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DECIDAMOS, ENTÃO!


A cada instante temos a potência de nos refazermos, reavaliando, reconstruindo. Há praticamente duas opções: ou nos engajamos nesse Eterno movimento, tornando-nos coparticipantes da vida em comunhão, ou nos tornaremos marionetes de forças alheias à nossa vontade e nos perderemos na inautenticidade!

FELICIDADE - Alegria e tristeza


Na concepção de felicidade avaliada por Nietzsche, devemos evitar qualquer ligação que possua algum objetivo utilitarista e finalista. Para ele felicidade é: " O sentimento de que o poder(potência) cresce , de que uma resistência é superada" (Cf. AC §2,p.11,Cia das Letras).Felicidade é, também, o compartilhamento da alegria usada no prólogo do Zaratustra referindo-se a parábola do Sol : " Grande Astro ! o que seria de tua felicidade se te faltassem aqueles que iluminas ?"(Nietzsche , Z, p.13.,Ed. Vozes).Enfim, para Nietzsche a felicidade está relacionada tanto à alegria quanto à tristeza tendo em vista a total a adesão ao mundo da vida, intrinsecamente ligada ao: Trágico, Eterno Retorno , Amor fati e a Transvaloração de todos os valores.


A FILOSOFIA E SEU ENSINO - CONTRASENSOS


Será que realmente podemos ensinar-aprender filosofia ? Para responder essa questão vamos ver o que diz dois Outsiders: Descartes e Nietzsche.
Primeiro Descartes, onde na Regra III escreveu: " E jamais seremos filósofos se houvermos lido todos os raciocínios de Platão e de Aristóteles , e nos for impossível ter um juízo firme sobre uma questão dada ; com efeito ,pareceríamos ter aprendido não ciências ,mas História”.(Descartes,Regras,p.411,ObrasEscolhidas.Ed.Perpesctiva,2010).Podemos concluir que para Descartes , aprender histórias equivale a aprender apenas narrativas e aprender "ciência" equivale a desenvolver uma atividade pensante livre, quer dizer, com autonomia.
Agora Nietzsche, em seu escrito, Sobre o futuro dos nossos estabelecimentos de ensino:" foram introduzidas as investigações e as questões históricas, e mesmo as filológicas: agora se trata de estabelecer o que pensou ou não pensou este ou aquele filósofo, se é possível com razão atribuir a ele este ou aquele escrito, ou se esta ou aquela lição merece ser retida. Agora, nos seminários filosóficos das nossas universidades, os nossos estudantes são dirigidos a este tratamento neutro da filosofia ;por isso, desde longa data, adquiri o hábito de considerar esta ciência como um ramo da filologia e de avaliar seus defensores segundo sua qualidade, boa ou má, de filólogos. Em decorrência disso, a própria filosofia foi banida da Universidade"(Nietzsche, Escritos sobre a educação,p.128-129-Ed. Loyola)
Podemos concluir que Descartes e, principalmente,Nietzsche, nos faz perceber que houve um ocultamento, onde o "problema filosófico" é apenas mudado para um "problema histórico" havendo assim vãs disputas e estéreis discussões ,de modo que não se aprende a realmente a " pensar", em muitas Universidades.

ANTES QUE SEJA TARDE! 3


Pútridos Poderes Vermelhos
que ameaçam a Democracia
devem fracassar!
Em dívidas estão conosco.
Temos força e orgulho!
Chegou o momento do Ser
sobrepujar o Ter!

Unidos, dançando na chuva
Invernal,
Brotaremos uma nova Primavera,
Fazendo nosso Sol
brilhar novamente.
O momento urge mudanças
Estruturais.
Antes que seja tarde!

DE VOLTA , NOVAMENTE


Ficamos completos
novamente.
Você quebrou a corrente,
deixou-me levá-la
para o Alto.
Mais e mais.

O tempo mostrou
o que a dúvida
não conseguiu.
Rimos de tudo
Tudo tão lindo
Intensas emoções.

Nossas esperanças e
sonhos estão no ar.
De volta , novamente.
Nada mais importa!
Juntos somos mais fortes
Não, não vamos mais deixar
nada, nada de lado.

