Para Heráclito, Gautama Buda, Lao
Tzu , Spinoza e Nietzsche/Zaratustra ,a existência como um todo é Deus.Sempre existiu. Ninguém a criou.
Não existe um criador responsável por ela. A existência é , e Deus não está separado dela. Deus é a existência ,
a totalidade e não um ser separado , transcendente. A ideia de um Deus criador
é antinômica e a consequência é uma divagação, que leva a um erro lógico conhecido como (Círculo
Vicioso).Se não há um Deus criador , o homem é responsável e, onde há
responsabilidade, há possibilidade de transformação. A concepção de um Deus
criador parece ser algo como um truque na mente para jogar a responsabilidade
num outro, num fora. Sem a concepção de um Deus criador , a responsabilidade
passa a ser do homem e, desse modo, poderá haver
mudanças estruturais. Portanto, a ideia do sacrifício de Jesus Christós para
salvar a humanidade é ,como muito bem percebeu Nietzsche , uma "Pia Fraus" , uma
fraude piedosa, onde ele insiste no paradoxo da morte de Cristo , consequência
da ideia de um Deus criador oriunda da Ortodoxia do Judaísmo, como se fosse o inimigo mortal de Israel, onde em verdade ele
foi o instrumento da vingança e do ódio Israelita.
2025 YEARS OF THE INAUTHENTIC CALENDAR! WELCOME TO THE HIGHWAY OF THINKING IN MULTIPLE WAYS.AN OUTSIDER ! UP TO THE TOP!
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A IRRESPONSÁVEL CONCEPÇÃO DE UM DEUS CRIADOR
TRANSFORMAR , TRANSFORMANDO-SE
A proposta renovadora que Nietzsche nos legou do conhecimento, é
apresentada através do perspectivismo, unindo
o conhecimento como possibilidade diante da profusão das forças que
atuam em nossos corpos. O sentido e o valor que damos as coisas através de perspectivas
múltiplas, direcionam caminhos novos para as constantes mudanças e superações
de nossas vivências. Afinal, sempre há
algo inusitado que podemos descobrir e transformar, transformando-se!
INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO DE NIETZSCHE
O pensamento de Nietzsche se caracteriza, fundamentalmente, por elaborar uma crítica radical à filosofia, em sua base metafísica, na tentativa de superá-la. Para ele, foi Sócrates o responsável pela divisão no pensamento, entre mundo real e o mundo aparente sendo o verdadeiro fundador da metafísica ao postular um além-mundo inteligível onde, o mundo efetivo , o real, foi considerado como aparência, implicando em sua desvalorização. Em seu escrito, “Humano, demasiado Humano", Nietzsche afirmou que toda metafísica poderia ser definida como:"(...) a ciência que trata dos erros fundamentais do homem, mas como se fossem verdades fundamentais” (NIETZSCHE; HDH; pg.28CiadasLetras-Trad. Paulo César Souza).
A metafísica, ao postular um
além-mundo inteligível que seria o fundamento do real, ou seja, do mundo efetivo,
faz nela uma bifurcação, e isso implica uma dicotomia que conduz o pensamento
filosófico na tentativa de conhecer a essência das coisas, o mundo como é em si
mesmo, ou seja, conhecer e corrigir o Ser "(...)aquela inabalável fé de
que o pensar, pelo fio condutor da causalidade, atinge até os abismos mais
profundos do ser e que o pensar está em condições, não só de conhecê-lo, mas
inclusive de corrigi-lo"(NIETZSCHE;NT;Cia das Letras;Trad. J. Guinsburg).
Tendo em vista que a “substancialização” ou “essencialização” do real aponta
para a direção de uma verdade fixa, permanente, imutável,eterna,universal,e por
conseguinte, à procura de um fundamento que seria a origem ideal e o
significado do mundo.
Assim, na obra que inicia sua
maturidade intelectual, a partir de "Humano demasiado humano", a
tarefa do pensamento nietzschiano consistirá na eliminação de qualquer ideia de
um fundamento metafísico, transcendente, e de qualquer componente que postule
um além-mundo inteligível na elucidação dos juízos de valoração morais. A
moral, a partir de "Humano demasiado humano" ,passará a ser concebida
como uma criação totalmente humana e, portanto, uma crítica em sua base passará
a ser justificada, pois, a partir do momento da negação de todo e qualquer
componente transcendente, a gênese dos juízos de valoração morais passará a
ser, "Humana ,demasiada humana"."(...)Onde vocês veem coisas
ideais, eu vejo - coisas humanas,ah, somente coisas demasiadas
humanas!”(NIETZSCHE; EH;pg.72 Trad. Paulo C. Souza, Cia das Letras).A crítica
do pensamento de Nietzsche a moral e a metafísica têm como causa o fato de que
toda a tradição filosófica ocidental após Sócrates, ter sido fundamentada
radicalmente no primado da consciência, gerando desta forma, uma filosofia do
sujeito e da representação. "Por longo período o pensamento consciente foi
tido como o pensamento em
absoluto"(NIETZSCHE;GC;§333,pg.221,Trad.PauloC.Souza,Cia das Letras).
Assim, podemos afirmar que a consciência foi concebida como o recinto por
excelência do pensamento filosófico, até a crítica nietzschiana abalar tal
concepção, ou melhor, a concepção de que o conceito de consciência esteve
sempre ligado intrinsecamente com o próprio pensamento, havendo uma identidade
entre eles. Para Nietzsche “a consciência desenvolveu-se apenas sob a pressão
da necessidade de comunicação” (NIETZSCHE; G.C.354; pg.248-Trad. Paulo C.
