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NÃO DESPERDIÇEMOS NOSSO TEMPO!

Apesar de nosso tempo ser limitado, desperdiçamos muito tempo vivendo "fora de nós", sendo atropelados por vários dogmas que não investigamos. Ter a coragem de seguir nossos corações e transcender os dogmas nos coloca no caminho do que realmente importa ,quer dizer,no caminho de sermos cada vez mais conscientes do que realmente desejamos ser e fazer, transformando tudo ,fazendo uma reviravolta para efetivarmos mudanças eficazes!

CONFLITOS INÚTEIS

Na maioria das vezes, mesmo que estejamos com razão, é sempre bom evitar discussões. A verdadeira sabedoria ri de toda presunção  dizendo: "apenas permanece sábio aquele que sabe se calar!".Afinal,na grande maioria das vezes, é perda de energia ,de saúde e de tempo, dialogar com espíritos dogmáticos.

EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

Esses termos podem nos conduzir a equívocos diversos, assim, faz-se mister tentar esclarecê-los. Por Evolução Espiritual devemos entender uma conduta do pensamento individual voltada para o geral, levando em consideração o bem-estar tanto coletivo quanto pessoal. Evolução Espiritual definitivamente não significa que a humanidade estará em contemplação puramente devota, ao contrário, ela significa que a humanidade , vem e vai compreender, paulatinamente, a vida cotidiana, as relações humanas e os textos das diversas religiões não em sua significação primária de dominação, de desconfiança, de agressividade, mas em sua significação superior de respeito ao outro em sua diferença fundamental, de confiança e de tolerância. Assim, Evolução Espiritual propõe  uma mudança radical no coração e na mentalidade, a qual não se fará em pouco tempo, mas já esteve e está em curso para efetivar uma mudança paradigmática que encontrará uma resposta a uma pergunta existencial  por que viver ?”. No século passado vimos o fracasso da experiência ateia do nazismo e do marxismo e como consequência um acesso do espírito humano rumo a uma consciência planetária, orientando uma evolução para a vida moral e espiritual conjuntas, estamos caminhando para a extinção do homo atheus e pavimentando o caminho para o homo spiritus, onde há uma ultrapassagem para uma religião cósmica, como anteviu Einstein, segundo a citação: “A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia”.


NIETZSCHE E A CULTURA

Para Nietzsche, a cultura, as crenças e os valores que caracterizam qualquer grupo ou classe, nunca podem ser produzidos ,apenas, através  da educação; são os grandes povos muitas vezes, que produzem um tipo de gênio, mas esse raro evento ocorre com mais frequência em culturas onde o Estado é menos envolvido na educação de seus sujeitos. Para ele,  "Cultura e Estado são antagonistas"  , como também, "Todos os grandes períodos de cultura foram períodos de declínio político." A energia necessária para a política em grande escala, ou na economia, ou no comércio universal, ou no parlamentarismo, ou no interesse militar, geralmente reduz o nível de cultura de uma sociedade, fato que ocorre hoje quase a nível mundial , com a exceção de poucos países. Ele perguntava ,como a terrível condição da cultura alemã de sua época, profundamente idealista, poderia ser melhorada? Segundo ele, de um modo irônico , por aqueles com um saudável desrespeito pelo status quo, ou seja, a juventude da nação. 

"No início, eles serão mais ignorantes do que os homens educados do presente, pois eles terão desaprendido muito e terá perdido qualquer desejo até mesmo para discutir o que aqueles homens educados especialmente desejam saber: na verdade, sua marca do ponto de vista educado será apenas sua falta de ciência [conhecimento], sua indiferença e inacessibilidade a todas as coisas boas e famosas.”(Humano ,demasiado humano).Essa indiferença à história e à educação finalmente produzirá uma cultura genuinamente vital onde há liberdade de espírito. "No final da cura eles serão homens novamente e deixaram de ser meras sombras da humanidade”. Nietzsche, é claro, estava passando por essa "cura", ele mesmo; só assim ele poderia esperar alcançar a crítica radical daquelas "coisas boas e famosas" que revolucionariam nossa visão moderna do conhecimento, da moralidade e da psicologia humana. Este questionamento da cultura levará à sua única mensagem teleológica* para nós. O objetivo da humanidade não pode estar no final dos tempos, mas apenas em seus tipos mais elevados, para colocarmos os maiores tesouros de nossa arte e conhecimento com nossa mensagem para o futuro: se houver valor na vida dos seres humanos, ele estará  na maior das obras culturais – os raros produtos da genialidade, pois para ele o objetivo maior é proporcionar a criação de tipos elevados no mais alto grau que são os gênios.

* Teleologia: a teoria de que processos e eventos estão relacionados com objetivos ou fins últimos.

 

 


PRECIOSO TEMPO

Comecemos a escrever no novo livro , novas histórias, fazendo a diferença e a mudança acontecer já no primeiro dia do ano.

DIMENSÕES DO EROS

Em seu olhar percebo uma nova dimensão.

Nos toques, nos beijos, as sensações

se multiplicam rompendo

as proporções perdidas.

Sua beleza inebria o meu ser.

A seletividade se faz presente!

Em nosso encontro, as dimensões

proporcionam a comunhão

rumo à eternidade embevecida.

Despertando, aquecendo, a chama

do Eros. 

SUA BELEZA

Flor ígnea

de selvagem Beleza.

Acende a chama

de nossos corações.

Dança livre, solta 

na luz nua do luar!

Voyerismo silhuetar.

 Mostra toda tua Beleza...

 Clara como a noite.

 Linda como o dia.

 Síntese dos contrários.

 Noite e Dia.

O ALÉM DO HOMEM

"Não é minha questão o que redime o homem: mas que tipo de homem deve ser escolhido ,querido, cultivado como dotado de um valor mais elevado".

(Frag. Póstumos,1887-89,NIETZSCHE)


ALÉM DO PASSADO

Fechemos as portas do passado.

Não importa se certo ou errado.

Há alguém que observa mais longe.

E vê muito além do que sabemos.

 

Criamos mundos novos

com nossa imaginação

 afinco e determinação !

Um mundo acima dos modismos

 e convenções sociais.

 

Você sabe,

Vamos fazer nossa história

 lado a lado.

Somando forças.

A semente da felicidade

 foi plantada.

Não se esqueça ,

contribua.

Deixe acontecer o brilho Oriental

Iluminando-nos!

DE VOLTA PRA CASA (UM NOVO RITMO)

Quando você sentir que

tudo está desmoronando,

Quando sentir que está sozinha

e todos os seus amigos lhe traíram.

É chegada a hora de acordar.

Eu te levarei de volta à estrada.

Eu te levarei para um ponto mais alto.

Agora ,você pensa que

o que está passando é tudo

e não há mais nada.

Mas venha comigo de volta à estrada.

Eu te levarei para um ponto mais alto

E farei com se sinta livre e segura.

Pegue a minha mão,

Eu te levarei de volta para casa.

Garanto que há algo nos esperando.

Quanto abrir a porta,

encontrará um novo ritmo.

Um ritmo para viver.

um ritmo de esperança.

De volta para casa,

um novo ritmo nos espera. 

EU ACREDITO

 Não me ofereça fé.

 Eu tenho a que preciso.

 Minha fé está transbordando

 Alto, acima das montanhas,

 Livre como uma Águia,

 Voando contra a Corrente.

 

 O que nós precisamos é confiar,

 para nos manter vivos e aquecidos.

 Ajude-nos a fazê-la durante a noite.

 Noite adentro!

 

 Meu reflexo em você,

 Vidas paralelas.

 Voando na velocidade da luz pelo tempo,

 temos que parar para descansar.

 Temos que parar a Corrente...

 Antes que o nonsense ria por último.

 Conto com você.

 Eu acredito!