NIETZSCHE E O ANTISEMITISMO - Esclarecimentos


Apesar de toda a ferrenha crítica que Nietzsche fez aos judeus, ele não pode ser considerado como um pensador antissemita, como foi interpretado  erroneamente por "leitores apressados", inclusive pelos próprios nazistas que recebera de sua irmã , que se proclamou  sua herdeira cultural ,o aval de usar a obra do irmão para fins políticos. Ademais, é sabido que Nietzsche detestava e desprezava os antissemitas . Vejamos trechos do livro de Gilles Deleuze: Nietzsche e a Filosofia, onde, ele além de nos esclarecer, cita um fragmento póstumo do filósofo  e uma trecho de uma carta " Sabe-se que os nazis tiveram com a obra de Nietzsche relações ambíguas: ambíguas, na medida em que gostavam de dele se reclamar, mas não o podiam fazer sem truncar citações, falsificar edições, interditar textos principais. Em compensação, o próprio Nietzsche não mantinha relações ambíguas com o regime bismarckiano. Ainda menos com o pangermanismo e o antissemitismo .Desprezava-os, odiava-os. "Não frequenteis ninguém que esteja implicado nessa mistificação desavergonhada das raças". E o grito do coração: “Mas finalmente, que credes vós que eu sinto  quando o nome de Zaratustra sai da boca dos antissemitas”(p.190, Ed. Rés, Lisboa, s/d). Sabemos que ele teve vários amigos judeus, inclusive seu grande amor Lou Salomé era judia  e, também,  que ele se afastou de Wagner, por causa de  suas ideias antissemitas.

A OPÇÃO NECESSÁRIA


Optem por acreditar em verdades dogmáticas ou fazerem uma investigação acerca das coisas que vos são transmitidas para , assim, tornarem-se espíritos livres! Como bem escreveu George Orwell:" A liberdade de pensamento termina ali onde começa o dogma".

SÓ NOS RESTA ESPERAR


Justiça à esquerda ?
Justiça à direita ?
Justiça em nenhum lugar!

Traidores confundem e ameaçam
Detonando os anseios da Nação
Rasgando a Constituição
Aniquilando nossos sonhos de
Ordem e Progresso!

Aguardemos, Aguardemos!
Vivemos numa gravidade
Pensemos além
Vamos ir além
Quem sabe
Nosso Sol brilhará ,novamente,
Em uma inesperada Aurora?

A DESCOBERTA DO INCONSCIENTE


A  noção de inconsciente era conhecida antes de Freud por  Leibniz, já no século XVII ,quando afirmava que o percebido surge depois do que não está ainda percebido, como também, por uma seleta intelectualidade do séc. XIX. Todavia, muitos ainda acham que foi Freud  seu descobridor. Nietzsche, por exemplo, escreveu que não nos devemos deixar enganar pelas pretensões a uma  racionalidade objetiva, haja vista que "por baixo" da racionalidade humana encontra-se o irracional, quer dizer, uma enorme quantidade de emoções,desejos,paixões,etc. em total conflito. A nossa razão quer uma ordenação, todavia, essa ordem é , na maioria das vezes,  adesão a uma tradição. Sua proposta, consiste em submeter todos os valores criados pela tradição a uma genealogia para averiguar quais os valores  que afirmam uma vida ascendente, plena de impulsos criadores para a formação de uma Cultura elevada, quer dizer, uma Cultura que esteja em vigor valores não comuns,gerais,vulgares. Valores que reduzem ao um baixo denominador comum seriam eliminados, haja vista que a sociedade deveria fazer florescer e assim, prosperar a grandeza das individualidades criativas, onde a Política deveria ser dependente da Cultura, e não como ocorre,hodiernamente,onde a Cultura depende em demasia da Política!

FILÓSOFOS E CIENTISTAS VERSUS DOGMAS RELIGIOSOS


Os leigos em geral, consideram muitos filósofos e cientistas ateus e inimigos das religiões, sem antes examinar o que eles, realmente, disseram. O que os filósofos e cientistas criticaram, eram as diversas formas de autoridades cegas, fantasistas, antropomórficas e mágicas que se prolongaram durante milênios e se tornaram ,infelizmente , muito fortes até mesmo na atualidade .Todavia , as religiões que consideram a ideia de responsabilidade, de liberdade de consciência, de solidariedade ,de tolerância, etc. têm muito em comum com o modo de pensar da grande maioria dos filósofos e cientistas, justamente, porque eles repugnaram as perseguições religiosas, as fanáticas Cruzadas, a Inquisição e outros absurdos cometidos pelos membros de instituições religiosas ditas "cristãs”. Já faz algum tempo que nós sabemos que elas foram formas de "falsa" religião. Desse modo, reabilita-se o ponto de vista dos filósofos e cientistas como sendo corretos e necessários para uma transvaloração de ideias ,de crenças e de valores.

