TRANSLATE TO YOUR LANGUAGE, RIGHT NOW

SPINOZA E AS VIRTUDES DA ALEGRIA

A  Alegria é segundo Spinoza uma força que aumenta a nossa potência de agir e nos eleva, ela está relacionada com a glória,a admiração,o amor,o contentamento, a atração,o orgulho,o louvor , a misericórdia,a devoção, a segurança,a auto-satisfação,o reconhecimento, o louvor,a gratidão,etc.Já a Tristeza nos rebaixa e está relacionada com o ódio,a vergonha,a dor, o desdém,o medo,a hulmidade,a decepção,a piedade,a apreensão, o pudor, a inveja,a crueldade,o desprezo, o arrependimento, o rebaixamento de si , a inveja,etc; todas essas forças são ruins e reduzem a nossa potência , como também , a nossa adesão a Vida.

O PSICÓLOGO NIETZSCHE

Em vários escritos Nietzsche faz uma exaltação de si mesmo como sendo um grande psicólogo, havendo aprendido muito com suas leituras de Dostoievski considerando-o:  " o único psicólogo do qual tive algo a aprender", onde a partir dessas leituras, ele revolucionou totalmente a psicologia tradicional "Antes de mim não havia absolutamente psicologia", sua inovação consistiu em eliminar as bases metafísicas da psicologia de sua época,da qual foi um grande estudioso. Sua proposta consistiu em ir além da indentificação entre o psíquico e a consciência, reconhecendo a existência  de processos psiquícos  que são inconscientes e a necessidade de conhecê-los ampliando, destarte, o conceito de consciência que era concebido como uma "grandeza fixa".

SAÍDA DO LABIRINTO

Lutemos por nossa autonomia
Matando Minotauros
Dia após dia!
Sigamos o exemplo de Teseu
Seguindo o fio de Ariadne...
O fio da feminilidade!

Ariadne, Ariadne...
Tornemo-nos Uno com ti.
Assim, o Amor despertará

o Outro que há em nós.

Sairemos e nos abandonaremos:
Dionisos!

De volta, Apolo nos conduzirá
para a Luz Existencial.

Unidos ao Eterno Feminino
Encontraremos a saída
para o Labirinto do Eu.

APARÊNCIA E ARTE - PLURALIDADE


A arte que é marcada pela pluralidade de interpretações,recusa a metafísica transcendente,incorporando totalmente a aparência, não havendo profundidade por detrás da superfície,mas apenas a morte que ela tenta eliminar através das diversas construções artísticas pluralistas ,dando uma caráter magnificente a vida do espírito.

BANALIZAÇÃO DA ARTE

Segundo  Bourdieu , a arte em vez de unificar a sociedade humana devido ao seu imenso poder de comunicação, divide-a, porque  de um lado há amadores privilegiados da "grande arte" e do outro, as massas cegas que seguem os ditames das classes dominantes , que se impõem através das mídias a tirania do gosto visando apenas o lucro e havendo como consequência uma banalização da arte.

ELIMINAR AS ILUSÕES

 É evidente que Spinoza, Schopenhauer e Nietzsche, foram os precursores da psicanálise. Assim como Freud, Nietzsche considera fundamental a concepção da vida consciente como condicionada pela vida inconsciente.Sua proposta é a de tentar eliminar as ilusões do humanismo puramente racionalista através da ampliação do conceito de consciência que foi concebido pela tradição como uma "grandeza fixa". Através do conhecimento de si ,abrem-se caminhos para um alargamento do papel da razão que se torna autocrítica, assumindo e procurando integrar a parte irracional  no tentame de fundir a razão com o inconsciente,enriquecendoaAntropologia, abrindo espaço   para um novo humanismo crítico e com objetivo de "libertar"o Homem através do autoconhecimento.

CONDIÇÃO PARA O FILOSOFAR

Faz-se necessário para o exercício da Filosofia a constante criação e transmutação de valores,ideias e crenças, através de uma atitude para com Vida onde há sempre  algo a ser superado através de uma concepção supra-histórica, considerando a História como movimento e abertura para "a criação de novas possibilidades" através de uma atitude de total suspeita contra a ela. Considerando o ser humano como interpretativo e avaliador, a interpretação deve ser considerada como  intrínsecamente ligada à existência humana."Não existem fatos morais,apenas interpretações", a proposta de Nietzsche é que   essa tese seja, também, apenas mais uma interpretação, instaurando,desse modo, uma nova Hermenêutica nihilista ativa que tenta destruir a metafísica tradicional  fundada na oposição entre mundo sensível e inteligível, não aceitando qualquer tipo de dogmatismo,todavia,há  sempre abertura para  criação de novas interpretações e possibilidades,o que corresponde justamente a concepção de nihilismo ativo,destruir, aniquilar para  poder criar.
 