BREVÍSSIMO RESUMO SOBRE A FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL

Esse escrito fundamental e clássico de Georg Wilhelm Friedrich Hegel de 1821 oferece uma visão abrangente de seu sistema filosófico. Nele, Hegel aplica seu “conceito” mais importante, a dialética, à lei, direitos, moralidade, família, economia e estado. Foi o último dos trabalhos de Hegel a ser publicado em sua vida, nesse escrito há uma combinação entre filosofia moral e política para formar uma visão sociológica dominada pela ideia de Estado. Hegel define o direito universal como a síntese entre a tese de um indivíduo agindo de acordo com a lei e o conflito ocasional de um desejo antitético de seguir convicções privadas. O Estado, ele declara, deve permitir que os indivíduos satisfaçam ambas as demandas, percebendo assim a harmonia social e a prosperidade - a síntese perfeita. Além disso, Hegel renuncia à sua avaliação anteriormente favorável da Revolução Francesa e rejeita a forma republicana de governo, sugerindo, em vez disso, uma forma idealizada de uma monarquia constitucional, na qual o poder supremo repousa sobre o soberano.

MORADAS

Moro aqui ,ali e acolá.

Moro em qualquer lugar.

Sei que posso morar,

Em todo lugar!

Vagação...

Ilação de sua pureza.

Contemplação de seu olhar,

distante e ausente.

No vazio de meu coração,

esperando te encontrar ,

ficando a todo instante

sem ação.

NÃO ESQUECER!

Mais um dia  passou-se

esquecido.

O ser que se compraz

em Amar,

 Nunca esquece!

 O esquecido é

 tormentoso e

 inautêntico.

 As horas, os dias...

 enfim, a Vida!

 Só ganham autenticidade

 com Amor.

 E através do Amor

 ela se constrói,

 Autêntica e Bela.

VIVÊNCIAS ÍNTIMAS

 Nossas vivências

 Não podem ser desperdiçadas.

 Os outros não as conhecem.

 Apenas imaginam...

 Puras aparências!

 O ser mais profundo,

 Despreza as idiossincrasias!

 Afinal...

 Nossas vivências são imaculadas.

 Não podem ser vividas por outros

 Que estão muito aquém,

 do que sentimos e vivemos! 

INVERNO GÉLIDO E SILENTE

Teu silêncio congelou meus sentimentos

Esfriando o meu Coração

Assim, o fez entristecer plenamente.

Não mais sinto calor, amor

Muito menos desejo de companhia,

Sua ausência e a cada contato meu.

Sua repulsa falou mais alto,

Evitando minha ida ao teu Altar.

Se mais nada há,

Nada posso fazer

Senão te esquecer,

E silenciar todo Êxtase

de nossos deleites,

Consumidos pelo inverno

na  fria distância.

 

Maio termina mais cedo!

Faças tudo o que  quiseres

Sei que Livre sempre te deixei

E se reclamei foi por tua

ausência que senti.

Agora começa o meu despertar!

Porque sei que toda espera foi vã.

Já não consigo mais ansiar-te.

Consumido pela fria distância

Meu coração quer despertar

E novos amores encontrar!

CONCILIAÇÃO

Concilias o que não podes mudar,

Harmonizas o que hás  de enfrentar,

Sorri e segues em frente!

O passado é tempo morto.

O presente nos convém.

O futuro nos nutre.

Vem comigo,

torna-te livre

e sem embaraços.


Com suaves

fragrâncias de afeto,

amenizo todas as dores

do  teu caminho.

Confias no amor.

Não páras.

Não cessas,

tudo passa .

Continuas a viver

com plena confiança.

Orna o teu altar rumo

ao nosso futuro.

A CIRCE DO CAPITALISMO

O capitalismo tem como principal atração o engodo de uma vida feliz, plena de sonhos utópicos de consumo.

AVISO AOS INCAUTOS

Não se enganem, o capitalismo também é uma forma de religião que tem como atrativo principal formas de vida atraentes, que embotam a mente dos incautos através de propagandas com mensagens de uma vida alegre, cheia de facilidades. É justamente isso que os atraem, devido ao elevado nível de estresse que eles tentam aliviar.

ENTRE DIAS E NOITES - Lembranças de 2015

Resta apenas nos prepararmos,

até dormirmos, juntos,

aquecendo nossos

corpos e corações,

no frio e nas noites

que se repetirão.


Todas as noites, silenciosamente,

minha voz caminha em tua direção.

E na impossibilidade da palavra,

fica o não dito.


Até a nossa União,

os dias nos seguirão

rumo ao momento em que

as horas retornarão ao começo,

na distância que sobrevive

na Solidão.

Recomeçaremos uma nova vida

Pois não há mais tempo.

E é o fim do tempo, o momento

de nos renovarmos!

OS ESPIRITUALMENTE DÉBEIS NÃO ESQUECEM

Para Nietzsche, o esquecimento é uma força ativa que faz esquecer os nossos erros como também o dos outros, no entanto, os que possuem uma mente estreita, não nos perdoa e, portanto, não esquece " Esquecemos nosso erro quando o confessamos a alguém, mas em geral os outros não esquecem e continuam a nos condenar devido a estreiteza e pequenez espiritual de suas limitações" (NIETZSCHE)

CONDENAÇÃO COMO VINGANÇA DOS LIMITADOS

Em um de seus livros de sua maturidade intelectual: "Além do bem e do mal", Nietzsche nos alerta que o discernimento para definir o valor de um julgamento é a  disposição de conservar para expandir, defender e aumentar a vida. "A questão é saber até que ponto esse julgamento favorece a vida". Segundo ele , as avaliações valem tanto quanto contribuem para que haja mais  vida, vida entendida como "vontade de potência" afirmativa e criativa. Para tal, ele assegura que "temos que apartar de nós o mau gosto de querer concordar com a maioria". Precisamos ter a força de pensar por nós mesmos além das dicotomias, do bem e  do mal, verdadeiro e falso, certo e errado,  temos que criar novas possibilidades e assim instruir-se a lidar com as diferenças. Deste modo, é melhor abandonar os julgamentos e deixá-los para as pessoas que preferem ser limitadas. "Os juízos morais e as condenações morais constituem a vingança favorita dos espíritos limitados diante daqueles que os são menos" .

UMA MORTE MUITO TRISTE In memoriam de minha nobre mãe

A prática médica hodierna , extremamente materialista e utilitarista que está relacionada, principalmente, com os pacientes terminais, conduz  todos eles, infelizmente, a uma morte muito triste ,haja vista que a permanência em um estado vegetativo após o sentido à vida, do direito à vida ascendente haver se perdido, os priva totalmente de uma despedida real, à qual possa assistir ainda aquele que se despede, ou seja,  conceder o direito de morrer livremente através da Eutanásia , uma morte realizada a tempo com lucidez  e alegria, entre familiares e amigos, de modo que se possa fazer uma feliz ,corajosa e efetiva despedida. A morte "natural" é um conceito falso, nem sempre se morre por uma causa externa, morre-se,na grande maioria das vezes sempre por causa de "si mesmo",pois, herdamos geneticamente genes "bons" e "ruins". Por isso, uma morte nas condições mais desprezíveis é uma morte não livre , uma morte muito triste. Se a ciência médica não pode curar esses pacientes, por que não os ajudar a morrer  sem sofrimento? Pergunta-se ?!

PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DE NIETZSCHE

Friedrich Wilhelm Nietzsche é de longe o filósofo  menos compreendido de todos, no entanto, é comum encontrar frases soltas de seu pensamento em jornais , revistas , em comerciais, livros de autoajuda etc  que fogem ,totalmente, de sua visão de mundo perspectivista; além de traduções  que foram feitas para o Francês e depois para o Português de seus livros, muitos deles, traduzidos para fins estritamente comerciais que deturpam totalmente o pensamento desse imponente pensador. Michel Onfray  nos lembra para que " Não esqueçamos nunca que esse grande filósofo escreve como um grande poeta. Ora, essa dupla qualidade desorienta qualquer um que seja privado de uma das duas competências" (ONFRAY, Michel, A sabedoria trágica – sobre o bom uso de Nietzsche, p. 17,Ed. Autêntica) Assim, faz-se mister, compreendê-lo  usando  traduções diretas do Alemão e utilizar bons comentadores  como por exemplo, Gilles Deleuze ,Michel Onfray, Eugen Fink,Gianni Vattimo , para nos ajudar a compreender seu pensamento que desde seu primeiro livro, O Nascimento da Tragédia, até sua maturidade , paulatinamente, se aprofunda, e passa por três períodos principais de acordo com José Ferrater Mora. O primeiro,  vai até 1877,onde os principais livros são: "O Nascimento da Tragédia" (1872) e a "Segunda Consideração Intempestiva" (1874), no segundo a trilogia para  espíritos livres: “Humano, demasiado humano I e II”( 1876-1880), "Aurora"(1881) e a "Gaia Ciência" (1882) e o terceiro , conhecido como período Zaratustra(1883-85) , considerada por muitos como a sua obra prima, Além do bem e do mal(1887) e A genealogia da moral (1887). Devemos deixar claro que a "unidade"  de sua obra tem que ser levada em total consideração a partir da Vida como fundamento. Assim, todos os conceitos chaves de suas obras tais como: Força-plástica,  Vontade de potência ,Além-do-homem , do Eterno retorno, Niilismo, Morte de Deus,  estão em desenvolvimento e  ligados entre si , juntamente como Vida, entendida como Vontade de Potência. Todos esses conceitos não podem ser entendidos  a partir de textos soltos, mas apenas no contexto de sua obra como um todo, para haver uma compreensão maior da obra desse tão polêmico autor. Seu pensamento está intrinsecamente ligado desde seu primeiro livro: O Nascimento da Tragédia,  a fazer uma crítica radical e demolidora aos fundamentos da cultura ocidental que abrangem, principalmente, o Racionalismo absoluto, a Religião positiva, a Ciência, O Platonismo e todo o Essencialismo.  Para tal usa as metáforas do Martelo e da Dinamite ,porque, quebra e explode todo o edifício moral fundado na transcendência , ao ponto de haver uma total ruptura com a tradição que delimitava com exatidão o "antes" e o "depois" de Cristo, para agora o "antes" e o "depois" de Nietzsche como o verdadeiro divisor, legitimando com essa ruptura uma reflexão atemporal e supra histórica,  porque nos convida a suspeitar, a duvidar de nossos pontos de vista tradicionais que nos foram legados dogmaticamente. Sua proposta é reavaliar e transmutar  todos os valores que foram fundados na transcendência, para restituir  nossos direitos à uma vida não dicotômica, porque a cultura que Nietzsche combate é aquela determinada por uma metafisica dualista que se estabeleceu com o Platonismo e ,consequentemente, com  o cristianismo que é para ele "Um Platonismo para o povo" .Na época presente, as conjecturas mais básicas de sua filosofia podem ser enfatizadas a partir de uma moral afirmativa que ele chamou "moral de senhores",onde suas avaliações não leva em consideração o utilitarismo e outra que é fundada na negação  que ele chamou de "moral de escravos", onde a utilidade é a força motriz . Ele constata que houve o predomínio das forças reativas, do ressentimento , no seio de nossa cultura, e um aprofundamento da moral de espíritos medíocres que há muito tempo ocupam o Poder " Os nossos senhores são escravos que triunfam num devir-escravo universal"(DELEUZE,Gilles. Nietzsche.Ed.70,2018,p.25.26) porque ao proclamar a invenção de um além-mundo, a moral reativa dos escravos foi vitoriosa, desembocando no Niilismo passivo que, segundo Gilles Deleuze , é o "triunfo dos escravos"(Id.ibid.,p.25).Considerando a interpretação Deleuziana , "o Niilismo passivo é uma expressão negativa da vontade de poder " cujas forças reativas  vencem as ativas , " Ora, a história põe-nos em presença do mais estranho fenômeno: as forças reativas triunfam, a negação leva a melhor na vontade de poder!" (DELEUZE, Gilles. Nietzsche,Id.ibid.,p.24). Desse modo, há uma horizontalização dos valores através da instituição de uma moral universal, onde esse tipo de avaliação fundado na transcendência , contribuiu para o declínio , para a decadência, para o nivelamento por baixo da sociedade e a consequente, mediocrização, "estupidificação", imbecilização,e banalização do tipo homem como avaliador, criador e transmutador de valores, ideias e crenças. Outro aspecto que deve ser totalmente, rechaçado é a ligação de seu pensamento com o antissemitismo, pois é sabido que Nietzsche execrava e desprezava o antissemitismo. Para tal , vejamos um trecho de um livro de Gilles Deleuze ,onde ele cita um de seus fragmentos póstumos. "Sabe-se que os nazistas tiveram relações ambíguas com a obra de Nietzsche; ambíguas porque gostavam de reivindicá-la para si, mas não podiam fazer isso sem truncar citações, falsificar edições, proibir textos principais. Em compensação, o próprio Nietzsche não tinha relações ambíguas com o regime bismarckiano. Ainda menos com o pangermanismo e com o antissemitismo. Ele os desprezava, os odiava. "Não frequentar ninguém que esteja implicado nessa vergonhosa cortina de fumaça das raças"(DELEUZE,Gilles;Nietzsche e a filosofia;p.163,n-1 edições,2018).

 

 

 

 

 

 

MOMENTO PARA O NOVO “CRESPÚSCULO DOS ÍDOLOS”

Chegou o momento oportuno para um novo  "Crepúsculo dos Ídolos". A grande maioria dos políticos, artistas midiáticos , jogadores de futebol , comediantes imbecis, ratos imundos dos bastidores do poder. A lista não cabe aqui. Eles estão nos  chamando de: "imbecis, imbecis": e dizem ,sub-repticiamente: "nós queremos muito dinheiro e mais poder". A imensa grande maioria ainda não percebeu isso, porque está anestesiada pela cultura de massa e pelo gramscismo. " Há mais ídolos do que realidade no mundo" (Nietzsche in: Crepúsculo dos ídolos).


ESPERANDO O MOMENTO CERTO

Sei que esperas por mim.

Seus olhos brilhantes observam

a chegada do momento oportuno.

 

Sua mente escuta os sons

das músicas que ouvimos.

Nos seus olhos percebo:

Saudade, segurança e esperança.

Fique certa, porque em mim,

você vai encontrar seu coração.

 

Sedentos por esse encontro

Descomunal.

Iremos em silêncio,

ao nosso próprio encontro.

Seu caloroso convite se consumará

Em uma linda tarde Outonal

 

 

ENXADRISMO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A inteligência artificial está sobrepujando velozmente a inteligência humana no enxadrismo, os melhores programas de xadrez têm a capacidade de vencer jogadores de xadrez da elite mundial há mais de 20 anos usando a força da computação bruta e suas habilidades para processar enormes quantidades de variantes .Há pouco tempo uma nova revolução na inteligência artificial já está advindo. Os computadores dotados de inteligência artificial (IA) ,já começaram a analisar mais profundamente os dados, formulando planos a partir deles e desenvolvendo soluções independentemente da programação. Já adentramos  em uma nova era,  cada vez mais ficará mais difícil para os jogadores da elite mundial ganharem dessas supermáquinas que jogam imitando suas jogadas.  

 

SABEDORIA HERMENÊUTICA

Aqueles que estão "acordados" são os que percebem a não estática condição dos valores, e de todas as coisas que há no mundo. O mundo é pura contingência. Nossa razão é arbitrária, porque postula a priori, conhecimentos que ela não pode ter certeza sem a ajuda da experiência. Desse modo , começa todas as confusões e mal entendidos sobre várias questões em nossos relacionamentos , cotidianamente. Temos conosco preconcepções o tempo todo, nossa mente não para de postular pré-juízos e por isso, vivemos no "prejuízo" do mal pensar e de suas nefastas consequências. Um dos caminhos para a solução desses impasses, está em saber do quanto fica, sempre, de não-dito quando em nossas conversações! Eterno movimento de nadificação e construção. A Hermenêutica destaca a importância da interpretação não apenas no caso de textos, mas em nossa relação com todas as coisas, inclusive nos nossos relacionamentos.