NÃO CONFUNDIR


Nietzsche nos alertou para não confundir os ensinamentos de Jesus Cristo com o Cristianismo, que é para ele o oposto de tudo que Jesus Cristo queria. " É preciso não confundir o cristianismo, enquanto realidade histórica, com essa raiz única que se apresenta em seu nome. Há outras raízes , das quais ele nasceu, e bem mais poderosas. É por um abuso inacreditável que as formas decadentes e aberrantes que se chamam igreja cristã, fé cristã e vida cristã se adornam com esse nome sagrado. O que é que Cristo negou ? Tudo o que, presentemente, tem o nome de cristão".(Nietzsche, VP., Vol. 2, pg. 109,Ed. Rés). Além da ênfase de que o evangelho seja uma prática "apenas a prática cristã, uma vida tal como a viveu aquele que morreu na cruz, é cristã...Ainda hoje uma vida assim é possível... Não uma fé, mas um fazer" (Id.,AC.§39,p.45,Cia das Letras).

UM DETALHE SOBRE O ATO DE PENSAR


Para a atividade pensante, a ação deve ser valorada primeiramente e, somente após, o autor. Apenas adquirimos consciência através do ato de pensar. Não é o sujeito que forma a consciência, ela é um epifenômeno, quer dizer, ela e um fenômeno secundário, um acessório. É o ato de pensar que faz o sujeito e, portanto, a consciência.

SOBRE O TERMO "ANTICRISTO" USADO POR NIETZSCHE


É sempre importante ressaltar que o cristianismo combatido por Nietzsche não é o de Jesus Cristo, porque ele estava além do “ódio, do ressentimento e da vingança”. Ele esclarece isso no livro: O Anticristo, onde atribui ao apóstolo Paulo a invenção da cristandade por ter sido o principal responsável pela propagação do "ressentimento ,ódio e vingança", através da cultura pagã, como também do " argumento do além-mundo", que corrompeu a moral da civilização ocidental com a ideia de medo, esperança suscitados pelas noções de "vida eterna" e "juízo final" . Esses teriam sidos os fatores de um domínio cristão sobre a cultura pagã. Enfim, o cristianismo segundo Nietzsche deveria ser chamado de Paulinismo , porque foi o oposto de tudo o que Jesus pregava, sua crítica é direcionada aos cristãos e não a Cristo, é justamente nesse sentido que o termo Anticristo foi empregado por Nietzsche como "anticristão" e não, como a grande maioria interpreta Nietzsche como  um opositor do Cristo.
(Cf. AC§39-47).

NOVOS RUMOS PARA A FILOSOFIA


Existe um movimento, embora lento, de resgate da ideia de filosofia como treinamento de si que ocorreu na Grécia Antiga. O cerne do treinamento tem como base melhorar o nosso autocontrole, para haver um maior rendimento através da disciplina em várias de nossas atividades cotidianas, uma das virtudes dessa volta a Ascese (treinamento) é porque não separa a filosofia e a vida.

UM POUCO DE CINISMO FAZ BEM


Sabemos que a rigidez dos costumes nos deixa neuróticos e pode prejudicar nossa saúde e, inclusive, nos matar, se seguirmos as regras sociais de modo estrito. Historicamente, o cinismo através de Diógenes, contribuiu para resgatar a nossa animalidade através da tentativa de derrubar o muro que existe entre o público e o privado. Conta-se que um discípulo dele conhecido por Crates soube que um jovem chamado Metrocles, havia soltado um flatus durante um importante evento social, isso fez com que ele ficasse tão horrorizado pela gafe que se trancou em casa e estava decidido a cometer suicídio. Crates foi visitá-lo e ao vê-lo, soltou um flatus de modo brincalhão e tranquilo. Isso fez com que Metrocles desistisse da ideia de se matar e passasse ser um cínico. Há relatos de pessoas que se privaram de soltarem flatus e que por isso, morreram; não de suicídio e sim, por causa de um nó nos intestinos.

