Agora, chegou o momento de unir forças.
Ouvir: Avisos,
alertas e chamados.
Tempo de novas
visões, construções e ações.
A transvaloração nos
convida
Para que o futuro
esteja em nossas mãos!
E não o FIM do
futuro.
2025 YEARS OF THE INAUTHENTIC CALENDAR! WELCOME TO THE HIGHWAY OF THINKING IN MULTIPLE WAYS.AN OUTSIDER ! UP TO THE TOP!
Agora, chegou o momento de unir forças.
Ouvir: Avisos,
alertas e chamados.
Tempo de novas
visões, construções e ações.
A transvaloração nos
convida
Para que o futuro
esteja em nossas mãos!
E não o FIM do
futuro.
Quem não está indignado depois de
tomar conhecimento da falta de generosidade, equidade, amor e outras
virtudes que podem libertar a "vontade da terra", da ganância desmesurada,
da arrogância do controle da natureza, da loucura pelo poder, que colocam em
risco o destino de vários países e de suas necessidades? Estamos tristes em saber que
nosso futuro está acorrentado dentro dos grilhões da avareza, daqueles que se
consideram donos do mundo!
Vejamos uma citação de um livro
muito importante, principalmente, para o momento que estamos passando, onde
está havendo um cientificismo, quer dizer, a tendência de somente considerar a ciência
como o único modelo de verdade, onde "fora da ciência não há salvação",
sendo considerado por A. Comte-Sponville "a ciência como religião", quer
dizer, "erigir a ciência em dogma, e o dogma em imperativo" (Cf.)
Dicionário Filosófico, p.102, Ed. Martins Fontes,2003).
"O teórico que afirma que
a ciência é tudo o que há — e que o que não estiver nos livros de ciência não
tem valor — é um ideólogo com uma doutrina própria, distorcida e peculiar. Para
ele, a ciência não é mais um setor da iniciativa cognitiva, mas uma visão de
mundo que inclui tudo. Essa não é uma doutrina de ciência, e sim, de
cientificismo. Adotar essa instância não é celebrar a ciência, e sim, distorcê-la". (Nicholas Rescher, in The Limits of Science).
Imediatamente após nascermos, já começamos a morrer. Portanto, biologicamente, amanhã será um dia a menos. No entanto, os seres humanos têm, na existência, uma outra possibilidade para superar e transcender os dias a menos, através do uso criativo de sua subjetividade. Segundo Heidegger, “a essência do homem está na sua existência”, quer dizer, no seu ser-no-mundo, onde a existência não é mais sinônimo de ser, mas de subjetividade e, portanto, de construção contínua para superar os dias de vazio existencial perdidos nas "banalidades do cotidiano".
Construindo uma rotina diária,
sob uma nova perspectiva de vida, com um potencial de transformar tudo para melhor através de uma solidão criativa, com
a mente focada; iremos, muito provavelmente, frequentar a elite do pensamento, fugindo
da mediocridade para alcançar " grandeza" ,quer dizer, promover nossa
criatividade, nossa energia
, e
produtividade. Grandes gênios ao longo da história entenderam que o retraimento que vem de levantar-se
cedo de manhã ou de estar em um ambiente em total silêncio, tem um efeito
multiplicador. Biologicamente, todos nós temos uma capacidade mental limitada
e, ao longo do dia, nossa atenção é acionada a muitas coisas: notícias, mídias sociais. etc. O problema é
que isso pode se tornar um hábito ruim e tirar nosso foco, fazendo com que não
possamos nos concentrar em praticamente quase
nada, mudando constantemente
nosso foco de uma coisa para outra, a ponto de não darmos atenção suficiente as coisas necessárias.
Segundo Heidegger, perdemo-nos nas “banalidades contingenciais do
cotidiano”. Mas se levantarmos logo cedo ou ficarmos em um
ambiente silencioso, teremos uma oportunidade de ouro para nos concentrarmos
sem que nosso cérebro se distraia. Esse foco é ainda mais aprimorado pelo
conceito de hipofrontalidade transitória, o
que significa, em poucas palavras, que de manhã logo cedo, estamos bem posicionados para alcançar um estado de “Flow”,ou seja de um fluxo criativo em nossas mentes, captando as
“ideias que estão no ar”. Estudos mostram que o córtex pré-frontal, quer dizer,
aquela parte do cérebro que lida com o pensamento racional, desliga-se
temporariamente. Assim, nossas tendências
a analisar estresse e preocupação com as coisas é minimizada. Ao mesmo tempo, a paz do amanhecer e do
silêncio, também, estimulam a produção dos neurotransmissores dopamina e serotonina e como resultado, entramos
naturalmente em um estado de “Flow", quer dizer, um estado totalmente energizado,
focado e criativo. "Flow" é
uma mentalidade de elite que os melhores artistas, cientistas, habitam em seus melhores
momentos. Então, iremos descobrir que se nós nos levantarmos logo cedo,
estaremos mais focados e mais
produtivos ao longo do dia. A grande maioria das pessoas não está disposta a se
submeter a um silêncio total. Então, se o fizermos, obtemos uma enorme vantagem,
não para apenas alcançar grandes coisas, mas
se tornar um
verdadeiro “Historymaker”,quer
dizer, uma pessoa cujas
conquistas mudam o mundo.
Os grandes gênios não são definidos apenas pelo seu talento natural, mas pela
medida em que tiram proveito de um constante trabalho sobre si mesmo para
manter o foco, autodisciplina e
perseverança. Livrar-se das distrações é fundamental. A grande maioria das pessoas perdem horas com tecnologia viciante, vazia
e mídias sociais. Enquanto os “Historymakers” capitalizam seus talentos, evitam distrações, e assumem
o autocontrole. Isso significa segundo Schopenhauer, praticar um tipo de
ascese, quer dizer, um exercício espiritual, concentrando-se e
selecionando projetos focado na
qualidade ao invés da quantidade, tirando tudo o que nos distrai para termos um
foco implacável, no que nos é mais importante. Para tal, temos que nos
desligar do mundo, e de tudo o que está
nos afastando de atividades que
realmente nos agregam valor. Tentemos ganhar, no mínimo, duas horas livre das
distrações todos os dias para se
concentrar no que é importante. No final de cada ano estaremos à frente quase
setecentas horas! Assim, são nas primeiras horas do dia e também no silêncio total que os
“Historymakers” são construídos. Se queremos dominar nossas vidas, comecemos
por possuir a nós mesmos, sempre que pudermos todas as manhãs. A ausência de
distração nas manhãs, nos permitirá construir nossa criatividade, e protejamos
nossa serenidade em uma era de complexidade cibernética.