MISTICISMO CÓSMICO

O misticismo cósmico tem como pressuposto a força viva do amor divino em sua absoluta imanência produtiva, onde a Eternidade é vivida como presença. Nada de dogmas, nada de religião positiva. Apenas amor!

VENTOS DO NORTE

O passado fechou suas portas

Um forte vento sopra agora

para o Norte

Uma nova forma de ser

e de sentir

Aquece nosso ar fazendo cinzas, 

 as nossas memórias ruins

 

As mais douradas horas

estão por vir.

Nossa sorte foi selada

e lançada na esperança,

no perdão e ilibada no Amor


O nosso Amor pelo futuro

Semeemos, então!

Juntos brilharemos

como cristais na névoa

de uma nova Aurora

ANTHONY GIDDENS E A NOÇÃO DE SEGURANÇA

Em seu livro "Consequências da modernidade", Anthony Giddens descreveu os processos duais que a modernidade nos legou. Onde, para ele, a época moderna com seus mecanismos de desencaixe, ou seja, "Fichas simbólicas e sistemas peritos" (Cf. p.59), que começou com a crescente separação entre espaço e tempo, desencadeando dualidades afins, estruturadas pelas relações sociais, através de suas diversas regras. A noção de segurança está relacionada, intrinsecamente, com a de risco e perigo, tendo em vista que a confiança na modernidade é fundada em "sistemas abstratos" e em "sistemas peritos".Na modernidade, somos praticamente forçados a confiar cegamente nessas autoridades, quer dizer, na eficácia dos “sistemas peritos”. Por exemplo, quando vamos fazer uma viagem de avião, nós confiamos que: está tudo bem, que os peritos fizeram todas as revisões, que o piloto é um profissional capacitado etc.Para Giddens, toda a modernidade torna-se reflexiva, quer dizer, ela incorpora as informações e os conhecimentos dos “sistemas peritos” que por sua vez são refletidos para um mundo como um todo. Todo esse processo, afeta a subjetividade dos indivíduos, pois, se nas sociedades tradicionais a noção de segurança é mais sólida, nas sociedades modernas ela torna-se "líquida", usando um termo de Bauman, cedendo espaço a um mundo de incertezas progressivas, ou seja, a um "mundo em descontrole".Todavia, Giddens nos convida a estabelecer maiores relações de confiança entre nós, e assim, aumentar a reflexividade social para fazer frente aos impasses da modernidade, e haver um maior controle sobre os riscos e perigos potencialmente iminentes, amenizando-os, para enfim, maximizar a segurança.


PREVISÃO PARA MUDANÇAS

Eu te alento,

Emanando calmaria.

Eu te ilumino de

luz irmanada

no silêncio,

distante.

 

Eu te dou forças

até quando estás

à Beira-mágoa.

Eu te deifico,

por nada e somente

por nós.

 

Assim, torna-te

mais forte, resoluta.

Desafiando labirintos,

encontrando a saída

de uma tormenta

que em breve

cessará.