Souza, Cia das Letras). Desta forma, Nietzsche observa que os seres vivos em confrontação,
por meio da luta com o meio ambiente, tiveram que adquirir órgãos capazes de
lhes assegurar a sobrevivência, a consciência seria um desses órgãos, e como
ele bem escreveu :“A consciência é o último e derradeiro desenvolvimento do orgânico
e, por conseguinte, também o que nele é mais inacabado e menos forte”
(NIETZSCHE; GC;§11, pg.62, Trad. Paulo C. Souza, Cia das Letras). Assim, fica
esclarecido que a consciência não é uma instância inata, a priori no ser
humano, como pensou toda a tradição filosófica, ela surgiu como um meio de
comunicação e o que se dá ao nível da consciência é apenas o mais superficial e
encobre a atividade maior que é a inconsciente “apenas começa a raiar para nós
a verdade de que a atividade de nosso espírito ocorre, em sua maior parte de
maneira inconsciente” (NIETZSCHE;GC;§333, pg.221, Trad. Paulo C. Souza, Cia das
Letras).Na modernidade, com o advento da filosofia de Descartes, houve uma
preponderância do conceito de consciência como res cogitans e, assim ela passou
a ser a condição sine qua non para todo filosofar. Ora, se Descartes, ao
“descobrir” o cogito, fez uma retomada de uma nova maneira, através de um longo
percurso de transposições de concepções tais como: A ideia, Motor Imóvel,
Substância, Deus etc. ele continuou segundo Nietzsche, preso à dicotomia
substancial que foi instaurada pelo Platonismo. Para Nietzsche ,espírito e
corpo não constituem unidades distintas entre si, mas estão totalmente e
intrinsecamente relacionadas. O eu consciente, que foi considerado pela
filosofia como o núcleo onipresente,autopensante da vida, passa , após a
crítica demolidora de Nietzsche , a ser considerado como uma “pequena razão”
,tornando-se instrumento da “grande razão” ,ou seja, das funções orgânicas que
permitem ao ser humano conservar-se e expandir suas forças. Desta forma, para
Nietzsche o pensamento não pode ser confundido com a consciência, muito pelo
contrário ele ultrapassa a ideia de consciência de toda a tradição filosófica.
Nietzsche percebe que atrás do conceito de consciência está a noção de um
“sujeito", de um "eu" e para Nietzsche a identificação do
sujeito com a razão é uma “ilusão”, uma “ficção”, “um artigo de fé", enquanto fundamento da verdade através da
linguagem é um" jogo de forças". "Não existe um Ser por trás do agir,
a ação é tudo".
"Pois assim como o povo
distingue o corisco do clarão, tomando este como ação, operação de um sujeito
de nome corisco, do mesmo modo a moral do povo discrimina entre a força e as
expressões da força, como se por trás do forte houvesse um substrato
indiferente que fosse livre para expressar ou não a força. Mas não existe tal substrato;
não existe "ser" por trás do fazer, do atuar, do devir; “o agente
" é uma ficção acrescentada a ação- a ação é tudo."(NIETZSCHE
;GM;Pg.36,Trad. Paulo C.SOUZA,Cia das Letras)
Influenciado por Schopenhauer e Spinoza,
Nietzsche toma o corpo como fio condutor, e desta forma inverte o pensamento de
toda uma tradição idealista, que sempre privilegiou a consciência, a alma, como
instrumento para o saber; seu objetivo consiste em romper com o dualismo
mente/corpo que predominou em toda a história da filosofia , para estabelecer o
corpo como uma “grande razão”. “E frequentemente me perguntei se até hoje a
filosofia, de um modo geral, não teria sido apenas uma interpretação do corpo e
uma má-compreensão do corpo” (NIETZSCHE;GC; §2, pg. 12 –trad. Paulo C. Souza,
Cia das Letras). A concepção que Nietzsche tem sobre o corpo, é como sendo uma
sede de uma multiplicidade de impulsos hierarquicamente organizados, de modo a
formar um todo orgânico, onde não há um sujeito racional que comande todas as
suas funções, tendo em vista a complexidade do dinamismo corporal. Ou seja,
para ele seria impossível a um único órgão manter um controle total sobre o
organismo. O corpo seria a “grande razão”, a consciência é caracterizada como
um instrumento, como a “pequena razão”. “Instrumento de teu corpo é, também a
tua pequena razão meu irmão, à qual chamas “espírito”, pequeno instrumento e
brinquedo da tua grande razão” (NIETZSCHE;Z;Dos desprezadores do corpo, pg. 51,
Trad. Mário da Silva, Civ. Brasileira-1977).Desta forma, fica claro que em
contraposição ao dualismo mente/corpo, Nietzsche entende o corpo como uma
multiplicidade de Vontades de Potência, ou seja, o corpo como uma grande razão representando
uma síntese mais complexa de que a abstrata ideia de uma unidade representada
pelo “eu”. “Atrás de teus pensamentos e sentimentos, meu irmão, acha-se um
soberano poderoso, um sábio desconhecido - e chama-se o ser próprio. Mora no
teu corpo, é o teu corpo”.(NIETZSCHE ;Z ; Dos desprezadores do corpo, pg. 51 –
Trad. Mário da Silva- Ed. Civ. Brasileira, (1977).
A metafísica é compreendida por
Nietzsche ,de uma maneira fragmentada e hierarquizada entre dois mundos: o
mundo inteligível, "superior", verdadeiro e o outro, o mundo
aparente, sensível, "inferior"; inter-relacionado com o problema
dicotômico espírito/corpo, herança Platônica que funcionava como fundamento do
mundo sensível. Com a remissão nietzschiana ao corpo, aos afetos, aos sentimentos, aos instintos, à Vontade de
Potência; põe em xeque, as noções cartesianas, herança do Platonismo, tais como:
substância, unidade, permanência, eu; porque na filosofia tradicional, o homem
através do uso da razão, da consciência, foi concebido como critério para
avaliar os valores, mas para Nietzsche é justamente o oposto. O homem não é o
critério “o homem é algo que deve ser superado” e sim, a Vida, a vida
compreendida como Vontade de Potência, é que estratifica a criação dos valores,
contudo não de maneira fundante. Sempre de maneira perspectivista, que cria
constantemente e incessantemente novos horizontes de significação, em um jogo
que não para, visando a afirmação cada vez mais vigorosa das relações de força
com a vida.
Ao postular um eu que seja o
aspecto fundante, a metafísica criou dicotomias insolúveis, com as quais
,pretendeu explicar os fenômenos do mundo, daí a afirmação de Nietzsche “A
crença fundamental dos metafísicos é a crença nas oposições de valores”
(NIETZSCHE;BM;pg.10;trad.Paulo Cezar Souza; Cia das Letras) que vem abalar a fundamentação de tal procedimento,
pois, problematizar a noção de eu, de consciência, de razão, implica deixar
para trás, tanto a unidade quanto sua oposição, a pluralidade entendida pelos
metafísicos como oposições. O corpo criador está num horizonte isento de
preocupações fundantes ou sistemáticas “(...)desconfio dos sistemáticos e me
afasto de seus caminhos. A vontade de sistema é uma falta de retidão.”
(NIETZSCHE; CI;pg. 13;Trad. Marco A. Casanova-Ed. Relume Dumará).