SUPERANDO AS DICOTOMIAS

A concepção do tempo como realidade ontológica é estabelecida com o "Eterno Retorno de todas as coisas", havendo uma total aderência à Vida,quer dizer, uma afirmação incondicional da existência enquanto tragicidade.A problemática da relação das forças que são corporificadas, não se extinguem no corpo, vão além e estão relacionadas com o todo.A relação entre a Vontade de Poder e a Vida estão intrínsecamente ligadas. As forças dionisíacas da Natureza sempre tomam forma e se concretizam e se completam através do Apolíneo.A tarefa da filosofia é proporcionar o equilíbrio das formas através  do estabelecimento de seleções e hierarquias,superando as dicotomias, unindo Apolo com Dioniso ou seja, Razão e Emoção.

GAIA CIÊNCIA

A  Ciência é concebida pela Modernidade como a forma mais perfeita da verdade.O questionamento proposto por Nietzsche é que ela é uma "Gaia Ciência" ,quer dizer,  ela apenas faz experimentos com a verdade,sendo "Humana demasiada , humana", estando sujeita a erros e acertos, portanto, ela é falibilista, devendo sempre  buscar uma otimização de seus instrumentos de investigação e de verificação, sempre havendo uma constante correção.

VONTADE DE VERDADE

Para Nietzsche , existe na filosofia uma vontade de verdade , vontade de conhecimento. O que existe não é a Verdade enquanto valor absoluto, mas sim Vontade de Poder (criação,superação) enquanto vontade de verdade, sua pretensão é  criar novas possibilidades superando a ciência tradicional e a dicotomia  na moral.A modernidade chegou a conclusão que "Deus é uma suposição", havendo várias críticas ao conceito de Deus, mas não havendo uma superação.A consciência que toma o lugar de Deus é uma ilusão,porque ela é apenas um epifenômeno ou seja um fenômeno secundário,posterior ao desenvolvimento do homem,a palavra consciência deriva do latim conscientia que corresponde a um saber  que pode ser compartilhado servindo para comunicação,não havendo portanto uma consciência que seja universal . Por esse motivo, Nietzsche afirmava que  a crença em Deus fundada na consciência estava proibida,diante da impossibilidade de haver uma consciência universal,sua tentativa foi justamente tentar evitar os males que sempre houveram usando nome de Deus.

NÃO LIVRE

Quando Nietzsche em seus escritos afirma que não existe um sujeito que age livremente,há uma tentativa de melhorar a compreensão antropológica, porque o Homem em seu ponto de vista  deve ser concebido intrínsecamente relacionado com tudo que existe, não podendo haver separação entre sujeito e ação."Não existe "ser" por trás do fazer, do atuar, do devir;o "agente" é uma ficção acrescentada à ação -a ação é tudo" Cf. GM-I-13,p.36 .Ed. Cia das Letras,2002).

DESEJAR E QUERER

A diferença principal entre desejar e querer está na passividade do desejar e a força ativa do querer, através da vontade.

IDEALISMO EM NIETZSCHE

Parece estranho falar de idealismo em Nietzsche, no entanto, o que ele criticava era a visão idealista onde uma mente transcendente atuava por trás do mundo,e,consequentemente,por trás da História, sendo herança do Platonismo. Fazendo uma interpretação mais acurada de seu pensamento, podemos reconhecer que existem ideais, quer dizer, modos de moldar o Real através da "transvaloração de todos os valores". Suas concepções sobre: "Além-do-Homem", "Eterno Retorno", "Amor Fati", compartilham sua crítica a filosofia idealista, podendo ser tomados como uma forma heterodoxa de "Idealismo".

CAUSA E EFEITO - ILUSÃO

Na realidade podemos verificar que não existe uma causa única relacionada a um efeito .O mundo como um "jogo de forças" revela nos fenômenos múltiplas causas que estão em conexão entre si,todavia, essas conexões não são necessárias,são apenas constantes conjunções.Nesse sentido existe uma semelhança entre Nietzsche e David Hume no que diz respeito ao conceito de causalidade.

LIMITES PARA O PURO CONHECIMENTO

Segundo Nietzsche , deve haver uma limitação do poder do conhecimento e do saber,pois suas desmesuras (Hybris) poderá conduzi-los a situações perigosas tal como o modo de se fazer ciência pela ciência quer dizer, o instinto cego pelo conhecimento.Nietzsche propõe uma ciência levada ao nível prático sem pretensões de universalidade e que ,também reconheça seus próprios limites, haja vista que o conhecimento deve servir à Vida, havendo um caráter restritivo à ciência pela ciência.

AFASTAMENTO DA ESTÉTICA - DESILUSÃO

Nos escritos de Nietzsche, há um abandono da questão estética que envolve o ponto de vista artístico-metafísico do mundo, diante do fracasso Wagneriano de desenvolver o sentido trágico da arte perdido desde à Antiguidade Clássica.Todavia, nos fragmentos póstumos de 1885-1889 acontecerá um retorno a questão Estética unida a fisiologia como crítica a decadência humana.

