TRANSLATE TO YOUR LANGUAGE, RIGHT NOW

NIETZSCHE E A "ERUDIÇÃO"

Como já sabemos, Nietzsche foi um erudito. No entanto, ele criticou a erudição desde o começo, já com O Nascimento da Tragédia, que segundo ele foi sua "primeira transvaloração dos valores" (Cf. Crepúsculo dos Ídolos ,O que devo aos antigos,5). A erudição que ele critica em suas obras é a pura erudição sem uma aplicação prática, o saber por saber; esse tipo de erudição é  considerado por ele, negativamente, porque representa a ciência na modernidade, cujo representante maior é o especialista , ironicamente descrito como sendo o homem da sanguessuga "O mestre e conhecedor do cérebro de uma sanguessuga."(Zaratustra, A sanguessuga).Segundo Nietzsche, hierarquicamente falando, os eruditos pertencem "à classe média espiritual", porque não conseguem ter uma " visão dos problemas e interrogações realmente grandes"(Cf. Gaia Ciência,§373). É o “pequeno anão e plebeu presunçoso, o ágil e diligente trabalhador braçal-intelectual a serviço das “ideias”, as “ideias modernas"! (Cf. Além do Bem e do Mal,§58).Diante disso, Nietzsche confere a ciência moderna um vil utilitarismo, que tem como representantes grande parte dos eruditos do tipo medíocre , uma “mediocridade, cada vez mais utilizável no sentido econômico”(Cf.2ª consideração intempestiva,7) . Enfim são aqueles eruditos "que olham embasbacados os pensamentos que outros pensaram"(Cf.Zaratustra,dos doutos) ou seja , são aqueles que conhecem demais a cultura passada, mas não agem adequadamente no presente , não criando novos valores. 

Nenhum comentário: