Para Kiekergaard, a base da reflexão filosófica não pode ser
um princípio abstrato como o Absoluto de Hegel, ou seja: “O pensamento que
pensa a si mesmo”, onde há um a identidade do pensamento com o ser. O
pensamento abstrato cria um sistema e para Kiekergaard o sistema criado por
Hegel suprime a existência, ignora o concreto, a interioridade existencial, a
subjetividade, etc. Segundo ele, o começo do filosofar se dá através de um interesse
no existir: "Para aquele que existe, a existência é o seu interesse maior,
e o interesse no existir é a realidade” (Kiekergaard in: Filósofos do Sec. XIX
p.116, Ed. Unisinos) Enfim, enquanto Hegel parte de uma abstração, do absoluto,
do infinito, Kiekergaard parte do individual, onde o real decorre em um plano
distinto do pensamento.
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