SENTIDOS PARA O MUNDO

O Mundo reflete um jogo de forças caóticas onde o Homem tem a tarefa de dar-lhes sentido através do aniquilamento e da criação, sempre os relacionando diretamente com a Vida. A Vida seria o objeto de "experimentação da verdade" através da ciência   visando sempre a universalidade,todavia, a essa perspectiva da ciência que para ser verdadeira deveria ser universal, obstaculariza,limita a própria ciência,podendo ser um modo perigoso porque universaliza onde muitas vezes não pode,limitando perspectivas através da especialização científica. 

VIRTUDE DA FILOSOFIA

A Filosofia  não fala em primeiro lugar.Sua virtude consiste na faculdade de responder e o que lhe faz ,realmente,ser Filosofia, não é que sua resposta venha a ser total,acabada, mas que seja uma eterna busca sempre desperta quando todos os outros estiverem em estado de sono.

MUDANÇA DE FOCO NECESSÁRIA

Apesar de haver uma considerável gama disponível de caminhos alternativos, hodiernamente, precisamos mudar para aqueles em que acreditamos que irão nos conduzir a mudanças ativas conscientes,principalmente: no estilo de vida dos indivíduos, na ética das sociedades,nas políticas dos governos,no comportamentos das empresas e nas relações entre povos e culturas do mundo.Faz-se urgente a necessidade de um novo imperativo:pensar globalmente e viver responsavelmente em todos os sentidos.O pensamento global vê o todo ,por exemplo: quando observa uma floresta não vê apenas as árvores,vai além dela. É um pensamento que ultrapassa o que está sendo visto no momento, quer dizer, ele transcende criando novas possibilidades que não foram ainda pensadas.

NATASCHA


Flor que semeei
brotou tão Bela.
Exemplar criança no Tempo...
sua inocência pulsa com fulgor.
A Vida espera ansiosa
para vê-la desabrochar
rumo ao seu destino.
Crescendo para elevar-se.
Elevando-se para semear.
 

O QUE É SER NIETZSCHIANO?

Em várias obras, Nietzsche deixa claro sua proposta: a partir de sua crítica radical a tradição filosófica, pensar com ele e desmontar a partir dele  a herança socrático-judaico-cristã. Não querendo discípulos, ou pelo menos desejando discípulos insidiosos, espíritos livres, que seguissem a si mesmos e a mais ninguém!. Karl Jaspers, em seu livro sobre ele, escreveu que ser nietzschiano implicaria em "afirmar-se sempre "contra" ele". Ser nietzschiano, implica em criar sempre valores novos , transmutando-os em um jogo incessante, criando novas formas de vida. Todavia, sempre incorporando sua "luta", usando o "martelo e a dinamite", ou seja, quebrando e implodindo todo e qualquer edifício moral transcendente.

CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS - EXTEMPORANEIDADE

   "Há mais ídolos do que  realidades no mundo" escreveu Nietzsche há mais de um século,ainda hoje constatamos que os homens continuam a venerar causas imaginárias , quer dizer, continuam a idolatrar seres fictícios tais como: O "mundo verdadeiro",o "Bem Supremo", "Deus", etc. Todas  essas ilusões, impedem a transvaloração de todos os valores e a superação da metafísica, tendo como consequência mais estupidez, haja vista que os "ídolos" manifestam uma desvalorização do mundo efetivo  em prol de um mundo ideal.

PRAGMATISMO E VERDADE

O Pragmatismo tem como princípio fundador a crença de que a "verdade" é a descrição do mundo que melhor funciona para nós.Para ele, muitos dos debates científicos,filosóficos e teológicos são desprovidos de sentido e estéreis,porque na maioria das vezes são debates sobre palavras e não sobre a realidade, haja vista que não pode ser especificado nenhum de seus efeitos sobre os sentidos.

AMOR E FILOSOFIA

Podemos dizer que a filosofia corresponde a um tipo de amor;segundo Platão: "Eros é o mais antigo , o mais honorável e o mais capaz entre os deuses de propiciar a virtude e a felicidade dos Homens" (Platão:Fedro). O amor é considerado o mais notável dos afetos,em nossas vidas, na música, na poesia,pintura, etc. Um dos tentames da filosofia é tentar resolver  a  incompatibilidade entre  nossa   atividade pensante e o amor,levando em consideração a nossa relação com os outros; onde     a boa utilização de  nossa capacidade racionalizante é um aspecto fundamental para otimizar nossos relacionamentos, através da escuta ,do respeito pelas individualidades e outros requisitos necessários para gerar harmonia em nossas relações com a alteridade.Faz-se necessário,também, reconhecer a alteridade que existe em nós,haja vista que nós não nos conhecemos suficientemente e estamos em processo de busca constante, para atingir o  ideal do:"Conhece-te a ti mesmo".

SEM LIMITES


Tudo são conjecturas.
Nada é o que é.
Indicações sinistras
Invadem nossas mentes...