KANT E A CRÍTICA DA RAZÃO PURA

Kant é amplamente conhecido como uma das figuras fundamentais de um movimento intelectual chamado Iluminismo. Esse movimento encorajou as pessoas a abraçar o pensamento crítico, a racionalidade e o individualismo, em vez de simplesmente obedecer a tradições e figuras de autoridade. Embora seja frequentemente visto como um movimento que ocorreu nos séculos XVII e XVIII, ele também pode ser visto como um projeto em andamento que continua até hoje. Nesse extenso livro Kant, indaga: Qual é a natureza do espaço e do tempo? O mundo é governado pela lei da causa e do efeito – e se assim for, por quê? Estas são apenas duas das perguntas que Kant levanta na Crítica da Razão Pura. Para a época suas respostas foram provocativas e revolucionárias. Infelizmente, trata-se de um longo texto com mais de 800 páginas, escrito em uma linguagem técnica, sendo considerado um dos textos mais impenetráveis, até então, escritos. O próprio Kant descreveu-o como "seco, obscuro, oposto a todas as noções do senso  comum” .Mesmo os mais profundos estudiosos de Kant não têm certeza de como entender os argumentos incrivelmente complicados da Crítica da Razão Pura, e eles apresentaram muitas interpretações entre elas estão a de Deleuze, Lebrun, Ferry e Otfried Höffee.À luz desses fatos, para sermos maximamente objetivos e concisos, só podemos apresentar uma interpretação de algumas das principais ideias de Kant, haja vista que há muitos detalhes técnicos. Felizmente, a maioria desses detalhes são de interesse apenas para os especialistas de seu pensamento. Para entendermos o básico para aprendermos a pensar com Kant, a essência de suas ideias pode nos fornecer esclarecimento mais do que suficiente para entendermos, pelo menos um pouco o seu pensamento, tais como: a natureza surpreendente do espaço e do tempo; a verdade por trás da lei da causalidade, que é o mundo numênico, e uma lição sobre o quê a razão pode aprender sobre suas próprias limitações. Kant, foi despertado do “sono dogmático” quanto leu David Hume e nos alertou para que possamos, antes de construir um sistema metafísico, avaliar a origem e a natureza dos conteúdos de nossas mentes, para constatar uma possível validade deles. A Metafísica é a parte da filosofia que tenta elevar nosso conhecimento do mundo para os reinos mais elevados da investigação humana. Usando os conceitos abstratos e princípios lógicos da razão, tenta ir além da evidência empírica das ciências naturais e compreender a natureza final da realidade, e isso é, justamente, que Kant irá tentar verificar a possibilidade da Metafísica ser uma ciência. Consideremos o tempo, por exemplo. Ele tem um começo? Ou se estende de volta à eternidade? O universo sempre existiu¿ ou ele teve um começo¿ Deus existe ¿ Estes são exemplos de questões metafísicas. Desde os tempos da Grécia antiga, muitos filósofos tentaram construir vários sistemas metafísicos. Mais antes da Crítica da Razão Pura, a maioria deles tentou fazê-lo sem antes perguntar sobre as origens e a natureza dos conteúdos mentais de nossas mentes. Eles apenas pegaram os conceitos e princípios lógicos que tinham à mão e começaram a construir conhecimentos que para Kant são antinômicos, porque esses conteúdos não são realmente adequados para a tarefa de construir um sistema metafísico. Antes de Kant, foi possível responder a essas questões em um corpo coerente de pensamento, e construir um sistema metafísico. Desse modo, para evitar o perigo do dogmatismo metafísico, os filósofos devem conduzir uma crítica à razão pura, com a finalidade de evitar uma abordagem não filosófica que na verdade, para sermos coerentes, seria o oposto da filosofia crítica que Kant propõe, que é o criticismo, quer dizer, fazer uma crítica a todas as possibilidades de conhecimento, submetendo nossas crenças ao escrutínio crítico da razão. Digamos que você acredita que tem livre arbítrio. Por que acredita nisso? Talvez seja porque você acha que as pessoas precisam ter livre arbítrio para serem moralmente responsáveis. Tudo bem, mas por que você acredita nisso? Quanto mais descobrimos as premissas subjacentes de nossas crenças e os desafiamos para ver se resistem ao escrutínio crítico da razão, mais estamos fazendo filosofia, segundo Kant. Em contraste, quanto mais tomamos nossas premissas como garantidas, mais estamos nos engajando no dogmatismo que é considerado por Kant como sendo o arqui-inimigo da filosofia. Existe uma tendência natural do ser humano, para irmos direto para a construção de um sistema metafísico sem primeiro examinar os materiais mentais que vamos construí-lo, estamos tomando como certo a premissa de que nossos conteúdos estão aptos para tal. Agindo desse modo estamos sendo dogmáticos sobre nossa capacidade de fazer metafísica. Para evitar o dogmatismo, precisamos examinar criticamente nossa habilidade de conhecer as coisas a priori. Nós, realmente podemos? Levando em consideração que não podem vir de nossos sentidos, porque esses só podem nos fornecer conhecimento empírico sobre o mundo físico, e não um   conhecimento metafísico, que vai além dos domínios empíricos da ciência. Assim, para evitar o dogmatismo, devemos submeter nossa capacidade por pura razão ao escrutínio crítico. Somos capazes ter conhecimento metafísico? Se sim, como e até que ponto? Podemos chamar esse tipo de projeto crítico de crítica. E poderíamos, portanto, dizer que precisamos nos envolver em uma crítica da razão pura. Para filosofarmos, o dogmatismo é uma das piores acusações imagináveis que podem ocorrer. O problema é que o dogmatismo pode empoderar outro inimigo da filosofia: o ceticismo. E este não apenas coloca em risco a filosofia, mas todo o conhecimento humano em geral. É fácil se sentir cético sobre metafísica. Afinal, não parece progredir como outras disciplinas . Com as ciências empíricas, podemos ver uma clara evolução dos gregos antigos aos tempos modernos. Enquanto isso, os filósofos ainda discutem sobre muitas das mesmas coisas que Platão e Aristóteles discutiram há milhares de anos. Em retrospectiva, é fácil ver por que tem havido tanto espaço para desentendimentos. Sem ter se envolvido em uma crítica à razão pura, os filósofos eram livres para avançar dogmaticamente sobre qualquer argumento que quisessem fazer. E isso teve como resultado uma batalha interminável de reivindicações contraditórias. Para Kant, a metafísica é o domínio da razão pura, porque todas as outras disciplinas de conhecimento dependem das evidências empíricas fornecidas pelos sentidos. Se for alcançável, o conhecimento metafísico só poderia ser acessado através da razão pura. Tanto a religião quanto a ciência dependem de conceitos metafísicos, tornando o ceticismo um perigo para ambos Na Europa do século XVIII, quando Kant estava escrevendo, também parecia um perigo, mas por razões diferentes. A ciência estava em ascensão, e o crescente ceticismo sobre a metafísica também significava crescente ceticismo sobre a religião. Mas esse ceticismo cortou para os dois lados, e estava começando a minar a base da ciência também. Tanto a religião quanto a ciência dependem de conceitos metafísicos, tornando o ceticismo um perigo para ambos. Vamos começar com a religião. Muitas crenças religiosas dependem de ideias metafísicas, coisas como Deus e a alma, que deveriam existir em algum tipo de reino imaterial, além do físico – ou, em outras palavras, metafísico – do ser. Por definição, esse reino está além do alcance dos sentidos. Nunca veremos Deus em um telescópio, uma alma em um microscópio, ou qualquer outra entidade metafísica por qualquer outro meio de observação empírica. Mas se a razão não pode saber nada sobre eles também, todas essas crenças estariam infundadas e inutéis. No que diz respeito ao conhecimento, isso parece nos deixar apenas com os fatos frios e duros da ciência e as leis que estabelecem sobre o mundo físico – sobretudo, a lei da causalidade. Esta lei está no centro da ciência. Ele dita que para cada evento, deve haver outro evento que faça acontecer. Todos os fenômenos são, portanto, apenas uma questão de causa e efeito, e a tarefa da ciência é descobrir os detalhes dos vários mecanismos causais da natureza. Gravidade, conservação da matéria etc. – todas essas leis particulares da ciência pressupõem a lei geral da causalidade própria noção de causalidade é em si um conceito metafísico. É uma ideia sobre um aspecto da realidade que nunca podemos observar diretamente. No entanto, assumimos que ele desempenha um papel essencial na estruturação de como o universo funciona. Aqui, no entanto, o filósofo escocês David Hume fez um ponto que influenciou muito o pensamento de Kant. É assim: se nos concentrarmos apenas nas evidências fornecidas por nossos sentidos, tudo o que vemos são várias coisas que acontecem em conjunto entre si. Por exemplo, você aperta um botão então liga uma lâmpada. Se você observar isso acontecendo muitas vezes, você pode dizer que uma coisa tende a seguir outra, o que estabelece um padrão descrevendo esses eventos. Mas isso não é o mesmo que dizer uma coisa deve seguir outra, que estabelece uma lei que rege esses eventos. Você pode assumir que o padrão continuará a ser verdadeiro e agir como uma lei. Mas baseado apenas nas evidências dos sentidos, essa é uma suposição injustificada. Se a razão não pode nos fornecer um conhecimento a priori, então ele não pode garantir nosso conhecimento da matemática também. Desde a ideia de Deus até a noção de causalidade, todos os conceitos metafísicos da religião e da ciência estão agora em cheque. Mas isso não é tudo. O mesmo argumento básico que se aplica aos conceitos metafísicos também se aplica a algo chamado conhecimento a priori. O conhecimento matemático para ser verdadeiro deve ser a priori. Se dissermos que sabemos algo a priori, é uma maneira latina de dizer que sabemos que é verdade independentemente da nossa experiência. Por exemplo, considere a equação 7 + 5 = 12. Este simples pedaço de aritmética é um exemplo de conhecimento a priori. Em outras palavras, a equação é necessariamente e universalmente verdadeira. Mas como vimos com a causalidade, a experiência nunca nos fornece conhecimento de que uma coisa deve seguir outra. Só nos mostra exemplos de uma coisa que tende a seguir outra. A partir dessas tendências, só podemos deduzir apenas padrões, e não leis. Como regra geral, então, podemos dizer que se sabemos que algo é necessariamente e universalmente verdadeiro, nosso conhecimento não pode derivar da experiência. Por definição, isso significa que deve ser a priori. E se não vem da experiência, então isso nos deixa com duas opções: ou vem da nossa capacidade de raciocinar que Kant chama Entendimento, nesse caso pode ser seguro. Ou é apenas uma invenção da nossa imaginação, nesse caso não seria conhecimento algum, devido a impossibilidade de constatação empírica. Mas como o conhecimento poderia vir da razão? Essa é a questão que Kant coloca. Conhecimento a priori é diferente de conhecimento inato; a priori é o conhecimento que a mente produz através de seus próprios mecanismos internos. Vamos voltar a equação que Kant usa como exemplo:  7 + 5 = 12. Em algum momento de nossas vidas, nos ensinaram esta equação, e desenvolvemos nosso conhecimento de matemática ao longo de muitos anos de educação, quer dizer, adquirimos nosso conhecimento no contexto de algum tipo de experiência, como estar na escola. Neste e em todos os outros casos, podemos, portanto, dizer que nossa experiência precede cronologicamente nosso conhecimento. Mas isso não significa necessariamente que nosso conhecimento surge da experiência em um sentido causal. Para ver o porquê, pense na consciência como o resultado de forças se encontrando de duas direções. De um lado, temos os dados de sentido que recebemos de nossos órgãos o sentido – sons, cheiros, imagens e coisas assim. Por outro lado, temos os mecanismos internos através dos quais nossa mente processa esses dados – produzindo nossas percepções, conceitos, julgamentos etc. Faça os dois lados interagirem, e você tem o que Kant chama de consciência. A nossa mente pode ser dividida em três faculdades principais – sensibilidade, entendimento e razão. Como o próprio nome sugere, a sensibilidade é nossa capacidade de ter sensações – coisas como sabor, olfato, visão, textura etc. Digamos que você está olhando para uma casa. Sua imagem visual consiste em várias sensações de cor e forma. Essas sensações, por sua vez, são o resultado de seus sentidos serem afetados por objetos externos. No entanto, sensações isoladas das coisas não são úteis em si mesmas, precisamos ser capazes de transformar esses dados brutos em informações significativas que possamos agir. E isso nos leva à nossa próxima faculdade mental: o Entendimento. Esta é a capacidade de nossas mentes de formar conceitos a partir dos dados dos sentidos, que nos permitem fazer julgamentos sobre o mundo. Por exemplo, através de várias experiências, você pode eventualmente formar diversos conceitos sobre objetos empíricos. Você pode então combinar