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ANTHONY GIDDENS E A NOÇÃO DE SEGURANÇA

Em seu livro "Consequências da modernidade", Anthony Giddens descreveu os processos duais que a modernidade nos legou. Onde, para ele, a época moderna com seus mecanismos de desencaixe, ou seja, "Fichas simbólicas e sistemas peritos" (Cf. p.59), que começou com a crescente separação entre espaço e tempo, desencadeando dualidades afins, estruturadas pelas relações sociais, através de suas diversas regras. A noção de segurança está relacionada, intrinsecamente, com a de risco e perigo, tendo em vista que a confiança na modernidade é fundada em "sistemas abstratos" e em "sistemas peritos".Na modernidade, somos praticamente forçados a confiar cegamente nessas autoridades, quer dizer, na eficácia dos “sistemas peritos”. Por exemplo, quando vamos fazer uma viagem de avião, nós confiamos que: está tudo bem, que os peritos fizeram todas as revisões, que o piloto é um profissional capacitado etc.Para Giddens, toda a modernidade torna-se reflexiva, quer dizer, ela incorpora as informações e os conhecimentos dos “sistemas peritos” que por sua vez são refletidos para um mundo como um todo. Todo esse processo, afeta a subjetividade dos indivíduos, pois, se nas sociedades tradicionais a noção de segurança é mais sólida, nas sociedades modernas ela torna-se "líquida", usando um termo de Bauman, cedendo espaço a um mundo de incertezas progressivas, ou seja, a um "mundo em descontrole".Todavia, Giddens nos convida a estabelecer maiores relações de confiança entre nós, e assim, aumentar a reflexividade social para fazer frente aos impasses da modernidade, e haver um maior controle sobre os riscos e perigos potencialmente iminentes, amenizando-os, para enfim, maximizar a segurança.


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