um perigo para ambos Na Europa do século XVIII, quando Kant estava escrevendo, também parecia um perigo, mas por razões diferentes. A ciência estava em ascensão, e o crescente ceticismo sobre a metafísica também significava crescente ceticismo sobre a religião. Mas esse ceticismo cortou para os dois lados, e estava começando a minar a base da ciência também. Tanto a religião quanto a ciência dependem de conceitos metafísicos, tornando o ceticismo um perigo para ambos. Vamos começar com a religião. Muitas crenças religiosas dependem de ideias metafísicas, coisas como Deus e a alma, que deveriam existir em algum tipo de reino imaterial, além do físico – ou, em outras palavras, metafísico – do ser. Por definição, esse reino está além do alcance dos sentidos. Nunca veremos Deus em um telescópio, uma alma em um microscópio, ou qualquer outra entidade metafísica por qualquer outro meio de observação empírica. Mas se a razão não pode saber nada sobre eles também, todas essas crenças estariam infundadas e inutéis. No que diz respeito ao conhecimento, isso parece nos deixar apenas com os fatos frios e duros da ciência e as leis que estabelecem sobre o mundo físico – sobretudo, a lei da causalidade. Esta lei está no centro da ciência. Ele dita que para cada evento, deve haver outro evento que faça acontecer. Todos os fenômenos são, portanto, apenas uma questão de causa e efeito, e a tarefa da ciência é descobrir os detalhes dos vários mecanismos causais da natureza. Gravidade, conservação da matéria etc. – todas essas leis particulares da ciência pressupõem a lei geral da causalidade própria noção de causalidade é em si um conceito metafísico. É uma ideia sobre um aspecto da realidade que nunca podemos observar diretamente. No entanto, assumimos que ele desempenha um papel essencial na estruturação de como o universo funciona. Aqui, no entanto, o filósofo escocês David Hume fez um ponto que influenciou muito o pensamento de Kant. É assim: se nos concentrarmos apenas nas evidências fornecidas por nossos sentidos, tudo o que vemos são várias coisas que acontecem em conjunto entre si. Por exemplo, você aperta um botão então liga uma lâmpada. Se você observar isso acontecendo muitas vezes, você pode dizer que uma coisa tende a seguir outra, o que estabelece um padrão descrevendo esses eventos. Mas isso não é o mesmo que dizer uma coisa deve seguir outra, que estabelece uma lei que rege esses eventos. Você pode assumir que o padrão continuará a ser verdadeiro e agir como uma lei. Mas baseado apenas nas evidências dos sentidos, essa é uma suposição injustificada. Se a razão não pode nos fornecer um conhecimento a priori, então ele não pode garantir nosso conhecimento da matemática também. Desde a ideia de Deus até a noção de causalidade, todos os conceitos metafísicos da religião e da ciência estão agora em cheque. Mas isso não é tudo. O mesmo argumento básico que se aplica aos conceitos metafísicos também se aplica a algo chamado conhecimento a priori. O conhecimento matemático para ser verdadeiro deve ser a priori. Se dissermos que sabemos algo a priori, é uma maneira latina de dizer que sabemos que é verdade independentemente da nossa experiência. Por exemplo, considere a equação 7 + 5 = 12. Este simples pedaço de aritmética é um exemplo de conhecimento a priori. Em outras palavras, a equação é necessariamente e universalmente verdadeira. Mas como vimos com a causalidade, a experiência nunca nos fornece conhecimento de que uma coisa deve seguir outra. Só nos mostra exemplos de uma coisa que tende a seguir outra. A partir dessas tendências, só podemos deduzir apenas padrões, e não leis. Como regra geral, então, podemos dizer que se sabemos que algo é necessariamente e universalmente verdadeiro, nosso conhecimento não pode derivar da experiência. Por definição, isso significa que deve ser a priori. E se não vem da experiência, então isso nos deixa com duas opções: ou vem da nossa capacidade de raciocinar que Kant chama Entendimento, nesse caso pode ser seguro. Ou é apenas uma invenção da nossa imaginação, nesse caso não seria conhecimento algum, devido a impossibilidade de constatação empírica. Mas como o conhecimento poderia vir da razão? Essa é a questão que Kant coloca. Conhecimento a priori é diferente de conhecimento inato; a priori é o conhecimento que a mente produz através de seus próprios mecanismos internos. Vamos voltar a equação que Kant usa como exemplo:  7 + 5 = 12. Em algum momento de nossas vidas, nos ensinaram esta equação, e desenvolvemos nosso conhecimento de matemática ao longo de muitos anos de educação, quer dizer, adquirimos nosso conhecimento no contexto de algum tipo de experiência, como estar na escola. Neste e em todos os outros casos, podemos, portanto, dizer que nossa experiência precede cronologicamente nosso conhecimento. Mas isso não significa necessariamente que nosso conhecimento surge da experiência em um sentido causal. Para ver o porquê, pense na consciência como o resultado de forças se encontrando de duas direções. De um lado, temos os dados de sentido que recebemos de nossos órgãos o sentido – sons, cheiros, imagens e coisas assim. Por outro lado, temos os mecanismos internos através dos quais nossa mente processa esses dados – produzindo nossas percepções, conceitos, julgamentos etc. Faça os dois lados interagirem, e você tem o que Kant chama de consciência. A nossa mente pode ser dividida em três faculdades principais – sensibilidade, entendimento e razão. Como o próprio nome sugere, a sensibilidade é nossa capacidade de ter sensações – coisas como sabor, olfato, visão, textura etc. Digamos que você está olhando para uma casa. Sua imagem visual consiste em várias sensações de cor e forma. Essas sensações, por sua vez, são o resultado de seus sentidos serem afetados por objetos externos. No entanto, sensações isoladas das coisas não são úteis em si mesmas, precisamos ser capazes de transformar esses dados brutos em informações significativas que possamos agir. E isso nos leva à nossa próxima faculdade mental: o Entendimento. Esta é a capacidade de nossas mentes de formar conceitos a partir dos dados dos sentidos, que nos permitem fazer julgamentos sobre o mundo. Por exemplo, através de várias experiências, você pode eventualmente formar diversos conceitos sobre objetos empíricos. Você pode então combinar esses conceitos para formar um julgamento, que afirma uma relação lógica entre duas ou mais coisas. Por exemplo, "se um cão