esses conceitos para formar um julgamento, que afirma uma relação lógica entre duas ou mais coisas. Por exemplo, "se um cão está balançando a cauda, ele está feliz." Este julgamento afirma uma relação lógica entre os conceitos em questão. Finalmente, se você vincular vários julgamentos proposicionais juntos, você tem um silogismo lógico – uma cadeia de raciocínio. Aqui é onde a faculdade da razão entra em cena. Para continuar com o exemplo anterior, você poderia argumentar na seguinte linha: "Se um cão está balançando a cauda, ele está feliz. Este cachorro está balançando a cauda. Portanto, é feliz. Para organizar dados de sentido em informações significativas, a mente precisa de formas predefinidas de estruturá-los. Em si mesmos, nossos dados de sentido são apenas uma confusão caótica de cores, formas, sons, cheiros, texturas, e assim por diante. Mas nós nunca experimentamos dessa forma; quando nos tornamos conscientes deles, eles já estão organizados para nós. E há uma razão para isso: nossas mentes já as estruturaram. No entanto, isso requer que a mente tenha certos modelos ou procedimentos predefinidos para colocar esses dados em ordem. Essas relações espaciais pegam o conteúdo sensorial de sua experiência e dão-lhe uma forma. Em outras palavras, eles descrevem a estrutura desse conteúdo – a forma como os diversos componentes dele são organizados em relação uns aos outros. Se as janelas estivessem em cima do telhado, bem, você teria uma casa muito estranha – e a forma do conteúdo sensorial da sua experiência seria bem diferente. Agora, todas essas posições espaciais e relacionamentos pressupõem uma coisa óbvia: o próprio espaço. Para estar acima, abaixo, ao lado, atrás, na frente, ou qualquer outra coisa em relação umas às outras, as coisas precisam ser colocadas juntas em uma estrutura compartilhada de espaço. E assim, para ser capaz de perceber qualquer objeto como estando em qualquer posição espacial ou relação, a mente já deve ter uma estrutura de espaço para colocá-lo, antes de encontrar o objeto, portanto, Tempo e espaço são formas puras de sensibilidade, que fornecem à mente modelos para organizar dados dos sentidos. O espaço é o que permite que essas sensações sejam simultaneamente parte do mesmo campo de visão. Dado o quão fundamental é o espaço para a capacidade de nossas mentes de organizar nossos dados de sentido, podemos chamá-lo de uma forma pura de sensibilidade. Essa é uma maneira abreviada de dizer que, como uma estrutura para organizar nossas sensações, o espaço existe na mente em uma base "pura", a priori. Em outras palavras, a mente já tem isso pronto, antes da experiência. É como um modelo pré-programado que a mente pode usar para estruturar seus dados. Ao lado do espaço, há apenas uma outra forma pura de sensibilidade: o tempo, relações temporais são aspectos essenciais da forma como sua experiência de realidade é estruturada. Mas para que suas sensações tenham várias relações temporais entre si, precisa haver um contínuo de tempo em que eles possam ocorrer. O tempo é, portanto, o quadro geral que os torna possíveis. E para aplicar essa estrutura às suas sensações, sua mente precisa tê-la pronta, antes da experiência. Como o espaço, o tempo é, portanto, outra forma pura de sensibilidade. É um aspecto fundamental da estrutura de nossa experiência sensorial. Tudo o que experimentamos acontece dentro do espaço e do tempo, e assim os pressupõe. Portanto, não apenas precedem a experiência; eles tornam nossa experiência possível. Nossas mentes também contêm modelos para compreensão e raciocínio sobre o mundo. Ao olhar para os elementos formais do conteúdo sensorial de nossas mentes, fomos capazes de identificar o espaço e o tempo como as formas puras de sensibilidade. Mas a sensibilidade é apenas um componente da mente; e quanto ao entendimento e razão? Essas são as faculdades mentais que nos permitem organizar ainda mais nossos dados de sentido em conceitos, julgamentos e silogismos lógicos. Se nos concentrarmos em seus elementos formais, seremos capazes de identificar as formas puras do entendimento e da razão também. Vamos começar com um exemplo de um julgamento: "se algo for deixado à luz do sol, ele acabará se aquecendo" Agora, se ignorarmos o conteúdo deste julgamento e apenas focarmos em sua estrutura formal, acabamos com algo que poderíamos simbolizar da seguinte forma: "se X, então YE Em um nível formal, não importa o que colocamos nesta fórmula; sejam átomos ou unicórnios, a mesma relação lógica básica se aplica a todos eles. "Se X, então Y" fornece à sua mente um modelo básico formal a seguir que nossas mentes, conectam as coisas. Em linguagem mais sofisticada, podemos chamar isso de uma função lógica de compreensão. "Se X, então Y" é chamado de função hipotética, uma vez que afirma uma hipótese sobre X. Aqui está outro exemplo: "X é Y ou Z." Isso é chamado de função disjuntiva, uma vez que afirma uma disjunção – uma ou outra possibilidade entre X ser Y ou Z. Com essas funções lógicas na mão, podemos então formar silogismos lógicos. Estes também têm formas subjacentes, que podemos chamar de princípios de raciocínio. Por exemplo, considere o seguinte silogismo: "Um animal está vivo ou morto. Este animal não está vivo. Portanto, está morto. Isso toma a forma de: "X é Y ou Z. X não é Y. Portanto, é Z."Essas funções lógicas e princípios de raciocínio são algumas das maneiras mais básicas pelas quais a mente pode unir ideias. E por serem tão básicos, a mente deve vir pré-equipada com eles. Caso contrário, como poderia começar a conectar ideias? Teria que começar a conectá-los antes que tivesse qualquer maneira de conectá-los, o que é impossível. Para começar, ele precisa de algum tipo de modelos predefinidos a seguir. A mente pode usar seus modelos para adquirir conhecimentos e conceitos a priori. Kant identifica 12 funções lógicas e três princípios de razão no total. Como é possível um conhecimento a priori? Vamos começar com espaço e tempo. Analisando essas formas puras de sensibilidade, podemos obter um conhecimento de matemática. Por exemplo, considere geometria. O que é uma figura geométrica, como um círculo? É basicamente uma forma de um possível objeto no espaço. Ele expressa uma propriedade desse espaço – ou seja, o que acontece quando você pega uma linha e move-a em torno de um ponto fixo. Estudando o espaço cuidadosamente, aprenderemos as verdades da geometria, mas não é preciso confiar na experiência para fazer isso, porque o espaço é uma forma pura da sensibilidade que existe dentro de nossas mentes, antes da experiência. Ao estudá-la, nossas mentes estão, essencialmente, estudando a si mesmas – adquirindo conhecimento sobre uma das formas como estrutura sua experiência do mundo. Esse conhecimento é, portanto, a priori. Agora, vamos mudar as engrenagens para a faculdade do entendimento e voltar para uma de nossas formas de julgamento: a função lógica hipotética "se X, então Y." Aqui está outra maneira de dizer isso: se uma coisa acontece, outra coisa deve acontecer, isto é, o conceito de causalidade. Pensando em suas próprias funções lógicas, nossas mentes podem formar muitos dos conceitos tradicionais de metafísica. Podemos chamar esses conceitos de categorias de entendimento, e há 12 deles no total, correspondendo às 12 funções lógicas. Além da causalidade, incluem os conceitos de unidade, pluralidade, existência e possibilidade. Como tal, são conceitos a priori puros. Não precisamos de experiência para formá-los. As categorias do entendimento refletem apenas nossa experiência da realidade dos fenômenos, mas não da realidade em si, que Kant chamou de númeno. Não só não precisamos de experiência para formar os conceitos que compõem as categorias do entendimento; esses conceitos ajudam a tornar nossa experiência possível em primeiro lugar. Isso porque a experiência consciente não é apenas um monte de sensações no tempo e no espaço. É uma combinação dessas sensações e dos pensamentos que temos sobre elas. Esses pensamentos, por sua vez, são uma questão de fazer conexões entre as várias sensações e conceitos em nossas mentes. Por exemplo, você não vê apenas um objeto redondo; você vê isso como uma bola de boliche. Sua mente faz uma conexão entre a imagem – objeto redondo e o conceito – bola de boliche.As categorias do entendimento são a forma mais fundamental de fazer tais conexões. Não poderíamos fazer nenhuma conexão e, portanto, não poderíamos ter qualquer experiência sem elas. Imagine que você está olhando para uma bola de boliche deitada em um travesseiro, criando uma depressão debaixo dela. Usando a categoria de causalidade, sua mente conecta esses dois fenômenos em termos de uma relação causal: a bola de boliche causa a depressão. Mas note as palavras que estamos usando aqui: sua mente conecta as duas coisas juntas. Em outras palavras, causalidade é algo que sua mente constrói; é algo que sua mente insere em sua experiência de realidade. É a maneira de sua mente entender o mundo. As coisas não fazem sentido até que as coloque em algum tipo de ordem causal e isso significa que há uma razão óbvia para sua mente ver a causalidade em todos os lugares, está sempre interpretando as coisas dessa maneira. Na verdade, deve interpretá-los dessa forma; é uma das maneiras básicas em que foi programado para entender o mundo. O fato de que a mente deve interpretar as coisas dessa forma explica por que a causalidade nos parece uma lei. É uma lei – uma lei da forma como nossas mentes vivenciam a realidade. Para vivenciar a realidade, a mente deve ser capaz de conectar as coisas de várias maneiras – integrando-as em uma experiência unificada e coerente. Ligar as coisas em termos de causa e efeito é uma das maneiras básicas de fazer isso. Podemos, assim, dizer com certeza que a realidade, realmente, segundo Kant, mostra uma lei de causalidade, apenas na medida em que a experimentamos. Quanto à realidade em si, não podemos construir conhecimento, não podemos saber nada sobre a realidade em si – mesmo existindo no espaço e no tempo. Em outras palavras, mesmo que exista realidade externa no espaço tridimensional, nossas mentes ainda teriam que colocar suas sensações em uma estrutura espacial tridimensional para percebê-las como tal. E para fazer isso, eles precisariam ter essa estrutura pronta antes que qualquer sensação fosse filtrada através dela. Se nossas mentes tivessem uma estrutura diferente, elas seriam filtradas de forma diferente, e, portanto, as perceberíamos de forma diferente também. A razão não deve se aventurar na especulação metafísica sobre a natureza da realidade em si. Onde quer que olhemos, sempre veremos as coisas em termos das estruturas do tempo, do espaço e da causalidade que nossas mentes já impuseram aos nossos dados dos nossos sentidos. Graças às formas de sensibilidade e às categorias do entendimento, podemos saber muito sobre o mundo à medida que o experimentamos. Por exemplo, as verdades da geometria realmente descrevem a natureza do espaço naquele mundo. A lei da causalidade realmente descreve a forma como os eventos se desenrolam naquele mundo. E a mesma coisa vale para todas as sub variedades dessa lei, como as leis de movimento. Eles também descrevem como as coisas acontecem nesse mundo. Mas as palavras-chave aqui são "nesse mundo". Até onde sabemos, essas verdades e leis só se aplicam ao mundo à medida que o experimentamos – o mundo dos fenômenos, como Kant o chama. Quanto à realidade em si mesma – o mundo numênico, nunca podemos ter conhecimento. Afinal, só podemos conhecer a realidade na medida em que a experimentamos. E quando experimentamos isso, nossas mentes já moldaram os materiais mentais de nossa sensibilidade e compreensão de tantas maneiras fundamentais que não estamos mais em posição de dizer nada sobre a realidade em si mesma. Mas esses materiais são tudo o que a razão tem para trabalhar. E isso deixa a razão incapaz de saber a natureza última da realidade em si. Pode nos ajudar a pensar sobre o mundo físico dos fenômenos, mas só pode especular sobre a natureza metafísica do mundo numênico. Se tentarmos ir além desses limites e tentar conhecermos o mundo como é em si mesmo, só podemos gerar argumentos antinômicos; onde não podemos obter conhecimento objetivo, apenas conjecturas. A mente humana desempenha um papel ativo na formação de sua própria experiência e compreensão da realidade. Para desempenhar esse papel, ele precisa de modelos para estruturar dados, conceitos e julgamentos de sentido em uma imagem coerente do mundo. Como esses modelos são internos para a mente, e porque nunca podemos perceber ou entender a realidade sem eles, não podemos saber se refletem a natureza da realidade como ela existe em si mesma, independentemente de nossas mentes. Isso deixa em aberto a possibilidade de que a realidade em si é muito diferente da nossa experiência dela. Também faz das teorias metafísicas dessa realidade uma questão de pura especulação. Devemos, portanto, manter a compreensão cientificamente do reino empírico, deixando o reino metafísico para a religião.

