"Outrora se dizia de toda moral: "vós deveis conhecê-las por seus frutos"; eu digo de toda moral: ela é um fruto no qual reconheço o solo, a partir do qual ela cresceu"(Nietzsche, Frag. Póstumos:1887-89).
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FILOSOFIA E CIÊNCIA
Da teoria clássica do
conhecimento à filosofia da ciência contemporânea, a questão-chave é saber o que
acontece, com as devidas justificativas epistemológicas., os objetos
particulares que se oferecem para a observação, a fim de conceber uma universalidade
na explicação, quer dizer, passar da contingência até a necessidade e
universalidade, onde o debate tem como objetivo fundamentar e construir um novo
modelo de racionalidade. A problemática relativa ao modo como teoria e prática
devem se aliar para que a "genuína ciência" seja gerada, tem provocado
inúmeros debates. O desencadeamento desse debate, tem como objetivo resolver o
problema da racionalidade científica, quer dizer, o consenso referente ao
conceito de racionalidade. As relações entre filosofia e ciência tem o ponto
comum no fato incontestável de ambas terem como objetivo principal aumentar os nossos
conhecimentos. A afirmação que a ciência
busca o crescimento em torno de argumentos particulares, enquanto que a
filosofia levanta questão sob as condições exigidas para se alcançar uma
verdade universal, lidando com os problemas mais gerais, tem como problema que
a distinção entre particular e geral não está clara e distinta, portanto, a
pretensão de encontrar uma demarcação universalmente válida entre elas pode ser
considerada uma ilusão, sendo mais sensato, limitarmo-nos a examinar as suas
relações a partir de um ponto de vista de uma distinção formal, tendo em vista,
que é problemática, também, a separação nítida entre ciência e metafísica. Hoje
em dia, existem correntes de pensamento que, ao partir das investigações dos
positivistas, dos neo-positivistas e dos pós-neo-positivistas, pensam que a
ciência e a metafísica são inseparáveis, pelo que a pretensão de contrapô-las,
uma à outra, ou também, de separá-las não pode deixar de ser uma utopia. O
discurso científico se distingue dos outros tipos de discurso, porque é
conduzido a uma constante exigência de rigor, sendo essencialmente crítico e
dinâmico, haja vista que nunca pretende chegar a uma conclusão definitiva,
absoluta, que não seja aprofundável posteriormente através dos instrumentos
teóricos e práticos que a comunidade científica dispõe. Tal exigência é de
máxima importância, porque ela caracteriza a própria noção de racionalidade,
quando aborda os problemas, discutindo-os sem preconceito, evitando todo e
qualquer recurso explícito ou implícito a uma certeza absoluta. Tanto o rigor
nas ciências formais, quanto o das ciências humanas estão sujeitos a
transformações, haja vista que nenhuma teoria pode se considerar rigorosa de
forma abstrata e isolada, sem levar em consideração as exigências de rigor
aceitas em uma determinada época, devido ao caráter histórico da ciência.
Podemos afirmar que a história das ideias científicas, foi uma série de
passagens para conjecturas, cada vez mais contrárias às regras metodológicas
vigentes, onde a maior eficácia técnico-cognoscitiva foi conseguida, através de
vários modos, onde é difícil ou até mesmo impossível, traçar rigidamente a
separação entre ciência e metafísica, haja vista que as teses e as antíteses
são internas a própria história da ciência, portanto, há uma tensão entre os
limites do conhecimento científico e a metafísica, desse modo, no trabalho
científico existe uma investigação sem um ponto final, sem um acabamento final
interno. A luta e as mudanças dos paradigmas, a controvérsia cientifica, seriam
justamente, as manifestações do conflito entre essas duas instâncias,
entendidas como, formas técnicas e dinâmicas do procedimento da razão
científica no seu percurso na história da prática científica, onde a transição
de um sistema para outro, deverá subsistir uma tendência para paradigmas,
teorias, programas de investigação etc. sempre mais gerais, capazes de absorver
as teorias precedentes, conferindo-lhes um significado mais abrangente e
clarificando as limitações das anomalias localizadas, causadas pela
incomensurabilidade no próprio sistema interno, quer dizer, como não possuindo
uma medida comum internamente, havendo a necessidade traduções e
reinterpretações, quer dizer de uma nova "hermenêutica" para
satisfazer diversos requisitos epistemológicos que forem necessários, visando
uma reformulação dos problemas encontrados, para cumprir a exigência de rigor
que lhe é própria, onde, através da experiência, não poderemos fundamentar
nenhum princípio dos fenômenos estudados. A experiência indica apenas os
caminhos a serem seguidos, pois nenhuma teoria científica se limita a aceitar
passivamente os dados da experiência, muito ao contrário, ela os corrige,
quando, por exemplo, ela nos fornece dados que antes eram ignorados, nos
indicando uma determinada direção que devemos proceder com as nossas
investigações para entrar em contato de modo mais correto com o fenômeno que
está sendo examinado, colocando-o ao lado de outros, anteriormente
experimentados, mostrando-o que ele existe sempre relacionado a certo
contexto histórico e cultural onde ocupa
um lugar que é passível de precisão e integração, para depois, podermos
enquadrá-lo numa teoria, seguindo as indicações por ele fornecidas. Esse é um
dos modos de procedimento da ciência, por meio de uma dialética entre o
registro dos dados observados e a consequente elaboração teórica, onde nunca
haverá um ponto final em sua investigação. Podemos fazer uma análise crítica
aos outros campos dos saber, tendo em vista que o dogmatismo que a filosofia da
ciência combate, pode sem dúvida, incluir muitas áreas de conhecimento, entre
as quais: a Religião, a Economia, a Política. No que diz respeito à Religião,
podemos questionar se o cristianismo deve, realmente, ser considerado
absolutamente superior às demais religiões, tal como foi proclamado através da
cultura ocidental. No que diz respeito à Economia, podemos questionar suas
próprias leis que são baseadas unicamente na experiência. Ora, a experiência
não está em condições de fornecer quaisquer conclusões absolutamente válidas,
de acordo com as considerações críticas dos epistemólogos pós-modernos. Na
Política, podemos fazer um questionamento acerca do conceito de liberdade que é
usado, retoricamente, como um princípio metafísico que lhe concebe um caráter
absoluto. Rigorosamente questionando, a palavra "liberdade" não
denota um conceito preciso, havendo a necessidade de distinguir vários tipos de
liberdade, de acordo com os contextos, por exemplo: o cultural, o econômico,
físico, histórico etc. O problema é que, ao fazer esse exame crítico, conduz a
epistemologia moderna, justamente a uma tarefa nada fácil, que é a de
estabelecer uma nítida distinção, entre a retórica e o especificamente:
religioso, econômico e político, acima referidos e analisados.
OBRAS CONSULTADAS:
1)MORA, J.F. Dicionário de Filosofia. São Paulo:Ed.
Loyola,2000.
2)ABBAGNANO, N. História da Filosofia em 12 volumes. Lisboa.Ed.
Presença,2001.
3)LACROIX, A. A razão. Rio de Janeiro. Ed. Vozes, 2009.
4)MEDAWAR, P. Os limites da ciência. São Paulo.Ed.
UNESP,2005.
5)HUISMAN, D. Compêndio Moderno de Filosofia. São Paulo.Ed.
FreitasBastos,1978.
6)OMNÉS, R. Filosofia da Ciência Contemporânea. São
Paulo.Ed.UNESP.1995.
EDUCAÇÃO OBSOLETA
Nossa educação tradicional e muito formal está desatualizada e raramente inclui formações sobre maneiras de aprendizado, como melhorar efetivamente a memória, como aumentar a criatividade etc.
SEDUTORES COMPULSIVOS
Sedutores compulsivos que tentam afirmar sua
"masculinidade" procurando freneticamente pela mulher "perfeita" escondem seu ódio por mulheres reais!
MUDANÇA DE PARADIGMA COGNITIVO
Muitas pessoas com uma
mentalidade fixa acreditam que todos nascem com habilidades em níveis fixos. O
QI tradicional não pode prever um aspecto muito importante da superdotação: a
criatividade. Os testes de QI apenas medem nossa capacidade de pensar logicamente
sobre problemas simples. A criatividade consiste em considerar múltiplas
abordagens para um determinado problema complexo, sem prescindir de nenhuma
delas.
ESTADO DE NATUREZA E CONTRATO SOCIAL - DOIS MITOS INTERLIGADOS
O filósofo norte-americano
Mortimer Adler em seu livro: Dez erros filosóficos, p.184, Vide Editorial, argumenta
que, tanto o estado de natureza quanto o contrato social, são dois mitos da
sociedade humana que estão interligados, segundo ele: "O que é chamado de
estado de natureza é algo totalmente mítico e que nunca existiu na Terra. isto
deveria ser óbvio a todos, a luz do fato incontroverso de que espécie humana
não poderia ter sobrevivido sem a existência de famílias que protegessem as
crianças dos perigos do mundo, incapazes que são de cuidar de si mesmas".
Paralelamente, no que se refere ao contrato social, ele considera outro erro
filosófico porque "é a ficção segundo a qual os seres humanos, insatisfeitos
com a precariedade e brutalidade da vida no estado de natureza, decidiram não
mais aceitar essa situação e concordar com certas regras e convenções para
conviver sob alguma forma de governo que substituísse a anarquia e elimina-se o
seu isolamento e autonomia".
NIETZSCHE E A FELICIDADE
Não há dúvida de que a felicidade
é um valor desejável, mas Nietzsche nos alerta que ela é fruto de coisas
maiores e mais importantes em nossas vidas, um valor pessoal que não deve ser
buscado sozinho. É tolice buscar a felicidade em si mesma, pois ela não existe
em si mesma, apenas momentos de felicidade podem ser duradouros ou não,
dependendo da qualidade de vida que vivemos, levando em conta a seletividade e
o modo como vivemos. Ficamos felizes quando melhoramos nossas vidas aumentando
nossa criatividade para superar resistências. Cf. A-108, AC-2, Z-3.
MUDANDO NOSSAS CRENÇAS SOBRE A INTELIGÊNCIA E DONS NATURAIS
Prática com objetivo, foco,
concentração, e ter uma mentalidade de constante crescimento progressivo irá
nos ajudar a ter sucesso em todas as áreas, principalmente no mundo acadêmico.
