Podemos
nos perguntar se apenas um conjunto de modos deve ser desejado para
todos nós seres humanos. Será que devemos dizer que uma tal pessoa deve
agir , como se todas as outras fossem bastante semelhantes a ela? Vamos
ver um texto de Nietzsche onde ele aborda essa questão:
"Consideremos
ainda por fim que ingenuidade patética é em geral dizer que o "homem
deveria ser de tal modo!"A efetividade nos mostra uma riqueza
encantadora de tipos, a exuberância de um jogo e de uma mudança de
formas profusos. E um reles serviçal de moralista qualquer diz:"não!o
homem deveria ser diferente!"... Ele sabe até mesmo como ele deveria
ser, este fanfarrão e este beato, ele pinta um auto-retrato na parede e
diz " Ecce homo!"( "Eis o homem!")... Mas mesmo quando o moralista
se volta simplesmente para o indivíduo e lhe diz:" Tu deverias ser de
tal e de tal modo!", ele não deixa de se tornar risível. O indivíduo,
visto pela frente ou por detrás, é um pedaço de destino, uma lei a mais,
uma necessidade a mais para tudo o que advém e será.(Nietzsche,Crepúsculo dos Ídolos-Moral como Antinatureza)
O
argumento está correto,porque na efetividade existe pessoas que levam
diferentes formas de vida, têm tipos de personalidades diferentes uma
das outras , ocupam papéis sociais diferentes, como também , as
qualidades de caráter são muito diferentes; enfim o mundo em sua
efetividade é um mundo de diferenças, nada há igual a nada.Nem uma folha
é igual a outra, imaginem nós seres humanos ?
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