DESEJOSA ESPERA

Sei que esperas por mim.

Seus olhos, ansiosamente,

observam a chegada do

momento oportuno!

 

Captando os sons

das músicas que escutamos.

Seus olhos mostram,

Saudade, segurança e esperança.

 

Tenha certeza, porque em mim,

você vai encontrar seu coração.

Juntos, iremos em silêncio,

de forma inesperada

ao nosso encontro.

 

Aguarda meu carinho

e caloroso convite!

Com suaves beijos

em seus lábios

sedentos de prazer,

Iremos nos extasiar.

Com a sagrada comunhão!

CONSCIÊNCIA GLOBAL PLANETÁRIA - SURGIMENTO E ASCENÇÃO

Podemos conceituar consciência ecológica planetária como sendo um sentimento que conduz ao conhecimento vital da interdependência e da unidade essencial da humanidade, como também, a adoção consciente da ética e de seus comportamentos  que implicam em um imperativo básico da sobrevivência e melhoramento da vida humana na Terra. Um indivíduo dotado de consciência planetária reconhece o seu papel no processo evolutivo e age responsavelmente à luz desta percepção, essa orientação que visa melhorar as condições da vida tem de começar a partir de cada um de nós; somente então, é que poderemos ser responsáveis e agentes eficazes na mudança e transformação da nossa sociedade como um todo. A mudança deverá ocorrer a nível individual com a tomada crescente da consciência global ecológica planetária e se expandir  progressivamente e ascendentemente.

ULTRAMETABOLISMO - A CHAVE PARA PERDA DE PESO SAUDÁVEL

Faz-se necessário perceber que, se nós acumulamos um excesso de calorias durante muitos anos, não será possível restabelecer as coisas em um curto espaço de tempo. As pessoas que esperam fórmulas miraculosas são presas fáceis para os vendedores de suplementos ou até mesmo de regimes "revolucionários". Nenhum suplemento fará o trabalho de perder peso por nós, nosso melhor arsenal contra os quilos a mais, além de bons conhecimentos sobre nutrição ,é a nossa força de vontade  em perseverar em nossa meta de se alimentar ,corretamente, ao longo de nossas vidas. É necessário , também, saber que, apenas, em um primeiro momento, todos os regimes são eficazes para perder peso.Todavia,nós não devemos confundir perda de peso com perda de gordura. Nem todas as perdas de peso são induzidas por uma redução das reservas de gordura. Temos que saber que uma restrição calórica reduzirá o nosso peso de modo mecânico, através do esvaziamento progressivo do aparelho digestório e também, porque a retenção de água se tornará menor por causa da diminuição das nossas reservas de glicogênio, que retém água em nossos músculos, tendo como consequência um catabolismo, onde há perda de músculos ao invés de perda de gordura. Recentes pesquisas mostraram que menos de um terço das gorduras mobilizadas são efetivamente oxidadas; portanto ,o fator limitante está na oxidação das gorduras que voltam para o nosso tecido adiposo. Para haver uma efetiva utilização da gordura corporal é necessário aumentar a nossa capacidade oxidativa, acelerando nosso metabolismo para haver uma diminuição do apetite, porque a dificuldade para queimar gordura está associada a uma diminuição metabólica , através de um maior armazenamento de gorduras o que acarreta um aumento do nosso apetite. Para tal é necessário fazer pequenas refeições ao longo do dia, o ideal são cinco ou seis. Fazendo isso nosso corpo irá queimar mais gordura com a prática diária ou regular de uma atividade física aeróbica,  aumentando progressivamente a nossa capacidade oxidativa dos músculos. Também , faz-se necessário acelerar nosso metabolismo através de uma alimentação rica em proteínas de excelente valor biológico, gorduras saudáveis, carboidratos de lenta absorção de açúcar, fibras soluvéis e insoluvéis e uma hidratação adequada; podemos usar ,também ,um termogênico para auxiliar na aceleração metabólica. O processo de aquisição  e manutenção de um Ultrametabolismo corporal , ocorrerá a partir de uns noventa dias e irá requerer nossa perseveração em manter tanto a atividade quanto uma alimentação adequada.