A incomensurabilidade
reina no mundo da Vida.
Do Ser,do Não Ser...
Ao Nada.

Autocriação e aniquilamento.
Eterno mistério da Vida
Eterno retorno do devir.

A TAREFA DA FILOSOFIA

A filosofia não é apenas a ideia universal do pensamento abstrato, ela abrange a história do pensamento ocidental desde a Grécia ática até a atualidade . Ela é uma atividade criadora vinculada ao amor pela sabedoria viva, quer dizer, uma atividade que não separa conhecimento e vida, proporcionando a existência um sentido prático e estético progressivo para aumentar cada vez mais nossa aderência ao mundo da vida de um maneira sempre transformadora.

DIFERENÇA SUTIL

O ser humano ,contrariamente à ideia vigente,não é racional; ele é racionalizante, o que é muito diferente!

SABEDORIA MULTIFACETADA,ABERTURA

Existe, indubitavelmente,a possibilidade de fazermos associações entre teorias de autores que são conflitantes,a possibilidade de associar conceitos,temas,etc., entre autores diversos tem o aval do  hermeneuta Nietzsche: "Desconfio de todos os sistemáticos e me afasto de seus caminhos. A vontade de sistema é uma falta de retidão."(Crepúsculo dos Ídolos, §26).As rígidas exigências acadêmico-metodológicas , podem ser usadas  apenas com sabedoria para evitar erros fundacionais,místicos,religiosos,etc.O pensamento deve construir uma sabedoria mutante,multi facetada, experimentalmente livre,onde o "sistema" deve estar aberto a novas possibilidades,sempre através de novos horizontes.

GRANDES IDEIAS E DOMÍNIO CULTURAL

Podemos afirmar que na maioria das vezes,as grandes ideias possuíam uma tendência megalo maníaca de dominar o mundo,tal como aconteceu: no marxismo, quando interpretavam o mundo como luta de classes,no freudismo com o seu pansexualismo,com os fascistas e nazistas que fizeram uma literal e péssima interpretação de Nietzsche com a ideia da "Vontade de potência", usando-a para dominar o mundo. Assim, podemos afirmar que essas ideias que visam o domínio e a aprovação já estão obsoletas há muito tempo, todavia,infelizmente, sempre surgem novos megalomaníacos candidatos ao imperialismo cultural.

ARTE LIVRE

A partir  do século XVIII, a estética se afasta de uma justificação epistêmica e moral , para ser concebida não mais como uma forma especial de apreensão da verdade e sim,como um livre jogo das capacidades criativas humanas.

NIETZSCHE :CULTURA E MORAL

Para Nietzsche, a cultura é formada através de um violento processo de espiritualização, inseparável de um processo de incorporação, sendo imposta, paulatinamente, aos homens através da moral. A moral é o ponto fulcral do pensamento de Nietzsche quando analisa a cultura.
Usando a abordagem genealógica vai ao cerne da questão de como se originou a cultura, pois pergunta pelo “valor dos valores”.
Na Genealogia da Moral, Nietzsche coloca o problema que provoca suas investigações, elaborando críticas sobre a construção dos juízos de valoração da moralidade, que formaram a cultura.


 (...) sob que condições o homem inventou para si os Juízos de valor “BOM” e “MAU”. E que valor tem eles? Obstruíram ou promoveram até agora o crescimento do homem? São indício de miséria, empobrecimento, degeneração da vida? Ou , ao contrário, revela-se neles a plenitude, a força, a vontade da vida, sua coragem, sua certeza, seu futuro? (NIETZSCHE, F.W; GM; p. 9).

Seu posicionamento é de que a moral deverá ser concebida como uma criação totalmente humana, desvinculando-se de qualquer transcendência. A moral tem uma história, que levou os homens a criar valores culturais imanentes, não considerando válida em termos absolutos, ou seja, válida “para todas as épocas e todos os povos”. Desse modo, usando o procedimento genealógico, ele questiona o “valor dos valores” pregados por essa moral, e as condições de validade desses valores sob o ponto de vista de quais tipos de homem esses valores favorecem: Os tipos, reles, escravos, fracos ou os tipos nobres, aristocráticos, fortes. Trata-se, portanto, de uma tipologia qualitativa, de acordo com Gilles Deleuze. Considerando a moral contingente, o genealogista Nietzsche, deixa claro que seu interesse na moral é a criação, através da cultura, de um tipo superior de homem, superando o tipo de homem até então existente.

"O homem é algo que deve ser superado... Todos os seres, até agora, criaram algo acima de si mesmos; e vós quereis ser a baixa-mar dessa grande maré cheia e retrogradar ao animal, em vez de superar o homem? "(NIETZSCHE; Z; p. 36).