Quando Nietzsche emprega o corpo
como fio condutor para fazer oposição ao idealismo, que coloca a crença
platônica do corpo com “prisão da alma” vista no diálogo Fédon ,levando desse
modo uma relevável consideração aos sentidos, instintos, afetos como meio das
relações de poder que estão sempre em movimento, critica ,de forma incisiva
todos os idealismos da tradição filosófica embasados na postulação de um mundo suprassensível,
pois, para Nietzsche o corpo é um fenômeno muito mais evidente do que a fé na
suposição de um "eu", de uma alma, de um espírito. O uso do corpo
como fio condutor proposto por Nietzsche para fazer oposição a toda herança
filosófica ocidental socrático-platônica, faz com que os sentidos, os
instintos, os afetos obtenham um TOPOS privilegiado na filosofia, fazendo com
que todas as criações de valores tenham um fundamento corporal, pois eles
afirmam o corpo e a terra “(...) permanecei fiéis à terra e não acrediteis nos
que vos falam de esperanças ultraterrenas” (NIETZSCHE;Z;pg. 30; Trad. Mário da
Silva, Ed. Civ. Brasileira 1977). A tentativa de transvaloração dos valores
entra em cena, com a colocação do corpo como “um soberano poderoso, um sábio
desconhecido” e assim, inverte o primado da consciência instalado por Platão e,
levado ao ápice com Descartes,com o a concepção do cogito,como instância
reveladora da verdade. Todavia, deve-se ficar esclarecido que Nietzsche não
pretende inverter a dicotomia alma/corpo, para corpo/alma, permutando as
estimativas de valorações, para ele o corpo é uma “grande razão” uma
multiplicidade de Vontades de Potência, sendo concebido como em um inexaurível
campo de lutas , e um "jogo de forças " entre os diversos instintos
ou impulsos, numa busca para obter preponderância sobre instintos mais fracos,
da vitória que nunca cessa, onde os sentimentos, os instintos, os desejos, os
pensamentos estão inter-relacionados, não constituindo, desta forma, atividades
autônomas. As atividades do corpo funcionam como meios de expressão, sintomas
de crescimento ou declínio da Vontade de Potência, estando em relações
agonísticas múltiplas que nele se consumam sem cessar.
Fizemos esse percurso , apenas
para mostrar que a hipervalorizarão do conhecimento racional efetuado por
Sócrates, culminou para Nietzsche na decadência da cultura. Agora, voltaremos a
questão do conceito de consciência e de razão, para mostrar a crítica que
Nietzsche fez à moral e a metafísica, pois para ele, toda filosofia ocidental
após Platão é uma filosofia Moral, haja vista, a oposição entre sensível e inteligível.
Em Humano, demasiado humano, Nietzsche inicia sua crítica as interpretações
metafísicas transcendentes que foram alicerçadas na postulação de um saber em
si, de um bem em si, ou seja, ele questiona a pretensão transcendente na
formulação desses conceitos, o essencialismo, fruto do platonismo que se põe
além do mundo da experiência e da vida; e para tal, indica que os conceitos
metafísicos têm sua gênese na história humana, não havendo como ser considerada
a possibilidade de eles provirem de uma essência transcendente, que
distinguiria o homem dos outros animais. Desse modo, ele mostra o
condicionamento das noções metafísicas que foram consideradas incondicionais e
atemporais. " Já a filosofia histórica, que não se pode mais conceber como
distinta da ciência natural, o mais novo dos métodos filosóficos, constatou, em
certos casos(e provavelmente chegará ao mesmo resultado em todos eles), que não
há opostos, salvo no exagero habitual da concepção popular ou metafísica, e que
na base dessa contraposição está um erro da razão" (NIETZSCHE;HDH;pg.15;
Cia das Letras) Para o filósofo da Alta Engadina,a consciência tem em sua
formação ,componentes históricos,sociais,psicológicos, e assim chega-se à
conclusão que o mundo não é mais "nada" do que o produto de
representações, que em nada correspondem ao"mundo efetivo",ao real.
Através do uso da consciência pela linguagem, os homens pensaram que tinham
acesso direto a esse mundo "(...) o
criador da linguagem não foi modesto a ponto de crer que dava às coisas apenas
denominações, ele imaginou, isto sim, exprimir com palavras o supremo saber das
coisas"(NIETZSCHE;HDH;pg.21, Cia das Letras,Trad. P.C. Souza).
Dessa maneira, vimos que os
conceitos tais como: consciência e seus correlatos: "alma" e
"espírito", foram vinculados a tradição metafísica , que por sua vez
destacaram uma "essência" que não é humana , estando ligada a uma
esfera transcendente.
MUNDO VERDADEIRO E MUNDO APARENTE - Fim de um longo erro
Somente quando nós abandonarmos de uma vez por todas a ideia de um "Mundo real", poderá fazer com que a distinção entre "Mundo verdadeiro e Mundo aparente" comece a acabar. Em seu livro, Crepúsculo dos Ídolos, no capítulo, Como o "mundo verdadeiro" acabou por se tornar fábula, Nietzsche escreveu :"Suprimimos o mundo verdadeiro: que mundo nos resta? O mundo aparente, talvez?...Mas não! Com o mundo verdadeiro suprimimos também o aparente!."(C.I.p.36,Ed. Relume Dumará) .Para ele, esse momento era: INCIPT ZARATUSTRA "Zaratustra começa”, o Meio-dia, o despertar para o zênite do pensamento; para pôr fim ao erro mais antigo da filosofia, quer dizer, a distinção entre aparência e realidade, através da invenção da ideia de dois mundos contrapostos.
VERDADE E MENTIRA : Não sejamos hipócritas
Nietzsche, nos ensinou a não
sermos hipócritas quando disse que: "os filósofos são padres
disfarçados", porque não devemos acreditar que estamos dizendo a verdade
em nome de alguma instância superior ,transcendente. Somos, " humanos ,
demasiados humanos" e não devemos nos esquecer que somos nós que criamos
as verdades e as mentiras também!. Não há uma verdade absoluta, "Eu Platão, sou a verdade", porque se há uma
verdade absoluta há, também, uma mentira absoluta e isso é logicamente
contraditório em si e por si.
“BUDA” E CHRISTÓS
Sabemos que "Buda" nasceu no século V antes da era cristã, são, portanto, cerca de 500 anos antes de Jesus Christós.
Selecionei alguns versículos
paralelos entre Jesus Christós e Buda, para percebermos a semelhança entre
eles, apesar de Buda estar situado historicamente bem antes!
