Na Segunda Consideração Intempestiva, Nietzsche faz uma
crítica ao excesso de conhecimento histórico na sua relação com a vida. Apesar
do Homem não poder viver sem história, faz-se necessário e salutar um modo de
vida em que o Homem possa viver a-historicamente, porque a própria vida depende
do esquecimento. A história apenas faz sentido se tiver uma relação relacionada
com a vida. Existe uma relação entre: Esquecimento, Vontade, Instante, Passado
e Força histórica. Tanto a vida histórica quanto a não histórica estão
demarcadas pelo Tempo, através da História ocorre a fixação do Homem diante do Devirá
proposta de Nietzsche é a de criar um novo modo de ser do homem diante da
História através da Força Plástica ativa, quer dizer, o poder de crescer em si
e a partir de si mesmo e de cicatrizar feridas; ela dá a medida com relação a
consideração ou o desprezo pela história onde se faz necessário dar o salto (Abstrung)
percebendo que a história não tem finalidade. A "filosofia" é um
percurso de Platão até Hegel, inicia-se com a ideia de Bem de Platão e termina
com o "conceito que pensa a si mesmo”, com a concepção de Absoluto de
Hegel. A crítica de Nietzsche é ao historicismo e não a história em si mesma,
porque ele a considera como reino do "acaso" onde existe uma
Tragicidade e não uma Teleologia. Por isso, Nietzsche tenta resgatar a
sabedoria dos filósofos antes de Sócrates, onde o tempo era considerado como
Eternidade (Aión) e também não havia uma esfera transcendente porque a (Natureza)
Physis abrangia tudo.
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