Para Nietzsche, não existem virtudes desinteressadas, desse modo, a noção de interesse é um ponto muito importante, haja vista  que a moral vigente louvava as virtudes desinteressadas e, portanto, o altruísmo como valendo em si mesmo. Nietzsche, vê que o altruísmo é uma forma disfarçada de egoísmo e de incapacidade para descobrir e criar os próprios interesses (NIETZSCHE, CI, Incursões de um extemporâneo, 35). Ele procura mostrar em seus escritos, de que maneira a pretensa falta de interesse da moral cristã, que louva as ações desinteressadas como “boas em si mesmas”, faz com que os valores vigentes da cultura possam se manter e desse modo, aceitá-los dogmaticamente, não havendo uma reflexão crítica sobre eles, tornando-os, permanente estabelecidos, havendo, destarte, a formação de uma cultura e moral de animal de rebanho. Pela genealogia filológico-etimológica, Nietzsche quer determinar que “inicialmente”, bom era uma palavra ligada a todas as qualidades nobres e ruim ao que era desprezível, baixo, vulgar, mesquinho. O tipo nobre, aristocrata define a partir de si mesmo, o que é bom para o engrandecimento da cultura e a possibilidade de  torná-la elevada.

Através do ressentimento, como reação ao modo de valoração cultural dos nobres, a moral dos reles, plebeus, escravos, mudam o sentido desses valores, invertendo-os. Desse modo, a moralidade escrava define o que é mau, (excluindo o ruim como valor) como aquilo que o ameaça, e o bom como inofensivo, medíocre (...) segundo a moral dos escravos o mau inspira medo”(NIETZSCHE; BM, p. 174).

Na moral escrava ao invés de haver uma afirmação de si, há uma negação reativa ao que lhes são diferentes. “(...) sua ação é no fundo uma reação.” (NIETZSCHE; GM-I; p. 29). A inversão por reação que constitui a moral escrava conduz a criação de um “animal capaz de fazer promessas” (NIETZSCHE; GM-II; p. 47) pela qual,  haverá a possibilidade do surgimento ,no seio da cultura, a noção de responsabilidade, cuja capacidade de prometer supõe certa estabilidade na memória. No entanto, Nietzsche distingue basicamente dois tipos de memória: a memória doentia daqueles que não conseguem se livrar de uma lembrança, não a digerindo e outra memória ativa que funciona através da força de vontade e possui uma faculdade ativa de esquecimento, a qual é indispensável à saúde e a boa convivência sociocultural (Cf. GM, II, p. 47-48). O processo de criação da memória e por conseguinte, de um animal capaz de prometer, pode tanto conduzir a uma espécie de hipertrofia patológica da memória, configurando os tipos ressentidos, como também, criar tipos de homens superiores, culturalmente, aos do ressentimento.

Tal procedimento pode, por sua vez, engendrar tipos de homens que prometem porque tem consciência daquilo que podem efetivamente cumprir, sendo, portanto tipos autônomos e dessa maneira, supra morais. Sua moral, criação de valores e seus atos são criados a partir deles mesmos. (Cf. GM-II, p. 50-52).

Para Nietzsche, a cultura cria a memória antropologicamente, através de um processo violento através da dor “apenas o que não cessa de causar dor fica na memória” (GM-II, p. 50). Assim, essa memória armazenadora de lembranças que não podem ser suprimidas, não é apenas característica dos tipos ressentidos, ela também faz crescer, cada vez mais, o ressentimento, o sofrimento e por consequência, uma sociedade culturalmente doente.

A  espiritualização da crueldade é para Nietzsche uma das forças fundadoras da cultura “Quase tudo a que chamamos “cultura superior” é baseado na espiritualização e no aprofundamento da crueldade” (BM, cap. 7, p. 135). Segundo Nietzsche, o homem sócio culturalmente doente passou “(...) a se envergonhar de seus instintos”. (GM-II; p. 57) tornando mais suscetível a dor. Desse modo, a crueldade teve que passar por um processo de “sublimação e sutilização” (Cf. GM-II, p. 57), sendo “transposto para o plano imaginativo e psíquico” (Cf. GM-II, p. 57). A sublimação dos instintos é a organização pela qual o homem cria a cultura, todavia , o domínio sobre os instintos não pode ser confundido com seu total aniquilamento,muito ao contrário, a sublimação instintual humana está vinculada a um aumento de força, sendo considerado degenerado e fraco aqueles que combatem os instintos e não os domina . “Os instintos precisam ser combatidos - esta é a fórmula da décadence. Enquanto a vida está em ascensão, a felicidade é igual aos instintos” (CI, O problema de Sócrates, p. 26). Sendo os instintos, formas da Vontade de Poder, suas dominações são a afirmação de homens fortes e, portanto, de uma cultura superior, onde poderá ocorrer a “transvaloração de todos os valores”, através da superação da moral dominante, libertando os homens do niilismo passivo e do "ascetismo", onde a vida, o corpo, os desejos se afirmem de uma maneira,harmonica, positiva, engrandecendo a cultura.
A crítica de Nietzsche constata o predomínio das forças reativas, do ressentimento, no seio de nossa cultura. “Os nossos senhores são escravos que triunfam num devir escravo universal” (DELEUZE, G; Nietzsche; Lisboa, Ed. 70, s/d, p. 24) tendo em vista que ao ser proclamado culturalmente a invenção de um além-mundo, a moral reativa dos escravos foi, até agora, vitoriosa. Chegamos a conclusão que o predomínio das valorações morais altruístas, igualitárias e universalizastes é um sinal que o tipo homem regride, cada vez mais, em direção ao seu rebaixamento, ao nivelamento por baixo da sociedade e portanto da cultura, levando a mediocrização, “estupidificação”, imbecilização e banalização do tipo homem, criando uma cultura de “ animais de rebanho”.