1) JESUS CHRISTÓS : Todo aquele que comete o pecado é escravo do pecado(João 8,34)
BUDA: As pessoas compelidas pela ânsia
rastejam como coelhos encurralados
(Dhammapada 24,9)
2) JESUS CHRISTÓS : Mas a todos os que o receberam,
aos que creem n'Ele, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; eles que
não nasceram do sangue, nem de vontade carnal, nem de vontade do homem, mas sim
de Deus.(João1,12-13)
BUDA: Vós sois os meus verdadeiros filhos,
nascidos do dharma,criados pelo dharma, os meus herdeiros espirituais, e não
herdeiros carnais.(Itivuttaka 4,1)
3) JESUS CHRISTÓS : A partir de então muitos dos seus discípulos retiram-se e já não andavam com Ele. (João 6,66)
BUDA: Mais de sessenta se
revoltaram e desistiram dos ensinamentos e voltaram à vida inferior, dizendo:
"Dura é a tarefa do Exaltado!" ( Anguttara Nikaka 7,68)
Enfim, existem muitos outros. Apenas selecionei esses três para vermos a
semelhança e observarmos que Buda veio antes!
RETIRADO DO LIVRO : VERSÍCULOS PARALELOS:
JESUS E BUDA-Instituto Piaget.
CORPO CONFLITANTE
Vivemos em um corpo dicotômico
Dividido em partes conflitantes:
Matéria e Espírito.
Corpo e Mente.
Parcialmente inconscientes,
Caminhamos dialeticamente:
Do positivo ao positivo
Através do negativo.
A marcha do Espírito
nos conduz a saberes alternativos:
Aniquilando a dualista
Sabedoria Ocidental.
Tentame de superação e renovação,
do humano ao
além do humano.
Unificar:
Corpo e mente
Matéria e Espírito.
Necessário despertar!
HERÁCLITO
Obscurecido pela perfídia do mundo
As lágrimas de Heráclito,
Ardem no fogo.
Através do Eterno Retorno,
O Logos proclama o Ser.
Afirmando a autêntica existência
Esquecida pela divisão do mundo.
A lareira está acesa.
O Fogo contempla a noite.
Os deuses estão presentes.
Estranha proporção dos contrários.
Desordenadas
As lágrimas acabam em cinzas.
Fênix ressurge!
Anelando o Eterno Retorno.
CONECTEM-SE
Mantenham-se conectados.
Aqui e agora.
Eternizem o instante!
Percebam com distinção
A diferença entre tudo que há!
Escutem seus espelhos vivos:
Mônadas!
Abram espaço para suas emoções.
Só vocês sabem!
Falem
Estou presente ,
Sempre e diferente.
Esperando...
Continuamente.
VIVÊNCIAS
Nossas vivências
Não podem ser desperdiçadas!
Os outros não as conhecem.
Apenas imaginam...
Puras aparências!
O ser mais profundo
Despreza as idiossincrasias!
Afinal...
Nossas vivências são imaculadas.
Não podem ser inter-vividas por outros
Que estão muito aquém,
do que sentimos e vivemos!
SABEDORIA MULTIFACETADA,ABERTURA
Existe, indubitavelmente, a possibilidade de fazermos associações entre teorias de autores que são conflitantes, a possibilidade de associar conceitos,temas,etc., entre autores diversos tem o aval do hermeneuta Nietzsche: "Desconfio de todos os sistemáticos e me afasto de seus caminhos. A vontade de sistema é uma falta de retidão."(Crepúsculo dos Ídolos, §26).As rígidas exigências acadêmico-metodológicas , podem ser usadas apenas com sabedoria para evitar erros fundacionais,"místicos","religiosos",etc. O pensamento deve construir uma sabedoria mutante,multifacetada, experimentalmente livre, onde o "sistema" deve estar aberto a novas possibilidades, sempre através de novos horizontes.
DIFERENÇA SUTIL
O ser humano ,contrariamente à ideia vigente, não é
racional; ele é racionalizante, o que é muito diferente!
O AMOR MATERNO
Podemos afirmar que o amor
materno é uma afirmação incondicional da vida, da educação, e das necessidades
das crianças. Todavia, é preciso fazer um acréscimo importante, ou seja, a
afirmação de que a vida delas tem um aspecto fundamental: O cuidado e
responsabilidade absolutamente necessários, não somente para a preservação de
suas vidas , e principalmente, para que haja um crescimento emocional,
psicológico, intelectual, cultural,etc. Para tal, deve-se exercer influência de
valores positivos no que se refere à educação, amor à vida, responsabilidade, independência
etc. Assim, o amor materno tem um aspecto prático-altruístico-generoso, sendo
considerado por todos os educadores , como o mais elevado tipo de amor e o mais
sagrado de todos os vínculos emocionais. Contudo, vários educadores advertem
que a verdadeira concretização e realização do amor materno não estão no amor
apenas pela criança e sim, em seu amor pelo ser humano que cresce dia após dia,
emocionalmente,intelectualmente,fisicamente ,etc. Sendo extremamente necessário
um abandono do elemento possessivo narcisista, tendo em vista que à medida que
a criança cresce ela não poderá ser apenas um objeto de satisfação pessoal, e
sim uma exaltação ao lado criativo inato em todas elas, tornando-as cada vez
mais conscientes desse aspecto de seu caráter, pois, elas precisam crescer e se
tornarem seres humanos independentes. Desse modo, a essência do amor materno
reside no significado do desejo de sua mãe para que o seu filho ou filha se
“separe” dela. A partir dessa etapa o amor materno se tornará uma tarefa
difícil, que requer desprendimento, quer dizer, a capacidade de dar “tudo” e de
não querer nada em troca além do bem-estar do seu filho, no sentido de torná-lo
independente . Vários estudos mostram que a maioria das mães fracassam nessa
etapa em sua tarefa de ser uma mãe que contribua para a maturidade de seus
filhos, porque elas são mulheres dominadoras, possessivas ,vaidosas em
excesso,etc. Elas podem conseguir até serem
mães amorosas enquanto seu filho é pequeno, mas, somente as mulheres que
são realmente amorosas, são aquelas que são mais felizes e maduras, quer
dizer, são as mulheres que permitem que seus filhos cresçam em todos os
sentidos possíveis.
