Na Segunda Consideração Intempestiva, Nietzsche faz uma crítica ao excesso de conhecimento histórico relacionado a vida:" impulsionar a história a serviço da vida!"(NIETZSCHE, 2ª Intempestiva,p16,Ed. R. Dumará). Apesar do homem não poder viver sem história , faz-se necessário e salutar um modo de vida em que o homem possa viver a-historicamente, porque a própria vida depende do esquecimento:" o histórico e o a-histórico são na mesma medida necessários para a saúde de um indíviduo, de um povo e de uma cultura." (NIETZSCHE,Id. Ibidem,p.11) .Assim , a história apenas faz sentido se tiver uma relação direta com a vida, onde essa relação se dá entre Esquecimento,Vontade,Instante,Passado e Força histórica.Tanto a vida histórica quanto a não histórica estão demarcadas pelo Tempo; através da História ocorre a fixação do Homem diante do Devir.A proposta de Nietzsche é a de criar um novo modo de ser do homem diante da História através da Força Plástica ativa, quer dizer, o poder de crescer em si e a partir de si mesmo e de cicatrizar feridas , ela dá a medida com relação a consideração ou o desprezo pela história onde faz-se necessário dar o salto (abstrung) percebendo que a história não tem finalidade . A "filosofia" é um percurso de Platão até Hegel,inicia-se com a ideia de Bem de Platão e termina com o "conceito que pensa a si mesmo"ou seja, o Absoluto de Hegel.A crítica de Nietzsche é ao historicismo e não a história em si mesma, porque ele a considera como reino do "acaso" onde existe uma Tragicidade e não uma Teleologia. Por isso, Nietzsche tenta resgatar a sabedoria dos filósofos trágicos antes de Sócrates, onde o tempo era considerado como Eternidade (Aión) onde não havia uma esfera transcendente,porque a Natureza (Physis) abrangia tudo.
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