Aristóteles, em sua maturidade intelectual,
escreveu: " Amigos, não há amigos!", não devemos levar ipis
litteris isso, contudo, a verdadeira amizade é uma coisa quase impossível de se
encontrar, e se nós a encontrarmos, ela se concretizará entre os "iguais".
Os Antigos consideravam a amizade superior ao amor, eles sabiam que só poderia
existir amor se houvesse amizade, números não dizem nada; inclusive,
Schopenhauer escreveu que: "Ao contrário do que o senso comum pensa, o valor de
uma pessoa não consiste no número de amigos que ela possui, e sim na qualidade".
Afirmando, desse modo, que quem tem poucos amigos, muitas vezes tem mais valor
do que aqueles que têm muitos. É a sabedoria seletiva e aristocrática que deve
se impor, cada vez mais, em um mundo vulgar ,plebeizado e imbecilizado.
Quando você sentir que
tudo está desmoronando.
Quando sentir que está sozinha
e todos seus amigos
lhe traíram.
É chegada a hora de acordar
Eu te levarei de volta
Eu te levarei para um ponto mais alto!
Agora ,você pensa que
o que está passando é tudo,
e não há mais nada.
Então, venha comigo de volta à estrada.
Que eu te levarei para um ponto mais alto.
Pegue minha mão.
E farei com se sinta livre e segura.
Eu te levarei de volta pra casa.
Garanto que há algo nos esperando.
Quando abrir a porta,
encontrará um novo ritmo.
Um ritmo pra viver,
um ritmo de esperança.
De volta pra casa,
um novo ritmo nos espera.
Quero me lembrar
a palavra que desejo
lhe dizer
Agora é o tempo
que está porvir
Então, não esqueças
a alegria de viver!
Não há distância entre nós
A música nos convida aproximação
além de nós, o puro: Rock'n'roll.
O mundo caminha em nós,
além do alcance
E de repente, lembro-me
da palavra amor à distância
Em alguma parte,
ela fala dentro de você,
à distância.
Nas Meditações Metafísicas, o fundamento da dúvida metódica tomará muito maior destaque onde verificar-se-á a formulação radicalizada por intermédio do Gênio maligno ou do Deus enganador, ao ponto da dúvida metódica tornasse dúvida cética. Na validade de uma dúvida metódica impelida até esse ponto, a interpretação cartesiana é um pouco discordante. Todavia, se se pode reportá-la à interpretação que demos à formulação do Discurso sobre o método, consideramos que seja um procedimento muito valioso. Ao contrário se a dúvida tornasse uma autêntica dúvida positiva e não apenas uma negativa Universal, ela necessariamente conduziria ao ceticismo constituindo, portanto , um procedimento sem validez.
Descartes fundiu e confundiu o
fato de no gnosiológico com fato
ontológico, modificando o Cogito e substituindo-o por uma proposição verdadeira
“ eu sou o ato da minha consciência”. Nas meditações metafísicas, ele
evitará repetir esse paralogismo, onde
desenvolverá um tratamento à parte para demonstrar a teoria do dualismo entre
espírito e matéria.
De todo modo, o dualismo entre
espírito e matéria, Isto é, entre a Res cogitans e a Rés Extensa é insubstituível não apenas do ponto de vista
ontológico onde alma e corpo, formam uma
unidade substancial; como também, do ponto de vista psicológico, pois a alma
não conhece diretamente a si mesmo sem o uso
do corpo, que Descartes tentou abstrair ao extremo para se livrar de
qualquer conhecimento que não seja diretamente do eu pensante para o mundo físico
através de uma intuição puramente intelectual.
Nietzsche anteviu uma grande crise para o século XX e XXI, " Conheço a minha sina. Um dia, meu nome será ligado à lembrança de algo tremendo -- de uma crise como jamais houve sobre a Terra"(Ecce Homo, Por que sou um destino, §1, p. 109,Cia das Letras).São inúmeras as consequências do declínio, entre as quais podemos citar as principais: Ausência do senso de pecado (falta) levando ao crescimento da irresponsabilidade devido a infantil crença no progresso; afloramento de várias ditaduras devido ao fraco crescimento moral não proporcionado pelo Iluminismo; popularidade dos meios de comunicação de massa com a finalidade de "lavar a mente" dos incautos; o excessivo culto aos esportes que leva ao entusiasmo infantil alienado por competições; surgimento de seitas religiosas nunca antes vistas, levando as pessoas ao fanatismo; etc.etc. Hodiernamente, como nunca, paira um perigo sem paralelos na história, onde cada vez mais formas de repressão sobre a sociedade são utilizadas, com a intenção de fazê-la pensar como "animais de rebanho", suprimindo as diferenças criadoras de novos valores. Enfim, a meta é a restrição progressiva, onde todos nós somos considerados apenas números.
Na concepção de felicidade avaliada por Nietzsche, devemos evitar qualquer ligação que tenha alguma finalidade utilitarista, para ele felicidade é um "sentimento de que a potência cresce, de que um obstáculo é superado" (Anticristo §2) . Felicidade é o compartilhamento da alegria " O que seria tua felicidade se não tivesses aqueles que tu iluminas" (Zaratustra I – Prólogo. Felicidade para ele , também, está ligada tanto a alegria quanto à tristeza , tendo em vista a total adesão à vida com a concepção do Eterno Retorno e do Trágico.
Com a força do amor, do
esquecimento , da alegria e da paz ,poderemos recuperar o tempo perdido, apesar
de todas as perdas.
Desejamos a eternidade do Ser
O universo se repetirá eternamente
Sob formas múltiplas.
Chega de Utopias!
Em lugar nenhum,
O falso deus da terra de
ÙTOPÓS
Deverá reinar,
Execrá-lo!
Para dar lugar
A eterna afirmação de nossas vidas.