REFERÊNCIAS:
Genealogia da Moral, Além do bem e do mal, Zaratustra e Crepúsculo dos ídolos de: Nietzsche.(Ed. Cia das letras e Guimarães)
Nietzsche e a filosofia   de: Gilles Deleuze. Ed. Rés)














NIETZSCHE E A GENEALOGIA DA MORAL

O genealogista Nietzsche, através de seus estudos e pesquisas notou uma diferença valorativa entre o mundo antigo e o moderno, constatando que houve uma degeneração dos valores antigos e por conseguinte, do ser humano em geral.Havia no mundo antigo outros valores que o mantinha próximo a um ideal de vida mais autêntico, considerando a imanência de seus valores.Todavia, o mundo cultural em geral,tanto o antigo quanto o moderno,são modos como o ser humano se adapta as rígidas leis da natureza, em tentativas constantes para criar um mundo de  mais conforto e previsibilidade. A rigor, houve um exagero da parte de Nietzsche em negar que houve uma "evolução", porque o moderno se originou do antigo, considerando a condição humana como uma condição de meio,quer dizer, de uma condição de mudança constante, no sentido em que está sempre em processo de mudança em um estágio sempre provisório; não considerar esse modo , equivale a não conseguir efetivamente sair do paradigma de bem e mal  e não fazer a ultrapassagem para o paradigma que está "além do bem e do mal".

O ERRO:O BEM E O MAL, COMO ETERNOS.

Ao fazer o exame genealógico , Nietzsche constatou que ,originariamente, bem e mal eram apenas modos de ressaltar que certas ações beneficiavam a sociedade e que outras eram consideradas ruins, por esse  motivo. Uma vez esquecida essa base de se fazer um julgamento ético,todos começariam a pensar que o bem e o mal eram absolutos e eternos, conduzindo, desse modo, a um erro nas apreciações morais.

A TRANSCENDÊNCIA DA EXISTÊNCIA

Para os existencialistas, a existência é tudo e nada pode ser concebido fora de seu âmbito, portando, o Ser,  que é abertura ,se desenvolve através do tempo , estando  as coisas do mundo em constantes mudanças em sua finitude.O sentido e o valor de nossas vidas não existe a priori , devendo ser  executado por todos, havendo uma abertura para novas possibilidades, levando em consideração a tomada de consciência de nossas limitações diante de nossa finitude.Diante da impossibilidade de  não podermos separar o conhecimento da experiência existencial, porque são coisas que estão intrínsecamente ligadas,faz-se mister a necessidade de viver de maneira autêntica,quer dizer, recusar e questionar a  aceitar as coisas como "verdades eternas",fazendo de nós, seres conscientes e  responsáveis, que sempre estejam envolvidos nas tomadas de decisão de nossas vidas e do mundo que nos cerca.

O ENSINO E A PRÁTICA ENXADRÍSTICA

As aulas de xadrez são de grande importância na formação pedagógica, pois um de seus principais objetivos educacionais é promover o equilíbrio entre a razão e as emoções visando uma elevação humana. De acordo com a revista espanhola Jaque, na virada do século, por volta de 1925, extensas pesquisas dos psicólogos soviéticos Rudik, Dyakov e Petrovsky concluíram que o xadrez disciplina a inteligência. Desde então, muitos assumiram a responsabilidade de divulgar suas práticas e estudos. Os principais objetivos do jogo de xadrez são: 1) garantir o equilíbrio entre razão e  emoção, levando ao aperfeiçoamento ético e moral humano 2) promover o desenvolvimento da criatividade e de várias habilidades intelectuais 3) desenvolver hábitos de perseverança e vontade.4) desenvolver mecanismos de atenção e concentração 5) treinar diferentes tipos de memória 6) aprender a justificar opções alternativas em sequências lógicas 7) desencadear e controlar os processos de imaginação e fantasia na criatividade 8) proporcionar uma melhor gestão do tempo. Na década de 1970, na Argentina, primeiro país sul-americano a se destacar no ensino de xadrez nas escolas, foram realizadas pesquisas científicas por meio de experiência comprovada, onde aprender a jogar xadrez trouxe grande elevação e integração social em relação a outras escolas, nas quais havia não foram encontrados trabalhos relacionados ao estudo e prática do xadrez. Já aqui no Brasil, em muitas cidades, diferentes escolas têm se engajado com sucesso nessa atividade, e tem havido avanços qualitativamente efetivos no aperfeiçoamento intelectual dos alunos, constatando os estudos dos psicólogos acima citados, confirmando que o "jogo-arte-ciência ", torna as pessoas mais eficazes em muitos aspectos educacionais e sociais do que aqueles que não o praticam. O que fica em falta é a extrema escassez de verbas para implementar tal atividade essencial na formação, tanto cultural como social.