UM NOVO "MESSIANISMO"
Vamos proclamar um novo "messianismo", que diz: Nós já somos o messias de nossas vidas, vamos tentar criar
e construir nossos próprios destinos. Temos, praticamente, apenas uma arma poderosa que é o nosso poder
de fazer boas escolhas. Somos bastante velhos nesse "Cosmos" , e repito
o "óbvio ululante" que diz que ao longo de milênios muitas mentiras foram
feitas e proclamadas em nome de "Deus", fato esse que nos faz
duvidar ou nos deixar incerto . Apesar disso, não existe Ateísmo, stricto
senso, porque esse conceito já parte da negação de uma totalidade, além da
incapacidade de nossas finitas e limitadas mentes de negar ou afirmar sua existência . Segundo Nietzsche,
"Apenas o Deus moral" está
refutado. Nossa luta continua , dia após dia, para haver um maior esclarecimento
, na tentativa de acordarmos para sairmos de um longo sono dogmático que
preenche nossas mentes que estão, na "Caverna" e em estado de sono, através de:
TVs, Computadores, Internet e outras parafernálias mais. Desse modo, faz-se
necessário usarmos vários tipos de possibilidades para a superação e
transcendência da saída da "Matrix", através do autoconhecimento: saber quem somos nós, para onde vamos, o que
afinal queremos? E, também, como nos
esclareceu Deleuze ,para sabermos "O que quer aquele que quer ?". Outras
possibilidades: Meditação de vários tipos. Além de muitas possibilidades, a mais para serem criadas.
APENAS POSSIBILIDADES
No desejo de certeza:
Mistura de Orgulho e
Medo
Total impossibilidade
de
desvendarmos
O Mistério da Vida.
Na crescente fragmentação da matéria:
Impossibilidade da separação.
Matéria e Energia se intercambiam.
Na relatividade do Tempo e do Espaço,
A Morte da linguagem.
Ora como ondas, ora
como partículas...
O observador determina
O fim do Determinismo!
A alegria de criar ressurge,
Nosso mundo é apenas
Um mundo de possibilidades!
NIETZSCHE E A ALIMENTAÇÃO
Para Nietzsche, a "filosofia
da alimentação" e seu ponto de vista de que, as questões culinárias são,
também, questões morais devido a ênfase no " desenvolvimento do homem"
(ABM-234). Para tal, segundo ele, deve haver uma "razão na cozinha"
(GC - 7), que são questões fundamentais de sua "Gaia Ciência"
para possibilitar que o homem atinja o seu " máximo de força ,de virtú no estilo da Renascença". (EH- II- 1).Sua ênfase por uma filosofia da
alimentação aponta para uma forma prática condizente com um modo de vida
racional, com a finalidade de atingir uma "grande saúde".Hodiernamente,
tomamos cada vez mais consciência da importância de se alimentar corretamente
para aprimorarmos nossa saúde.
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA – UMA NECESSIDADE FUNDAMENTAL
A necessidade que os Homens têm de: dialogar, debater, negociar, votar, com a finalidade de atingir novos e melhores níveis de vida social, cultural, econômica, etc. é hegemônica em nossa sociedade. A política, stricto sensu , é a arte de bem administrar e governar, onde os cidadãos têm a "obrigação" de participar e agir com relação aos problemas que assolam a Pólis. No entanto, urge-se fazer uma reforma política, onde a democracia passará a ser cada vez menos representativa possível, levando ,deste modo, a uma maior atividade e participação dos cidadãos. Para tal, deve haver uma crescente descentralização do Poder Político.
ATAQUE HERACLÍTICO
Corpo político pútrido.
Nossas riquezas não
contribuem para a Saúde
do nosso país.
Ao contrário, elas nos dividem
provocando
sono de uma falsa segurança!
Momento do ataque Heraclítico,
ao serviço do nosso interesse.
Afinal , o que importa é que a
Moeda circule como as palavras
para a reconstrução do nosso
Brasil!
" O povo deve bater-se em defesa da lei, como se bate
em defesa das muralhas "
( Heráclito de Éfeso,Frag.44,
pg.123, P. Gomes., Ed.Guimarães, Lisboa)
FAZ-SE MISTER REFLETIRMOS “Na presente hora universal”
Heidegger se considerava um homem religioso sem Deus, esse pequeno trecho de seu livro Serenidade, mostra que qualquer um de nós quando queremos e estamos abertos "nesse pedaço de terra natal; agora, na presente hora universal." podemos alcançar um estado de Serenidade. "Por outro lado, qualquer pessoa pode seguir os caminhos da reflexão à sua maneira e dentro dos seus limites. Por quê? Porque o Homem é o ser que pensa, ou seja, que medita. Não precisamos, portanto, de modo algum, de nos elevarmos às "regiões superiores" quando refletimos. Basta demorarmo-nos junto do que está perto e meditarmos sobre o que está próximo: aquilo que diz respeito a cada um de nós, aqui e agora; aqui , neste pedaço de terra natal; agora, na presente hora universal"( Heidegger, M.,Serenidade,p.14,Inst. Piaget).
CRIAÇÃO E SENTIDO
Considerando que a nossa
existência é um enigma insolúvel, a criação e determinação do sentido para as
nossas vidas deverá ,necessariamente ,ser executada através da constante
criação de projetos que sempre se renovarão ao longo de nossas vidas. Devemos permanecer
na criação e determinação com atitude positiva, através de uma postura niilista
ativa, quer dizer, um niilismo que destrói para criar e que também pode ser
caracterizado por uma "nova espécie de luz ,de felicidade, alívio, contentamento,
encorajamento , aurora"(Nietzsche, Cf. Gaia Ciência §343).
CRISTO E CRISTIANISMO, UMA DISTINÇÃO NECESSÁRIA
" É preciso não confundir o cristianismo, enquanto realidade histórica, com essa raiz única que se apresenta em seu nome. Há outras raízes , das quais ele nasceu, e bem mais poderosas. É por um abuso inacreditável que as formas decadentes e aberrantes que se chamam igreja cristã, fé cristã e vida cristã se adornam com esse nome sagrado.
O que é que Cristo
negou ? Tudo o que, presentemente, tem o nome de cristão."
(Nietzsche, V. Poder Vol. 2, pg. 109,Ed. Rés)
A PODEROSA FORÇA DO SILÊNCIO
O "conhecimento silencioso", a silente sabedoria esotérica que nos foi "transmitida" há milênios, por várias tradições culturais é entre outras coisas a nossa tentativa de possuir o contato direto com o Divino, quer dizer, com a poderosa força lucíflua cósmica que está presente em todas as coisas do mundo.