Uma das propostas da filosofia é tentar acabar com todo o autoritarismo porque ele está ligado ,totalmente, ao pensamento dogmático. Autoridade é totalmente o oposto porque a autoridade pode ser contestada ,refletida, criticada, onde não há necessidade de uma obediência cega, acrítica. A autoridade está relacionada com a potência de agir e, portanto ,pode ser considerada uma atividade livre. O autoritarismo é a obediência pela obediência , onde não há reflexão, debate, pensamento crítico atuante. Vejamos uma citação de Nietzsche da real autoridade da filosofia " - filosofia, tal como até agora entendi e vivi, é a vida voluntária no gelo e nos cumes - a busca de tudo o que é estranho e questionável no existir, de tudo o que a moral até agora baniu. Uma longa experiência ,trazida por tais andanças pelo proibido, ensinou-me a considerar de modo bem diferente do desejável as razões pelas quais até agora se moralizou e se idealizou" e " Aqui não fala um fanático, aqui não se "prega", aqui não se exige crença." (Nietzsche, Ecce Homo ,Prólogo§3).
Espectro dissociado e alienado,
Vive a ilusão da Unidade.
Percorre a vida obnubilado.
Descentralizado, vive as quimeras
do mito individual.
Até que irrompa em seu ser,
a luz da Linguagem.
Estruturada pelos Mathemas...
Perdidos no inefável,
Mundo da dialética metafísica.
Os que possuem o espírito livre tem um propósito que ultrapassa seus atos, quando agem não buscam o ganho pessoal. Quem age apenas onde há oportunidade para o lucro são pessoas comuns. Os espíritos livres não agem pelo lucro, mas pelo próprio espírito de liberdade que já possuem. Assim , fazem a diferença onde, aparentemente, não há diferença.
Forças da mudança,
Invadiram vigorosamente.
Sobrepujando comportamentos
e crenças
e nosso planeta em sua órbita.
De religiosos a seculares,
De rurais a urbanos,
De industriais a tecnológicos.
Novos modos de vida robóticos
Sacudiram culturas e costumes.
Ascensões e quedas,
Levaram-nos a uma encruzilhada.
Desespero,extinção,aniquilamento.
Fim do futuro?
Parece que nada, realmente,
aprendemos com a história!
Podemos nos perguntar se apenas um conjunto de modos deve ser desejado para todos nós seres humanos. Será que devemos dizer que uma tal pessoa deve agir , como se todas as outras fossem bastante semelhantes a ela? Vamos ver um texto de Nietzsche onde ele aborda essa questão:
"Consideremos ainda por fim que ingenuidade patética é em
geral dizer que o "homem deveria ser de tal modo! “A efetividade nos
mostra uma riqueza encantadora de tipos, a exuberância de um jogo e de uma
mudança de formas profusos. E um reles serviçal de moralista qualquer diz: “não!
O homem deveria ser diferente!"... Ele sabe até mesmo como ele deveria
ser, este fanfarrão e este beato, ele pinta um autorretrato na parede e diz
" Ecce homo!"( "Eis o homem!")... Mas mesmo quando o moralista se volta
simplesmente para o indivíduo e lhe diz:" Tu deverias ser de tal e de tal
modo!", ele não deixa de se tornar risível. O indivíduo, visto pela frente
ou por detrás, é um pedaço de destino, uma lei a mais, uma necessidade a mais
para tudo o que advém e será."(Nietzsche, Crepúsculo dos Ídolos-Moral como
Antinatureza)
O argumento está correto, porque na efetividade existe pessoas que levam diferentes formas de vida, têm tipos de personalidades diferentes umas das outras , ocupam papéis sociais diferentes, como também , as qualidades de caráter são muito diferentes; enfim o mundo em sua efetividade é um mundo de diferenças, nada há igual a nada. Nem uma folha é igual a outra, imaginem nós seres humanos ?
Na medida que a programação televisiva vai se tornando mais realista, a ela é imposta
sub-repticiamente um modo que a torna cada vez, paradoxalmente, mais ficcional, nos
sugerindo um tipo de emulação com a
própria realidade exterior, misturando
ficção e realidade e desse modo, abrindo caminhos para diversos tipos de
escapismos nas mentes dos espectadores.
Consequentemente, há uma despontencialização de nossa visão crítica que
nos impossibilita de compreender e participar efetivamente do mundo.
Ela segredou-me que seu
amor veio pra ficar.
Ela sabe , eu confio.
Uma mulher decidida não
tem tempo a perder.
Uma mulher decidida nos completa.
Isso é tudo.
Parece o começo, mas é o meio e
o fim também.
Juntos estamos mudando
a forma de amar.
Vidas seguindo à distância.
Afinal, um pouquinho de ausência
faz bem, muito bem!
Ela sabe, eu confio.
Descartes, propõe rejeitar de direito "tudo aquilo que pudesse imaginar a menor dúvida" com a intenção e formular algo que seja, totalmente, concebível como indubitável. Desse modo, rejeita de imediato o conhecimento sensível. No entanto, duvidando de tudo quis propor uma afirmação categórica onde "as mais extravagantes suposições dos cépticos não seriam capazes de abalar", que é a do pensar e existir ao mesmo tempo." (..) como o primeiro princípio da filosofia que procurava". Mesmo não havendo mundo ou corpo algum não poderia "supor que ele não existia" e, que esse existir implica em uma substância cuja essência é o pensar para assim, " poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos mui clara e distintamente são todas verdadeiras". Embora afirme quais são as coisas que nós concebemos sem nenhuma dúvida, temos que levar em consideração que o nosso SER não é totalmente perfeito, assim, deve haver, segundo ele "um SER que fosse de todo perfeito", pois, o "menos perfeito depende totalmente do ser perfeito", em que recebera tudo o que possui e, também, para ser concebido, tinha que abstrair as coisas sensíveis e elevar o espírito. Ele rejeita o adágio da escolástica que diz: "nada há no intelecto que não tenha estado nos sentidos", propondo a ideia do cogito, a priori de qualquer experiência, pois para ele "nada há no intelecto que não tinha passado pelos sentidos, exceto o intelecto , que já estava a priori.