está balançando a cauda, ele está feliz." Este julgamento afirma uma relação lógica entre os conceitos em questão. Finalmente, se você vincular vários julgamentos proposicionais juntos, você tem um silogismo lógico – uma cadeia de raciocínio. Aqui é onde a faculdade da razão entra em cena. Para continuar com o exemplo anterior, você poderia argumentar na seguinte linha: "Se um cão está balançando a cauda, ele está feliz. Este cachorro está balançando a cauda. Portanto, é feliz. Para organizar dados de sentido em informações significativas, a mente precisa de formas predefinidas de estruturá-los. Em si mesmos, nossos dados de sentido são apenas uma confusão caótica de cores, formas, sons, cheiros, texturas, e assim por diante. Mas nós nunca experimentamos dessa forma; quando nos tornamos conscientes deles, eles já estão organizados para nós. E há uma razão para isso: nossas mentes já as estruturaram. No entanto, isso requer que a mente tenha certos modelos ou procedimentos predefinidos para colocar esses dados em ordem. Essas relações espaciais pegam o conteúdo sensorial de sua experiência e dão-lhe uma forma. Em outras palavras, eles descrevem a estrutura desse conteúdo – a forma como os diversos componentes dele são organizados em relação uns aos outros. Se as janelas estivessem em cima do telhado, bem, você teria uma casa muito estranha – e a forma do conteúdo sensorial da sua experiência seria bem diferente. Agora, todas essas posições espaciais e relacionamentos pressupõem uma coisa óbvia: o próprio espaço. Para estar acima, abaixo, ao lado, atrás, na frente, ou qualquer outra coisa em relação umas às outras, as coisas precisam ser colocadas juntas em uma estrutura compartilhada de espaço. E assim, para ser capaz de perceber qualquer objeto como estando em qualquer posição espacial ou relação, a mente já deve ter uma estrutura de espaço para colocá-lo, antes de encontrar o objeto, portanto, Tempo e espaço são formas puras de sensibilidade, que fornecem à mente modelos para organizar dados dos sentidos. O espaço é o que permite que essas sensações sejam simultaneamente parte do mesmo campo de visão. Dado o quão fundamental é o espaço para a capacidade de nossas mentes de organizar nossos dados de sentido, podemos chamá-lo de uma forma pura de sensibilidade. Essa é uma maneira abreviada de dizer que, como uma estrutura para organizar nossas sensações, o espaço existe na mente em uma base "pura", a priori. Em outras palavras, a mente já tem isso pronto, antes da experiência. É como um modelo pré-programado que a mente pode usar para estruturar seus dados. Ao lado do espaço, há apenas uma outra forma pura de sensibilidade: o tempo, relações temporais são aspectos essenciais da forma como sua experiência de realidade é estruturada. Mas para que suas sensações tenham várias relações temporais entre si, precisa haver um contínuo de tempo em que eles possam ocorrer. O tempo é, portanto, o quadro geral que os torna possíveis. E para aplicar essa estrutura às suas sensações, sua mente precisa tê-la pronta, antes da experiência. Como o espaço, o tempo é, portanto, outra forma pura de sensibilidade. É um aspecto fundamental da estrutura de nossa experiência sensorial. Tudo o que experimentamos acontece dentro do espaço e do tempo, e assim os pressupõe. Portanto, não apenas precedem a experiência; eles tornam nossa experiência possível. Nossas mentes também contêm modelos para compreensão e raciocínio sobre o mundo. Ao olhar para os elementos formais do conteúdo sensorial de nossas mentes, fomos capazes de identificar o espaço e o tempo como as formas puras de sensibilidade. Mas a sensibilidade é apenas um componente da mente; e quanto ao entendimento e razão? Essas são as faculdades mentais que nos permitem organizar ainda mais nossos dados de sentido em conceitos, julgamentos e silogismos lógicos. Se nos concentrarmos em seus elementos formais, seremos capazes de identificar as formas puras do entendimento e da razão também. Vamos começar com um exemplo de um julgamento: "se algo for deixado à luz do sol, ele acabará se aquecendo" Agora, se ignorarmos o conteúdo deste julgamento e apenas focarmos em sua estrutura formal, acabamos com algo que poderíamos simbolizar da seguinte forma: "se X, então YE Em um nível formal, não importa o que colocamos nesta fórmula; sejam átomos ou unicórnios, a mesma relação lógica básica se aplica a todos eles. "Se X, então Y" fornece à sua mente um modelo básico formal a seguir que nossas mentes, conectam as coisas. Em linguagem mais sofisticada, podemos chamar isso de uma função lógica de compreensão. "Se X, então Y" é chamado de função hipotética, uma vez que afirma uma hipótese sobre X. Aqui está outro exemplo: "X é Y ou Z." Isso é chamado de função disjuntiva, uma vez que afirma uma disjunção – uma ou outra possibilidade entre X ser Y ou Z. Com essas funções lógicas na mão, podemos então formar silogismos lógicos. Estes também têm formas subjacentes, que podemos chamar de princípios de raciocínio. Por exemplo, considere o seguinte silogismo: "Um animal está vivo ou morto. Este animal não está vivo. Portanto, está morto. Isso toma a forma de: "X é Y ou Z. X não é Y. Portanto, é Z."Essas funções lógicas e princípios de raciocínio são algumas das maneiras mais básicas pelas quais a mente pode unir ideias. E por serem tão básicos, a mente deve vir pré-equipada com eles. Caso contrário, como poderia começar a conectar ideias? Teria que começar a conectá-los antes que tivesse qualquer maneira de conectá-los, o que é impossível. Para começar, ele precisa de algum tipo de modelos predefinidos a seguir. A mente pode usar seus modelos para adquirir conhecimentos e conceitos a priori. Kant identifica 12 funções lógicas e três princípios de razão no total. Como é possível um conhecimento a priori? Vamos começar com espaço e tempo. Analisando essas formas puras de sensibilidade, podemos obter um conhecimento de matemática. Por exemplo, considere geometria. O que é uma figura geométrica, como um círculo? É basicamente uma forma de um possível objeto no espaço. Ele expressa uma propriedade desse espaço – ou seja, o que acontece quando você pega uma linha e move-a em torno de um ponto fixo. Estudando o espaço cuidadosamente, aprenderemos as verdades da geometria, mas não é preciso confiar na experiência para fazer isso, porque o espaço é uma forma pura da sensibilidade que existe dentro de nossas mentes, antes da experiência. Ao estudá-la, nossas