HEGEL E O ESPÍRITO ABSOLUTO

Para Hegel, o Espírito Absoluto é uma questão lógica, onde o real não tem existência concreta ,ele é concebido como sendo um ser lógico que se desenvolve através da História que é dialética. O objeto da lógica é o Absoluto,quer dizer, a totalidade da realidade que a tradição filosófica chamava de Ser. Inicialmente, podemos afirmar  que o Absoluto é puro Ser. Todavia, esse puro Ser sem quaisquer atributos é Nada, onde podemos concluir através da negação que o "Absoluto é Nada" (Abstração). A afirmação e negação são conservadas e superadas , havendo uma nova afirmação: A junção do Ser com o Não-Ser é o Devir, onde podemos concluir que o "Absoluto é Devir"(Concretude). O Devir ou Absoluto passa por três estágios: Ideia (conceito), Natureza e Espírito que são abordados respectivamente pela lógica,pela filosofia da natureza e pela filosofia do espírito.
Hegel, em seus diversos textos, refere-se ao Absoluto usando a definição aristotélica de Deus, quando descreve o Absoluto como sendo o "pensamento que pensa a si mesmo". Todavia, a autoconsciência do Absoluto acontece apenas na Modernidade e não no "princípio" da história do pensamento filosófico.

O MAL, SEGUNDO PAUL RICOEUR

Podemos considerar o  mal no nível das ações como sendo violência . Para Paul Ricoeur , o mal deve ser diminuído e até mesmo superado no plano do sentimento através da resignação, devido a nossa  fatal  condição humana, através da ética e da política .Todavia , o mal metafísico é "inexplicável" e "inevitável ", sendo consequência do acaso e do aspecto trágico existencial.

PARADOXO SOCIAL

Quanto mais enfraquecida se torna uma sociedade, tanto maior será o número de leis. Quanto mais coesa e forte, menor será o número de leis para regê-la.

NIETZSCHE E A GRANDE SAÚDE

Na terceira parte do Zaratustra, no capítulo chamado: O convalescente, Nietzsche aborda sua recuperação, traçando o percurso para a "grande saúde", já descrita na Gaia Ciência, aforismo 382. O estado de convalescência é , justamente, a abertura para os múltiplos caminhos, para a "grande saúde". A aceitação do trágico em nossas vidas é o movimento que conduz ao "eterno retorno", na medida em que pensamos a vida como "vontade de poder(Potência) de maneira abissal, nos fazendo despertar e aprender com a força interligada da “vida, da dor e do círculo”, capaz de gerar saúde de modo transformador, criativo, tomando uma atitude positiva perante a vida.

DELIBERAÇÃO E JUSTIÇA

Saber bem deliberar implica fazer uma profunda reflexão e tentar prever as possíveis conse- quências  das coisas e assim, agir com equidade.
Nosso mundo hodierno , global e robotizado, transforma a grande maioria dos Homens em autômatos, agindo impulsivamente ,trazendo grandes prejuízos a nossa sociedade.

ENSINAR E APRENDER

Em seu livro: "Sobre a questão do pensamento", Martin Heidegger traz à tona uma questão essencial para a Educação que já foi vislumbrada por Nietzsche em seu escrito: "Sobre o futuro de nossos estabelecimentos de ensino" , eis a questão: " Se hoje - quando tudo se mede de acordo com os níveis mais baixos, como por exemplo o lucro - ninguém mais deseja tornar-se mestre".Nosso mundo global tecnizado, valoriza como prioridade um saber especializado que gere lucro,aviltando uma formação que tenha como prioridade "ensinar a pensar"e assim, atingir o objetivo educacional de "fazer aprender", para com isso, lidar com as necessidades mais urgentes do nosso tempo.A formação cultural através da Educação onde a Política deverá servi-la e ser a base para poder haver uma renovação. Politica ancilla Cultura, quer dizer, a Política deverá ser serva da Cultura. E não como ocorre há bastante tempo onde ela depende da Política.