1)INTRODUÇÃO: A abordagem sobre o método foi proeminente na modernidade,deacordocomGhiraldelli,P:2010.p.68) "a modernidade se caracterizou por uma preocupação com o método", onde o filósofo e matemático francês, René Descartes ,foi um dos principais iniciadores. No início do século XVII, já havia publicado seu Discurso do Método, alertando para a extrema necessidade de "regras para a condução do espírito", quer dizer, para um pensamento com rigor, seguindo um método . Segundo Laville (1999,p.11) a definição de método de Descartes permanece atual, "válida até os dias de hoje"; Descartes define método como sendo regras, vejamos a citação:
"Ora,
por método entendo as regras fáceis e
corretas graças
às quais todos os que as observam com exatidão
nunca
suporiam verdade o que é falso, e
chegariam,
sem se cansar com esforços
inúteis, mas
aumentando progressivamente sua ciência,
ao
conhecimento verdadeiro de tudo o que podem alcançar"
(Descartes,Obras Escolhidas,2010.p.414)
2)O MÉTODO CARTESIANO: De acordo com Descartes, é impossível filosofar sem método, tendo em vista que a construção de um conhecimento verdadeiro se faz sempre com método; ele coloca esse aspecto em extrema evidência nas suas obras que tinham como objetivo aperfeiçoar cada vez mais o uso do espírito humano através da razão, as regras do método que ele propõe são totalmente formais, não se fundando em princípios materiais, tendo como meta delinear, formalmente, o modo como o espírito pensa de uma maneira eficaz, distinguindo o verdadeiro do falso, quer dizer, “jamais supor verdadeiro o que é falso, e chegar ao conhecimento de todas as coisas” (Descartes,Obras Escolhidas,Ed. Perspectiva,2010p.414).
Na regra V da Regulae
ele nos diz em que consiste o método,vejamos a citação:
" Todo o método consiste na ordem e na disposição das coisas para as quais é preciso voltar o olhar do espírito para
descobrir alguma verdade"(DESCARTES,Obras Escolhidas,Ed.Perspectiva, 2010.p.420).
Com o uso do método, Descartes rejeita todas as certezas
dogmáticas e do senso comum, ele pretende descobrir e fundamentar, um método "para bem conduzir a própria razão e procurar a verdade
nas ciências" como indica o subtítulo do seu Discurso do
Método, para tal, interroga-se primeiramente sobre a diversidade de todas as
nossas opiniões ; constatando que elas não podem ser confundidas com a verdade,
defendendo que elas devem ser submetidas à razão. Segundo ele, todas as coisas
que foram apreendidas e adquiridas ao
longo dos tempos deverão ser submetidas à crítica, quer dizer, ao pensamento
reflexivo, que examina os seus pressupostos, através de um método
que proporciona uma direção do pensamento, para somente
depois, poder ser objeto de conhecimento verdadeiro, tendo com o objetivo ,
evitar qualquer juízo parcial. Ele procura fundamentar, através de um método,
um modo de apreender a realidade através de conceitos claros e distintos,
rejeitando todas as certezas dogmáticas e para tal, usa a dúvida como forma de
compreender o mundo, tendo como
objetivo:
" jamais
acolher alguma coisa como verdadeira
que eu não
conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente a
precipitação
e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se
apresentasse
tão clara e distintamente ao meu espírito, que eu não tivesse
nenhuma
ocasião de pô-lo em dúvida." (DESCARTES,Obrasescolhidas,Ed.Perspectiva,2010,p.75/76).
Esse procedimento é conhecido como "dúvida cartesiana", e
tem como finalidade, desconfiar da verdade aparente de todas as coisas ,
procurando uma forma de não tomar por verdadeiro o que é
falso ,criticando as certezas adquiridas de sua época e
assim, se posicionar
contra o princípio da autoridade nas ciências, de acordo com
(PHILONENKO: s/d.p.76):"O
fato histórico é que Descartes, do mesmo modo que Galileu, revolucionou
a ciência, ligando audácia à prudência mais extrema. Não nos enganámos nisso.".
Para Descartes, primeiramente, deveremos determinar e classificar aquilo que,
para o espírito cognoscente, será elementar e evidente como ponto de partida de
qualquer investigação, e não aquilo que , independentemente do espírito ,
poderá ser subdividido em categorias, como é o caso da lógica aristotélica. "Dizemos,pois,em primeiro lugar, que cada coisa deve ser considerada de modo
diferente quando dela falamos relativamente ao nosso conhecimento e quando dela
falamos relativamente à sua própria existência"(DESCARTES,Obras Escolhidas,Ed. Perspectiva,2010.p.448).Em seu
escrito conhecido por: Objeções e Respostas , Descartes, muitas vezes, menciona
que uma investigação científica deve proceder de modo analítico, e não forma
sintética, vejamos a
citação:
"A análise
mostra o verdadeiro caminho pelo
qual uma
coisa foi metodicamente descoberta e revela como os efeitos dependem
das causas (...) A síntese, ao contrário, por um caminho todo diverso, e como que
examinando as causas por seus efeitos
demonstra na verdade claramente o que está
contido em suas conclusões... e ... não ensina o método pelo qual a coisa foi descoberta".(DESCARTES,Obras escolhidas,Ed. Perspectiva 2010.p.235.236).
3)CONCLUSÃO: Para Descartes, a vantagem do método analítico
consiste em iniciar as investigações com um rigor matemático, condizente com
espírito da época, onde Descartes, tinha como objetivo, estabelecer uma ciência
cuja certeza igualasse a da matemática, quer dizer, uma Mathesis Universalis,
que substituísse a incerta ciência medieval. Segundo ele, todas as ciências
deverão adotar esse método rigoroso e evidente para o espírito, estabelecendo
um saber seguro,haja vista que este terá uma base indubitável .Ao contrário do método
sintético que, de início parte de pressupostos
que mais tarde poderá se comprovar como duvidoso ou até mesmo como
falso. "(...) rejeitamos todos os conhecimentos apenas prováveis e decidimos ser preciso dar nosso assentimento apenas
àqueles perfeitamente conhecidos e dos
quais não podemos duvidar".(DESCARTES,Obrasescolhidas,Ed.Perspectiva,2010.p.407). Assim , percebemos
que como procedimento metodológico ele irá propor a tese de que para
estabelecer uma base segura para o saber , deveremos buscar algo que seja
percebido metodicamente de forma indubitável e
racional. Será nas Meditações Metafísicas, que ele irá demonstrar esse
fundamento considerado como um princípio metodológico indubitável, que será
chamada de Cogito; de acordo com:(COTTINGHAM:1995.p.37/38),"o Cogito
deverá ser considerado como a primeira e mais segura descoberta de quem
filosofa com rigor, sendo o primeiro e mais seguro passo no caminho para o
conhecimento verdadeiro de todas as coisas
que o espírito poderá conhecer". A confiança que poderemos encontrar na
base de toda essa operação metodológica é a de que a certeza é algo que
poderemos gerar por nós mesmos, ao ordenarmos nossos pensamentos de maneira
correta, "com clareza e distinção", onde o próprio fato da clareza reflexiva,
tende a aprimorar nossa posição com relação a busca de um conhecimento
verdadeiro, aumentando progressivamente, o nosso saber.