mentes estão, essencialmente, estudando a si mesmas – adquirindo conhecimento sobre uma das formas como estrutura sua experiência do mundo. Esse conhecimento é, portanto, a priori. Agora, vamos mudar as engrenagens para a faculdade do entendimento e voltar para uma de nossas formas de julgamento: a função lógica hipotética "se X, então Y." Aqui está outra maneira de dizer isso: se uma coisa acontece, outra coisa deve acontecer, isto é, o conceito de causalidade. Pensando em suas próprias funções lógicas, nossas mentes podem formar muitos dos conceitos tradicionais de metafísica. Podemos chamar esses conceitos de categorias de entendimento, e há 12 deles no total, correspondendo às 12 funções lógicas. Além da causalidade, incluem os conceitos de unidade, pluralidade, existência e possibilidade. Como tal, são conceitos a priori puros. Não precisamos de experiência para formá-los. As categorias do entendimento refletem apenas nossa experiência da realidade dos fenômenos, mas não da realidade em si, que Kant chamou de númeno. Não só não precisamos de experiência para formar os conceitos que compõem as categorias do entendimento; esses conceitos ajudam a tornar nossa experiência possível em primeiro lugar. Isso porque a experiência consciente não é apenas um monte de sensações no tempo e no espaço. É uma combinação dessas sensações e dos pensamentos que temos sobre elas. Esses pensamentos, por sua vez, são uma questão de fazer conexões entre as várias sensações e conceitos em nossas mentes. Por exemplo, você não vê apenas um objeto redondo; você vê isso como uma bola de boliche. Sua mente faz uma conexão entre a imagem – objeto redondo e o conceito – bola de boliche.As categorias do entendimento são a forma mais fundamental de fazer tais conexões. Não poderíamos fazer nenhuma conexão e, portanto, não poderíamos ter qualquer experiência sem elas. Imagine que você está olhando para uma bola de boliche deitada em um travesseiro, criando uma depressão debaixo dela. Usando a categoria de causalidade, sua mente conecta esses dois fenômenos em termos de uma relação causal: a bola de boliche causa a depressão. Mas note as palavras que estamos usando aqui: sua mente conecta as duas coisas juntas. Em outras palavras, causalidade é algo que sua mente constrói; é algo que sua mente insere em sua experiência de realidade. É a maneira de sua mente entender o mundo. As coisas não fazem sentido até que as coloque em algum tipo de ordem causal e isso significa que há uma razão óbvia para sua mente ver a causalidade em todos os lugares, está sempre interpretando as coisas dessa maneira. Na verdade, deve interpretá-los dessa forma; é uma das maneiras básicas em que foi programado para entender o mundo. O fato de que a mente deve interpretar as coisas dessa forma explica por que a causalidade nos parece uma lei. É uma lei – uma lei da forma como nossas mentes vivenciam a realidade. Para vivenciar a realidade, a mente deve ser capaz de conectar as coisas de várias maneiras – integrando-as em uma experiência unificada e coerente. Ligar as coisas em termos de causa e efeito é uma das maneiras básicas de fazer isso. Podemos, assim, dizer com certeza que a realidade, realmente, segundo Kant, mostra uma lei de causalidade, apenas na medida em que a experimentamos. Quanto à realidade em si, não podemos construir conhecimento, não podemos saber nada sobre a realidade em si – mesmo existindo no espaço e no tempo. Em outras palavras, mesmo que exista realidade externa no espaço tridimensional, nossas mentes ainda teriam que colocar suas sensações em uma estrutura espacial tridimensional para percebê-las como tal. E para fazer isso, eles precisariam ter essa estrutura pronta antes que qualquer sensação fosse filtrada através dela. Se nossas mentes tivessem uma estrutura diferente, elas seriam filtradas de forma diferente, e, portanto, as perceberíamos de forma diferente também. A razão não deve se aventurar na especulação metafísica sobre a natureza da realidade em si. Onde quer que olhemos, sempre veremos as coisas em termos das estruturas do tempo, do espaço e da causalidade que nossas mentes já impuseram aos nossos dados dos nossos sentidos. Graças às formas de sensibilidade e às categorias do entendimento, podemos saber muito sobre o mundo à medida que o experimentamos. Por exemplo, as verdades da geometria realmente descrevem a natureza do espaço naquele mundo. A lei da causalidade realmente descreve a forma como os eventos se desenrolam naquele mundo. E a mesma coisa vale para todas as sub variedades dessa lei, como as leis de movimento. Eles também descrevem como as coisas acontecem nesse mundo. Mas as palavras-chave aqui são "nesse mundo". Até onde sabemos, essas verdades e leis só se aplicam ao mundo à medida que o experimentamos – o mundo dos fenômenos, como Kant o chama. Quanto à realidade em si mesma – o mundo numênico, nunca podemos ter conhecimento. Afinal, só podemos conhecer a realidade na medida em que a experimentamos. E quando experimentamos isso, nossas mentes já moldaram os materiais mentais de nossa sensibilidade e compreensão de tantas maneiras fundamentais que não estamos mais em posição de dizer nada sobre a realidade em si mesma. Mas esses materiais são tudo o que a razão tem para trabalhar. E isso deixa a razão incapaz de saber a natureza última da realidade em si. Pode nos ajudar a pensar sobre o mundo físico dos fenômenos, mas só pode especular sobre a natureza metafísica do mundo numênico. Se tentarmos ir além desses limites e tentar conhecermos o mundo como é em si mesmo, só podemos gerar argumentos antinômicos; onde não podemos obter conhecimento objetivo, apenas conjecturas. A mente humana desempenha um papel ativo na formação de sua própria experiência e compreensão da realidade. Para desempenhar esse papel, ele precisa de modelos para estruturar dados, conceitos e julgamentos de sentido em uma imagem coerente do mundo. Como esses modelos são internos para a mente, e porque nunca podemos perceber ou entender a realidade sem eles, não podemos saber se refletem a natureza da realidade como ela existe em si mesma, independentemente de nossas mentes. Isso deixa em aberto a possibilidade de que a realidade em si é muito diferente da nossa experiência dela. Também faz das teorias metafísicas dessa realidade uma questão de pura especulação. Devemos, portanto, manter a compreensão cientificamente do reino empírico, deixando o reino metafísico para a religião.