A conclusão que os experts em cognição chegaram é que se faz necessário muita
prática para se tornar um mestre numa habilidade qualquer. Para qualquer
habilidade, nós precisamos de prática deliberada, quer dizer, prática
estruturada em que nós iremos trabalhar duro para melhorar nossas áreas mais
fracas. Doutores, mestres, professores e treinadores são particularmente úteis
para esse fim. Estudos realizados no aperfeiçoamento da cognição, descobriram
que quem pratica constantemente, tinha uma melhor performance, é a prática
deliberada, e não o talento, que faz toda diferença. Ter uma mentalidade de
crescimento também nos empurra para conseguir mais. Muitas pessoas com uma
mentalidade fixa acreditam que todos nascem com habilidades em níveis fixos. Se
alguém falhar em um teste específico, elas irão tomá-lo como um sinal de que ela
não tem o Dom. As crianças irão desenvolver uma mentalidade fixa, se disserem
regularmente que ela faz as coisas bem-feitas, porque elas são talentosas. Por
outro lado, estudantes com uma mentalidade de crescimento acreditam que eles
podem melhorar suas capacidades e habilidades. Acima de tudo, uma mentalidade
de crescimento leva a um melhor desempenho. O tradicional QI não pode prever um
aspecto muito importante da superdotação: criatividade. A criatividade é uma
coisa extraordinária. Realmente não conseguimos explicar o que é ou como surge,
mas sabemos que é muito poderosa. Ela tem a ver com o desenvolvimento de ideias
novas e favoráveis, sendo uma parte essencial para haver uma efetiva solução de
problemas. Testes de QI apenas medem nossa capacidade de pensar logicamente
sobre problemas simples, que é certamente uma parte importante da inteligência.
No entanto, testes de QI não medem criatividade, porque a criatividade não é
algo simples. A criatividade tem a ver com a consideração de múltiplas abordagens
para um determinado problema complexo, sem dispensar nenhum deles. Todos os
investigadores cognitivos que usaram métodos para medir a criatividade das
crianças, na tentativa de provar que ter uma alta pontuação de QI
correlaciona-se com o gênio criativo, falharam! Não existem quaisquer medidas
fixas, universais da inteligência que determinam o sucesso de uma pessoa.
Pesquisadores sugeriram que as pessoas precisam de dez anos de intensa prática
para se destacar em um determinado campo, mas mesmo isso é apenas uma média.
Nenhuma regra pode prever o sucesso,
pesquisadores chegaram à conclusão de que toda a Educação deve ser reformada
para corresponder as novas compreensões que temos da inteligência, pesquisam
indicam que a maioria das crianças concordaria que os métodos de ensino
precisam mudar. Os alunos devem ser treinados para desenvolver seus próprios
objetivos, todos concordam que a tecnologia, também, pode melhorar a educação.
Se queremos realmente transformar a educação, temos que parar de medir o sucesso
com notas e pontuações de QI, e começar a medi-lo de modo diferente porque o
atual sistema de ensino tradicional não é eficaz o suficiente para crianças
altamente inteligentes! Então em vez de conceber a inteligência como uma
pontuação em um teste de QI precisamos começar a atentar para o conceito de
inteligência dinâmica e múltipla. As crianças merecem ter uma palavra a dizer
como está a sua educação escolar. A maneira mais simples para começar a
descobrir o que elas estão interessadas no que aprender é perguntar a elas.
AS PRINCIPAIS COISAS QUE O SER HUMANO DESEJA PARA VIVER BEM, SEGUNDO SPINOZA
" Tudo o que desejamos
honestamente se reduz a esses três objetos principais, a saber: entender as
coisas por suas causas primeiras, dominar as paixões e adquirir o hábito da virtude,
finalmente, viver em segurança e com um corpo são".
CIÊNCIA E CIENTIFICISMO – Distinção necessária
Vejamos uma citação de Nicholas Rescher afirmando como não devemos confundir ciência com cientificismo.
"O teórico que afirma que a
ciência é tudo o que há — e que o que não estiver nos livros de ciência não tem
valor — é um ideólogo com uma doutrina própria, distorcida e peculiar. Para
ele, a ciência não é mais um setor da iniciativa cognitiva, mas uma visão de
mundo que inclui tudo. Essa não é uma doutrina de ciência, e sim, de
cientificismo. Adotar essa instância não é celebrar a ciência, e sim,
distorcê-la." Nicholas
Rescher, Limits of Science.
INVEJA - SENTIMENTO DOS FRACOS
Segundo Spinoza, a inveja é um sentimento dos fracos, um ódio para com a felicidade alheia.
NIETZSCHE E A HISTÓRIA
Na Segunda Consideração
Intempestiva, Nietzsche faz uma crítica ao excesso de conhecimento histórico na
sua relação com a vida. Apesar do Homem não poder viver sem história, faz-se
necessário e salutar um modo de vida em que o Homem possa viver a-historicamente,
porque a própria vida depende do esquecimento. A história apenas faz sentido se
tiver uma relação com a vida. Existe uma relação entre: Esquecimento, Vontade, Instante,
Passado e Força histórica. Tanto a vida histórica quanto a não histórica estão
demarcadas pelo Tempo, através da História ocorre a fixação do Homem diante do
Devir. A proposta de Nietzsche é a de criar um modo de ser do homem diante da
História através da Força Plástica ativa, quer dizer, o poder de crescer em si
e a partir de si mesmo e de cicatrizar feridas; ela dá a medida com relação a
consideração ou o desprezo pela história onde faz-se necessário dar o salto
(Abstrung) percebendo que a história não tem finalidade. A "filosofia"
é um percurso de Platão até Hegel, inicia-se com a ideia de Bem de Platão e
termina com o "conceito que pensa a si mesmo”, com a concepção de Absoluto
de Hegel. A crítica de Nietzsche é ao historicismo e não a história em si
mesma, porque ele a considera como reino do "acaso" onde existe uma
Tragicidade e não uma Teleologia. Por isso, Nietzsche tenta resgatar a
sabedoria dos filósofos antes de Sócrates, onde o tempo era considerado como
Eternidade (Aión) e não havia uma esfera transcendente porque a (Natureza) Physis
abrangia tudo.
