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NIETZSCHE E O DEVER

Nas três dissertações da Genealogia da Moral, Nietzsche executou uma crítica genealógica da oposição " bem/mal,bom/ruim", da culpa e dá má consciência e na terceira, dos ideais ascéticos, faltando uma genealogia de um conceito muito importante da ética moderna, o  conceito de dever, que apenas nos fragmentos póstumos foi colocado segundo a citação:
 
" O problema "tu deves":uma inclinação,que não sabe se fundamentar,de modo semelhante ao que acontece com o impulso sexual, não deve cair sob
a condenação dos impulsos;ao contrário, ela deve ser seu medidor de valor e seu juiz!"(F.P.1885-1887,p.232,Forense,2013).
 
Seguindo o fio condutor de seu mestre Schopenhauer , que já havia criticado o conceito de dever em Kant em seu livro "Sobre o fundamento da moral", Nietzsche ratifica sua crítica, identificando a origem teológica e o desmascara igualando-o ao Decálogo, porque o conceito de dever não é livre, quer dizer, ele é heterônomo, disfarçado por Kant em autonomia da vontade .Para Nietzsche o "tu deves" deve ser criado a partir de nós mesmos , para assim criarmos o nosso destino , sendo nós mesmos "os medidores e os juízes", sermos supramorais ,quer dizer, estabelecer-se no comando de sua consciência e assim, ter uma liberdade capaz de fazer promessas . Nietzsche não está declarando estas condições de uma forma relativista, na qual todos os homens possam criar seus próprios costumes; em vez disso, ele está reconhecendo uma escolha para viver moralmente sem a influência de decisões externas, isso é ser supramoral, além da moral.

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