DESEJOSA ESPERA

Sei que esperas por mim.

Seus olhos, ansiosamente,

observam a chegada do

momento oportuno!

 

Captando os sons

das músicas que escutamos.

Seus olhos mostram,

Saudade, segurança e esperança.

 

Tenha certeza, porque em mim,

você vai encontrar seu coração.

Juntos, iremos em silêncio,

de forma inesperada

ao nosso encontro.

 

Aguarda meu carinho

e caloroso convite!

Com suaves beijos

em seus lábios

sedentos de prazer,

Iremos nos extasiar.

Com a sagrada comunhão!

CONSCIÊNCIA GLOBAL PLANETÁRIA - SURGIMENTO E ASCENÇÃO

Podemos conceituar consciência ecológica planetária como sendo um sentimento que conduz ao conhecimento vital da interdependência e da unidade essencial da humanidade, como também, a adoção consciente da ética e de seus comportamentos  que implicam em um imperativo básico da sobrevivência e melhoramento da vida humana na Terra. Um indivíduo dotado de consciência planetária reconhece o seu papel no processo evolutivo e age responsavelmente à luz desta percepção, essa orientação que visa melhorar as condições da vida tem de começar a partir de cada um de nós; somente então, é que poderemos ser responsáveis e agentes eficazes na mudança e transformação da nossa sociedade como um todo. A mudança deverá ocorrer a nível individual com a tomada crescente da consciência global ecológica planetária e se expandir  progressivamente e ascendentemente.

ULTRAMETABOLISMO - A CHAVE PARA PERDA DE PESO SAUDÁVEL

Faz-se necessário perceber que, se nós acumulamos um excesso de calorias durante muitos anos, não será possível restabelecer as coisas em um curto espaço de tempo. As pessoas que esperam fórmulas miraculosas são presas fáceis para os vendedores de suplementos ou até mesmo de regimes "revolucionários". Nenhum suplemento fará o trabalho de perder peso por nós, nosso melhor arsenal contra os quilos a mais, além de bons conhecimentos sobre nutrição ,é a nossa força de vontade  em perseverar em nossa meta de se alimentar ,corretamente, ao longo de nossas vidas. É necessário , também, saber que, apenas, em um primeiro momento, todos os regimes são eficazes para perder peso.Todavia,nós não devemos confundir perda de peso com perda de gordura. Nem todas as perdas de peso são induzidas por uma redução das reservas de gordura. Temos que saber que uma restrição calórica reduzirá o nosso peso de modo mecânico, através do esvaziamento progressivo do aparelho digestório e também, porque a retenção de água se tornará menor por causa da diminuição das nossas reservas de glicogênio, que retém água em nossos músculos, tendo como consequência um catabolismo, onde há perda de músculos ao invés de perda de gordura. Recentes pesquisas mostraram que menos de um terço das gorduras mobilizadas são efetivamente oxidadas; portanto ,o fator limitante está na oxidação das gorduras que voltam para o nosso tecido adiposo. Para haver uma efetiva utilização da gordura corporal é necessário aumentar a nossa capacidade oxidativa, acelerando nosso metabolismo para haver uma diminuição do apetite, porque a dificuldade para queimar gordura está associada a uma diminuição metabólica , através de um maior armazenamento de gorduras o que acarreta um aumento do nosso apetite. Para tal é necessário fazer pequenas refeições ao longo do dia, o ideal são cinco ou seis. Fazendo isso nosso corpo irá queimar mais gordura com a prática diária ou regular de uma atividade física aeróbica,  aumentando progressivamente a nossa capacidade oxidativa dos músculos. Também , faz-se necessário acelerar nosso metabolismo através de uma alimentação rica em proteínas de excelente valor biológico, gorduras saudáveis, carboidratos de lenta absorção de açúcar, fibras soluvéis e insoluvéis e uma hidratação adequada; podemos usar ,também ,um termogênico para auxiliar na aceleração metabólica. O processo de aquisição  e manutenção de um Ultrametabolismo corporal , ocorrerá a partir de uns noventa dias e irá requerer nossa perseveração em manter tanto a atividade quanto uma alimentação adequada.

NOVALIS E O AUTÊNTICO ATO FILOSÓFICO

Novalis escreveu: "O ato filosófico genuíno é suicídio"(Novalis,1, p.31.,Ed. Iluminuras). Temos que "morrer" continuamente, dia após dia, transcendendo-nos, superando-nos, renovando-nos através do " suicídio" , ou seja, temos que matar em nós, tudo que quer permanecer como coisas imutáveis, nos impedindo,destarte,de ver cada dia, o mundo através de múltiplas perspectivas. Segundo Novalis, a maturidade filosófica surgiria a partir do reconhecimento dessa dinâmica, ligada diretamente as nossas ações, que para ele teriam as características de uma ação transcendental. Ele acrescenta, ainda, que o ato de filosofar seria o desenvolvimento do "suicídio".

ETERNO RETORNO

Estamos nos

reencontrando

novamente.

Mas não somos

mais os mesmos!

 

A eterna recorrência cósmica

Nos atrai e nos afasta

Para vivermos o eterno

jogo existencial.

Celebremos!

 

Vida é celebração, aventura,

Criação de destinos.

Culpa nenhuma há.

Total inocência do devir!

 

Aniquilando todo espírito

de vingança,

Abrimos caminhos para

novas possibilidades.

Um arco-íris nos espera,

Sinalizando a ultrapassagem!

ATEUS VERSUS AGNÓSTICOS: ESCLARECIMENTOS

Quando se trata de problemas metafísicos acerca de fé e  crenças, há muitas perguntas e coisas que nos causam confusão. Vamos delimitar o assunto, para duas palavras: Ateus versus Agnósticos. Algumas pessoas pensam que são completamente iguais, algumas se autodenominam agnósticas e imediatamente rejeitam o rótulo de serem ateístas, pensando que elas não podem ser as duas coisas, mas essas abordagens não estão, totalmente, corretas. Entender completamente todas as principais diferenças entre  Ateus e Agnósticos, é bastante esclarecedor e necessário. Um ateísta é alguém que não acredita na existência de nenhum Deus. Um Agnóstico,  não sabe ao certo se  Deus existe ou não. Uma pessoa qualquer pode ser Ateia  e Agnóstica, ou Teísta e Agnóstica. Tanto o Ateísmo quanto o Agnosticismo lidam com a questão da existência de Deus. Todavia, o Ateísmo tem a ver com  a Crença(Pístis), e o Agnosticismo tem a ver com o Conhecimento(Gnose),  essas são as fundamentais diferenças. Você tem certeza de que algum deus realmente existe? Se você responder positivamente, você é um teísta. Você tem certeza que os deuses não existem ou mesmo não podem existir? Se sua resposta é sim, então você é um Ateísta. Se você se esforça para responder essas perguntas com confiança, isso faz de você uma pessoa Agnóstica. A única questão que resta é se você é um ateu agnóstico ou teísta porque você pode ser qualquer um deles. Um ateu agnóstico não acredita que nenhum deus exista, enquanto um Teísta Agnóstico acredita que pelo menos um deus pode existir. No entanto, nenhum deles pode afirmar ter o conhecimento para apoiar sua fé. Eles são Agnósticos porque ainda têm algumas perguntas e gostariam de ter mais informações, então eles escolhem acreditar ou não, mas não conseguem explicar sua escolha com lógica. Como a fé é tão diferente do conhecimento direto, muitas pessoas não declaram que têm todas as respostas e simplesmente acreditam ou não. Portanto, um Agnóstico não é alguém no meio entre ateus e teístas. Não são pessoas que de alguma forma encontraram uma terceira opção alternativa mais confortável, em vez de acreditar ou não acreditar estritamente. Pensar que o conhecimento e a fé se excluem é falso porque, em muitos casos, a falta de fé é explicada com a falta de conhecimento. Enfim, estritamente não pode haver "Agnóstico e Ateu". Um ateu não acredita, um Agnóstico não sabe, mas não significa que não possa ser a mesma Pessoa. O grande problema com o conceito de Ateísmo é que ele já parte de uma negação , diferentemente, do Agnóstico que suspende o juízo e é mais sensato, haja vista que não se pode provar,nem tão pouco negar a existência de Deus. É justamente por isso, que Nietzsche não diz que Deus não existe, ele usa um personagem , " O Louco " para dizer que "Deus está morto" e " fomos nós que o matamos", pois para ele a Modernidade, colocou o conceito de Deus como uma "suposição" uma conjectura.  