VONTADE DE CRESCIMENTO
Meu coração pulsa fortemente
Por nosso crescimento
Torcendo, imensamente,
pelo sucesso.
Esqueçamos o passado e apenas olhemos
Para frente e para o alto.
Caso alguma má
Lembrança apareça
Enxotemo-la para bem longe
Dizendo: Ilusão, Ilusão!
Porque, efetivamente, existe só o presente.
E o futuro como projeção!
LIMITE DA CIÊNCIA
O ateísmo não é mais científico
do que a crença em Deus, nós não sabemos se o mundo é eterno ou se foi criado,
não há uma comprovação sobre a teoria do Big Bang. Tudo que a ciência vem
demostrando é coexistência da matéria com a energia, por mais que a ciência
avance no conhecimento, sempre haverá limitações, segundo Einstein "
Podemos afirmar que o eterno mistério do mundo é a sua
compreensibilidade". Diante disso, resta a fé e a crença de que haverá
sempre algo imensamente maior que nossa capacidade cognitiva.
VIDA E FELICIDADE - CORRELAÇÃO NECESSÁRIA
Existem várias Interpretações
sobre o significado de felicidade. Faz-se necessário que cada um de nós defina
o que é felicidade para si mesmo, no entanto, é necessário a correlação entre
vida, atividade e felicidade no sentido que a vida seja realmente interessante
para a pessoa que a vive.
FÚTIL DISCÓRDIA
Quanto mais discórdia entre as
pessoas mais longe ficarão da "verdade". Discórdia, na maioria das vezes, gera
apenas discórdia, impedindo-nos de haver um maior esclarecimento acerca das
informações midiáticas. Temos que perceber que há uma deturpação das
informações a nível global. Quanto mais fraca educacionalmente é uma sociedade,
mais prolifera os valores de rebanho, gerando uma cultura de massa que divide e separa, paradoxalmente, as pessoas. Isso é,
justamente, o que acontece a nível global, com exceções em poucos países.
CONCEITO E OBJETIVO DO MÉTODO DE DESCARTES
A abordagem sobre o método foi
proeminente na modernidade, de acordo com:(Ghiraldelli, P:2010. p.68) “a modernidade
se caracterizou por uma preocupação com o método”, onde o filósofo e matemático
francês, René Descartes, foi um dos principais iniciadores. No início do século
XVII, já havia publicado seu Discurso do Método, alertando para a extrema
necessidade de "regras para a condução do espírito", quer dizer, para um
pensamento com rigor, seguindo um método. Segundo, Lavalle (1999,p.11)a
definição de método de Descartes permanece atual, “válida até os dias de hoje";
Descartes define método como sendo regras, vejamos a citação: "Ora, por método
entendo as regras fáceis e corretas graças
às quais todos os que as observam com
exatidão nunca suporiam verdade o que é
falso, chegariam, sem se cansar com esforços inúteis, mas aumentando
progressivamente sua ciência, ao conhecimento verdadeiro de tudo o que podem
alcançar” (Descartes:2010.p.414) Regra IV. Segundo Descartes, é impossível
filosofar sem método, tendo em vista que a construção de um conhecimento
verdadeiro se faz sempre com método; Descartes, coloca esse aspecto em extrema
evidência nas suas obras que tinham como objetivo aperfeiçoar cada vez mais o
uso do espírito humano através da razão, as regras do método que ele propõe são
totalmente formais, não se fundando em princípios materiais, tendo como meta
delinear, formalmente, o modo como o espírito pensa de uma maneira eficaz, distinguindo
o verdadeiro do falso, quer dizer, “jamais supor verdadeiro o que é falso, e
chegar ao conhecimento de todas as coisas” (Descartes:2010p.414).Na regra V da Regula,
ele nos diz em que consiste o método, vejamos a citação: " Todo
o método consiste na ordem e na disposição das coisas para as quais é preciso
voltar o olhar do espírito para descobrir alguma verdade"(DESCARTES. Obras
Escolhidas, Ed. Perspectiva:2010. p.420).
Com o uso do método, Descartes rejeita
todas as certezas dogmáticas e do senso comum, ele pretende descobrir e fundamentar,
um método "para bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências" como indica o subtítulo do seu Discurso do Método, para tal, interroga-se
primeiramente sobre a diversidade de todas as nossas opiniões; constatando que
elas não podem ser confundidas com a verdade, defendendo que elas devem ser
submetidas à razão. Segundo ele, todas as coisas que foram apreendidas e adquiridas ao longo dos tempos
deverão ser submetidas à crítica, quer dizer, ao pensamento reflexivo, que
examina os seus pressupostos, através de um método que proporciona uma direção
do pensamento, para somente depois, poder ser objeto de conhecimento
verdadeiro, tendo com o objetivo, evitar qualquer juízo parcial. Ele procura
fundamentar, através de um método, um modo de apreender a realidade através de
conceitos claros e distintos, rejeitando todas as certezas dogmáticas e para
tal, usa a dúvida como forma de compreender o mundo, tendo como objetivo:
"jamais acolher alguma coisa como
verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar
cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos
que não se apresentasse tão clara e distintamente ao meu espírito, que eu não
tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida" (Idem, Ibid., DESCARTES:2010. p.75/76).