Vendo o tempo voar,
Meditando no caminho.
Eu sei o porquê
Estou sem você...
Apenas a distância
nos separa.
Por enquanto faço
mudanças,
Alterações em nossa
nova morada.
Um novo design.
Uma nova morada.
Para fazer o melhor
que possamos.
Outra reviravolta
Afinal,
Somos inesquecíveis!
A filosofia de Nietzsche é perspectivista porque o conhecimento para ele é apenas uma interpretação, que tem como fundamento a Vida .Ele sempre usa metáforas , símbolos e outros artifícios linguísticos ; diante disso, nunca segundo ele, podemos fazer o uso de conceitos, haja vista a pretensão de universalidade e delimitação dos conceitos. A sintonia com a Vida representa para ele o modo como devemos filosofar, não separando vida e pensamento, o filósofo para ele é um experimentador. O árido academicismo representa um sintoma de que a vida declinou, quer dizer , colapsou e se separou dela, tornando-se decadente.
Vemos e não vemos
Nada é igual ao
que já passou...
Apenas, o Véu do passado,
Reino de Maya!
Aprendamos a ver
Olhos de Vidente
Olhos de Águia!
Transpassando
Quaisquer obstáculos!
Transpondo: limites ,
dogmas e convenções
Vãs ilusões!
Para enfim, encontrar
o Jardim da Liberdade
que habita nossos corações.
Desmistificando ilusões
perdidas em outras
vãs
Vivências superficiais.
Cuidar da felicidade
existencial
Cuidando de si.
Regendo nossa existência:
Amando-se.
Para Amar e cuidar dos nossos.
Sempre alerta!
Trazendo no coração
A qualidade no comando das ações.
A seletividade
Sempre presente
Na arte de viver.
Vejamos em poucas palavras o que
Nietzsche entende o que é ser um Aristocrata do espírito:
" O que pode ser pago não
tem valor nenhum. Eis o credo que eu estampo na cara dos espíritos
mercantis."(Nietzsche,Frag. Póstumos,1887-89)
Como já sabemos, Nietzsche foi um
erudito. No entanto, ele criticou a erudição desde o começo, já com O
Nascimento da Tragédia, que segundo ele foi sua "primeira transvaloração dos
valores" (Cf. Crepúsculo dos Ídolos ,O que devo aos antigos,5). A erudição
que ele critica em suas obras é a pura erudição sem uma aplicação prática, o saber
por saber; esse tipo de erudição é considerado por ele, negativamente,
porque representa a ciência na modernidade, cujo representante maior é o
especialista , ironicamente descrito como sendo o homem da sanguessuga "O mestre
e conhecedor do cérebro de uma sanguessuga."(Zaratustra, A sanguessuga).Segundo
Nietzsche, hierarquicamente falando, os eruditos pertencem "à classe média
espiritual", porque não conseguem ter uma " visão dos problemas e
interrogações realmente grandes"(Cf. Gaia Ciência,§373). É o “pequeno anão e
plebeu presunçoso, o ágil e diligente trabalhador braçal-intelectual a serviço
das “ideias”, as “ideias modernas"! (Cf. Além do Bem e do Mal,§58).Diante disso, Nietzsche confere
a ciência moderna um vil utilitarismo, que tem como representantes grande parte
dos eruditos do tipo medíocre , uma “mediocridade, cada vez mais utilizável
no sentido econômico”(Cf.2ª consideração intempestiva,7) . Enfim são
aqueles eruditos "que olham embasbacados os pensamentos que outros pensaram"(Cf.Zaratustra,dos
doutos) ou seja , são aqueles que conhecem demais a cultura passada, mas não agem
adequadamente no presente , não criando novos valores.
Eterno Movimento.
Luta.
Renovação.
Superação.
Vida é Meta
Afirmação, Negação.
Caminhos novos.
Sentidos novos.
Vida é criação:
Fogo do gênio
Prometeico.
Sócrates e Platão, ao desvalorizarem a aparência, são para Nietzsche inimigos da arte , anti-gregos, e por consequência:" inimigos" da Vida. Nietzsche ao recusar a Metafísica fundada na crença em um além-mundo verdadeiro, afirma a Vida, incondicionalmente, na sua força de sua ilusão. O filósofo, portanto, torna-se artista, onde sua experiência tem semelhança com os gregos áticos , a quem Nietzsche chama-os de trágicos onde não havia a diferença entre aparência e ser:
"Deveríamos respeitar
mais o pudor com que a natureza se escondeu por trás de enigmas e de coloridas
incertezas. Talvez a verdade seja uma mulher que tem razões para não deixar ver
suas razões?"(NIETZSCHE. Gaia Ciência. Prólogo:§-4).
Sendo verdade, a Vida,
possivelmente uma "mulher", em sua dissimulação ela se esconde e diz
que não há "Verdade" atrás da aparência. A própria aparência não é o
contrário da Verdade e sim sua adequada expressão. Para Nietzsche, não há
Verdade nem real, em sentido absoluto, categórico, nomológico . O mundo é uma
construção nossa, onde a Arte tem a função de engrandecer a vida e estabelecer
um pleno estatuto ontológico, por ser ela mesma, ilusão, jogo, aparência
criadas pelo homem que se torna artista, criador dotado de pés leves e alados,
tal como Hermes, o mensageiro de Zeus.
Amar, amar de verdade.
Incondicionalmente!
Movimento espontâneo
ao encontro da Beleza.