  

UMA IMPOSSIBILIDADE DE OBJETIVIDADE

A linguagem possui uma natureza poética que é praticamente impossível descrever as coisas de modo objetivo.


O ABANDONO DO HOMEM NA MODERNIDADE

A  modernidade chegou à conclusão de que o Homem está desamparado, ele não pode estar seguro como Kant pretendia, com seu idealismo de uma futura “paz perpétua”. Estamos em um oceano totalmente desconhecido, onde as massas desejam uma forma de escape. Todavia, Nietzsche nos alerta que o preço a pagar será enorme, se não desenvolvermos o autocontrole, autodireção, alcançando valores que superem os  valores de "animais de rebanho", valores que não tenham  origem na fraqueza, valores onde a individualidade criadora deverá ser considerada um valor positivo, para não sermos apenas uma unidade nessa grande massa de "animais de rebanho", onde predominam a mediocridade, a estupidez e outras banalidades.

A TAREFA DOS FILÓSOFOS

Na Genealogia da Moral ,Nietzsche escreveu de modo enfático em que consiste a tarefa dos filósofos através de todas as ciências: "Todas as ciências devem doravante preparar o caminho para a tarefa futura do filósofo, sendo esta tarefa assim compreendida : o filósofo deve resolver o problema do valor, deve determinar a hierarquia dos valores"(GM, 17,(nota) p.45 e 46 ,Cia das letras).

EXISTE UMA LÓGICA TELEOLÓGICA NA HISTÓRIA?

Uma questão que ainda está em aberto é se existe ou não, uma lógica teleológica na história, quer dizer , será que além dos fatos contingenciais ,existe uma estrutura metafísica que permeie as estruturas sócio-político-culturais? Na história do pensamento ocidental, a mais antiga dessas estruturas  é a do movimento cíclico iniciado com Heráclito e continuado com os Estoicos , onde as circunstâncias se repetem, por exemplo: a repetição das estações, a alternância entre dia e noite, a geração e morte dos animais, épocas  de crises e épocas de fartura ,etc. Sendo essas as primeiras concepções do Eterno Retorno. Uma solução a esse problema foi dada por Nietzsche com uma concepção do Eterno Retorno através da criatividade seletiva, porque para ele se a história tivesse uma lógica , um fim , esse já teria acontecido. Como até agora não aconteceu , a estrutura do mundo, segundo Nietzsche é a de um Eterno Retorno , um mundo sem começo e sem fim. Sua estrutura é a de um jogo de forças, onde sendo o tempo eterno (infinito) e o número de forças  finito; porque se o número de forças fosse infinito, num tempo infinito não haveria movimento. Portanto, se o número de forças é finito, e se movimenta em um tempo infinito, isso quer dizer que tudo retorna .Vejamos  a citação:" O mundo, como força, não deve ser concebido como ilimitado, pois que sendo assim, não pode ser concebido. É por isso que nós coibimos de ter o conceito de força infinita, que é inconciliável com o conceito de força. Assim, o mundo também não pode ser capaz de uma eterna novidade."( Nietzsche - A Vontade de Poder - p.308 -Volume III - Rés -Editora -Pt).

HERÁCLITO DE ÉFESO

Obscurecido pela perfídia do mundo

As lágrimas de Heráclito,

Ardem no fogo.

Através do Eterno Retorno,

O Logos proclama o Ser.

Afirmando a autêntica existência

Esquecida pela divisão do mundo.


A lareira está acesa.

O Fogo contempla a noite.

Os deuses estão presentes.

Estranha proporção dos contrários.

Desordenadas...

As lágrimas acabam em cinzas.

Fênix ressurge!

Anelando o Eterno Retorno.

FALEMOS

"Religiões" já servem para culpar.

Vamos transcendê-las e

Vituperar os dogmas.

Somos o messias de nossas vidas!

 

Falemos das dores que sentimos

Falemos a palavra, ela é de todos nós

Dia após dia, batalhamos para superar

O que somos

 

Pregaremos um novo princípio

Uma nova compreensão!

Para alcançar alguma Ordem

Chega de Utopias na mente!

Princípio, é criação de princípio

Sempre e Eternamente!

 

Temos que aprender a deixar

o que ficou para trás.

Destituir os Ídolos e Líderes!

O Crepúsculo deles já surgiu.

Assim, uma nova Aurora brotará.

Então ... falemos!

MUDANÇAS DO "JÁ VISTO"

Passando por mudanças

nos meus sentimentos

Não serei mais

o mesmo.

 

Algo que você fez

Causou-me

Paramnésia.

O amor colapsou,

como se você não

se importasse.

 

Quando me olho no espelho

Vejo apenas a metade

Todo calor que  dei

Congelou.

 

E tudo que sinto são mudanças

Somente pelo amor e com amor,

elas acontecem.

Ela nos tira do chão,

nos fazendo girar e

acordar para o Novo.