Esse procedimento é conhecido como "dúvida cartesiana", e tem como finalidade, desconfiar da verdade aparente de
todas as coisas, procurando uma forma de não tomar por verdadeiro o que é falso,
criticando as certezas adquiridas de sua época e assim, se posicionar contra o
princípio da autoridade nas ciências, de acordo com (PHILONENKO: s/d.p.76.
"O fato histórico é que
Descartes, do mesmo modo que Galileu, revolucionou a ciência, ligando audácia à
prudência mais extrema. Não nos enganámos nisso. Para Descartes, primeiramente
deveremos determinar e classificar aquilo que, para o espírito cognoscente, será
elementar e evidente como ponto de partida de qualquer investigação, e não aquilo
que, independentemente do espírito, poderá ser subdividido em categorias, como
é o caso da lógica aristotélica".
"Dizemos, pois, em primeiro lugar,
que cada coisa deve ser considerada de modo diferente quando dela falamos relativamente
ao nosso conhecimento e quando dela falamos relativamente à sua própria
existência" (Descartes, Obras Escolhidas:2010. p.448).
Em seu escrito conhecido por: Objeções
e Respostas, Descartes, muitas vezes, menciona que uma investigação científica
deve proceder de modo analítico, e não forma sintética, vejamos a citação:
"A análise mostra o verdadeiro
caminho pelo qual uma coisa foi metodicamente descoberta e revela como os
efeitos dependem das causas (...) A síntese, ao contrário, por um caminho todo
diverso, e como que examinando as causas por seus efeitos, demonstra na verdade
claramente o que está contido em suas conclusões... e ... não ensina o método
pelo qual a coisa foi descoberta". (DESCARTES:2010. p.235.236).
Para Descartes, a vantagem do método
analítico consiste em iniciar as investigações com um rigor matemático, condizente
com espírito da época, onde Descartes, tinha como objetivo, estabelecer uma
ciência cuja certeza igualasse a da matemática, quer dizer, uma Mathesis
Universalis, que substituísse a incerta ciência medieval. Segundo ele,
“"todas as ciências deverão adotar esse método
rigoroso e evidente para o espírito, estabelecendo um saber seguro, haja vista
que este terá uma base indubitável. Ao contrário do método sintético que, de
início parte de pressupostos que mais tarde poderá se comprovar como duvidoso
ou até mesmo como falso. (...) rejeitamos todos os conhecimentos apenas
prováveis e decidimos ser preciso dar nosso assentimento apenas àqueles
perfeitamente conhecidos e dos quais não podemos duvidar". (DESCARTES:2010. p.407).
Assim, percebemos que como procedimento
metodológico ele irá propor a tese de que, para estabelecer uma base segura
para o saber, deveremos buscar algo que seja percebido metodicamente de forma
indubitável e racional. Será nas Meditações Metafísicas, que ele irá demonstrar
esse fundamento considerado como um princípio metodológico indubitável, que será
chamada de Cogito; de acordo com:(COTTINGHAM:1995.p.37/38),o Cogito deverá ser
considerado como a primeira e mais
segura descoberta de quem filosofa com rigor, sendo o primeiro e mais seguro
passo no caminho para o conhecimento verdadeiro de todas as coisas que o espírito poderá conhecer a confiança
que poderemos encontrar na base de toda essa operação metodológica é a de que a
certeza é algo que poderemos gerar por nós mesmos, ao ordenarmos nossos
pensamentos de maneira correta, "com clareza e distinção", onde o próprio fato
da clareza reflexiva, tende a aprimorar nossa posição com relação a busca de um
conhecimento verdadeiro, aumentando progressivamente, o nosso saber.
LEMBREMOS SEMPRE!
Que sempre nos lembremos:
O ser que se compraz
em Amar,
Nunca esquece!
O esquecido é
tormentoso e
inautêntico.
As horas, os dias...
enfim: a Vida
Só ganham autenticidade
com Amor.
E através do Amor
ela se constrói,
Autêntica e Bela!
A ESPERANÇA HÁ QUE SER BREVE
"A duração breve de nossa vida proíbe-nos de alimentar uma esperança longa". (Horácio, poeta Romano, séc.65a C. Odes, I,4)
DECIDAMOS, ENTÃO!
A cada instante temos a potência
de nos refazermos, reavaliando, reconstruindo, redirecionando. Há praticamente
duas opções: ou nos engajamos nesse Eterno movimento, tornando-nos
coparticipantes da vida em comunhão ou nos tornaremos marionetes de forças
alheias à nossa vontade e nos perderemos na inautenticidade!
ANTES QUE SEJA TARDE!
Os poderes constituídos
não irão ganhar.
A não ser com nossa omissão.
Em dívidas estão para conosco.
Chegou o momento do ser
sobrepujar o ter!
Temos força e orgulho!
Unidos dançando na chuva
Invernal,
Brotaremos numa nova primavera,
E faremos nosso Sol
brilhar novamente.
O momento urge mudanças
estruturais
Antes que seja tarde!