Na mútua compreensão,
Desejo do Belo!
Só conhecemos se amarmos.
A experiência do amor é Luz.
Visão mística!
União...
Dilatação da Luz.
Plenitude!
O
Estado não é para Thomas Hobbes o resultado do instinto social natural do
homem. O instinto natural do homem é um estado de "natureza" ou uma " guerra de todos contra todos." Para tentar solucionar esse problema ele
criou a utopia do contrato social, como também, John Locke e Rousseau o fizeram. Conforme a investigação
filológica-genealógica de Nietzsche, o Estado foi fundado através da força e da
violência. Segundo Nietzsche/Zaratustra: "Mas o Estado mente em todas as
línguas do bem e do mal;e,qualquer coisa que diga, mente -e, qualquer coisa que
possua, roubou-a."(Z, Do novo ídolo,p.75,Ed.Civilização Brasileira)
No passado, em uma época
em que éramos mais jovens.
Lembro-me, que ela trazia
o que precisávamos.
Meu rosto molhado,
Sentia a Tempestade
Vendo a Serpente queimar de desejos...
Enquanto, a Águia voava livremente.
Sem arrependimentos ou objetivos
Nem nada para aprender,
Apenas amenizando nossa tristeza.
Ela regulava a marcha para nossa libertação
Da dor , nossa dor.
Todos nós precisávamos ver!
Mas ninguém queria.
O Establishment
destilava a Decadência.
Hoje, as ruas são a realidade.
Agora... precisamos ver!
O Establishment continua
disseminando a Decadência.
Movendo-se, silentemente.
Dia após dia.
Sem tréguas.
Agora, chegou o momento de unir forças.
Ouvir: Avisos , alertas e chamados.
Tempo de novas visões, construções e ações.
A transvaloração nos convida...
Para que o futuro esteja em nossas mãos!
E não o FIM do futuro.
O nascimento da ciência moderna
descreveu o mundo como partes de matéria realizando operações físicas
previsíveis, sem mistério. A natureza na Modernidade passou a ser vista como
matéria em movimento, havendo uma crítica ao conceito de causa final , como também
ao conceito de teleologia.
David Hume , com sua crítica ao
conceito de causalidade, mostrou que apenas existem "conjunções
constantes entre os eventos do mundo" e não " conjunções necessárias",
é o hábito que nos engana e nos faz crer em leis absolutas.
Roger Bacon, já na época do
Feudalismo propôs a importante tese do unilateralismo científico, segundo o
qual o único meio de atingir a verdade seria através do empirismo das ciências,
isto chamou a atenção porque antecipou a crítica ao materialismo dialético, onde existe uma relação causal entre o sistema de
produção e as formas de pensamento, havendo , desse modo, um determinismo de
absoluta necessidade. Sua tese mostrou
que o materialismo dialético é impossível como ciência , como queria
Karl Marx.
Quanto mais "líquida" é uma sociedade maior será o
número de leis que a regem. Quanto mais "sólida" menor será o número
de leis que será necessário para regê-la!
Princípio de Razão Suficiente - É
o princípio em virtude do qual nós julgamos que nenhum fato poderá ser
considerado verdadeiro, ou existente, nenhum juízo verdadeiro, a não ser que
haja uma razão suficiente para que seja assim e não de outro modo, embora essas
razões não possam na maior parte das
vezes ser do nosso conhecimento. Tem de haver uma razão suficiente para as
verdades contingentes ou verdades de fato, isto é, para a sequência das coisas
que estão dispersas pelo universo dos seres criados, nos quais a resolução em
razões particulares poderia ir a detalhes sem fim.(Leibniz, Monadologia, p.
31,32,33,36).
Schopenhauer ,o simplificador com
disse Nietzsche, divide o P.R. Suficiente postulado por Leibniz em 4 modos:
1) P. Razão Suficiente do Devir -
princípio do mundo
2)P. Razão Suficiente do Conhecer
- princípio do homem enquanto tendência para o conhecimento. " Todos os
homens aspiram naturalmente ao conhecimento" (Aristóteles, Met. I).
3) P. Razão Suficiente do Ser - relações
matemáticas
4)P. Razão Suficiente do Agir -
motivações humanas, aspirações.
Descartes procurará aprofundar
nas Meditações o que já havia feito no Discurso sobre o Método, quer dizer,
"começar tudo novamente desde os fundamentos" para
estabelecer uma firmeza nas suas dúvidas à luz das ciências, propondo rejeitar
como sendo falsas as ideias que indicarem um mínimo de dúvida, contudo avança
no que se diz respeito ao conhecimento sensível para resgatá-lo no que concerne
as "ideias claras e distintas", onde afirma que não pode negar que seja
um corpo pensante, buscando conhecer mais verdadeiramente ao nível das ciências
da matemática. Elucidará a influência de um Deus enganador mesmo ao nível das
ciências da matemática, dado a sua onipotência. " pode ocorrer que Deus
tenha desejado que eu me engane todas as vezes em que faço a adição de dois
mais três , ou em que enumero os lados
de um quadrado ou em que julgo alguma coisa ainda mais fácil, se é que se pode
imaginar algo mais difícil do que isso" . Colocando a dúvida metódica
em dúvida universal negará, então, que não há nenhum Deus , mais sim " certo
gênio maligno " com toda a força potencial do Deus enganador que
considerará que todas as coisas do mundo físico não passam de "ilusões
e enganos" que ele usa para falsificar a minha credulidade.Descartes
continuará na procura de uma evidência onde não possa colocar nenhuma dúvida,
com esperança de encontrar "somente uma coisa que seja certa e
indubitável". Duvidará novamente de todas as coisas que ele vê, isto
é, duvidará das coisas do mundo físico e questionará "o que poderá,
pois , ser considerado verdadeiro?" ou seja , aquilo em que se possa
confiar totalmente, já que um ser finito pensante com sua capacidade cognoscitiva não pode ser nada , um Deus tem que ter
colocado no nosso eu os pensamentos ,embora, mesmo negando "qualquer
sentido ou qualquer corpo" não poderá deixar de existir sem dúvida
alguma, mesmo que ele me engane fazendo com que nada seja. Postulará a certeza
, "eu sou, eu existo" com total verdade enquanto pensa e
exercitará sua imaginação com a proposição de saber se é algo mais do que uma coisa que pensa e
pronunciará os atributos dessa coisa pensante a saber : " uma coisa que
duvida, que concebe, que afirma, que ensaque quer , que não quer, que imagina e
que sente."Quanto ao argumento dos corpos, Descartes toma como exemplo um
pedaço de cera que não pode conhecer apenas pelos sentidos " Não a
posso conceber dessa forma sem um espírito humano" e " só
podemos conceber os corpos pela faculdade de entender em nós existente e não pela
imaginação nem pelos sentidos" daqui segue que para Descartes,a alma ou o eu é mais fácil de conhecer do que os corpos
porque o conhecimento é direto, imediato.