CONHECIMENTO SILENTE


Existe uma forma de conhecimento de ultrapassa todas as formas de linguagem, esse conhecimento habita silenciosamente em nós, mas para alcançar esse conhecimento temos que fazer um trabalho sobre si, e esse trabalho pode levar muito tempo. Uma coisa é certa: temos que fazê-lo para nos tornar ,cada vez mais despertos, e fluirmos como espíritos livres.

TRABALHO SOBRE SI MESMO


A sociedade, através das instituições de ensino em geral nos ensina a trabalhar para os outros, esse trabalho é um trabalho mecânico e pode, apenas, proporcionar um crescimento material. Devemos também, principalmente, aprender a trabalhar para nós mesmos, através do trabalho voltado para o si(self).O trabalho sobre si envolve ,essencialmente, a consciência da mudança constante, através da superação de nós mesmos, como também das coisas que vivemos, relacionamos, etc. Esse trabalho nos engrandece, nos consolida, para haver sempre uma superação e tentativa de irmos além do humano!

RECONCILIAÇÃO COM O TEMPO


No Zaratustra, com o anúncio do “além-do-homem” concebido como superação de si mesmo, Nietzsche proclama a transcendência no nível existencial individual, diante da impossibilidade de defini-lo através de conceitos. Portanto, é através da vontade criadora que o homem deve se libertar e se redimir do tempo. Diante da impossibilidade da reversão do tempo, ele nos ensina a fazer as pazes com a temporalidade , quando nos convida a afirmar e transformar o "Assim foi " (Passado) em "Assim eu o quis" (Afirmação do tempo passado) e, desse modo, superar a distinção entre Tempo(Cronos) e Eternidade(Aión), através do "Eterno Retorno".

RADICALISMO ARISTOCRÁTICO


George Brandes, um filósofo Dinamarquês, certa vez disse que a filosofia de Nietzsche era um "Radicalismo Aristocrático”. Nietzsche tomou conhecimento desse dito, e retrucou dizendo que essa era a frase mais inteligente que ele havia escutado sobre sua filosofia. Vejamos a confirmação através de um aforismo: “O que pode ser pago não tem valor nenhum. Eis o credo que eu estampo na cara dos espíritos mercantis” (Frag. Póstumos 1885-87).

NIETZSCHE E A REDENÇÃO

Tendo em vista a impossibilidade de separar o real em dois planos ontologicamente distintos, ou seja, mundo sensível e mundo inteligível, Nietzsche faz um esforço de reinscrever a experiência do sagrado propondo o “Eterno Retorno” como realização da “Morte de Deus”, onde o mundo apresenta-se ausente de uma instância meta empírica, quer dizer, o mundo passa a vigorar inteiramente na superfície dos fenômenos que são uma expressão da Vontade de Potência, sendo compreendida como o “caráter inteligível do mundo” (Cf.ABM§36). “A redenção acontece na elevação da vontade de potência criadora e do tempo como “Eterno Retorno”:” Tudo o que “foi” é fragmento e enigma e espantoso acaso, até que o querer criador declare: “Mas eu o quis assim”. Até que o querer criador declare: “Mas é assim que eu quero, e hei de querer assim”. (Cf. Zaratustra 2ªparte,Da redenção,). Podemos afirmar que o que move Nietzsche é a possibilidade da “salvação” não mais em um além, sua proposta é dotar o mundo com um total peso ontológico, onde a “Redenção” se consumaria com o ideal do “além-do-homem”, quer dizer, o tipo homem como auto superação, que faz do tempo à casa do sagrado, da redenção, porque quer o “eterno retorno de todas as coisas” a suprema afirmação da temporalidade.

POVO MENDAZ


"Entre os Aristocratas do espírito, existe uma convicção: o povo comum é mentiroso". (Nietzsche, In: Além do Bem e do Mal).

NOSSA RIQUEZA


Pensando, meditando, valorando, criando e dialogando com os outros é onde reside a nossa riqueza como seres humanos, abertos para o novo, para a superação e criação de novas possibilidades. Como nos ensinou o filólogo e genealogista Nietzsche.

ARISTÓTELES E A LIBERALIDADE


A liberalidade é uma das virtudes principais para Aristóteles, ela está ligada a generosidade. Vejamos agora uma citação de um de seus textos: “Segue-se a liberalidade; pois os liberais são generosos e não disputam sobre as riquezas, que é que mais cobiçam os outros”. E “A liberalidade é a virtude de fazer bem com o dinheiro. A avareza é o contrário”.(Aristóteles, Retórica, p.46, Ed.Martins Fontes, 2012).