FELICIDADE - Alegria e tristeza
Na concepção de felicidade
avaliada por Nietzsche, devemos evitar qualquer ligação que possua algum
objetivo utilitarista e finalista. Para ele felicidade é: " O sentimento
que o poder(potência) cresce, de que uma resistência é superada" (Cf. AC
§2). Felicidade é, também, o compartilhamento da alegria usado no prólogo do
Zaratustra referindo-se a parábola do Sol: "Grande Astro! o que seria de tua
felicidade se te faltassem aqueles que iluminas?"(Nietzsche, Z: p.13., Ed.
Vozes).Enfim, para Nietzsche felicidade está relacionada tanto à alegria quanto
à tristeza tendo em vista a total a adesão ao mundo da vida relacionada ao: Trágico,
Eterno retorno, Amor fati e a Transvaloração de todos os valores.
PÚBLICO E PRIVADO - SEPARAÇÃO
Como já é sabido por todos que
têm apenas um pouquinho de discernimento, um dos principais problemas que devem
ser solucionados é a devida separação entre as coisas públicas e as coisas privadas.
Faz-se necessário probidade e respeito separando-os, para haver o aprimoramento
das instituições e a garantia dos nossos direitos.
TORNANDO-SE MAIS PLENOS
Segundo Spinoza, a essência do ser
humano é desejo e todo desejo busca alegria que é a "passagem de uma perfeição menor
para uma maior". Esse movimento se dá através da tomada de consciência de
nossos desejos quando eles são direcionados a coisas que aumentam a nossa alegria.
Assim, faz-se mister ter conhecimento das coisas que nos afetam de modo que
aumentam nossa potência de agir para sermos mais plenos. Cf. Ética III, def. I e
II, Ética IV ,18., Spinoza, Obra Completa IV, Ed. Perspectiva.
FELICIDADE, ALÉM DE NÓS MESMOS
A Felicidade, apenas pode ser
pensada em nossa relação com o(s) outro (s), onde o Bem é buscado através do
desejo de comunhão, sempre em movimento e construção criativa para além de nós.
AUTENTICIDADE E ESTILO
Para termos autenticidade e estilo, temos que ter dignidade, isto é; "a parte de nós que não é um meio, mas um fim, que não está à venda e que, por isso, ninguém pode comprar" (Cf. Dic. Filosófico, Comte-Sponville, p.167, Ed. M. Fontes). Desse modo, podemos considerar a autenticidade como sendo um respeito por nós mesmos, onde buscamos um modo de viver com estilo, que seja, totalmente, correto para nós e nossas circunstâncias, um modo de ser que nós constatamos ser adequado a elas e não se influencia pelas expectativas e exigências dos outros, sendo isso , justamente o que Nietzsche chama de "estilo" mediante "criação e arte", conforme a citação: "pois uma coisa é necessária: que o homem atinja a sua satisfação consigo – seja mediante esta ou aquela criação e arte: apenas então é tolerável olhar para o ser humano! Quem consigo está insatisfeito, acha-se continuamente disposto a se vingar por isso: nós, os outros, seremos as suas vítimas, ainda que tão-só por termos de suportar sua feia visão. Pois a visão do que é feio nos torna maus e sombrios"(Nietzsche, Gaia Ciência, §290).
O ALÉM DO HOMEM
"Não é minha questão o que redime o homem: mas que tipo de homem deve ser escolhido ,querido, cultivado como dotado de um valor mais elevado".(Nietzsche, Frag. Póstumos,1887-89)
ESCOLHAS: UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL EM NOSSAS VIDAS
Uma grande questão que temos que
resolver é sobre como viver nossas vidas, porque temos, inexoravelmente, que
fazer escolhas, e elas estão ligadas a irreversibilidade do tempo. Assim,
efetivamente apenas existe o presente. O passado não existe mais, quer dizer, é
um não-ser e o futuro apenas existe como possibilidade, quer dizer, é um
vir-a-ser (devir). Diante disso, podemos chegar à conclusão de que temos que
fazer boas escolhas!
ESPÍRITO DE DISTANCIAMENTO
O sentimento interior da
distância é, segundo o estudo genealógico executado por Nietzsche, o ponto a
partir do qual surge a raiz do espírito aristocrático, sendo considerados como
"tipos psicológicos" que criam uma individualidade que se contrapõe a
"tudo" quanto está ao seu redor, seja nas ações, na ordem das ideias;
existindo uma "necessidade" de ficar do lado de fora, longe,
separado, em solidão. Todavia, na solidão criativa de novos valores, o homem de
espírito possui a si mesmo como instinto de limpeza, distanciando-se de tudo
que é comum, vulgar. "Pois a solidão é conosco uma virtude, enquanto sublime
pendor e ímpeto para o asseio, que percebe como contato entre as pessoas – “em
sociedade” – as coisas se dão inevitavelmente sujas. Toda comunidade torna, de
algum modo, alguma vez, em algum lugar – comum, vulgar". (Nietzsche, ABM§
284, p. 191 -Ed. Cia das Letras,1993).
INDIVÍDUOS OU DIVÍDUOS?