Em seu livro: Assim Falava Zaratustra, Nietzsche defende a instituição do casamento, colocando a amizade entre os cônjuges como ponto fundamental para que haja elevação,onde os filhos superariam os pais.
"Não somente para a frente,
deves propagar-te , mas paro o alto! Que
a isso ajude o jardim do casamento!(...) Casamento: assim chamo a
vontade a dois de criar um ser que seja mais do que aqueles que o criaram.
Respeito mútuo, chamo ao casamento, respeito por aquele que quer com essa vontade.
Seja esse o sentido e a verdade do teu casamento."(Zaratustra.p.96.Trad.
Mário da Silva. Civilização ).
Essa seria a concepção ideal para
ele, todavia, a dissolução do matrimônio é necessária e preferível a ter de se manter em uma união infeliz,
onde não há crescimento para o "alto".
"Não zombeis desses casamentos! Que filho não teria motivo para lamentar-se de seus pais? Digno pareceu-me esse homem, e maduro para o sentido da terra; mas, quando vi sua mulher, a terra pareceu-me um manicômio."(Id.,ibidem. p.97).
Esse aforismo de Nietzsche mostra sua religiosidade, através da total adesão ao real, vejamos:
ETERNIDADE - Não é de maneira alguma a questão primeira saber se estamos satisfeitos conosco, porém se estamos de um modo geral satisfeitos com alguma coisa. Caso dissermos sim a um único instante, então diremos sim não só a nós mesmos, mas a toda existência. Pois nada está aí para si, nem em nós mesmos e nem nas coisas: e se apenas uma única vez a nossa alma vibrou e ressoou de alegria como uma nota musical, então todas as eternidades foram necessárias para condicionar esse único evento - E , nesse único instante do nosso dizer sim, toda eternidade foi aprovada, redimida, justificada, confirmada e reafirmada.(Nietzsche , Fragmentos Póstumos 1885-1887)
Deixando à parte suas
contradições perspectivistas , o tema do amor se concretiza como fundamental em
sua obra, onde para ele , amor é essencialmente amor a vida, sendo sua
característica mais marcante a afirmação da vida , contudo, não da vida
decadente , mas da vida ascendente. A vida tem um mistério , uma magia "
um véu de belas possibilidades, cheio de promessa, resistência ,pudor, desdém, compaixão,
sedução. Sim , a vida é uma mulher! "(Gaia Ciência §339). O tema do
amor está relacionado ao AMOR FATI (Amor ao destino) " Quero cada vez
mais aprender a ver como belo aquilo que é necessário nas coisas: Assim me
tornarei um daqueles que fazem belas as coisas. Amor Fati , seja este,
doravante o meu amor!(Gaia Ciência §276). Para ele, O amor também é uma superação
do humano " uma flecha e um anseio para o além-do-homem"
(Zaratustra - I - pg.69 , tradução Paulo C. Souza ) ." Um dia deveis
amar além de vós mesmos!" Ibid.p.68).O amor também está relacionado ao
Dionisíaco , devido a incondicionalidade do amor perante a vida " O
dizer Sim à vida, mesmo em seus problemas mais duros e estranhos; a vontade de
vida (...) a isto chamei dionisíaco "(EH , NT -§3, p.63 e 64, Trad.
Paulo C. Souza).
Sol e muito frio no ar
Uma nova aurora
Tempo de se renovar!
No céu azul
Um novo horizonte
Nos chama.
No meio-dia
de novas vidas,
Livres nos encontramos.
Encontro marcado
e selado pelo destino.
Agora vamos caminhar
nas montanhas,
Ar puro emanando no ar
nos renovando para
nossa primeira Primavera
juntos.
Em seu livro: "Sobre a questão do pensamento", Martin Heidegger traz à tona uma questão essencial para a Educação que já foi vislumbrada por Nietzsche em seu escrito: "Sobre o futuro de nossos estabelecimentos de ensino" , eis a questão: " Se hoje - quando tudo se mede de acordo com os níveis mais baixos, como por exemplo o lucro - ninguém mais deseja tornar-se mestre”. Nosso mundo global tecnizado, valoriza como prioridade um saber especializado que gere lucro ,aviltando uma formação que tenha como prioridade "ensinar a pensar " e assim, atingir o objetivo educacional de "fazer aprender", para com isso, lidar com as necessidades mais urgentes do nosso tempo. A formação cultural através da Educação onde a Política deverá servi-la e ser a base para poder haver uma renovação. Política ancila Cultura, quer dizer, a Política deverá ser serva da Cultura. E não como ocorre há bastante tempo, onde ela depende muito da Política.
Esquecemos que o nome de "Deus" tem sido usado sub-repticiamente há muitos milênios . Assim, faz-se mister tomarmos cuidado! " O óbvio ululante" é que estão usando, há dois milênios, a Bíblia sub-repticiamente. E usam, também, o conceito de livre-arbítrio erradamente ,porque faz as pessoas dependerem dos Teólogos, que querem encontrar culpados para exercerem poder sobre elas, tornando o livre-arbítrio em servo arbítrio! Não devemos nos enganar mais!
Quando Nietzsche diz que " a moral não passa de uma interpretação - uma falsa interpretação - de certos fenômenos " .Com isso ele está nos alertando para suspendermos o juízo, haja vista que existem apenas interpretações e não um juízo de valor absoluto. Somente a Vida como "Vontade de Potência" teria um valor absoluto, que é a base para nossas valorações.
Irrompem os Mestres.
Imersos em realidades alternativas.
Do Underground das culturas espirituais,
Esotéricas e Místicas...