MUNDANÇAS NAS NOSSAS VISÕES SOBRE O MUNDO - EVITAR CONFUSÕES
Hodiernamente, temos que
abandonar como sendo uma ilusão a tentativa de chegar a uma única concepção
absoluta sobre o mundo. Ao invés de procurarmos uma teoria final, seria mais
prático e eficaz fazer uma reflexão sobre
o modo como nós , seres humanos, conseguimos dar conta de várias situações
problemáticas que existem: na ciência, na ética, na política, na educação etc.
Somente assim, poderíamos evitar a total confusão em todos os campos do
conhecimento. Enfim, temos que acabar com a pretensão dogmático-universalista
sobre a verdade, haja vista que não existe verdade e sim verdades!
CONVITE DA ÁGUIA
Não precisamos de asas para voar, basta vibrarmos em alta sintonia, ouvindo o chamado da Águia ,silenciando o Serpentear.
NÃO ESQUEÇAMOS!
Mais um dia passou-se
esquecido.
O ser que se compraz
em Amar,
Nunca esquece!
O esquecido é
tormentoso e
inautêntico.
As horas, os dias...
enfim, a Vida!
Só ganham autenticidade
com Amor.
E através do Amor
ela se constrói,
Autêntica e Bela.
PERIGOS DO AGIR ACRITICAMENTE
A vida prática quotidiana é
ingênua porque é um imergir no mundo de uma maneira pré-concebida e acrítica.
As nossas ações são executadas , na maioria das vezes, de modo automático. É
óbvio que a ciência da psicologia, da fenomenologia, entre outras, tentam nos
ajudar há muito tempo a reivindicar o
poder de justificarmos os nossos passos através da crítica, quer dizer ,
através do estudo das operações originárias de nossa consciência para o
desvelamento dos nossos horizontes
intencionais , para podermos alcançar uma certa autonomia no pensar e no agir.
Os problemas desse agir sem crítica, nos levam a paradoxos, a coisas que nos
são ininteligíveis, a problemas com o fundamento, a antinomias,etc. Sem nos darmos conta, somos não raras vezes, transformados em objetos e não em sujeitos autônomos.
UNIR A JUSTIÇA COM A FORÇA - Uma dificuldade a ser alcançada através da justa medida entre ambas
Vejamos um pensamento de Blaise Pascal, que ele nos legou, a respeito de nossa grande necessidade para que a justiça seja executada com o adequado uso da força, para o bom funcionamento da sociedade , fazendo reinar paralelamente a justiça e a força, devido a insuficiência de cada uma delas separadamente.
" Mais justiça,
força. É justo o que é justo seja seguido; é necessário que o que é o mais
forte seja seguido.
A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é
tirânica.
A justiça sem força é contradita, porque sempre existem
pessoas más. A força sem a justiça é acusada. É preciso, pois, colocar juntas a
justiça e a força e, para isso, fazer com que aquilo que é justo seja forte ou
que o que é forte seja justo.
A justiça está sujeita a discussão. A força é bem
reconhecível e sem discussão. Assim, não se pôde dar força à justiça, porque a
força contradisse a justiça e disse que ela era injusta, e disse que era ela, a
força, que era justa.
E assim, não podendo fazer com que o que é justo fosse
forte, fez-se com que o que é forte fosse justo."(Pascal-Pensamentos-103,p.36,Ed.M.Fontes
,2001).
Agora, justamente nesse momento, praticamente em todo mundo,
faz-se mister o uso da justiça com a força , fazendo com o que é justo seja
forte. Ao associar justiça e força , Pascal quer evitar, totalmente, a confusão
entre elas.
A RELIGIOSIDADE DE EINSTEIN
Einstein era um Spinozista e
desejava conhecer os pensamentos de Deus. Para Spinoza, DEUS ou SUBSTÂNCIA
tinha infinitos atributos, no entanto, nós somos capazes de conhecer apenas dois: Pensamento
e Extensão. Einstein, com muita humildade mostra esse desejo , conforme as citações:" Minha religião consiste em uma admiração humilde do Espírito Superior e Ilimitado
que se revela a si mesmo nos menores pormenores, que estamos aptos a captar com
nossas fracas e irrelevantes mentes" E " A experiência religiosa cósmica é o
estímulo mais forte e elevado da investigação científica". (EINSTEIN, in Reflexões
filosóficas ,Ed. Alvorada, p. 84-85).Ele defendeu uma religiosidade cósmica, inspirada no "Amor intelectual a Deus" de Spinoza.
LIVRE-ARBÍTRIO - CONTROVÉRSIAS
Alguns filósofos advogam que
nossas decisões são apenas livres se forem sem uma causa.Isso para mim é impossível! Para outros uma causa
é uma condição necessária , justamente, para evitar o acaso. Todavia , há um ponto de
concordância entre muitos, que é a existência do livre-arbítrio. Tendo em vista que ele é
necessário para haver uma responsabilidade moral por nossos atos, pelo menos em
alguma parte do que fazemos, não havendo, assim, uma responsabilidade absoluta,
o que seria, totalmente, incompatível com a ideia de existirem atos livres.
Para Nietzsche, o erro do livre- arbítrio foi que: " Os homens foram
pensados como "livres",para que pudessem ser julgados e punidos- para
que pudessem ser culpados"(Nietzsche in: Crepúsculo dos Ídolos,p54,Ed.
Relume Dumará).
TRÊS FORMAS ESTÉTICAS DE MAU OLHADO,SEGUNDO NIETZSCHE
No Crepúsculo dos Ídolos e ,
principalmente, nos Fragmentos Póstumos , Nietzsche detecta o que é para a
Estética uma forma errada de avaliação sobre o Belo, onde as coisas são
consideradas, em si e por si mesmas "belas, boas e verdadeiras"
,quer dizer, separadas do real, vejamos
a citação: " Quando um ideal é separado da realidade, então o real é
degradado, é empobrecido, é difamado. " O belo pelo amor ao belo",
"o verdadeiro pelo amor ao verdadeiro", " o bem pelo amor ao
bem" - essas são três formas de mau olhado em relação ao real".(
Nietzsche, Fragmentos Póstumos, §194- 1885-89) .No Crepúsculo dos Ídolos : IX
-§24 ,ele considera a arte " o maior estimulante para a
vida" , desse modo, seria um equívoco , um "mau olhado",
"uma ótica de pessimista" considerá-la sem uma finalidade
separada da vida e sobretudo como uma
finalidade em si mesma, presa à moral.
