Apesar de toda a ferrenha crítica
que Nietzsche fez aos judeus, ele não pode ser considerado como um pensador
antissemita, como foi interpretado
erroneamente por "leitores apressados", inclusive pelos
próprios nazistas que recebera de sua irmã , que se proclamou sua herdeira cultural ,o aval de usar a obra
do irmão para fins políticos. Ademais, é sabido que Nietzsche detestava e
desprezava os antissemitas . Vejamos trechos do livro de Gilles Deleuze:
Nietzsche e a Filosofia, onde, ele além de nos esclarecer, cita um fragmento
póstumo do filósofo e uma trecho de uma
carta " Sabe-se que os nazis tiveram com a obra de Nietzsche relações
ambíguas: ambíguas, na medida em que gostavam de dele se reclamar, mas não o
podiam fazer sem truncar citações, falsificar edições, interditar textos
principais. Em compensação, o próprio Nietzsche não mantinha relações ambíguas
com o regime bismarckiano. Ainda menos com o pangermanismo e o antissemitismo
.Desprezava-os, odiava-os. "Não frequenteis ninguém que esteja
implicado nessa mistificação desavergonhada das raças". E o grito do
coração: “Mas finalmente, que credes vós que eu sinto quando o nome de Zaratustra sai da boca dos
antissemitas”(p.190, Ed. Rés, Lisboa, s/d). Sabemos que ele teve vários amigos
judeus, inclusive seu grande amor Lou Salomé era judia e, também,
que ele se afastou de Wagner, por causa de suas ideias antissemitas.
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