Temos em verdade, um grupo imensamente grande de divíduos (pessoas sem individualidade). Para se ter uma individualidade é requerido um movimento interior de separação e crescimento, daí o prefixo in
PRECISAMOS DE HERMENÊUTICA
O que está escrito não é o que está escrito! O que está
sendo dito não é o que está sendo dito! O que ouvimos, também! Enfim, precisamos de
uma interpretação mais profunda de tudo que lemos, ouvimos, vemos, sentimos
etc. a fim de evitar impasses e mal-entendidos.
FALHAS NA COMUNICAÇÃO
Na maioria das vezes, há falhas
na comunicação quando: falamos, escrevemos, ouvimos etc. Isso parece ser inevitável.
Uma solução para minimizar tais impasses, será sempre que possível pedir explicações,
porque, o conteúdo do que está sendo comunicado na maioria das vezes precisa ser
esclarecido de modo mais claro. Portanto, nunca será em demasia esclarecimentos
para haver uma melhor compreensão e evitar mal-entendidos.
O TEMPO EM SI É UM ABSURDO
O tempo só existe para um observador, "o tempo em si é um absurdo"(Nietzsche)
O tempo é uma realidade, apenas quando existe o desejo de
preenchê-lo,
pelo desejo de ser mais, dia após dia!
O Ser sempre se sobrepondo ao Ter
Abre horizontes inusitados!
DÍVIDA E SOCIEDADE
O genealogista Nietzsche, constata que o sentimento de culpa surgiu, primeiramente, na relação entre credor-devedor, onde a vida humana teve pela primeira vez uma " forma ", onde o homem se descobriu: "como o ser que mede valores, valora e mede, como " animal avaliador""(GM-II-8).
A partir dessa, "forma mais
rudimentar de direito pessoal"
,houve uma transformação para "os mais toscos e incipientes complexos
sociais", surgindo formas sociais fundadas em associações, havendo uma
percepção de que " cada coisa tem seu preço; tudo pode ser pago" e
por conseguinte, um primeiro conceito básico de justiça fundados nos ideais de
"bondade", "equidade" e "objetividade",
deslocando o puro interesse pessoal para uma esfera de se estar em sociedade;
havendo uma mudança de perspectiva,
puramente pessoal, para uma em que a
sociedade é considerada
,onde os benefícios da vida social
constituíram a "dívida" que os
indivíduos , agora, teriam para
com ela. Para Nietzsche, qualquer violação dos pactos feitos não pode ser
reduzida apenas a uma transgressão particular, conforme a citação:
"(...) o criminoso é sobretudo um
"infrator”, alguém que quebra a palavra e o contrato com o
todo(sociedade), no tocante aos benefícios e comodidades da vida em comum, dos
quais ele até então participava."(GM-II-9).
Quando havia um rompimento do criminoso
com o todo social, a sociedade respondia como tivesse diante de uma ameaça,
onde os castigos seriam, justamente, uma defesa e uma reprodução do valor e do
poder da comunidade. Nietzsche constata que o criminoso era considerado "um
devedor que não só não paga os proveitos e adiantamentos que lhe foram
concedidos, como inclusive atenta contra o seu credor" (GM-II-9).
TRANSFORMAÇÃO INTERIOR - UMA EFETIVA MUDANÇA
É um consenso entre todos os grandes pensadores e sábios que a transformação para uma efetiva mudança deverá ocorrer a partir do "interior" do homem, através de uma crescente elevação dos níveis de consciência, que podem ser alcançados de muitos modos: vários tipos de meditação, psicanálise etc. Todas as revoluções que ocorreram fracassaram e fracassarão: " O sangue é a pior testemunha da verdade"(Cf. Nietzsche/Zaratustra-Dos Sacerdotes). Nos países onde o IDH é elevado, as leis, praticamente, passam a não ter mais utilidade porque as pessoas despertas, fazem "tudo" o que deve ser feito, fazem "tudo correto", porque vivem em níveis mais elevados de consciência, vivem "em comunhão".
A FORÇA DO HÁBITO
Uma de nossas maiores
dificuldades é a de mudarmos nossas formas de pensar e conseguirmos ultrapassá-las
na tentativa de criar hábitos. Segundo David Hume, o hábito "governa"
o mundo e as pessoas. Todos nós temos diferentes formas de hábito que muitas
vezes não nos damos conta, devido a isso agimos cegamente. As coisas do mundo
são como são, porque foram formados hábitos de aceitá-las acriticamente.
Podemos afirmar que, efetivamente, mudaremos quando mudarmos nossos modos
tornados habituais ,para juntos mudarmos
nossos modos de pensar a respeito de todas as instituições governamentais,
sociais, comerciais , industriais.etc E, concomitantemente, mudando-as também.
MOMENTOS NO AR
Escute a vida
Tocando com o tempo
Ame-me mais
Apesar da distância!
Minha mente cósmica
Quando pensa em você
Voa alto!
No tempo dedicado
a sólidas mudanças.
Momentos decididos.
Momentos que esperam,
o prazeroso e suave
deleite de nossos corpos.
Agora...
Momentos no ar
Enviam, amor, amor.
Luz, luz.
PRESENTES QUE NÃO PODEMOS DAR
Amizade, Amor, e outras coisas do espírito, são presentes que não podemos "dar"!
ABRINDO RELACIONAMENTOS
Vamos transcender as portas, as distâncias
e tudo que nos prende: abrindo novos caminhos, percorrendo novas estradas.
Nunca com a mente fatigada! Vamos transcender o entrar e o sair, só assim não
haverá bloqueios, e as fronteiras estarão livres.
