O Zaratustra de Nietzsche é um personagem criado por ele, para criticar o dualismo moral do Zaratustra histórico, o profeta Persa conhecido também como Zoroastro(Sec. VII a.C ), a quem é conferido o livro do Zend-Avesta, livro sagrado do Zoroastrismo ou Masdeísmo , que propagava uma luta dualista entre dois princípios básicos: O Bem e o Mal. Nietzsche o traz à tona por ele ser, provavelmente, o primeiro a pregar uma dualidade entre Bem e Mal e ,por conseguinte, uma moral dualista; moral essa acolhida posteriormente pelos Judeus, através da Bíblia ,como também, pelo pensamento grego pós-platônico. Essa analogia foi usada para ,justamente, recusar e rejeitar esse dualismo, o que por sua vez constitui o ponto fulcral do pensamento de Nietzsche, com a sua doutrina do "eterno retorno" de todas as coisas, na tentativa de dar uma total adesão ao real , quer dizer,um total peso ontológico ao mundo real. O mundo é para ele um " jogo de forças sem começo, sem fim". O tempo é eterno, infinito, todavia o número de forças é finito, pois ,se o número de forças fosse infinito, em um tempo infinito não haveria movimento.Sendo o número de forças finito em um tempo infinito, significa dizer que tudo retorna. Zaratustra é o mestre e anunciador do Eterno Retorno de todas as coisas e o do além-homem, sua proposta é libertar o homem , do espírito de vingança, que cria um além-mundo, para se "libertar do real".
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