O principal livro de Charles
Darwin: A origem das espécies, revolucionou na época a visão que se tinha do
mundo, escandalizando inclusive, a "nobreza" inglesa, fazendo
suposições novas e instigantes: A Bíblia é uma compilação de literatura
judaica, grega, babilônica etc., e não palavra de Deus, ditada pelo Espírito
Santo. O homem e as outras espécies, não são criações "diretas" de
Deus, provém de uma série de evoluções, havendo a hipótese que surgiram
primatas. O mundo, como se acreditava na época, não tinha alguns milhares anos
de idade, e sim, evoluído ao longo de milhões de anos. Essas concepções eram de
difícil aceitação, não somente pelo nosso parentesco com os primatas, mas
também porque era praticamente impossível imaginar um processo evolutivo
cósmico sem a "mão" de Deus. Até a época de Darwin, havia um famoso
argumento criado por Paley, um teólogo, que afirmava que se fossemos passear no
bosque, e encontrássemos um relógio, haveria a suposição de um relojoeiro.
Paley, influenciado por Isaac Newton, que havia provado que o mundo era um
mecanismo equivalente ao de um relógio. Voltaire, também irá depois dizer:
"Tendo em vista que não pode existir relógio sem relojoeiro, assim, o
mundo deverá ter também uma inteligência que criou o Universo, deixando,
todavia, a história para os homens". A ideia de Darwin de um processo
cósmico regendo a si próprio, destituiu a esperança dos teólogos. O homem
passou a ser considerado uma etapa da evolução e a velha ideia de ele ser obra
suprema da criação, foi por água abaixo. O paradigma da evolução revolucionou o
mundo das ideias, acabando com a ideia de uma teleologia da história, do lugar
que o homem ocupa no mundo, de que haja um planejamento divino etc.; tendo em
vista que supôs que do modo como as coisas evoluem, não há como ser previsível.
Todavia, sua contribuição deve, ser vista com olhos críticos, pois sua concepção
de luta pela existência e da sobrevivência do mais forte, foi transposto para a
sociedade, com Darwinismo social, cujo representante mais insensato foram os
nazis, com a ignorância de que que com a evolução, o homem alterou sua forma de
agir, quer dizer, gerou uma espécie que criava seu ambiente próprio,
culturalmente. Excluindo a concorrência entre espécies diferentes, não podendo
ser aplicada às normas dentro da mesma espécie. Ao criar o mito da raça
superior, os Nazis cometeram esse grave equívoco, trazendo consequências
nefastas para o mundo. Nietzsche, em seu livro: Crepúsculo dos ídolos, se
coloca numa posição anti-darwinista, pois para o filósofo alemão" as
espécies não crescem em meio à perfeição: os fracos sempre se tornam novamente
senhores sobre os fortes. Isso acontece porque eles estão em grande número e
porque eles também são mais inteligentes... Darwin esqueceu o espírito (-isto é
inglês!), os fracos possuem mais espírito...”. Nietzsche, entende espírito,
como: "a cautela, a paciência, a astúcia, a dissimulação" e grande
parte de nossas "virtudes" que não passam de mimetismos.
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EVOLUÇÃO ?
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