MUDANÇA DE PARADIGMA NA MEDICINA

A medicina tradicional é praticada através do paradigma fundado em bases do materialismo, da física clássica, da bioquímica, da biologia molecular e do neodarwinismo. Segundo Thomas Kuhn, que formulou a ideia de paradigma e de suas mudanças, um determinado paradigma apenas deve ser utilizado até o momento em que começa a acontecer paradoxos, quer dizer, efeitos que geram anomalias, havendo a necessidade de um novo paradigma. Devido a inúmeras experiências que demonstram a validade de práticas da medicina alternativa, além de curas de diversos tipos que foram constatadas, faz-se mister uma nova mudança para um  novo paradigma que integre a física quântica.

PARADOXOS DO MUNDO MODERNO

Se por um lado, as promessas de felicidade,liberdade,progresso, foram relacionadas à modernidade através dos avanços científicos e tecnológicos; por outro lado, houve o crescimento cada vez maior de incertezas com relação ao medo de um futuro marcado pelo controle da técnica na vida social, de múltiplas guerras, de intensificação e banalização da violência, do terrorismo,etc. O uso desenfreado da ciência e da técnica modernas causaram um dano quase irreparável ao meio ambiente,despontencializando o espírito pensante através do uso exagerado da razão instrumental, aprofundando o processo histórico do niilismo, da tecnificação planetária ,em direção a catástrofes que dificilmente serão controladas.

TERRORISMO É UM ATO ANTI-POLÍTICO

Sabemos que a Política é uma criação dos Gregos antigos, como uma atividade reflexiva,  tendo em vista participar do poder através do debate , da negociação, para estabelecer quais são as melhores formas e relações entre os cidadãos, além de fundamentar na cidade (Pólis), costumes que escapem ao ódio e a arbitrariedade. Assim, podemos concluir que o terrorismo é um ato antipolítico por excelência, porque rompe com a atividade participativa na Política em sua base.

DIFERENÇA , HIERARQUIA, VALORES NOVOS!

A vida tem vários sentidos e caminhos, um dos mais importantes é perceber que o engrandecimento humano seja executado através de uma crescente tomada de consciência da diferença entre tudo que existe, todavia, havendo a devida consideração da educação levando em consideração a moral da hierarquia, quer dizer, “a doutrina da hierarquia dos homens e consequentemente também do sentido de suas ações e valores para essa hierarquia” (Nietzsche, Frag. Póstumos, 1885,35[5],Ed. Forense). Como também ,a superação dessa hierarquia enquanto criação ascendente de novos valores “Ao redor dos inventores de valores novos gira o mundo  (Nietzsche , Zaratustra,p.77,Ed. Vozes).

O EQUÍVOCO DO NOSSO PENSAMENTO APRIORÍSTICO

Segundo Aristóteles " Todos os homens, por natureza, tendem ao saber" ( MET,I,980a). Ocorre que, temos que ser cautelosos ao querer saber o que as pessoas estão pensando , porquê nosso intelecto está o tempo todo fazendo inferências e isso, nos leva ao prejuízo do bem pensar tendo em vista que : O que as pessoas estão pensando , não são o que nós estamos pensando. O que nós estamos pensando é o que pensamos ou achamos que as outras pessoas estão pensando. Desse modo, para pensarmos de modo correto é preciso aniquilar nosso pensamento apriorístico, quer dizer, nosso desejo de querer conhecer as coisas a priori, sem o auxílio da experiência.


O ALERTA DE KANT

"Não se ensina filosofia, se aprende a filosofar ! ".Essa máxima de Kant foi ,sem dúvida, muito esclarecedora e ,também ,anti-sofista no sentido de nos alertar para não cairmos ,ingenuamente, nas mãos de falsos mestres, muitos deles "operários da filosofia" como denomina Nietzsche aos professores de filosofia!


CETICISMO NECESSÁRIO

David Hume, escreveu em seu principal livro: Tratado da Natureza Humana que:" só podemos ser filósofos sobre princípios céticos". O espírito dogmático é, não filosófico por excelência, porque reduz a multiplicidade do Mundo da Vida a um único princípio que poderia explicar todas as coisas, matando exatamente o livre exercício do pensar e, por consequência, a Filosofia.

AS TRÊS GRANDES HUMILHAÇÕES FEITAS AO HOMEM

Freud detectou três principais humilhações feitas ao ser humano na cultura ocidental: a primeira foi através de Copérnico ,quando constatou que o Sol não girava ao redor da Terra; a segunda foi através de Darwin, quando de sua teoria da evolução levantou a hipótese que o Homem descendia de um ancestral desconhecido; a terceira foi executada pelo próprio Freud, quando da "descoberta" do inconsciente , onde o próprio Homem não era mais senhor em sua própria casa, porque a consciência era apenas uma pequena parte, de um todo que repousava na inconsciência.


O EQUIPAMENTO COMPLETO

 Alegria! Um chega para lá na tristeza. Estou contente.

Com amor ,alegria, seguimos em frente, nada importa mais, seríamos um nada sem ele.

Com amor, ficamos com o equipamento completo para seguir nossa viagem.

O ENOBRECIMENTO DA VIDA A PRIORI

Vamos conhecer agora (uma) perspectiva, digo uma porque sabe-se que a visão de Nietzsche acerca das coisas era através de várias perspectivas(Perspectivismo). "Mas a fim de que o trabalho tenha direito a um título honrado, é preciso, antes de tudo, que a própria existência para a qual ele é apenas um meio de tormento tenha mais dignidade e valor do que vem mostrando até agora às filosofias e às religiões."(Nietzsche , 5 prefácios para 5 livros não escritos, p. 39, Ed. 7 letras).Diante disso , podemos dizer que não basta ter , apenas, um trabalho digno, faz-se necessário que a existência como um todo tenha uma dignidade imensamente maior, e para tal, é preciso haver uma cultura superior onde os mais nobres , quer dizer, os que conduzam uma construção de uma cultura superior, não ajam em seu nome, tirando proveito de modo utilitário, mas atuem com um outro modo, visando o engrandecimento do "todo".

CONEXÃO DIGITAL- QUALIDADE DE VIDA EM JOGO

 As "vitrines do mundo virtual" estão conectando nossas mentes de um modo automático, onde a "eterna dança digital" pode nos conduzir ao desconhecimento de diversas oportunidades perdidas que nunca veem a luz do dia! Muitas vezes, nada de vida nova, apenas conexões ininterruptas que nos faz esquecer o vínculo fundamental entre a utilidade de estar em rede e a nossa importância existencial .Isso é que deveria sempre estar em jogo ! A maximização digital deverá nos conduzir, também, para uma crescente maximização existencial, onde a nossa qualidade de vida deverá sempre ser superior, para não ocorrer uma maximização digital e uma minimização existencial.