NOVALIS E O AUTÊNTICO ATO FILOSÓFICO

Novalis escreveu: "O ato filosófico genuíno é suicídio"(Novalis,1, p.31.,Ed. Iluminuras). Temos que "morrer" continuamente, dia após dia, transcendendo-nos, superando-nos, renovando-nos através do " suicídio" , ou seja, temos que matar em nós, tudo que quer permanecer como coisas imutáveis, nos impedindo,destarte,de ver cada dia, o mundo através de múltiplas perspectivas. Segundo Novalis, a maturidade filosófica surgiria a partir do reconhecimento dessa dinâmica, ligada diretamente as nossas ações, que para ele teriam as características de uma ação transcendental. Ele acrescenta, ainda, que o ato de filosofar seria o desenvolvimento do "suicídio".

ETERNO RETORNO

Estamos nos

reencontrando

novamente.

Mas não somos

mais os mesmos!

 

A eterna recorrência cósmica

Nos atrai e nos afasta

Para vivermos o eterno

jogo existencial.

Celebremos!

 

Vida é celebração, aventura,

Criação de destinos.

Culpa nenhuma há.

Total inocência do devir!

 

Aniquilando todo espírito

de vingança,

Abrimos caminhos para

novas possibilidades.

Um arco-íris nos espera,

Sinalizando a ultrapassagem!

ATEUS VERSUS AGNÓSTICOS: ESCLARECIMENTOS

Quando se trata de problemas metafísicos acerca de fé e  crenças, há muitas perguntas e coisas que nos causam confusão. Vamos delimitar o assunto, para duas palavras: Ateus versus Agnósticos. Algumas pessoas pensam que são completamente iguais, algumas se autodenominam agnósticas e imediatamente rejeitam o rótulo de serem ateístas, pensando que elas não podem ser as duas coisas, mas essas abordagens não estão, totalmente, corretas. Entender completamente todas as principais diferenças entre  Ateus e Agnósticos, é bastante esclarecedor e necessário. Um ateísta é alguém que não acredita na existência de nenhum Deus. Um Agnóstico,  não sabe ao certo se  Deus existe ou não. Uma pessoa qualquer pode ser Ateia  e Agnóstica, ou Teísta e Agnóstica. Tanto o Ateísmo quanto o Agnosticismo lidam com a questão da existência de Deus. Todavia, o Ateísmo tem a ver com  a Crença(Pístis), e o Agnosticismo tem a ver com o Conhecimento(Gnose),  essas são as fundamentais diferenças. Você tem certeza de que algum deus realmente existe? Se você responder positivamente, você é um teísta. Você tem certeza que os deuses não existem ou mesmo não podem existir? Se sua resposta é sim, então você é um Ateísta. Se você se esforça para responder essas perguntas com confiança, isso faz de você uma pessoa Agnóstica. A única questão que resta é se você é um ateu agnóstico ou teísta porque você pode ser qualquer um deles. Um ateu agnóstico não acredita que nenhum deus exista, enquanto um Teísta Agnóstico acredita que pelo menos um deus pode existir. No entanto, nenhum deles pode afirmar ter o conhecimento para apoiar sua fé. Eles são Agnósticos porque ainda têm algumas perguntas e gostariam de ter mais informações, então eles escolhem acreditar ou não, mas não conseguem explicar sua escolha com lógica. Como a fé é tão diferente do conhecimento direto, muitas pessoas não declaram que têm todas as respostas e simplesmente acreditam ou não. Portanto, um Agnóstico não é alguém no meio entre ateus e teístas. Não são pessoas que de alguma forma encontraram uma terceira opção alternativa mais confortável, em vez de acreditar ou não acreditar estritamente. Pensar que o conhecimento e a fé se excluem é falso porque, em muitos casos, a falta de fé é explicada com a falta de conhecimento. Enfim, estritamente não pode haver "Agnóstico e Ateu". Um ateu não acredita, um Agnóstico não sabe, mas não significa que não possa ser a mesma Pessoa. O grande problema com o conceito de Ateísmo é que ele já parte de uma negação , diferentemente, do Agnóstico que suspende o juízo e é mais sensato, haja vista que não se pode provar,nem tão pouco negar a existência de Deus. É justamente por isso, que Nietzsche não diz que Deus não existe, ele usa um personagem , " O Louco " para dizer que "Deus está morto" e " fomos nós que o matamos", pois para ele a Modernidade, colocou o conceito de Deus como uma "suposição" uma conjectura.  

  

UMA IMPOSSIBILIDADE DE OBJETIVIDADE

A linguagem possui uma natureza poética que é praticamente impossível descrever as coisas de modo objetivo.


O ABANDONO DO HOMEM NA MODERNIDADE

A  modernidade chegou à conclusão de que o Homem está desamparado, ele não pode estar seguro como Kant pretendia, com seu idealismo de uma futura “paz perpétua”. Estamos em um oceano totalmente desconhecido, onde as massas desejam uma forma de escape. Todavia, Nietzsche nos alerta que o preço a pagar será enorme, se não desenvolvermos o autocontrole, autodireção, alcançando valores que superem os  valores de "animais de rebanho", valores que não tenham  origem na fraqueza, valores onde a individualidade criadora deverá ser considerada um valor positivo, para não sermos apenas uma unidade nessa grande massa de "animais de rebanho", onde predominam a mediocridade, a estupidez e outras banalidades.

A TAREFA DOS FILÓSOFOS

Na Genealogia da Moral ,Nietzsche escreveu de modo enfático em que consiste a tarefa dos filósofos através de todas as ciências: "Todas as ciências devem doravante preparar o caminho para a tarefa futura do filósofo, sendo esta tarefa assim compreendida : o filósofo deve resolver o problema do valor, deve determinar a hierarquia dos valores"(GM, 17,(nota) p.45 e 46 ,Cia das letras).

EXISTE UMA LÓGICA TELEOLÓGICA NA HISTÓRIA?

Uma questão que ainda está em aberto é se existe ou não, uma lógica teleológica na história, quer dizer , será que além dos fatos contingenciais ,existe uma estrutura metafísica que permeie as estruturas sócio-político-culturais? Na história do pensamento ocidental, a mais antiga dessas estruturas  é a do movimento cíclico iniciado com Heráclito e continuado com os Estoicos , onde as circunstâncias se repetem, por exemplo: a repetição das estações, a alternância entre dia e noite, a geração e morte dos animais, épocas  de crises e épocas de fartura ,etc. Sendo essas as primeiras concepções do Eterno Retorno. Uma solução a esse problema foi dada por Nietzsche com uma concepção do Eterno Retorno através da criatividade seletiva, porque para ele se a história tivesse uma lógica , um fim , esse já teria acontecido. Como até agora não aconteceu , a estrutura do mundo, segundo Nietzsche é a de um Eterno Retorno , um mundo sem começo e sem fim. Sua estrutura é a de um jogo de forças, onde sendo o tempo eterno (infinito) e o número de forças  finito; porque se o número de forças fosse infinito, num tempo infinito não haveria movimento. Portanto, se o número de forças é finito, e se movimenta em um tempo infinito, isso quer dizer que tudo retorna .Vejamos  a citação:" O mundo, como força, não deve ser concebido como ilimitado, pois que sendo assim, não pode ser concebido. É por isso que nós coibimos de ter o conceito de força infinita, que é inconciliável com o conceito de força. Assim, o mundo também não pode ser capaz de uma eterna novidade."( Nietzsche - A Vontade de Poder - p.308 -Volume III - Rés -Editora -Pt).