RENOVAÇÃO
A cada dia
a vida nos renova.
A amizade , o amor,
ressurge de modo inusitado,
superando tentativas vis.
A atração nos renova
para novos encontros.
Livres estaremos
para novos anseios.
Sem empecilhos,
brotaremos renovados
para mais uma comunhão.
Celebrando novos momentos
descomunais.
SEM REMORSOS
É melhor inventar um renovado amanhã com novos sonhos e objetivos, do que ficar pensando se o que aconteceu "ontem", foi o que realmente deveria.
TIPOS DE FILÓSOFOS SEGUNDO GILLES DELEUZE
"A filosofia nunca esteve reservada aos professores de filosofia. É filósofo quem se torna filósofo, isto é, quem se interessa por essas criações muito especiais na ordem dos conceitos". Deleuze: in Conversações,p.39,Ed.34). Podemos concluir que filosofia para ele é "criação de conceitos" ligados diretamente com à vida, seguindo a influência de Spinoza e de Nietzsche. Gilles Deleuze tenta transmutar o estatuto da filosofia acadêmica para uma "filosofia nômade" quer dizer , uma filosofia da imanência, relacionada intrinsecamente com à vida, em contraposição a dos professores de filosofia que seriam considerados por ele como " filósofos sedentários" , ou seja, os metafísicos, os dogmáticos, os acadêmicos em geral.
NÃO DESPERDIÇEMOS NOSSO TEMPO!
Apesar de nosso tempo ser limitado, desperdiçamos muito tempo vivendo "fora de nós", sendo atropelados por vários dogmas que não investigamos. Ter a coragem de seguir nossos corações e transcender os dogmas nos coloca no caminho do que realmente importa ,quer dizer,no caminho de sermos cada vez mais conscientes do que realmente desejamos ser e fazer, transformando tudo ,fazendo uma reviravolta para efetivarmos mudanças eficazes!
CONFLITOS INÚTEIS
Na maioria das vezes, mesmo que estejamos com razão, é sempre bom evitar discussões. A verdadeira sabedoria ri de toda presunção dizendo: "apenas permanece sábio aquele que sabe se calar!".Afinal,na grande maioria das vezes, é perda de energia ,de saúde e de tempo, dialogar com espíritos dogmáticos.
EVOLUÇÃO ESPIRITUAL
Esses termos podem nos conduzir a
equívocos diversos, assim, faz-se mister tentar esclarecê-los. Por Evolução
Espiritual devemos entender uma conduta do pensamento individual voltada para o
geral, levando em consideração o bem-estar tanto coletivo quanto pessoal.
Evolução Espiritual definitivamente não significa que a humanidade estará em
contemplação puramente devota, ao contrário, ela significa que a humanidade ,
vem e vai compreender, paulatinamente, a vida cotidiana, as relações humanas e
os textos das diversas religiões não em sua significação primária de dominação,
de desconfiança, de agressividade, mas em sua significação superior de respeito
ao outro em sua diferença fundamental, de confiança e de tolerância. Assim, Evolução
Espiritual propõe uma mudança radical no
coração e na mentalidade, a qual não se fará em pouco tempo, mas já esteve e
está em curso para efetivar uma mudança paradigmática que encontrará uma
resposta a uma pergunta existencial “
por que viver ?”. No século passado vimos o fracasso da experiência ateia do
nazismo e do marxismo e como consequência um acesso do espírito humano rumo a
uma consciência planetária, orientando uma evolução para a vida moral e
espiritual conjuntas, estamos caminhando para a extinção do homo atheus
e pavimentando o caminho para o homo spiritus, onde há uma ultrapassagem
para uma religião cósmica, como anteviu Einstein, segundo a citação: “A
religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os
dogmas e a teologia”.
NIETZSCHE E A CULTURA
Para Nietzsche, a cultura, as crenças e os valores que caracterizam qualquer grupo ou classe, nunca podem ser produzidos ,apenas, através da educação; são os grandes povos muitas vezes, que produzem um tipo de gênio, mas esse raro evento ocorre com mais frequência em culturas onde o Estado é menos envolvido na educação de seus sujeitos. Para ele, "Cultura e Estado são antagonistas" , como também, "Todos os grandes períodos de cultura foram períodos de declínio político." A energia necessária para a política em grande escala, ou na economia, ou no comércio universal, ou no parlamentarismo, ou no interesse militar, geralmente reduz o nível de cultura de uma sociedade, fato que ocorre hoje quase a nível mundial , com a exceção de poucos países. Ele perguntava ,como a terrível condição da cultura alemã de sua época, profundamente idealista, poderia ser melhorada? Segundo ele, de um modo irônico , por aqueles com um saudável desrespeito pelo status quo, ou seja, a juventude da nação.
"No início, eles serão mais ignorantes do que os homens educados do presente, pois eles terão desaprendido muito e terá perdido qualquer desejo até mesmo para discutir o que aqueles homens educados especialmente desejam saber: na verdade, sua marca do ponto de vista educado será apenas sua falta de ciência [conhecimento], sua indiferença e inacessibilidade a todas as coisas boas e famosas.”(Humano ,demasiado humano).Essa indiferença à história e à educação finalmente produzirá uma cultura genuinamente vital onde há liberdade de espírito. "No final da cura eles serão homens novamente e deixaram de ser meras sombras da humanidade”. Nietzsche, é claro, estava passando por essa "cura", ele mesmo; só assim ele poderia esperar alcançar a crítica radical daquelas "coisas boas e famosas" que revolucionariam nossa visão moderna do conhecimento, da moralidade e da psicologia humana. Este questionamento da cultura levará à sua única mensagem teleológica* para nós. O objetivo da humanidade não pode estar no final dos tempos, mas apenas em seus tipos mais elevados, para colocarmos os maiores tesouros de nossa arte e conhecimento com nossa mensagem para o futuro: se houver valor na vida dos seres humanos, ele estará na maior das obras culturais – os raros produtos da genialidade, pois para ele o objetivo maior é proporcionar a criação de tipos elevados no mais alto grau que são os gênios.
* Teleologia: a teoria de que processos e eventos estão relacionados com objetivos ou fins últimos.
PRECIOSO TEMPO
Comecemos a escrever no novo livro , novas histórias, fazendo a diferença e a mudança acontecer já no primeiro dia do ano.
DIMENSÕES DO EROS
Em seu olhar percebo uma nova dimensão.