AS INCERTEZAS CONTINUAM

No final do século dezenove, ainda havia a arrogância científica que pensava deter todas as chaves do conhecimento com a finalidade de decifrar os mistérios da natureza. No início do século vinte até agora, as incertezas continuam cada vez mais propagadas, principalmente, através da física quântica e da matemática do caos. No mundo dos átomos, dos núcleos atômicos, das partículas subnucleares, etc., há eventos físicos que não podemos determinar suas causas de modo preciso, o que contraria , totalmente, a tradicional noção de causa e efeito. O racionalismo foi novamente abalado diante da incomensurabilidade da existência em contraposição com a "gaiola" da finitude. Apesar de todas as coisas que existem serem percebidas através de nossos sentidos no espaço e no tempo, que correspondem a uma dimensão e tem uma duração; o espaço e o tempo não pertencem a natureza das coisas, na realidade não existe um objeto real chamado "tempo" , como também, não existe um objeto real chamado "espaço", eles são considerados apenas como modos das nossas percepções. O que existe na realidade é uma Eternidade Una, onde todas as coisas estão acontecendo simultaneamente, tudo é presente , tudo aqui e agora. O problema é que a mente humana é analítica e, assim, divide o que muitas vezes não pode ser dividido.

NIETZSCHE/ZARATUSTRA E O ESPÍRITO DE GRAVIDADE

"O espírito de gravidade ",é segundo Nietzsche/Zaratustra , nosso "maior e mortal inimigo", porque impede a nossa elevação para ocorrer a superação de nós mesmos ,a transvaloração e a consequente ultrapassagem para novos patamares de avaliação. Podemos considerar como sendo "espírito de gravidade " todas as coisas que  impedem a nossa elevação, do humano para o "além-do-humano".

O FIM DA ESCOLÁSTICA - DISCURSO DO MÉTODO

Nesse livro, Descartes propõe rejeitar como falso " tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida", com a intenção de formular algo que seja concebido como indubitável, assim, rejeita de imediato o conhecimento sensível. No entanto, duvidando de tudo quis propor uma afirmação categórica onde " as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de abalar", que é a do pensar e existir ao mesmo tempo  "como o primeiro princípio da filosofia que procurava". Mesmo não havendo mundo ou corpo algum não poderia supor que não existia e que esse existir implicaria uma substância cuja essência é o pensar , para assim, "poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos muito clara e muito distintamente são todas verdadeiras". Embora note quais são as que nos concebemos sem nenhuma dúvida , a ideia de perfeição  só pode vir de um ser perfeito que é Deus , somente assim poderíamos ter uma ideia de perfeição, pois, o menos perfeito depende totalmente do ser perfeito ,em que recebera tudo o que possui, e que para concebê-lo teria de  se abstrair das coisas sensíveis e elevar o Espírito. Enfim, Descartes rejeita o adágio da Escolástica em que "nada há no intelecto que não tenha passado pelos sentidos" propondo assim, a ideia do cogito como sendo a priori de toda e qualquer experiência e ,também, de Deus e da alma.

UMA MARCA DA IMBECILIDADE

Eis uma marca da imbecilidade: Conhecer ,pelo menos um pouco da nossa história, e continuar acreditando nessa danosa política partidária ,como também, em todos os seus participantes.

CALOROSA PRESENÇA

Com sua presença

senti uma alegria

que há muito desejava.

Seu sorriso abraçou-me

renovando-nos plenamente.

Transmutando-nos com

beijos e abraços.

Fria a noite estava.

Sua presença transformou-a

em calor humano.

Calor que sorri.

Calor que chora.

Calor que nos transforma!

Calor que desiste do

espírito de vingança.

Calor que aniquila

todo sentimento hostil.

Calor que alimenta a esperança.

Calor que vence o cansaço.

Calor que enxuga lágrimas.

Calor que traz novas conquistas.

Calor que nos renova

no caminho da luz e da

liberdade.

A TAREFA DO FILÓSOFO SEGUNDO NIETZSCHE

" Que deve fazer o filósofo ? No meio do formigar, acentuar o problema da existência, sobretudo problemas eternos. O filósofo deve reconhecer o que é necessário e o artista deve criá-lo. O filósofo deve simpatizar o mais profundamente possível com a dor universal: cada um dos velhos filósofos gregos exprime uma miséria: aí, nessa lacuna, insere o seu sistema. Constrói o seu mundo sobre essa lacuna."(Nietzsche , O livro do filósofo , §27, p. 25 , Ed. Rés).

Nietzsche, nesse aforismo exprime umas das tarefas dos filósofos-artistas , quer dizer, ele enfatiza que há um problema fundamental na existência , que é justamente a bipartição do mundo em sensível e inteligível  criada pelo Platonismo , como também , percebe a necessidade de separar o contingente do necessário. Assim, faz-se necessário dar peso ontológico ao mundo efetivo, pela    aceitação da dor existencial, que é o aspecto trágico/dionisíaco , através da afirmação do "Eterno retorno de todas as coisas".

PENSAMENTO E VIDA

A filosofia de Nietzsche é interpretativa por excelência, porque, para ele o conhecimento é perspectivista, quer dizer, "ele não possui nenhum sentido por trás de si, mas infinitos sentidos"(Nietzsche,F.P.,1885-87,7[60],p.263,Forense); diante disso, nunca devemos universalizar ou categorizar os conceitos usados por ele ao longo de sua obra. A sintonia direta com a vida representa para ele a "verdadeira" filosofia, o autêntico filósofo é aquele que faz experiências com a vida , não separando pensamento e vida, todo academicismo representa um sintoma que a vida declinou e colapsou com a vida prática, separando-se dela, tornando-se inútil, quer dizer puramente teórica.

NIETZSCHE E OS GREGOS - OUTRA VISÃO

Principalmente em suas obras: "O Nascimento da Tragédia" e na "Filosofia na era Trágica dos Gregos", Nietzsche nos legou uma nova e original visão da cultura grega, onde não valorizava a Grécia clássica , e o faz diferentemente de toda a tradição , valorizando a cultura pré-platônica. Para ele ,o grande merecimento dessa cultura foi ter dado ênfase na sabedoria trágica, cujo conceito ele contrapõe as caducas concepções da sabedoria tradicional , altamente teórica que foi influenciada por Sócrates , e divulgada por seu discípulo Platão.  A cultura trágica, antes de Platão era dotada de um espírito dionisíaco que afirmava o devir contraditório da vida, a reabilitação do sensível, da intuição, dos sentidos e do corpo e a rejeição da mentira do ideal transcendente ,quer dizer, a renúncia ao ser em nome do devir). Ao introduzir o Dionisíaco, Nietzsche  foi influenciado por Hölderlin, e assim, transmutou a visão da "Sereno Jovialidade Grega" até então estabelecida.