CAUSA DA FALTA DE DIÁLOGO SEGUNDO GADAMER


A incapacidade para fluir um diálogo vivo com o outro, foi apontado já há algum tempo por H.G. Gadamer. Vejamos um trecho de Verdade e Método II, p.244, Ed. Vozes) “A questão da incapacidade para o diálogo refere-se, antes, à possibilidade de alguém abrir-se para o outro e encontrar nesse outro uma abertura para que o fio da conversa possa fluir livremente”. Podemos dizer que a falta de abertura e, por conseguinte, a falta de calor humano causa uma esterilidade em nossas conversações, havendo um empobrecimento em nossa capacidade de se comunicar efetivamente, porque a linguagem sendo um atributo natural do homem fica obstaculizada diante da falta de abertura para o diálogo que ocorre em nosso mundo hodierno. As consequências da falta de diálogo são a falta de entendimento entre as pessoas e de um fechamento sobre si, que levam ao isolamento social e a uma sociedade individualizada.

CRIAÇÃO E SENTIDO


Considerando que a nossa existência é um enigma insolúvel, a criação e determinação do sentido para as nossas vidas deverá ,necessariamente ,ser executada através da constante criação de projetos que sempre se renovarão ao longo de nossas vidas. Devemos permanecer na criação e determinação com atitude positiva, através de uma postura niilista ativa,quer dizer,um niilismo que destrói para criar e que também pode ser caracterizado por uma "nova espécie de luz ,de felicidade,alívio, contentamento,encorajamento , aurora"(Nietzsche,Cf. Gaia Ciência §343).



HEGEL, HUSSERL E A FENOMENOLOGIA (DIFERENÇAS)


A fenomenologia de Husserl considera a razão como sendo uma estrutura da consciência, contudo, seu produto é causado por ela mesma, de modo independente da experiência, quer dizer, a priori. Portanto, independente da história, logo não muda ao longo do tempo, a razão se enriquece e se amplia no tempo, mas não se transforma por causa dele. É justamente nesse ponto que reside à diferença primordial entre Hegel e Husserl com relação à fenomenologia.


RAZÃO HISTÓRICA HEGELIANA


Para Hegel, a Razão é histórica, quer dizer, a história mostra os processos de determinações absolutas (enquanto momento) do desenvolvimento da consciência, proporcionando, uma unidade necessária entre o objetivo e o subjetivo.


SCHOPENHAUER, ASCESE ,VERDADE


A palavra Ascese deriva do grego askesis significando, exercício, prática. Para Schopenhauer, o conhecimento torna-se vivência por meio da ascese, do exercício, da prática. Para ele, a "verdade" não pode ser conceituada, ela torna-se uma vivência real. O conhecimento que é alcançado através de nossas experiências é à base de toda a construção de nossas vidas. Assim, a vida tem um sentido estético e torna-se a arte de viver bem.

BOURDIEU E O LADO "OCULTO" DAS OLIMPÍADAS

Em seu texto sobre os Jogos Olímpicos,o filósofo e sociólogo Pierre Bourdieu aborda o lado "duplamente oculto" desse evento devido as representações filmadas e divulgadas pelas mídias:
"O objeto duplamente oculto,já que ninguém o vê,podendo cada telespectador ter a ilusão de ver o espetáculo olímpico em sua verdade"(Bourdieu,Os jogos Olímpicos, p.123,Ed.JZE). Ele percebe que esse grande evento não valoriza em si mesmo,as diversas modalidades esportivas envolvidas,ao contrário, segundo ele há uma valorização puramente comercial: "(...)torna-se um produto comercial que obedece à lógica do mercado"(Id.Ibid.,p.124) além de fazê-los: "(...)depender cada vez mais de seu sucesso televisual e dos lucros econômicos correlatos".Enfim, segundo ele, o que realmente acontece é um grande lucro dos patrocinadores em detrimento da efetiva valorização dos diversos esportes e de seus participantes que recebem muito pouco,pela grande dedicação das equipes envolvidas.

