Michel Onfray, filósofo francês contemporâneo, conhecido por seu pensamento "ateu, hedonista e materialista" tem uma visão sobre a mensagem do Cristo, que foi influenciada por Nietzsche, onde faz uma diferença que é fundamental, entre o cristianismo e Cristo. Em seu "Tratado de ateologia", ele argumenta que é a figura histórica de Jesus foi apropriada e modificada para servir a um projeto de poder através do cristianismo, servindo para consolidar um projeto político-institucional: a Igreja. Ele faz uma distinção que é necessária entre o Jesus histórico e o Cristo teológico, que para ele foi uma construção idealizada pela e para a igreja, que por sua vez não cumpriu os valores propostos pelo Cristo que ele reconhece como positivos, tais como: amor ao próximo, compaixão, perdão. No entanto, critica a ideia "cristã", de renúncia ao prazer, ao corpo e à vida terrena. Para ele, o cristianismo promoveu uma moral de culpa, sacrifício e submissão que tornou o "homem doente" ao invés de "curá-lo". Como também, concorda com Nietzsche que "O cristianismo ao invés de engrandecer à vida, fez uma negação de seus valores, em prol de um além-mundo, o que contradizia com a mensagem do Cristo".Jesus Cristo não foi o fundador de uma igreja, ele é a negação de toda organização "religiosa", "Tu,porém,quando orares,entra em teu quarto e, fechando tua porta,ora a teu Pai que está lá, no segredo"(Matheus,6.6). Desse modo, vemos que a sua mensagem é uma prática e não uma doutrina, que não necessita,absolutamente, de igrejas!
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