O ANTI-PLATONISMO DE SPINOZA

Para Platão a vida é uma preparação para a morte , haja vista que para ele, vivemos em um mundo de sombras que terminará com a morte e iremos ascender ao mundo das ideias. Para Spinoza a filosofia de Platão é uma filosofia para escravizar o homem ainda mais e ,mantê-lo nas trevas da escravidão , porque o faz refletir não sobre a vida, mas sobre a morte. Vejamos a citação de Spinoza:" O homem livre em nada pensa menos do que na morte, e seu saber não é uma meditação sobre a morte, mas sobre a vida".(ÉTICA, 4 , P 67)

MOMENTO DE DESPERTAR E ULTRAPASSAR

É chegada a hora de um novo: "Crepúsculo dos Ídolos". A grande maioria dos políticos, artistas de TV, jogadores de futebol , comediantes imbecis, ratos imundos dos bastidores do poder, a lista é enorme. Parece que muitas pessoas ainda não perceberam isso, porque estão totalmente anestesiadas pelo Gramscismo.Temos que evitar a tomada de nosso país que já vem em curso há anos, através de um Poder Global, executada através dos "anões do capitalismo mundial."

TODOS NÓS ... NINGUÉM

Estamos perdidos no mundo do ente ,esquecendo o Ser, ou seja, a realidade maior. Infelizmente, a inautenticidade sempre se sobrepõe a autenticidade, criando diversos subterfúgios. De acordo com Heidegger, a Tecnocracia que hoje impera é o ápice do esquecimento do Ser. Todavia, esse é o momento propício para haver a ultrapassagem e criar possibilidades.

FINAL DE INVERNO

 Sol e muito frio no ar

Tempo de se renovar!

Uma nova aurora

Um novo céu azul

Um novo horizonte

Nos chama para 

a Elevação!

 

No meio-dia

de novas vidas

Livres nos encontramos.

Encontro marcado

e selado pelo destino.

 

Agora vamos caminhar

nas montanhas,

Ar puro emanando no ar

nos renovando para

nossa primeira Primavera

juntos.

A UTOPIA DOS CONTRATUALISTAS

O Governo(Estado) não é para Thomas Hobbes o resultado do instinto social natural do homem. O instinto natural do homem é um estado de "natureza" ou " guerra de todos contra todos”. Para tentar solucionar esse problema ele criou a Utopia do Contrato Social, como também, John Locke e Rousseau o fizeram. Segundo a investigação filológica-genealógica de Nietzsche, o Estado foi fundado através da força e da violência e não através da Utopia de um Contrato Social.


VONTADE DE CRESCIMENTO

Meu coração pulsa fortemente

Por nosso crescimento

Torcendo, imensamente,

Pelo sucesso.

Esqueçamos o passado e apenas olhemos

Para frente e para o alto.

 

Caso alguma má

Lembrança apareça

Enxotemo-la para bem longe,

Dizendo: Ilusão, Ilusão!

Porque, efetivamente, existe apenas o presente.

E o futuro como projeção!


UM DOS PIORES MALES

A inveja é um sentimento dos fracos ,ignorantes e  vis,  "A inveja é o próprio ódio"(Spinoza,Ética-LV). Quem é que não quer distância desse tipo de gente ignorante, fraca e vil?! Oremos e vigiemos para que  ela não se infiltre , prejudicando nossas vidas!


REALIZAÇÔES

Realizar nossos sonhos

de liberdade e felicidade.

Ter lazer, diversão,

vivendo nossos sonhos

em uma nova Aurora.

 

E ao entardecer,

celebrar ,novamente,

com júbilo e histórias

para contar.

 

Adentrar a noite,

iluminados e fazer

a sagrada comunhão,

sorrindo de felicidade

em estado de puro

Êxtase.

 

Um estado mais elevado,

libertando os nossos amorosos

corações.

Tão celestiais quanto as estrelas

cintilantes que há no âmago

de quem deseja o bem,

e ama de todo coração.


DESINFORMAÇÃO MIDIÁTICA

Quanto mais atritos entre as pessoas, mais longe ficarão da “verdade”, porque temos que perceber que há uma deturpação das informações a nível global ,para que haja mais discórdias entre as pessoas e com isso mais divisão. Quanto mais fraco educacionalmente é um país, mais prolifera  “valores de rebanho”, que por sua vez geram uma cultura de massa. Isso é, exatamente, o que acontece a nível global e, principalmente, nos países que têm um baixo índice de desenvolvimento humano(IDH).


O EGOÍSMO DOS TIPOS NOBRES

A teoria sobre o egoísmo, colocada como um modelo absoluto para todas as pessoas do mundo, com a finalidade de evitar que o interesse de uma pessoa pudesse sobrepujar o da outra, constata-se que fica difícil solucionar esse problema. Nietzsche tenta solucioná-lo através do valor natural do egoísmo fundado na distinção de tipos ascendentes de indivíduos e de tipos decadentes. Desse modo, não considera a universalidade e sim, as individualidades criadoras.

 O egoísmo vale tanto quanto vale fisiologicamente aquele que o tem: pode valer muito, e pode carecer de valor e ser desprezível. Cada indivíduo pode ser examinado para ver se representa a linha ascendente ou a linha descendente da vida". (Nietsche, Crepúsculo do Ídolos, §33, p. 81, Cia das letras).

 “Para os indivíduos ascendentes “seu valor é efetivamente extraordinário” devido à consideração que esses tipos de indivíduos têm para com a vida como um todo” em função da totalidade da vida, que com ele dá um passo adiante “(Id. ibidem).

 Por outro lado, os indivíduos decadentes, vis, reles, plebeus têm um tipo de egoísmo doentio devido as suas ações ser de “utilidade estreita e mesquinha” eles representam segundo Nietzsche “o desenvolvimento para baixo, o declínio, a crônica degeneração e adoecimento, tem pouco valor”. (Id, ibidem). A defesa de Nietzsche está a favor do egoísmo dos tipos nobres porquê:

"grandeza da alma, envolve independência; mas sem grandeza espiritual, a grandeza de alma não é permitida; senão esta promove a sandice, até mesmo pelo querer beneficiar, como pelo seu exercer a “justiça”. Os espíritos menores têm de obedecer - portanto, não podem ter grandeza. "(Nietzsche, Vontade de Poder, §984, p. 479. Ed. Contraponto).