O CONHECIMENTO QUE REALMENTE IMPORTA


Uma das coisas mais importantes é conhecermos a nossa história pessoal, para efetivarmos nossa libertação dos "grilhões que forjaram nossas mentes” como escreveu W. Blake. A história que conhecemos através das mídias,dos livros,etc., é um "grilhão" a mais, uma inautenticidade a ser deposta, para efetivamente  criarmos nossas vidas com autenticidade.

A SUBJETIVIDADE COMO VERDADE ESSENCIAL


Para Kiekergaard, todas as filosofias sistemáticas colocam os seres humanos dentro de uma “prisão" porque limitam as capacidades humanas individuais. Para ele o que realmente importa é a subjetividade. "Devemos aceitar que cada ser humano está essencialmente de posse daquilo que essencialmente é necessário para ser um ser humano. A tarefa do pensador subjetivo é transformar-se a si próprio num instrumento que clara e definidamente expresse o humano em existência” (Kiekergaard, in: Fil.do séc. XIX p.122, Ed. Unisinos). Ele tenta salvar a interioridade existencial  que foi negligenciada pelos sistemas filosóficos, o ser humano não pode ser arruinado em um sistema,  seu modo de ser  é existencial por excelência , que é sinônimo de verdades  subjetivas :“O que importa é achar uma verdade, que é verdadeira para mim, para achar a ideia pela qual vou viver e morrer”(Kiekergaard in: Jolivet,1952,p.30).

ENCONTRAR FOCO PARA UTILIZAR MELHOR NOSSO TEMPO



Todos nós, muitas vezes, achamos difícil nos concentrar com o Facebook, o Instagram, o Whatsapp, o Telegram, smartphones, etc. sempre conosco, constantemente, tirando a nossa atenção. Fazer as coisas ficou mais difícil do que nunca. Então, como lutar contra essas distrações e reencontrarmos o foco? Em primeiro lugar, nós precisamos aceitar que não conseguimos fazer tudo idealmente. Em seguida, precisamos ter certeza de que os objetivos que temos são realmente nossos. Felizmente, existem alguns métodos que tornará mais fácil para nós alcançarmos o êxito, envolvendo menos tempo e mais eficiência.  Comecemos por fazer uma pausa e focando no melhor plano para entrar em atividade. Acordando de manhã, façamos uma projeção do que deverá ser feito, levando em conta as prioridades. Com um bom plano, poderemos nos tornar mais produtivos. Encontramos nosso foco fazendo uma pausa por um momento, refletindo sobre o que precisa ser feito, para encontrarmos um melhor e mais proveitoso modo de ação. Essa pausa, também, nos fará cometermos menos erros.  Fazer pequenas pausas, também, nos permite pensar em novas formas, levando a novas possibilidades. Sem essas pausas estaríamos no “piloto automático” constante, agindo de acordo com nossas idiossincrasias. Este é, exatamente, o tipo de comportamento que leva a erros e oportunidades perdidas. Quando nós pausamos, damos a nossa mente a chance de se acalmar, ver as coisas com precisão, e reconhecer as possibilidades para a produtividade, encontrando o que é adequado para nós, aproveitando nossos pontos fortes e tentando melhorar nossas fraquezas. Para encontrarmos a melhor opção, tentemos organizar nossas vidas focando nas coisas que mais nos importam, perguntando a nós mesmos o que desejaríamos realizar em um dia, uma semana, um ano ou para o resto de nossas vidas. Para alcançarmos esses objetivos, precisaremos de foco, direção, e a chave para conseguirmos saber se estamos no caminho certo é limitarmos nossas escolhas, tirando proveito de nossos pontos fortes e melhorando nossas fraquezas. Uma regra de ouro metodológica, diz que é muito mais fácil agir quando há menos opções para escolhermos. Uma maneira simples é delimitar nossas opções para focarmos nossa atenção nas coisas que temos excelência e trabalharmos em direção a esses talentos e pontos fortes. Isso é uma fórmula para ser estratégico sobre as coisas para dedicarmos nosso tempo e energia. Usar este método para nos concentrar em poucas coisas que iremos fazer, faz toda a diferença. Focar em nossos pontos fortes não significa ignorar fraquezas, focar nos pontos fracos é ver as questões em preto e branco, temos que considerar forças e fraquezas. Assim, encontraremos uma maneira de fazermos as coisas mais eficazmente. Devemos afirmar nossas diferenças e prosseguirmos alertas para evitar as armadilhas do apequenamento através da igualdade que nos é imposta arbitrariamente! O que nos faz diferentes e únicos é uma vantagem, justamente, por sermos diferente dos outros! Atualmente, o mundo global está afundado no Gramscismo e na Cultura de Massa. Somente as coisas que nos oferecem algo único e diferente da massa é que poderá nos fazer ser bem sucedidos e alcançar êxito. Uma armadilha comum é a tendência a desistir após uma falha ou um passo em falso, outra armadilha envolve ser paralisado pela incerteza sobre o futuro. Na realidade, ninguém sabe o que o futuro reserva. Temos que nos concentrar no tempo presente e criar nossas oportunidades, seguindo através de planos, temos que gastar nosso tempo sabiamente. Enfim, em primeiro lugar, de manhã devemos fazer nosso plano para o dia, tais como coisas que nós gostaríamos de fazer, criando uma lista de coisas a serem evitadas. Isso nos ajudará na jornada do dia e permanecer no foco. O agendamento é uma ferramenta útil para fazer as coisas. E isso não significa dizer, "Eu irei fazer amanhã." Estudos têm mostrado que as pessoas são mais propensas a realizar uma tarefa, são aquelas que definem um tempo específico e um lugar. Devemos dar uma pausa de 10 minutos a cada hora durante o dia, para descansar nossa mente e produzir mais eficazmente e, também, para nos re-energizarmos. A etapa final é rever o que foi feito ou não para achar tempo para repensar sobre o que foi feito e não deu certo ao longo do dia. Tenhamos em mente que aprender com os erros, bem como vitórias é a chave em um longo prazo para nosso sucesso. Celebrar e usar as falhas em vez de temê-las. A Islândia é o lugar mais feliz na terra, porque os islandeses não estigmatizam as falhas. Devemos aceita-las e aprender com nossos erros, isso adotará uma mentalidade de crescimento que poderá permitir que nós vamos maximizar nosso potencial. O fracasso faz parte de todas as atividades, é inevitável, todavia, é instrutivo, porque podemos aprender com os erros, para não repeti-los.












