Descartes procurará aprofundar
nas Meditações o que já havia feito no Discurso sobre o Método, quer dizer,
"começar tudo novamente desde os fundamentos" para
estabelecer uma firmeza nas suas dúvidas à luz das ciências, propondo rejeitar
como sendo falsas as ideias que indicarem um mínimo de dúvida, contudo avança
no que se diz respeito ao conhecimento sensível para resgatá-lo no que concerne
as "ideias claras e distintas", onde afirma que não pode negar que seja
um corpo pensante, buscando conhecer mais verdadeiramente ao nível das ciências
da matemática. Elucidará a influência de um Deus enganador mesmo ao nível das
ciências da matemática, dado a sua onipotência. " pode ocorrer que Deus
tenha desejado que eu me engane todas as vezes em que faço a adição de dois
mais três , ou em que enumero os lados
de um quadrado ou em que julgo alguma coisa ainda mais fácil, se é que se pode
imaginar algo mais difícil do que isso" . Colocando a dúvida metódica
em dúvida universal negará, então, que não há nenhum Deus , mais sim " certo
gênio maligno " com toda a força potencial do Deus enganador que
considerará que todas as coisas do mundo físico não passam de "ilusões
e enganos" que ele usa para falsificar a minha credulidade.Descartes
continuará na procura de uma evidência onde não possa colocar nenhuma dúvida,
com esperança de encontrar "somente uma coisa que seja certa e
indubitável". Duvidará novamente de todas as coisas que ele vê, isto
é, duvidará das coisas do mundo físico e questionará "o que poderá,
pois , ser considerado verdadeiro?" ou seja , aquilo em que se possa
confiar totalmente, já que um ser finito pensante com sua capacidade cognoscitiva não pode ser nada , um Deus tem que ter
colocado no nosso eu os pensamentos ,embora, mesmo negando "qualquer
sentido ou qualquer corpo" não poderá deixar de existir sem dúvida
alguma, mesmo que ele me engane fazendo com que nada seja. Postulará a certeza
, "eu sou, eu existo" com total verdade enquanto pensa e
exercitará sua imaginação com a proposição de saber se é algo mais do que uma coisa que pensa e
pronunciará os atributos dessa coisa pensante a saber : " uma coisa que
duvida, que concebe, que afirma, que ensaque quer , que não quer, que imagina e
que sente."Quanto ao argumento dos corpos, Descartes toma como exemplo um
pedaço de cera que não pode conhecer apenas pelos sentidos " Não a
posso conceber dessa forma sem um espírito humano" e " só
podemos conceber os corpos pela faculdade de entender em nós existente e não pela
imaginação nem pelos sentidos" daqui segue que para Descartes,a alma ou o eu é mais fácil de conhecer do que os corpos
porque o conhecimento é direto, imediato.
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AS MEDITAÇÕES DE DESCARTES
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