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PODER E POTÊNCIA: UMA DISTINÇÃO NECESSÁRIA

Esses dois termos possuem e derivam, respectivamente, do Latim: Potestas e Pontentia, sendo indispensável haver uma diferença entre eles. Spinoza, no prefácio de sua obra: Ética, na parte V, Da potência do intelecto ou da liberdade humana, faz uma sutil distinção, defendendo a tese de uma "potência da mente ou razão "(E, V, Prefácio, p.345, Ed. Perspectiva), ao invés de um poder (potestas) que se pretenderia absoluto e arbitrário. Segundo Gilles Deleuze, " um dos pontos fundamentais da Ética consiste em negar a Deus qualquer poder (potestas) análogo ao do tirano ou mesmo ao de um príncipe esclarecido". " Ele não tem poder (potestas)mas apenas uma potência(potentia) idêntica a sua essência" (Cf. em: Spinoza e os signos, p. 116, Ed. Rés). Para bem compreender Nietzsche em nossa língua quando (Macth) é traduzido por "poder" ao invés de "potência", deve ficar claro que "poder" não implica em ter poder ou domínio sobre os outros e, também, porque para Nietzsche "Vontade de Poder", não é um percurso exterior e, sim, a intensificação de um "poder", identificado através de interpretações a partir de um processo orgânico que pressupõe um perpétuo interpretar.

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