Em "Além do bem e do mal ", Nietzsche aborda a ideia de que o "erro" pode ser fundamental para a vida. Em diversas passagens, Nietzsche desafia a noção convencional de verdade, propondo que ilusões, erros e juízos falsos são essenciais para a sobrevivência e a vitalidade. No § 4, ele destaca essa perspectiva, enfatizando o papel positivo do erro na experiência humana. "A falsidade de um juízo não chega a constituir, para nós, um a objeção contra ele" (...) "A questão é em que medida ele promove ou conserva a vida, conserva ou até mesmo cultiva a espécie; e a nossa inclinação básica é afirmar que os juízos mais falsos nos são os mais indispensáveis." Desse modo, ele argumenta que a verdade nem sempre é melhor para a vida, pois crenças ilusórias ou equivocadas podem sustentar a existência e ajudar os seres humanos a enfrentarem a realidade com resiliência. Ele defende que as ficções desempenham um papel essencial na saúde psicológica e na criação de novos valores.
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