Nos toques, nos beijos, as sensações
se multiplicam rompendo
as proporções perdidas.
Sua beleza inebria o meu ser.
A seletividade se faz presente!
Em nosso encontro, as dimensões
proporcionam a comunhão
rumo à eternidade embevecida.
Despertando, aquecendo, a chama
do Eros.
SUA BELEZA
Flor ígnea
de selvagem Beleza.
Acende a chama
de nossos corações.
Dança livre, solta
na luz nua do luar!
Voyerismo silhuetar.
Mostra toda tua
Beleza...
Clara como a noite.
Linda como o dia.
Síntese dos
contrários.
Noite e Dia.
O ALÉM DO HOMEM
"Não é minha questão o que redime o homem: mas que tipo
de homem deve ser escolhido ,querido, cultivado como dotado de um valor mais
elevado".
(Frag. Póstumos,1887-89,NIETZSCHE)
ALÉM DO PASSADO
Fechemos as portas do passado.
Não importa se certo ou errado.
Há alguém que observa mais longe.
E vê muito além do que sabemos.
Criamos mundos novos
com nossa imaginação
afinco e determinação
!
Um mundo acima dos modismos
e convenções sociais.
Você sabe,
Vamos fazer nossa história
lado a lado.
Somando forças.
A semente da felicidade
foi plantada.
Não se esqueça ,
contribua.
Deixe acontecer o brilho Oriental
Iluminando-nos!
DE VOLTA PRA CASA (UM NOVO RITMO)
Quando você sentir que
tudo está desmoronando,
Quando sentir que está sozinha
e todos os seus amigos lhe traíram.
É chegada a hora de acordar.
Eu te levarei de volta à estrada.
Eu te levarei para um ponto mais alto.
Agora ,você pensa que
o que está passando é tudo
e não há mais nada.
Mas venha comigo de volta à estrada.
Eu te levarei para um ponto mais alto
E farei com se sinta livre e segura.
Pegue a minha mão,
Eu te levarei de volta para casa.
Garanto que há algo nos esperando.
Quanto abrir a porta,
encontrará um novo ritmo.
Um ritmo para viver.
um ritmo de esperança.
De volta para casa,
um novo ritmo nos espera.
EU ACREDITO
Não me ofereça fé.
Eu tenho a que
preciso.
Minha fé está
transbordando
Alto, acima das
montanhas,
Livre como uma Águia,
Voando contra a
Corrente.
O que nós precisamos
é confiar,
para nos manter vivos
e aquecidos.
Ajude-nos a fazê-la
durante a noite.
Noite adentro!
Meu reflexo em você,
Vidas paralelas.
Voando na velocidade
da luz pelo tempo,
temos que parar para
descansar.
Temos que parar a
Corrente...
Antes que o nonsense
ria por último.
Conto com você.
Eu acredito!
BREVÍSSIMO RESUMO SOBRE A FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL
Esse escrito fundamental e clássico de Georg Wilhelm Friedrich Hegel de
1821 oferece uma visão abrangente de seu sistema filosófico. Nele, Hegel aplica
seu “conceito” mais importante, a dialética, à lei, direitos, moralidade,
família, economia e estado. Foi o último dos trabalhos de Hegel a ser publicado
em sua vida, nesse escrito há uma combinação entre filosofia moral e política
para formar uma visão sociológica dominada pela ideia de Estado. Hegel define o
direito universal como a síntese entre a tese de um indivíduo agindo de acordo
com a lei e o conflito ocasional de um desejo antitético de seguir convicções
privadas. O Estado, ele declara, deve permitir que os indivíduos satisfaçam
ambas as demandas, percebendo assim a harmonia social e a prosperidade - a
síntese perfeita. Além disso, Hegel renuncia à sua avaliação anteriormente
favorável da Revolução Francesa e rejeita a forma republicana de governo,
sugerindo, em vez disso, uma forma idealizada de uma monarquia constitucional,
na qual o poder supremo repousa sobre o soberano.
MORADAS
Moro aqui ,ali e acolá.
Moro em qualquer lugar.
Sei que posso morar,
Em todo lugar!
Vagação...
Ilação de sua pureza.
Contemplação de seu olhar,
distante e ausente.
No vazio de meu coração,
esperando te encontrar ,
ficando a todo instante
sem ação.
NÃO ESQUECER!
Mais um dia passou-se
esquecido.
O ser que se compraz
em Amar,
Nunca esquece!
O esquecido é
tormentoso e
inautêntico.
As horas, os dias...
enfim, a Vida!
Só ganham
autenticidade
com Amor.
E através do Amor
ela se constrói,
Autêntica e Bela.
VIVÊNCIAS ÍNTIMAS
Nossas vivências
Não podem ser
desperdiçadas.
Os outros não as
conhecem.
Apenas imaginam...
Puras aparências!
O ser mais profundo,
Despreza as
idiossincrasias!
Afinal...
Nossas vivências são
imaculadas.
Não podem ser vividas
por outros
Que estão muito
aquém,
do que sentimos e vivemos!
INVERNO GÉLIDO E SILENTE
Teu silêncio congelou meus sentimentos
Esfriando o meu Coração
Assim, o fez entristecer plenamente.
Não mais sinto calor, amor
Muito menos desejo de companhia,
Sua ausência e a cada contato meu.
Sua repulsa falou mais alto,
Evitando minha ida ao teu Altar.
Se mais nada há,
Nada posso fazer
Senão te esquecer,
E silenciar todo Êxtase
de nossos deleites,
Consumidos pelo inverno
na fria distância.
Maio termina mais cedo!
Faças tudo o que
quiseres
Sei que Livre sempre te deixei
E se reclamei foi por tua
ausência que senti.
Agora começa o meu despertar!
Porque sei que toda espera foi vã.
Já não consigo mais ansiar-te.
Consumido pela fria distância
Meu coração quer despertar
E novos amores encontrar!
CONCILIAÇÃO
Concilias o que não podes mudar,
Harmonizas o que hás
de enfrentar,
Sorri e segues em frente!
O passado é tempo morto.
O presente nos convém.
O futuro nos nutre.
Vem comigo,
torna-te livre
e sem embaraços.
Com suaves
fragrâncias de afeto,
amenizo todas as dores
do teu caminho.
Confias no amor.
Não páras.
Não cessas,
tudo passa .
Continuas a viver
com plena confiança.
Orna o teu altar rumo
ao nosso futuro.