KIEKERGAARD E COMEÇO DO FILOSOFAR


Para Kiekergaard, a base da reflexão filosófica não pode ser um princípio abstrato como o Absoluto de Hegel, ou seja: “O pensamento que pensa a si mesmo”, onde há um a identidade do pensamento com o ser. O pensamento abstrato cria um sistema e para Kiekergaard o sistema criado por Hegel suprime a existência, ignora o concreto, a interioridade existencial, a subjetividade, etc. Segundo ele, o começo do filosofar se dá através de um interesse no existir: "Para aquele que existe, a existência é o seu interesse maior, e o interesse no existir é a realidade” (Kiekergaard in: Filósofos do Sec. XIX p.116, Ed. Unisinos) Enfim, enquanto Hegel parte de uma abstração, do absoluto, do infinito, Kiekergaard parte do individual, onde o real decorre em um plano distinto do pensamento.

HUME E A CIÊNCIA

No Tratado da natureza humana, Hume reduziu o STATUS da ciência que era concebida como uma verdade absoluta para um cálculo de probabilidades e com isso, ele está muito próximo da epistemologia contemporânea.

O HÁBITO COMO "GUIA DA VIDA HUMANA"


Hume considera o Hábito ou Costume “O grande guia da vida humana”. Em sua teoria do conhecimento que está no seu primeiro livro, intitulado: Tratado da natureza humana, ele critica a tradicional “teoria da causalidade” que considera, através do uso da razão, o poder de conhecer a priori as causas dos eventos do mundo. Segundo ele, isso é um Hábito que faz surgir à crença de que existe uma conexão necessária e uma relação intrínseca entre a causa e o efeito, porque, afinal de contas, essa relação que tem uma utilidade prática e, isso, confunde o uso da razão, levando-a a fazer asserções sobre conhecimentos sem utilizar a experiência; somente a experiência pode produzir conhecimento entre causa e efeito. Não existem apriorismo, nem leis fixas na natureza, exceto, nas verdades da Matemática, onde a relação entre as ideias são intuitivas, universais e,  proporcionam um conhecimento  que não faz referência aos fatos da experiência, sendo  fundados no princípio da "Não-contradição". Enfim, é por meio do hábito que podemos executar um uso prático e fundamentar um conhecimento, que apesar de contingente, pode servir de guia para as nossas vidas.