SABEDORIA EM CONSTANTE MUDANÇA
Existe um consenso que a
sabedoria não se deixa ensinar, ;porque quem afirma ser sábio ,está totalmente
equivocado. A sabedoria é um caminho, uma busca, um estilo, um modo de ser em
constante mudança em várias perspectivas. O sábio não é amigo da sabedoria,
porque já a possui. Todavia, quem confessa possuir uma "Douta
Ignorância", quer dizer, alguém que alcançou um nível tão elevado de
reflexão que é capaz de reconhecer os limites e a imperfeição do próprio
conhecimento, possuindo uma atitude cética, quer dizer, investigativa, é muito
mais sensato e "sábio".
SÓ NOS RESTA ESPERAR
Justiça à esquerda?
Justiça à direita?
Justiça em nenhum lugar!
Traidores nos confundem e ameaçam
Deflagrando os anseios da nossa nação.
Dilacerando nossa Constituição
Aniquilando nossos sonhos de
Ordem e Progresso!
Aguardemos, Aguardemos!
Vivemos numa Gravidade
Pensemos além
Vamos ir além
Nosso Sol irá brilhar novamente
Em uma inesperada Aurora.
TRECHO DE UMA CONFERÊNCIA DO FILÓSOFO: PETER SLOTERDIJK
"Portanto, planejadores, arquitetos
e engenheiros, tomem a iniciativa ponham mãos à obra, e antes de qualquer outra
coisa trabalhem juntos e não procurem lucrar à custa dos outros, todo o sucesso
dessa espécie torna-se, de curta duração. Aí estão as leis cinegéticas segundo
as quais a evolução procede e que procuram esclarecer para nós essa evolução.
Elas não são leis feitas pelo homem, são as leis da integridade intelectual,
infinitamente generosas, que regem o universo"
NUNCA É CEDO NEM TARDE DEMAIS PARA FILOSOFAR
" Nenhum jovem deve demorar a filosofar, e nenhum velho deve parar de filosofar, pois nunca é cedo demais nem tarde demais para a saúde da alma. Guarda na memória, noite e dia, essa doutrina e seus preceitos(...) e nada te turbará, na vigília ou no sono, mas andarás como um deus entre os homens: não aparenta ser mortal aquele que vive entre bens imortais."
Epicuro,
Carta a Meneceu
UM DETALHE SOBRE O PENSAR
Para a atividade pensante a ação
deve ser valorada primeiramente e, somente depois, o autor porque apenas
adquirimos consciência através do ato de pensar. Não é o sujeito que faz a
consciência, ela é um epifenômeno, é o ato de pensar que faz o sujeito e,
portanto, a consciência.
CONSAGRAR VERDADE À VIDA E NÃO A VIDA À VERDADE
Segundo Nietzsche, devemos cultivar
a busca da verdade para engrandecer a vida e não dedicar a vida à verdade.
Sutil diferença! A vida para ele é concebida como um experimento, como meio de conhecimento
intrinsecamente ligada à vida com o objetivo de "tornar-se o que se é". Cf.
Aurora §324.
BREVE CONCEPÇÃO DA LINGUAGEM SEGUNDO GADAMER
Para Hans Georg Gadamer , o ser
que pode ser compreendido apresenta-se como linguagem. Ser= decifração da Linguagem.
O cientificismo é dogmático porque coloca nas ciências positivas, a capacidade
de experimentar a verdade. O homem faz experiências verdadeiras modificando-se
através do diálogo com as coisas. A característica da linguagem é mostrar a
finitude total do homem contra toda metafísica dualista.
NOVOS RUMOS PARA A FILOSOFIA
Existe um movimento, embora
lento, de resgate da ideia de filosofia como treinamento de si que já ocorreu
na Grécia Antiga. O cerne do treinamento sobre nós mesmos, tem como base
melhorar o nosso autocontrole, para haver um maior rendimento através da
disciplina em várias de nossas atividades cotidianas. Uma das virtudes dessa volta a Ascese
(treinamento) é porque não há separação
entre filosofia e vida.
RADICALISMO ARISTOCRÁTICO
George Brandes, um filósofo Dinamarquês,
certa vez disse que a filosofia de Nietzsche era um "Radicalismo Aristocrático".
Nietzsche tomou conhecimento desse dito, e retrucou dizendo que essa era a
frase mais inteligente que ele havia escutado sobre sua filosofia. Vejamos a
confirmação através de um aforismo: " O que pode ser pago não tem valor
nenhum. Eis o credo que eu estampo na cara dos espíritos mercantis"(Frag.
Póstumos 1885-87).
O EFETIVO DESAPEGAR
Muito se fala sobre desapegarmos
do passado, todavia, devemos ter em mente que o tempo presente está em
constante fluxo e, portanto, devemos também desapegar do presente. Ainda mais,
desapegarmos :do presente, do passado, não fazer muitos projetos para o futuro,
para tornar-se um espírito livre! Assim, poderemos voar alto nos instantes que
é o único tempo que existe efetivamente.
MÚLTIPLAS VISÕES DE MUNDO
A física quântica percebeu que o modo tradicional de ver o mundo físico era falso, porque os fenômenos dependem, também, do observador. Portanto, não existe pelo menos duas pessoas que compartilhem exatamente o mesmo universo. O que realmente existe são múltiplas visões de mundo onde cada pessoa cria o seu próprio mundo, a partir de suas interpretações.