Lao-Tsé, Buda e Christós.
Mergulhados:
No Caminho,
Na Unidade Oceânica
Ou no Amor a Deus.
Iluminaram nossas vidas,
Alterando consciências.
No Tao,
Nas meditações,
Ou nas orações com o Imo
Total recusa de dualidades
Irrompe o
Momento Zen!
Podemos afirmar que uma vida
espiritual em sua visão tradicional se
relaciona com algo que está além do mundo físico, afirmando uma força , uma
energia que nos afeta. O cultivo dessa energia envolve orações, meditação,
contemplação, ascese,etc.Essas práticas não estão necessariamente ligadas a
uma religião dogmática. No entanto ,uma vida espiritual , também, pode
desenvolver-se através de um sentido não transcendente através do estético , do
ético, afirmando uma certa admiração pelo mistério. Nossa mente é finita e,
portanto, limitada, não podendo negar ,categoricamente, a existência de uma
vida espiritual transcendente. No entanto, faz-se necessário haver uma valorização da vida ,para não cairmos no Nihilismo.
Na " Ética protestante e o espírito do capitalismo ", Max Weber sustenta a tese que o engrandecimento do capitalismo, fundado no cálculo do capital e na organização racional do trabalho, deve-se ao encontro de dois fatores primordiais: O espírito do capitalismo e a ética "protestante". O espírito do capitalismo segundo Weber, não se manifestou em uma busca desenfreada e cega do lucro pelos especuladores, e sim na busca racional , sistemática e com alto controle do lucro vinculado no exercício honesto e assíduo de uma profissão. Para explicar tal emergência ocorrida historicamente, Weber aponta um segundo fator que foi a influência da Reforma Protestante , mais particularmente do calvinismo, cuja ética era a de uma privação radical de todo interesse pelos prazeres mundanos. O calvinismo, afirma que Deus decidiu de antemão o destino dos homens. Uns seriam predestinados à vida eterna e outros a morte eterna. Havendo dúvidas se seria um eleito ou não, o calvinista buscava seus sinais aqui na Terra, nos frutos de seu trabalho árduo quase sem descanso e sem alegria, trabalhando unicamente para glória de Deus. Compreendendo o trabalho como uma vocação e a riqueza como um sinal de benções divinas, acumulava cada vez mais capital. O ascetismo calvinista estrangulando o consumo causou uma acumulação de capital:
"E confrontando agora aquele
estrangulamento do consumo com essa desobstrução da ambição de lucro, o
resultado externo é evidente: acumulação de capital mediante coerção ascética à
poupança" (WEBER,M;EPEC;pg.157;Cia. das Letras; São
Paulo,2008,7ªreimpressão)
Desse modo, ficando estabelecido
o sistema capitalista segue suas próprias leis, desvinculando-se e não mais
tendo mais necessidade do apoio religioso, paulatinamente, formou-se
um utilitarismo profano , ou
seja, o homem religioso transformou-se em um homem econômico.
"(...) depois que a breve
dominação da teocracia calvinista se diluiu numa insípida Igreja Estatal, tendo
com isso o calvinismo perceptivelmente perdido em força de atração
ascética".(WEBER,M; pg.153/154,Cia. das Letras, São Paulo,2008,1ªed.7ªreimpressão)
A partir de agora, esse
calculista apenas louva uma religião: a do dinheiro; afinal, o que restou da
parte religiosa foi o homem escravo do trabalho, o homem alienado pelo acúmulo
de capital; o que antes era uma escolha para se tornar um eleito de Deus
trabalhando e acumulando capital, foi transformado em rígido destino, perdendo
com isso sua liberdade. Weber, no final da Ética protestante, compara a
modernidade como uma " jaula de ferro".Vejamos a citação:
" O puritano queria ser um
profissional - nós devemos sê-lo. Pois a ascese, ao se transferir das celas dos
mosteiros para a vida profissional, passou a dominar a moralidade intramundana
e assim contribuiu [com sua parte] para edificar esse poderoso cosmos da ordem
econômica moderna ligado aos pressupostos técnicos e econômicos da produção
pela máquina, que hoje determina com pressão avassaladora o estilo de vida de
todos os indivíduos que nascem dentro dessa engrenagem -não só dos
economicamente ativos - e talvez continue a determinar até que cesse de queimar
a última porção de combustível fóssil. Na opinião de Baxter ,(um prosélito
protestante)o cuidado com os bens exteriores devia pesar sobre os ombros de seu
santo apenas “qual leve manto de que se pudesse despir a qualquer momento. Quis
o destino, porém, que o manto virasse uma rija crosta de aço"{na célebre
tradução de Parsons: iron cage = jaula de ferro}.(Weber, M.;EPEC;pg. 165;Cia.
das Letras,S. Paulo,2008,7ª reimpressão).
Chegamos à conclusão de que: a
"afinidade eletiva" entre o espírito do capitalismo e o
protestantismo ascético foi o fator determinante do trabalho tido apenas como vocação,
perdendo o Homem, dessa forma, sua liberdade, ficando escravo do capital apenas
para a sua profunda alienação e obter a "Glória de Deus".
Michel Foucault fez uma maior
aproximação entre a Filosofia e a Medicina que já havia na Grécia Antiga, ou seja, Filosofia concebida como uma
terapia do cuidado de si ,intrinsecamente, ligada ao "Conhece-te a ti
mesmo", que foi consagrado por
Sócrates, através do Oráculo de Delfos, na medida em ele concebeu a Filosofia
como uma "arte da existência", onde o tema do "Cuidado de si" ocupou o
centro de suas reflexões. Para Michel Foucault, o "Cuidado de si" é tão
importante quanto o "Conhecimento de si", eles nunca estiveram separados como acontece
na Modernidade com o "momento cartesiano”, onde houve uma "requalificação do
"Conhece-te a ti mesmo" e uma desqualificação do "cuidado de si”.
Segundo ele: "Não estiveram separados para os pitagóricos, é claro. Não
estiveram separados também para Sócrates e Platão: a epiméleia heautoû (cuidado
de si) designa precisamente o conjunto das condições de espiritualidade, o
conjunto das transformações de si que constituem a condição necessária para que
se possa ter acesso à verdade."(A Hermenêutica do sujeito,p.17,Ed. M.
Fontes).