ATUALIDADE DO ILUMINISMO – AUTONOMIA

A atualidade que podemos conceber ao Iluminismo, se relaciona com a autonomia e sem ela não se pode filosofar  , estando desse modo, intrinsecamente ligada ao nosso tempo porque buscamos sempre o SAPERE AUDE, “pensar por si mesmo”,"ousar saber". A autonomia de pensamento revolucionou tanto a vida do indivíduo, quanto das sociedades. O combate pela liberdade de pensamento continua atual, isto é, aceitar que o homem seja fonte de sua lei é considerada uma proposta imortal. Exigir autonomia implica em uma transformação constante das sociedades políticas em um busca para que haja uma "humanidade universal". Enfim, se desejarmos encontrar um apoio no pensamento Iluminista para enfrentar nossas atuais dificuldades temos que atingir a autonomia no pensar e no agir, em um movimento que nunca para.






METODOLOGIAS

A metodologia usada por todos os filósofos esteve ligada intrinsecamente aos seus escritos, não podendo ser pensada à parte.Todos os filósofos ao elaborarem seus escritos,já estavam utilizando uma metodologia própria ao seu modo de pensar. Podemos concluir que é próprio da filosofia um método que é inerente ao exercício do próprio filosofar, quando esse faz análises, raciocínios, argumentações, construções de conceitos e críticas.Podemos citar como exemplo, Platão e método dialético de ascenção do sensível ao inteligível, Leibniz e seu método das provas,Kant com o método prático-crítico ,Nietzsche com a genealogia,etc.




NIETZSCHE E A MORAL

     É um equívoco pensar que Nietzsche desprezava a moral, ele sim, desprezava a moral heterônoma, aquela que impõe mandamentos aos indivíduos a partir de fora,a partir de um não-eu, de um outro.Sua proposta era contrapor a essa moral, uma nova moral autônoma, quer dizer, uma moral advinda diretamente da vontade do próprio indivíduo, de acordo com o autodomínio e autocompreensão de si mesmo e de sua natureza, superando sempre a si mesmo.

PLATÃO E EROS

Para Platão o amor erótico não pode  ser apenas desejo, mas tem de ser desejo com a finalidade do Bem.Para  ele, Eros é o mais velho  dos deuses , o mais homenageado e o mais poderoso para conceder virtude e bem-aventurança aos  Homens.

O PRAZER DA FILOSOFIA

A Filosofia, já há muito tempo, ficou "séria" e "especializada", com muitas exigências técnicas,hierarquias acadêmicas,transformando-se em um conjunto de habilidades conceituais.As questões referentes ao mundo cotidiano e como viver no mundo efetivo são desdenhadas como meras questões empíricas.O antigo ideal da Filosofia totalmente abrangente, foi transformado em filosofia "pura".O prazer da Filosofia está também, em pensar e debater sobre temas como amor, paixão,justiça,tragédia,morte,identidade, utilizando o desenvolvimento cooperativo de ideias, explorando novos horizontes,fazendo críticas salutares para moldar ideias , expandir nossa visão de mundo .A Filosofia é uma necessidade genuína,  seus problemas são reais , surgem no dia-a-dia, e devem ser avaliados e valorados , não podendo haver uma separação entre teoria e prática.

A PRESUNÇÃO DOS FUTUROLOGISTAS

Os futurologistas sempre se equivocaram ao tentarem prever como seria a estruturação do mundo no futuro.O ser humano é sempre abertura para novas possibilidades ,além de  estar o tempo todo em formação.
Apesar de todas as grandes conquistas tecnológicas nos levarem sempre para mais longe, isso não implica que acharemos uma solução definitiva para todos os  nossos conflitos sócio- políticos.

DEUS NÃO ESTÁ MORTO , O DEUS MORAL , SIM!

Nietzsche, através de  Zaratustra, proclamou que "Deus está morto",todavia , isso apenas refletia suas extremas preocupações com a farsa do cristianismo, que ao invés de exaltar a vida, a denegriu com guerras, perseguições ,etc.A   visão materialista de mundo proclamada pela ciência que aumentava, progressivamente, no século XIX,pouco lhe influenciou ,ele percebeu  que o Deus cristão,dualista e popular,estava realmente morto, no entanto, o mesmo Nietzsche  escreveu " A refutação de Deus:- para falar a verdade,apenas o Deus Moral foi refutado".(Zaratustra,p.121.,Trad. Mário F. Santos, Ed.Vozes).

CIÊNCIA MUTANTE

O trabalho das comunidades científicas é impulsionada pelas exigências dos paradigmas vigentes, até surgir outros paradigmas melhores, a revolução científica é justamente isso para Kuhn.

ENXADRISMO E EDUCAÇÃO

No início do século passado , por volta de 1925 , vários psicólogos colocaram em voga os fundamentos pedagógicos do enxadrismo, chegando a conclusão de que ele disciplina a inteligência. Hodiernamente, com um maior conhecimento da psicologia, aliada a uma grande experiência didático-enxadrística , podemos afirmar com mais precisão  os objetivos do enxadrismo para a educação, ressaltando que o xadrez permite desenvolver a criatividade, adquirindo hábitos de persistência ,domínio da vontade, melhorando a atenção e a concentração; exercitando vários tipos de memória ,controlando a imaginação , aprendendo a pensar usando a imaginação criativa, etc.