Para Nietzsche, a felicidade é um valor, mas não um fim, portanto, não deve ser buscada como meta;ela é sempre um efeito de algo mais fundamental, o aumento de nossas forças. No O Anticristo (§2), encontramos a uma definição: "O que é felicidade? O sentimento de que a potência cresce, de que uma resistência é superada." Nietzsche aproxima-se aqui de Spinoza onde a vida é entendida em termos de aumento de potência (conatus), para Nietzsche a felicidade sinaliza que a potência aumenta, não em um estado permanente, mas um índice de vitalidade crescente que transforma nossas vidas.No Prólogo§1, do Zaratustra, destaca-se que a alegria deseja irradiar-se e compartilhar sua abundância: "Grande astro! Que seria de tua felicidade se não tivesses aqueles a quem iluminas?".Assim, para Nietzsche, não existem estados contínuos de felicidade, mas momentos felizes que são efeitos de uma vida que aumenta sua potência, que cria, que supera resistências e afirma o real. A felicidade vale, mas vale como consequência de uma existência que se fortalece.
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